Os servidores em educação da rede estadual de Pernambuco realizam nova paralisação das atividades nestas quarta-feira (8) e quinta-feira (9) em Petrolina. O motivo da reivindicação é pelo reajuste do piso salarial em 13,01% para toda a categoria. A última paralisação aconteceu nos dias 25 e 26 de março.
Segundo o coordenador regional Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), Robson José Nascimento, o reajuste está restrito apenas aos profissionais de nível médio, mas o sindicato quer que seja ampliado a todos os servidores em educação.
De acordo com o coordenador, na quinta-feira (9) está prevista uma mobilização na Praça Dom Malam, no Centro da cidade. “Será realizada uma assembleia pública onde deverão ser apresentados os rumos das negociações, além de um ato público em defesa da categoria”, contou.
O Sindicato ainda reivindica a abertura de concurso público para a contratação de professores para os últimos anos do Ensino Fundamental e do Médio, pois, segundo o coordenador, a última seleção aconteceu no ano de 2008. Também é cobrada melhoria na infraestrutura das unidades de ensino.
A Secretaria de Educação de Pernambuco, através da assessoria de comunicação, informou que a paralisação não deve prejudicar os alunos e que o calendário escolar será mantido. Além disso, a Secretaria declarou que o reajuste nos salários dos professores que estavam recebendo abaixo do piso começa a partir do mês de abril, com efeito retroativo a janeiro, porém não há mudança prevista para aqueles que recebem salário superior ao piso. Também não há previsão para novos concursos.
Afrânio
No município de Afrânio, também no Sertão pernambucano, os servidores em educação já haviam paralisado na segunda-feira (6) e na terça-feira (7). No primeiro dia os discentes realizaram um protesto em frente a prefeitura.
De acordo com Robson Nascimento, após a manifestação houve avanços nas negociações. “A prefeitura se demonstrou aberta ao debate e vamos nos reunir com representantes hoje (8) para discutir sobre a situação dos profissionais da cidade”, contou o coordenador regional do Sintepe.
