Morador do Dom Avelar conta que idosos ficam em pé.
EPTTC destacou que renovação parcial da frota deverá ser em 10 meses.
A superlotação dos veículos que fazem transporte de passageiros em Petrolina tem irritado quem precisa utilizar este tipo de serviço. Em alguns horários, o número de passageiros aumenta consideravelmente e impossibilita que todos sejam transportados com o número de carros disponibilizados.
Diariamente, Fagner Cabral utiliza ônibus nos horários em que o fluxo é maior. Ele é morador do bairro Dom Avelar, na Zona Leste da cidade, e afirma que, além do descaso, a situação beira ao desrespeito. “São idosos em pé e passageiros quase caindo. Na segunda-feira (27) eu estava com minha filha no colo e não cabia mais uma pessoa no ônibus, mas o motorista só dizia pra gente ir pra trás, senão ele não iria sair do lugar. Não dá para pagar uma passagem de R$ 2,45 e ter este tipo de transporte”, denunciou o usuário do serviço.
Segundo Fagner, com o ônibus cheio, o motorista não tem visibilidade. O medo do passageiro é caso aconteça um acidente envolvendo o veículo. “Com o tanto de gente, o número de feridos vai ser grande”, destacou. Os principais horários em que a quantidade de veículos não suporta o fluxo de passageiros, segundo Fagner, é de 7h às 8h e de 17h30 às 18h30.
A Empresa Petrolinense de Trânsito e Transporte Coletivo (EPTTC) explicou que existe um Plano de Mobilidade, com previsão para ser finalizado em oito meses, onde serão feitos estudos de origem e destino dos passageiros. Isso deverá redefinir o sistema de transporte no município. Porém, de acordo com o diretor-presidente da EPTTC, Paulo Valgueiro, uma equipe irá verificar o carregamento no bairro para ver a necessidade de aumentar a quantidade de veículos, pelo menos, nos principais horários.
Paulo Valgueiro destacou ainda que em relação às condições das frotas, o prazo para que as empresas adequem-se às normas é de 10 meses, segundo a modificação no Termo de Ajuste de Conduta (TAC) no Ministério Público. “Esta será uma renovação parcial, pois haverá uma licitação e algumas empresas correm o risco de ficar de fora”, disse.