Após interdição, pacientes procuram por atendimento de dentista em Pernambuco

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Moradora do bairro diz que alternativa é pagar em consultório particular.
Não há previsão para retorno de atendimentos.

Uma semana após a interdição ética feita pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO) de cinco consultórios odontológicos municipais de Petrolina a população ainda não sabe quando terá atendimento com dentistas. Segundo o Conselho, os locais não apresentavam condições de funcionamento que causaram risco à saúde de pacientes e profissionais.

Paredes com mofo, infiltrações e riscos de desabamentos foram algumas das situações encontradas pelos fiscais do CRO. Um dos locais interditados foi a unidade do Atendimento Multiprofissional Especializado (AME) do bairro Dom Avelar, na Zona Leste da cidade. A vendedora, Maria de Fátima Lima, foi à unidade de saúde em busca de atendimento. “Sexta-feira (17) eu vim pela manhã e vi o recado na porta e as atendentes me disseram que não têm previsão para o retorno das consultas porque foram interditadas as salas.

Um aviso na entrada da AME indicava a interdição (Foto: Amanda Franco/ G1)
Um aviso na entrada da AME indicava a interdição (Foto: Amanda Franco/ G1)

Segundo a moradora do bairro, a alternativa é pagar para ser atendida, pois não sabe quando as salas irão voltar a funcionar. “Tenho que procurar um dentista particular para mim e para minha filha, porque não tem como esperar voltar. Elas não disseram se eu poderia ter atendimento em outro local”, contou.

O membro do CRO em Petrolina, Antônio Renato Lira Leite, explicou que o paciente precisa observar alguns detalhes nos consultórios que garantem a higiene do local. “É preciso ver se a estrutura física não apresenta mofo, pois este é um fator biológico importante em que pode transmitir doenças”, contou o especialista.

Para os atendimentos os cuidados são redobrados. Renato Leite disse que os instrumentos de uso com o paciente precisam ser esterilizados em autoclave e abertos na frente do paciente, além disso eles devem ser guardados em locais fechados. As lixeiras devem estar em um recipiente tampado e os resídios químicos devem ser separados de lixo comum, para evitar o risco de contaminação.

Em nota, a Secretaria de Saúde informou que não recebeu oficialmente a notificação, mas já está iniciando as adequações necessárias.