Não é difícil reconhecer um motociclista na rua. Ele geralmente está equipado com jaqueta, calças, botas, luvas, capacete e, claro, a moto. E mesmo que esses elementos não estejam presentes, o motociclista tem uma postura diferente, e geralmente carrega algum símbolo de sua paixão consigo. Isso porque as motos não são apenas um veículo que leva uma pessoa de um lugar para outro. Esse é um estilo de vida.
Da mesma forma, também é fácil reconhecer quem não faz parte desse círculo. Essas pessoas geralmente confundem os termos e chamam os amantes das motocicletas de motoqueiros. Apesar de perdoável, esse é um erro grave.
Mas afinal de contas, por que todo motociclista não gosta de ser chamado de motoqueiro? Qual é a história por trás desse preconceito? Continue lendo este artigo e entenda.
A diferença entre as duas palavras
Antes de mais nada, é importante entendermos as diferenças entre as duas palavras. O termo motociclista se refere a todas as pessoas que conduzem uma motocicleta. Ele também é derivado do motociclismo, que compreende o lado esportivo, a corrida de motos. No dicionário, o termo motoqueiro aparece como um sinônimo de motociclista. Mas ele também está atrelado ao conceito de gangues. Por isso, podemos afirmar que embora essas duas palavras sejam usadas para se referir a um mesmo grupo de pessoas, existe um fator cultural atrelado a elas.
O fator depreciativo porquê todo motociclista não gosta de ser chamado de motoqueiro
Durante algumas décadas do século XX existiam gangues de motoqueiros por todo o mundo que, além de andarem em motos, também praticavam crimes. Essa imagem foi reforçada pelo cinema, que encontrou nessas figuras a representação perfeita para os vilões dos filmes. Por isso, durante muitos anos, a imagem dos motoqueiros foi associada a práticas terríveis dentro da sociedade.
Os clubes de motociclistas existem desde que o veículo foi inventado, mas a verdade é que a sua atuação está bastante distante das práticas dos vilões do cinema. Muitos deles existem, inclusive, para tentar derrubar essa barreira cultural. Para provar que o fator depreciativo que as motos têm não passa de preconceito. E uma das formas de fazer isso é mudar o vocabulário. Por isso o verdadeiro motociclista não gosta de ser chamado de motoqueiro.
O preconceito dos dias de hoje
Nos dias atuais, o preconceito reside mais em atitudes no trânsito que crimes cometidos contra o patrimônio ou a vida das pessoas. O motociclista não gosta de ser chamado de motoqueiro porque não quer ser confundido com aquela pessoa que pilota com imprudência, costura o trânsito e até é agressivo com outros motoristas. O verdadeiro motociclista entende que o prazer de pilotar uma moto está na liberdade que ela traz, e não em arrumar confusão com outras pessoas.
Quem anda de moto ou conhece alguém que o faz, sabe que o motociclista não gosta de ser chamado de motoqueiro. Isso porque existe uma conotação negativa nessa palavra. Ela remete aos vilões de filmes, às gangues criminosas e aos motoristas imprudentes e agressivos dos dias de hoje. Usar o termo correto é um ato político. Mostra para as outras pessoas que o seu estilo de vida não está ligado a nenhum desses fatores ruins que citamos aqui.