O Ministério Público da União (MPU) divulgou nessa quarta-feira (22/8), no Diário Oficial da União (DOU), o edital de abertura do concurso público para seleção imediata de 47 servidores e formação de cadastro de reserva. Para fazer parte da lista, os inscritos precisam ter aproveitamento médio de, pelo menos, 60% das provas, agendadas para 21 de outubro.
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A escassez de grandes concursos, a boa remuneração e o alto aproveitamento de candidatos fazem com que seja um processo seletivo bastante visado, consequentemente, tenha alta concorrência. Essa é a terceira vez consecutiva que o Cebraspe (antigo Cespe) é responsável pelo concurso do MPU e, da última vez que esses cargos foram contemplados, há cinco anos, foram contabilizadas 283.178 inscrições, sendo 71.464 adesões para analista e 211.714 para técnicos.
Na ocasião, foram oferecidas 147 chances imediatas com demanda média de 1.926 candidatos por vaga. Alguns estados impressionaram: em Pernambuco, a disputa foi de 8,6 mil pessoas para o único posto oferecido ao cargo de técnico-administrativo.
Tradicionalmente, são convocados muito mais classificados que as oportunidades oferecidas. Em 2013, cerca de quatro mil foram chamados para tomar posse durante a validade da seleção, que terminou em agosto de 2017. Em algumas localidades, como no Distrito Federal, convocaram 1.154 classificados para o cargo de nível médio, 28 vezes o número de postos oferecidos em edital. Para analistas, 700 pessoas foram chamadas e só 10 vagas eram imediatas.
Duas razões justificam esse número: o MPU não tem a mesma limitação que o Executivo federal de só poder aproveitar até 50% a mais que o número de vagas. Além disso, o cadastro de reserva atende aos quadros do Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Ministério Público Militar (MPM) e Ministério Público do Trabalho (MPT) em todo o país.
Acertos nas provas
A nota que os empossados tiveram direcionam estrategicamente os aspirantes da nova seleção. Essa estatística varia conforme a localidade escolhida na hora da inscrição, ainda assim, o dado conhecido como “nota de corte” cria um parâmetro do mínimo necessário para se tornar competitivo para as avaliações de outubro.
Entre os últimos convocados para técnico na seleção mais recente, o menor aproveitamento foi de 39,16% do 89º colocado no Amazonas e, o maior, de 67%, em 4º lugar no Ceará. Já os analistas, o mínimo foi de 59% do 54º lugar também no Amazonas e, o máximo, de 72% do 8º lugar em Sergipe. Considerando as notas médias de quem hoje está no MPU, o ideal é ter, pelo menos entre 65% e 70% de pontos positivos nas provas para reduzir os efeitos da concorrência e da nota de corte.
Algumas regras previstas no edital também precisam ser observadas. A principal delas é uma característica do Cebraspe temida entre os concurseiros: cada resposta marcada em discordância com o gabarito oficial representa um ponto negativo na soma total. Sendo assim, em caso de dúvida, o recomendado é não tentar chutar a questão e deixar a resposta em branco.
Do total de 120 pontos da prova objetiva, distribuídos entre os 50 pontos de conhecimentos básicos, comuns aos dois cargos, e os 70 de conhecimentos específicos, é preciso garantir uma quantidade mínima para permanecer na disputa. Serão desclassificados aqueles que tiverem menos de 10 pontos em conhecimentos básicos e/ou menos de 21 de conhecimentos específicos e/ou que não somarem pelo menos 36 totais.
Quem concorrer às vagas de analista também deve estar atento à prova discursiva, cujo tema estará relacionado à Legislação Aplicada ao MPU e CNMP. Trata-se de um texto dissertativo de até 30 linhas que vale 40 pontos. Para ter a redação corrigida, o candidato terá que ter nota igual ou acima de 20 pontos. Além desse requisito, há limite da quantidade de textos avaliados: 2.418 entre os inscritos para ampla concorrência, 509 dos candidatos que concorrem às vagas de pessoas com deficiência e 1.009 dos que se declararam negros.
Remuneração e benefícios
O MPU foi um dos beneficiados com os reajustes ocorridos em 2016 e, hoje, oferece aos servidores remuneração bem acima da encontrada na iniciativa privada. Os técnicos-administrativos, cargo que exige o nível médio, recebem R$ 6.862 e, os analistas, R$ 11.259. Até tomarem posse, está previsto dois aumentos, um em novembro de 2018 e outro em janeiro de 2019. No final desse prazo, os salários serão de R$ 7.591 e R$ 12.455, respectivamente.
Entre os benefícios, estão o auxílio-alimentação de cerca de R$ 900, auxílio transporte – variável conforme a localidade, auxílio pré-escola de R$ 699. A qualificação profissional também é valorizada, desde treinamentos até doutorado, adicionando entre 1% e 12,5% nos ganhos mensais.
Há também gratificação por exercer atividade no MPU e por participação em projetos. A carga de trabalho é de 40 horas semanais, com a possibilidade de flexibilização do horário para quem estuda e trabalha.
Com informações o Metropoles
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