De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos aproximadamente 1,3 milhões de pessoas morrem vítimas da imprudência ao volante. No Brasil são 47 mil mortes no trânsito por ano e 400 mil pessoas ficam com algum tipo de sequela. Segundo levantamentos do Observatório Nacional de Segurança Viária, o custo destes acidentes para o país é de $56 bilhões, valor que poderia construir 28 mil escolas ou 1.800 hospitais.
A partir destas estáticas alarmantes, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), unidade Petrolina, vai realizar, no dia 9 de agosto, o I Seminário sobre os crimes de trânsito. Sediado na Facape, instituição parceira do evento, o Seminário pretende abordar as questões que envolvem o endurecimento do Código de Trânsito Brasileiro sobre os crimes praticados por motoristas e as diferenciações entre infrações e crimes. O evento é voltado para acadêmicos de Direitos, profissionais da área e interessados na temática. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do e-mail: del06.pe@prf.gov.br, pelo WhatsApp (87)98157-9153 ou pelo formulário eletrônico disponível no link https://bit.ly/2v29Zua.
Segundo o inspetor chefe da PRF, Paulo Lima, o evento vai abordar questões como os acidentes de trânsito e seus impactos na previdência social, na área de saúde e social. Lima explica que o objetivo é sensibilizar e conscientizar a população sobre os crimes de trânsito, trazendo esclarecimentos desde a conduta enquadrada com crime até as suas penalidades. “O que pretendemos é levar conhecimentos específicos sobre o código brasileiro de trânsito aos acadêmicos de Direito, além abrir um campo de discussão entre os profissionais que advogam na área criminal, administrativa e cível e também promover interação com os demais órgãos da administração pública, a fim de tentarmos coibir ações que culminem em acidentes, crimes e fatalidades”, explica o inspetor.
Para o presidente da Facape, Antonio Habib, promover este tipo de debate dentro do ambiente acadêmico é uma maneira efetiva de gerar um movimento de mudança e conscientização. “A integração de órgãos, que regimentam o trânsito, com estudantes é uma importante ferramenta de transformação, uma vez que estes alunos serão futuros profissionais que estarão em contato com estas práticas jurídicas e que hoje estão no trânsito e podem se tornar motoristas e pedestres mais conscientes e prudentes”, afirma o professor.
Texto: Thirza Santos