Impressora foi feita com madeira e componentes reutilizados.
Processo de desenvolvimento durou cerca de dez meses.
Uma impressora 3D possibilita modelar esculturas, miniaturas, joias, brinquedos, próteses, maquetes, peças para maquinário, ou seja, virtualmente qualquer objeto em três dimensões. Entretanto, o equipamento ainda é pouco acessível no Brasil e os preços podem variar de R$ 4 mil a mais de R$ 12 mil. Um jovem de Petrolina, no Sertão pernambucano, desenvolveu sua própria impressora, utilizando materiais alternativos.
O professor de Eletromecânica, Atanaildo Campos, de 24 anos, teve a ideia de criar o equipamento depois de uma conversa com amigos no ano passado. “Nós estávamos conversando sobre tecnologia e possibilidade de criação de uma impressora 3D. Como eu conhecia histórias de pessoas que haviam feito, decidi tentar também”, relembrou.
A partir de então, o professor começou a pesquisar e desenvolver a parte mecânica, um processo que durou cerca de dez meses. Segundo Campos, a sua impressora foi feita com materiais diferentes das convencionais. “Ela foi feita com madeira, o que normalmente não é usada, guias de gavetas, peças de computadores e impressoras comuns que reaproveitei. Isso barateou muito”, contou.
Para a impressão dos objetos em três dimensões, Atanaildo utiliza o ABS, que é um tipo de plástico. Esse material não está disponível na região, por isso é necessário ser comprado pela Internet. O professor já imprimiu algumas peças para melhorias na própria impressora, peças para uma nova impressora e uma escultura em miniatura.
O objetivo de Campos é produzir mais impressoras 3D, com custos reduzidos, para vender na região. “Como essa máquina é bem mais barata que as tradicionais, eu espero que fique mais acessível para todos”, concluiu.