O recém-inaugurado Condomínio popular Monsenhor Bernardino, em Petrolina, já apresenta problemas estruturais. Os moradores já convivem com extravasamento de esgoto, acumulo de lixo, estouramento da rede de água, falta de segurança, quedas constantes de energia e ineficiência na instalação da iluminação pública.
Três meses de inaugurado, os residentes deveriam comemorar a aquisição da casa própria, mas ao contrário disso, se reúnem para listar os problemas e elaborar um documento que, segundo eles, será protocolado no Ministério Público.
De acordo com os moradores, a Sertenge Empreendimentos responsável pelas obras de construção dos Residenciais do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) em Petrolina, bem como em Juazeiro, deveria prestar assistência técnica a moradia por seis meses após inauguração, mas se desvencilhou da obra, contratou uma empresa terceirizada e o condomínio está ‘jogado às traças’, no sentido literal da palavra.
“Minha casa está cheia de cupim, nosso teto está cedendo, com infiltrações de água, temos medo até de desabar”, declarou Geane Souza.
Lúcia Geisiane alega que não encontra os funcionários da empresa em caso de necessidade. “Eles nunca tem o material, nem disposição para fazer os serviços, daí a gente fica igual à bolinha jogados de lá para cá”.
Ana Claúdia Rodrigues disse que há um mês o esgoto está a céu aberto e a rede domiciliar está apresentando problemas aos moradores. “Minha casa alagou, as fezes voltaram para a minha casa, foi um desespero só”.
Nesse jogo de empurra-empurra entre Compesa e Prefeitura para os problemas de saneamento da comunidade, os moradores ameaçam denunciar o caso no Ministério Público. “Vamos reformular uma documentação enviar para a Caixa Econômica Federal, e em seguida mover uma ação no MP, pois estão destruindo adutora, entre outros problemas”, avisa o comunitário Gabriel Bandeira.
(Fonte): Mônia Ramos – Rádio Grande Rio FM