Nesta sexta-feira (25), o prefeito Simão Durando esteve reunido com sua equipe de secretários para discutir sobre a Reserva de Vida Silvestre (RVS) Tatu-Bola, localizada em uma área que abrange os municípios de Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista. Implantada em 2015, a área tem 110 mil hectares e foi criada para preservar espécies endêmicas da região, como o tatu-bola. A ação, no entanto, causou um grande problema social, pois impede um conjunto de direitos e garantias para as famílias produzirem, colocando em risco o sustento de milhares de pessoas que vivem em áreas sobrepostas à Unidade de Conservação.
De acordo com Simão Durando, a ideia é liderar um grupo de trabalho formado por representantes de Lagoa Grande e Santa Maria para alterar a lei que determina que o espaço seja uma reserva e passe a se tornar uma área de proteção com mais autonomia para as famílias conseguirem produzirem e terem acesso a financiamentos públicos entre outros direitos suprimidos pela atual regra. A mudança, porém, não vai causar impacto ambiental já que o novo modelo também irá assegurar a preservação ambiental por meio de vários instrumentos legais e de fiscalização.
“Centenas de famílias tem cobrado essa mudança desde 2015. Já ocorreram grandes perdas e não podemos mais permitir que essa discussão não seja feita. É necessário um entendimento para que a gente possa evitar futuros conflitos. Não há qualquer interesse de causar danos à conservação da biodiversidade, mas é fundamental as famílias tenham direito ao sustento básico e garantias sociais”, destacou.
Simão ainda afirma que pretende se reunir nas próximas semanas com prefeitos e representantes de sindicatos, associações e famílias da região para construir uma solução conjunta. “Tenho confiança de que vamos encontrar uma solução para encerrar esse transtorno com muito diálogo e respeitando todos os aspectos sociais e ambientais. O que não podemos mais é deixar que essa situação se agrave mais”, resume o prefeito.