O acordo de livre comércio fechado nesta sexta-feira (06) entre os líderes do Mercosul e da União Europeia traz uma grande notícia para os fruticultores brasileiros: as taxas de exportação de uva serão zeradas. A medida trará reflexos positivos para a economia do Vale do São Francisco, maior exportador da fruta no país.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Exportadores de Frutas (Abrafurtas), Guilherme Coelho, o modelo de tarifação atual prejudica os exportadores brasileiros. “Alguns países como África do Sul e Peru não pagam o chamado Imposto Duty para exportar suas frutas, o que prejudica seriamente o Brasil”, explicou.
“Dediquei o meu mandato de deputado federal, integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e membro permanente da Comissão de Agricultura da Câmara, para colaborar com o governo brasileiro nas negociações desse acordo e de outras medidas para diminuir as desigualdades competitivas enfrentadas pelos nossos exportadores” completou Guilherme Coelho.
Com o acordo, as tarifas para exportação de frutas serão zeradas gradualmente, mas para a uva será imediato. “O imposto sobre a uva será zerado. O setor vai aumentar suas vendas, consequentemente, irá gerar mais emprego e renda”, destacou o presidente da Abrafrutas.
Redução das tarifas
O acordo prevê a isenção gradativa ou total das tarifas. Veja alguns exemplos:
- Maçã – tarifa atual 10% – decrescendo a 0% em 10 anos
- Melancia e melão – tarifa atual 9% – decrescendo a 0% em sete anos
- Uvas – tarifa atual de 11% – chegará a 0% imediatamente que o acordo entrar em vigor (previsão 2025)
Sobre o acordo entre Mercosul e União Europeia
O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia foi anunciado após a reunião dos líderes dos blocos na cúpula do Mercosul em Montevidéu, no Uruguai. Após 25 anos de negociações, o acordo irá reduzir ou zerar as tarifas de importação e exportação entre os dois blocos e trará benefícios significativos para consumidores e empresas, de ambos os lados.