O engenheiro agrônomo, Junior Gouveia, tem dicas importantes para aumentar a eficiência, segurança, conforto e capacidade operacional das máquinas de calibração de pulverizadores. “A operacionalização correta dessas máquinas aumenta a produtividade do cultivo. É comum encontrar máquinas novas ou com pouco tempo de operação desempenhando trabalho insatisfatório. No caso dos pulverizadores, essa realidade é visível pelas falhas nas aplicações que, muitas vezes, deve-se a manutenção ou a calibração incorretas ou, até mesmo, não realizadas”, pontua o engenheiro.
Ao defender a aplicação correta da técnica, Gouveia explica, por exemplo, que o tamanho de gota deve ser compatível com o modo de aplicação, com as condições ambientais e com o produto utilizado. “Por isso, a importância do agricultor ter a orientação de um profissional para o manuseio correto das máquinas de calibragem”.
Gouveia defende a aplicação com respeito às normas técnicas na produção de cultivos. “A pulverização deve considerar os fatores ambientais no momento da atividade, conhecimento sobre aplicação correta dos produtos e a calibração correta dos equipamentos, para que as atividades ocorram de forma adequada, refletindo diretamente no menor dano ambiental, redução de litígios em áreas agrícolas e redução dos custos de produção”.
Ajustar corretamente o equipamento eleva a produtividade e reduz custos com agroquímicos em até 30%, ainda de acordo com ele. “É possível diminuir consideravelmente as perdas, com o ajuste correto das máquinas pulverizadoras”, garante o Gouveia.
Ainda de acordo com ele, quando não há um acompanhamento e a aplicação adequada da pulverização, as consequências negativas podem ser geradas, desde a contaminação ambiental até a redução da rentabilidade da lavoura. “A má calibração do equipamento resulta em aplicações de doses incorretas dos defensivos agrícolas, que podem contaminar o solo, a água, os vegetais alvo da pulverização colocando em risco toda a produção. A calibração mal feita pode gerar também o aumento do custo da pulverização, a partir da necessidade de acréscimo na quantidade de produto aplicado ou da necessidade de reaplicação, fator que gera maiores custos com mão-de-obra e combustível”, explica acrescentando que o Vale do São Francisco evoluiu bastante em muitos fatores da produção de frutas, se tornando uma das regiões mais tecnificadas no cenário mundial da agricultura, mas a tecnologia de aplicação não acompanhou o mesmo desempenho evolutivo de outros fatores de produção. “Precisamos muito evoluir nesse aspecto”, finaliza.
Por: Mônia Ramos/ Jornalista