De acordo com a portaria assinada pelo secretário de Defesa Social de Pernambuco, Angelo Gioia, o objetivo da suspensão do gozo de férias dos policiais é “prevenir e reduzir a criminalidade no mês de dezembro, diante do aquecimento da economia, das festividades de final de ano e do aumento do fluxo de pessoas nas diversas regiões do Estado de Pernambuco”. A medida levou em consideração a redução de policiais militares nas ruas devido à não adesão ao programa Jornada Extra de Segurança.
Ainda de acordo com o documento, a interrupção das férias e o retorno imediato às atividades deverão ser comunicados aos policiais em exercício na Secretaria de Defesa Social (SDS-PE) e em órgãos operativos por seus respectivos comandantes, diretores ou chefes. O gozo das férias suspensas pela portaria será retomado a partir do dia 2 de janeiro de 2017.
O único caso que a portaria prevê como exceção se refere aos servidores que dependem do gozo das férias para conseguir finalizar o processo de aposentadoria. “As situações excepcionais serão submetidas ao Secretário de Defesa Social, que decidirá sobre cada caso observando razões de conveniência, oportunidade e interesse público”, informa o documento.
Exército nas ruasDesde a sexta-feira (9), 3.500 militares das Forças Armadas atuam nas ruas da capital pernambucana. O emprego foi autorizado pelo presidente Michel Temer “para a garantia da lei e da ordem na Região Metropolitana […] até o dia 19 de dezembro de 2016”.
Denominada ‘Operação Leão do Norte’, com custo superior a R$ 2 milhões, eles realizam atividades de competência da Polícia Militar. A intenção é garantir a segurança durante o período de trabalho reduzido da Polícia Militar, a chamada operação padrão da categoria.
Também na sexta-feira, policiais e bombeiros militares fizeram uma passeata após a prisão do presidente da Associação dos Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE), Alberisson Carlos, e do vice da associação, Nadelson Leite.
Eles caminharam até o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do estado, onde asseguraram que não há greve, mas que vão cumprir a decisão da última assembleia: sem adesão aos Programas de Jornadas Extra (PJEs) e manutenção da operação padrão em reivindicação à abertura de negociação salarial com o governo.
Via: G1-PE