Deputados de oposição anunciaram, nesta quarta-feira (5), que darão prosseguimento ao processo de obstrução da pauta do plenário em protesto contra o governo do presidente da República, Michel Temer. Estão em obstrução: PT, PDT, PcdoB, Psol, Rede e Minoria.
Nesta tarde, está em análise um requerimento de adiamento da votação da Medida Provisória (MP) 771/17, que cria uma autarquia federal, de caráter temporário, para administrar o legado patrimonial e financeiro deixado pelas Olimpíadas e Paralimpíadas de 2016, como as arenas esportivas.
O deputado Edmilson Rodrigues (Psol-PA) considerou que a medida é, de maneira geral, positiva, mas, para ele, não há como ignorar as denúncias contra o atual governo.
“É muito importante que os acervos arquitetônico, esportivo e cultura sejam preservados, porque assim também se preserva os investimentos feitos”, disse Rodrigues. “No entanto, ano que vem tem eleição e vai ficar difícil algum deputado subir aqui e dizer que Michel Temer é inocente”, completou. As informações são da Agência Câmara.
Também critico ao governo, o deputado Henrique Fontana (PT-RS) disse que o País vive talvez a maior crise institucional de sua história. “A crise é política, ético-moral e avança sobre a economia brasileira. Esse parlamento é um bunker [ abrigo] de gelo que já está derretendo. Lá fora, na rua, na vida real, mais de 95% das pessoas não aprova mais esse governo de Michel Temer”, disse.
A medida provisória em análise prevê que a nova autarquia, denominada de Autoridade de Governança do Legado Olímpico (Aglo), vai absorver os recursos patrimoniais, as obrigações, o quadro de cargos em comissão e as funções gratificadas da Autoridade Pública Olímpica (APO), que foi extinta em 31 de março deste ano por meio de resolução do Conselho Público Olímpico.