Grupo chefiado por um advogado, pede a morte de Lula no Facebook

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O advogado abastece a conta com uma mistura de informações do UOL, da Veja e da ISTOÉ com montagens mentirosas e notícias visivelmente falsas.

O antipetismo está forte nas redes e os crimes digitais ganham também força. Desde o dia 8 de abril foi criado um grupo público chamado “Morte ao Lula” no Facebook, com a foto de um caixão na capa e a participação de mais de 1500 pessoas.

O dono da página é um advogado de Bragança Paulista (SP) que adora reclamar da justiça. “Há cinco anos atrás sofri uma agressão gratuita na rua por um sujeito drogado e tive essa lesão. O marginal ficou impune e pasmem eu é quem estou sendo processado”, escreveu Marcio Luiz Curci Nardy, ao lado de uma foto dele de olho roxo. Também é um admirador assumido do ator Kevin Costner e de Fórmula 1.

Nardy abastece a conta com uma mistura de informações do UOL, da Veja e da ISTOÉ com montagens mentirosas do ex-presidente petista e notícias visivelmente falsas. No repertório também estão incluídos dados da Folha Política, página vinculada ao Movimento Contra Corrupção e coisas dos Revoltados On-Line.

Outra página, menor e com 30 pessoas, também foi criada com o nome “Morte a Dilma”.

Um traço comum nas postagens são os textos em caixa alta. “ESTE GRUPO VISA ENTERRAR ESSA FIGURA QUE ACABOU COM A VIDA DE MILHARES DE BRASILEIROS”, diz a frase que descreve o bando.

Com um crime deste tipo à solta na internet, segundo os princípios do Marco Civil da Internet, o PT e o próprio Lula podem pedir o acesso ao IP e a mais informações sigilosas de Marcio Luiz Curci Nardy para abrir um processo judicial.

As divergências políticas que deveriam ocorrer de maneira civilizada foram levadas à insanidade no Facebook. E é de se estranhar que a rede social não tenha tomado nenhuma medida para apagar tal página, enquanto censura fotos de seios femininos segundo seu algoritmo pré-programado.

Não se deve calar diante de uma ameaça de morte aberta na rede. Especialmente em uma democracia como o Brasil.

 

(Fonte): DCM – Diário do Centro do Mundo