Pescadores e moradores de Santa Maria da Boa Vista, em Pernambuco, participaram nesta semana de mais um peixamento realizado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Desta vez, foram inseridos cerca de 10 mil alevinos de piau verdadeiro no trecho do Velho Chico que passa pelo município.
O presidente da Colônia de Pescadores de Santa Maria da Boa Vista e pescador há mais de 15 anos, José Ivan da Cruz, que vive exclusivamente da pesca, afirmou que ações como essa são essenciais para a continuação da atividade pesqueira na região. “Esse peixamento é muito importante. Com a situação que o rio está hoje, nós precisamos de tudo que venha para cuidar dele. A gente espera que os pescadores tenham consciência de não pegar os peixes agora, que ainda estão pequenos. Vamos deixar eles crescerem mais. Se reproduzirem. É dever nosso também”, disse.
“O peixamento faz parte de um processo, que começa com a Codevasf, que é a responsável pela pesquisa e pelo investimento para a preservação do ecossistema aquático e da biodiversidade. Tão importante quanto isso é a continuidade desse processo, que está nas mãos dos próprios pescadores. Preservar o ciclo de crescimento dos peixes, permitindo que eles se reproduzam para só então pescá-los, é uma atitude ecológica que vai garantir a sustentabilidade da atividade pesqueira no local e o sustento dessas famílias. A espera compensa já que o resultado é mais comida na mesa e dinheiro no bolso do pescador”, afirma Inaldo Guerra, diretor da área de revitalização da Codevasf.
A colônia de pescadores, que acaba de completar 20 anos, reúne outros 860 associados. Sérgio Bispo dos Santos, pescador há quatro anos, acredita que os peixamentos também contribuem para a economia da região. “Vai gerar renda pra o município de Santa Maria e para nós, pescadores. Além de cuidar do rio, que é preciso, pois é um grande patrimônio nosso”, comentou.
“A Codevasf tem realizado diversos peixamentos ao longo dos municípios ribeirinhos do rio São Francisco em Pernambuco. Recentemente, Cabrobó, Orocó e Petrolina também receberam peixamentos promovidos pela Companhia”, lembrou o superintendente regional Aurivalter Cordeiro.
Além de promover o repovoamento e a biodiversidade da bacia, os peixamentos contribuem para a pesca familiar, com o aumento dos estoques pesqueiros, e para a conscientização da população.
Os peixes usados nessas ações de repovoamento foram produzidos no Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Bebedouro, unidade de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia da Codevasf localizada no Projeto Público de Irrigação de Bebedouro, a cerca de 42 quilômetros da sede de Petrolina.
Mais informações: www.codevasf.gov.br
Por: Assessoria de Comunicação e Promoção Institucional da Codevasf