Neste Setembro Verde, a Organização de Procura de Órgãos do Hospital Dom Malan/IMIP de Petrolina está realizando mais uma edição da Campanha Nacional de Incentivo a Doação de Órgãos e Tecidos. As ações tiverem início na primeira semana do mês e seguem até o dia 30.
Entre as atividades estão: Divulgação in loco no Hospital Universitário e HDM do processo de doação; Treinamento com as equipes multiprofissionais dos Hospitais Memorial, Neurocárdio, Unimed, HU-UNIVASF e Dom Malan; Ação educativa com a comunidade em uma escola do município, em parceria com a Secretaria de Saúde; Curso de Habilitação para o Diagnóstico de Morte Encefálica (ME); e Missa em Ação de Graças às Famílias Doadoras.
Todo ano, a OPO – em parceria com a Central de Transplantes de Pernambuco (CT) –, realiza uma programação especial voltada à conscientização e sensibilização sobre a importância da doação.
“Nós fazemos questão de trabalhar o Setembro Verde, justamente por identificarmos que as negativas das famílias ainda são muito baseadas na falta de informação, esclarecimento e falsos mitos. Além disso, é uma oportunidade boa para atualizarmos as equipes que prestam cuidados aos potenciais doadores e habilitarmos novos profissionais médicos para o diagnóstico da morte encefálica”, esclarece a enfermeira gerente da OPO, Évora Leal.
Petrolina é a 6ª cidade do país que mais realiza doações. Até agosto desse ano já foram doados 115 órgãos. De janeiro a agosto de 2018 foram realizados 52 diagnósticos de morte encefálica viáveis para doação de órgãos; destes 42 foram doadores, mediante autorização familiar, e 10 negados. No mesmo período, em 2019, foram confirmados 47 mortes encefálicas com viabilidade dos órgãos para captação e transplante, com 35 aceitos para doação e 12 negados. Embora, seja visível a diminuição de casos de morte encefálica nesse mesmo período, quando comparados 2018 e 2019, o índice de efetividade de doação baixou de 80,7% para 74,4%.
Por isso, as campanhas educativas e o Setembro Verde são tão importantes. Ainda existem em Pernambuco 1288 pacientes na fila de espera por um transplante e esse número poderia ser menor se mais famílias aceitassem mais a doação pós-morte.
É um processo totalmente seguro e legal. A doação só acontecesse por autorização da família, após confirmação inequívoca do falecimento pelo diagnóstico de morte encefálica, estabelecido em legislação através de exames clínicos e de imagem que compõe o protocolo de ME. “Cada doador pode salvar pelo menos de 4 a 5 vidas, e esse é um grande gesto de generosidade. Doar órgãos é doar vidas”, finaliza Évora.
Por: ANNA MONTEIRO – ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO HOSPITAL DOM MALAN/IMIP – PETROLINA (PE)