Missa aconteceu na Concha Acústica, no Centro da cidade.
Vaqueiros aboiaram e um grupo de sanfoneiros fizeram homenagem.
Centenas de pessoas entre elas, vaqueiros, amigos, fãs e familiares do radialista Carlos augusto, participaram na noite desta quarta-feira (8) da missa de 7º dia. A cerimônia aconteceu na Concha Acústica, na Praça Maria Auxiliadora no Centro de Petrolina.
O som dos aboios era ouvido de longe. Os vaqueiros eram figuras bem representadas pelo comunicador, inclusive com a realização das mais de 40 edições da Jecana no povoado do Capim, na Zona Rural. Além do vaqueiro, herança de seu pai, Carlos Augusto também foi um dos nomes no município que defendia a cultura sertaneja, como a música, que também foi lembrada durante a missa por um grupo de sanfoneiros.
O vaqueiro Paulo Fernandes Santana disse que apesar deste ser um momento de muita tristeza, não poderia deixar de comparecer. “Ele era um vaqueiro que incentivava os mais novos. Este é um momento de tristeza, mas temos que vir homenageá-lo. Sei que perdemos um amigo e que não iremos achar outro como ele”, destacou o vaqueiro.
O irmão do radialista, Franklin Delano, afirmou que toda a família ficou surpresa com a partida, mas o carinho das pessoas foi uma forma de conforto para a dor. “Realmente tem sido muito difícil. É como se estivéssemos juntando cacos de uma dor que predomina em nós, um sentimento profundo. Sentimos o quanto ele era querido em Petrolina. Jamais imaginávamos isso, o que nos gratificou bastante”, disse.
A missa foi celebrada pelo padre José Guimarães. O religioso destacou que apesar da profunda tristeza, esta missa era uma forma de esperança e agradecimento. “Queremos celebrar o momento de esperança, com certeza com muita saudade. Ele cumpriu a sua missão aqui na terra com suas obras”, afirmou o padre.
A esposa de Carlos Augusto, Francisca Mousinho Gomes, disse que a missa foi da maneira que o radialista desejava. “Antes de morrer, ele pediu que quando eu passasse com o corpo em casa. Fiz isso e só depois levei para a Câmara (de Vereadores) e entreguei ao povo como ele gostava. Naquele momento senti que Carlos não era só nosso. Então entreguei e o povo se manifestou da forma mais bonita. Eu me sinto assim com uma missão cumprida e de coração leve”, disse a viúva.
Carlos Augusto tinha 74 anos faleceu na última quinta-feira (2) em um hospital na cidade vizinha de Juazeiro, BA, após sofrer parada cardíaca.