Morre em São Paulo o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos

Ex-ministro foi internado no Hospital Sírio-Libanês nesta terça-feira para tratar descompensação de fibrose pulmonar

marcio

advogado e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, de 79 anos, morreu no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do hospital na manhã desta quinta-feira (20).
O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos foi internado na região central de São Paulo, no início da tarde desta terça-feira (18). De acordo com boletim médico assinado pela equipe coordenada pelo médico Daniel Deheinzelin, Thomaz Bastos foi internado para tratar de uma descompensação de fibrose pulmonar.
O corpo do ex-ministro será velado na Assembleia Legislativa de São Paulo.
A fibrose pulmonar é uma doença irreversível nos pulmões na qual o tecido pulmonar normal vai gradativamente tendo aumento de fibras como parte do processo de cicatrização do órgão debilitado.
Histórico
Márcio Thomaz Bastos foi ministro durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre os anos 2003 e 2007. Entre ações dele quando esteve à frente da pasta, destacam-se a aprovação do Estatuto do Desarmamento, em 2003; e a aprovação da Emenda Constitucional n° 45, conhecida como a Reforma do Poder Judiciário, em 2004.
Bastos atuou durante os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, como presidente do Conselho Federal da OAB. Em 1990, após derrota de Lula nas eleições presidenciais, aproximou-se do Partido dos Trabalhadores (PT). Ele também foi um dos redatores do pedido de impeachment do então presidente Fernando Collor (1990-1992). Em 1996, fundou o Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), que é uma organização da sociedade civil.
Natural de Cruzeiro, no interior paulista, Bastos formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) em 1958, tendo atuado no ramo do direito criminal. O ex-ministro foi vereador pelo Partido Social Progressista (PSP) na sua cidade natal de 1964 a 1969. Foi representante das entidades de classe dos advogados, presidindo a seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entre 1983 e 1985.