Com estiagem, produtores vendem para o sul e sudeste do país.
Preço da manga passou de R$0,80 neste mesmo período para R$1,10.
A cidade de Petrolina é conhecida pela fruticultura irrigada e ser um polo de exportação de frutas. Por conta da estiagem, os produtores locais estão também com as vendas direcionadas no mercado interno e em outras regiões do país.
A colheita de manga deve aumentar no Vale do São Francisco. A região é que está abastecendo os mercados do sul e sudeste do país. As mangas embaladas na fazenda Robson Araújo já tem venda certa. Por dia, saem em média 50 toneladas da fruta. “Hoje a gente abastece 80% da nossa produção vai para o Rio de Janeiro e os 20% mandamos para qualquer outro estado que nos faz o pedido de frutas e fazemos o fornecimento”, destaca o produtor.
Com a grande procura pela manga, o preço da fruta aumentou, passou de R$0,80 neste mesmo período de 2014, para R$1,10. O valor anima os produtores como Josivan Cardoso, que também acredita que a fruta pode ser ainda mais valorizada o mercado. “A gente fica assim esperando que os preços aumentem mais, porque melhor nunca tá. Quanto mais cara é melhor para nós. A nossa expectativa é que alcance o valor de R$1,50 ou até mais que esse valor.
Já a uva não está em momento bom de venda no mercado interno. Isso acontece porque já tem concorrentes externos. “O nosso foco é voltado ao mercado do sudeste e a gente enfrenta a concorrência com as uvas importadas do Chile e da Argentina. A perspectiva é que a gente consiga pelo menos pagar esse custo do primeiro semestre”, conta o produtor Edis Matsumoto.
O produtor rural está otimista e para investir ainda mais no mercado interno, Edis Matsumoto também investe em outra cultura.“Eu tenho investido também em maracujá e dependendo do período tem sido um excelente negócio”, comenta.
De acordo com o membro da Câmara de Fruticultura Irrigada do Vale do São Francisco, Walter Rocha, as expectativas não são as melhores. “Deveria ser boa e o que nós produzimos estão sem ter quem compre por conta da crise hidríca. As pessoas estão deixando de comprar frutas para comprar Caixa d´agua”, ressalta.