Disseminar notícias, fotos e vídeos instantaneamente gera responsabilidades. Entenda
Se no começo das redes sociais – lá nos tempos do Orkut, por volta de 2005 – a comunicação ficava a um acesso ao computador de distância, hoje, no auge do WhatsApp, ela está no bolso da maioria das pessoas. Inicialmente um substituto gratuito para o envio de mensagens entre smartphones, o aplicativo foi ganhando recursos até chegar ao status atual de queridinho para a comunicação em grupos.
Como em um fórum, os participantes enviam, recebem, comentam e passam adiante recados, notícias, fotos e vídeos. Então criou-se um problema: esse repassar quase sempre é feito sem checar se a informação é verdadeira ou se vai ferir os direitos de alguém que seja citado ou aparecer em imagens. Tanto faz se o assunto é política ou um vídeo de sexo.
“Ainda falta a noção de ética nessa comunicação”, crava a psicóloga Andréa Jotta, do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (NPPI/PUC-SP). “As pessoas simplesmente gostam e repassam, ou não gostam e repassam. Não há um nível de consciência, é um comportamento automático.”
Assim, fofocas e falsas notícias passam a se disseminar como se fossem verdadeiras. E fotos e vídeos de “revenge porn” (aqueles em que ex-namorados ou ex-maridos expõem as mulheres fazendo sexo) caem rapidamente em sites e na boca do povo.