Ele estava preso desde novembro do ano passado no Presídio Aníbal Bruno
A polícia investiga a morte do padre Mário Roberto Gomes de Arruda. Ele estava preso desde novembro do ano passado no Presídio Aníbal Bruno, depois de ser flagrado com escondendo 176 Kg de maconha na igreja São Judas Tadeu, no bairro de Pontezinha, no Cabo de Santo Agostinho. Durante o carnaval, o detento teria passado mal e sido encaminhado para o Hospital Otávio de Freitas (HOF). Na unidade de saúde a causa da morte não foi esclarecida.
O histórico de Mário Roberto surpreendeu a polícia. O religioso era o responsável pela Associação da Ordem Beneditina Missionária, braço da Igreja Católica Apostólica Americana no estado. A instituição foi criada após ele ter sido expulso, sete meses antes, da Igreja Católica Apostólica Brasileira por denúncias de alcoolismo. Na época, para não deixar a igreja, onde foi preso, chegou a ameaçar dom Geraldo Magela, bispo diocesano de Jaboatão dos Guararapes.
Há cerca de dois anos, Mário Roberto já havia sido expulso também da Igreja Católica Apostólica Romana, em Minas Gerais. Esse seria o motivo da mudança para Pernambuco. Além dos 170 quilos de maconha, o Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) apreendeu um revolver calibre .38 e uma carteira de autoridade eclesiástica.
Para a políca, o padre confessou o crime e disse que recebia o entorpecente para fazer repasses. Mário Roberto foi preso com Joselin Joana de Oliveira, de 20 anos, e Eduardo José dos Santos, 20, com os quais teria uma relação conflituosa. Todos foram autuados por tráfico de drogas e associação para o tráfico.