Segundo moradores da Cohab VI, água está esbranquiçada e tem gosto.
Compesa informou que água será encaminhada para análise.
Moradores do bairro Cohab VI, na Zona Oeste de Petrolina, no Sertão pernambucano, cobram uma melhor qualidade da água que é distribuída na comunidade. A reclamação é que a água tem apresentado uma cor esbranquiçada e cheiro e gosto forte de cloro.
A dona de casa Ednalva Costa mora há 18 anos e conta que o problema surgiu há alguns dias no bairro. “A água está vindo na torneira está com muito cloro. Por volta de 22h, eu encho o filtro e chega o cheiro forte sobe. E ainda a água tem vindo com uma cor branca”.
Para tentar deixar a água melhor para o consumo, Ednalva relata que adota técnicas. “Eu coloco a água em uma garrafa plástica no sol e depois quando ela borbulha, boto dentro de casa. Depois eu tiro da garrafa e filtro. Isso melhora um pouco”, relata.
Segundo Ednalva, esse não é o primeiro problema encontrado na comunidade
em relação ao abastecimento de água. “Toda vida tivemos problema, é falta de água ou é a qualidade da água que não presta. Em minha casa somos cinco pessoas e não tenho condições de comprar água mineral. Muita gente está sentindo mal, porque nem sempre as pessoas filtram, eu mesma já tive feridas na boca”.
A comerciante Adriana Barbosa e Silva disse que está difícil consumir a água. “Está muito ruim a água que vem na torneira está muito clorada. Muita gente tem que comprar água mesmo sem condições. Desde que eu cheguei de São Paulo, que já faz um ano, e sinto a diferença, o gosto é horrivel e já tive ânsia e dor de barriga algumas vezes”, conta.
Em nota, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) informou que uma equipe de controle de qualidade será encaminhada até à Rua 79 da Cohab VI para coletar a água, que será encaminhada para análise. Caso seja detectada alguma anormalidade, a Compesa entrará com as medidas necessárias para garantir a distribuição de uma água para a população.
Denúncia
Os moradores da Cohab VI, devem fazer a denúncia na Agência Reguladora do Município (Armup), para que o órgão possa encaminhar um fiscal para colher o material, no caso a água, para análise. E a partir do resultado, caso sejam comprovados irregularidades, a Armup fará a notificação a Compesa para as devidas providências.