O mistério em torno da defesa de Adélio Bispo – acusado de esfaquear o candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro – continua. Agora, a pessoa de identidade desconhecida que financiava o advogado do agressor sumiu. Por isso, Zanone de Oliveira afirmou que pode deixar o caso. A informação é do site O Antagonista.
“Depois que surgiram as ameaças de morte, ele não entrou mais em contato. Temos de ver agora quem vai pagar a conta”, afirmou o advogado ao site.
O nome do financiador ainda é mantido em sigilo por Zanone de Oliveira, que reafirma: “O pagador misterioso é alguém que conheceu Adélio em uma igreja evangélica”. Se a pessoa que banca os custos do advogado não aparecer, os honorários não serão pagos e, com isso, o agressor de Bolsonaro poderá ficar sem defesa.
O advogado de Adélio já defendeu outro cliente envolvido em polêmica. Ele era defensor do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, condenado a 27 anos de prisão pelo assassinato, em 2010, da modelo Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno. O atleta, que à época jogava no Flamengo, foi condenado a 22 anos de reclusão, por homicídio e ocultação de cadáver.
Desde a identificação do agressor de Bolsonaro, Zanone de Oliveira disse que o dinheiro para pagar a defesa está sendo bancado por uma igreja evangélica de Montes Claros (MG), onde Adélio morava e tinha família, mas não quis revelar o nome da instituição.