Execuções são necessárias contra narcotráfico, diz Indonésia

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A indonésia defendeu nesta quarta-feira a execução de oito réus, entre eles o brasileiro Rodrigo Gularte, como uma medida necessária na luta contra o narcotráfico, respondendo às críticas da Austrália e do Brasil, que pediram clemência para seus cidadãos condenados à pena capital.

O procurador-geral, Muhammad Prasetyo, disse que as execuções não significam que a Indonésia considera os países de origem dos réus como inimigos, mas têm como objetivo dissuadir futuros criminosos.

“Estamos em uma guerra contra crimes horríveis de narcotráfico que ameaçam a sobrevivência de nossa nação”, disse Praseyto em Cilacap, região próxima à prisão onde os réus foram fuzilados, segundo a emissora local “Metro”.

O governo brasileiro manifestou sua “profunda consternação” pela execução do brasileiro Rodrigo Gularte, atitude considerada um “fato grave” na relação bilateral, deteriorada desde janeiro após o fuzilamento de Marco Archer Cardoso Moreira, condenado à pena capital pelo mesmo crime.

Desde então, a presidente Dilma Rousseff chamou o embaixador brasileiro em Jacarta para consultas, que ainda não retornou ao posto. Depois, se recusou a receber as credenciais do novo chanceler da Indonésia no Brasil.