Em Petrolina, alguns moradores estão construindo lombadas – os famosos quebra-molas – sem a autorização do órgão responsável, é o que afirma a engenheira de trânsito Paula Lopes. A prática irregular, além de oferecer danos aos veículos, ainda pode provocar acidentes.
A engenheira esclareceu dúvidas e foi questionada se existe um trabalho de controle ou combate a esse tipo de construção na cidade. “Existe sim. Nós fiscalizamos as lombadas irregulares e retiramos se elas estiverem fora dos padrões ou se não tiverem sido autorizadas pelo órgão de trânsito do município”.
Paula listou os principais perigos com essas construções irregulares. “Acidentes, assaltos, quando se tem uma ondulação transversal que se faz necessário diminuir bruscamente a velocidade, os assaltantes acabam aproveitando aquela redução de velocidade para praticar o ato”, enfatizou.
De acordo com a engenheira, o estudo para a construção de lombadas na cidade é feita através de solicitação do morador ou comunidade, que deve se reunir e fazer a solictação via ofício encaminhado à AMPPLA. Com isso, é feito o levantamento se há alto risco de acidente, se é possível executar a ondulação transversal na rua, se pode ser executado no pavimento, em seguida é elaborado um laudo técnico de acordo com a resolução nº 600 do CONTRAN. É importante lembrar a população que a construção de lombadas irregulares estará sob risco de punição. Além das penalidades cíveis pode acarretar em multa que varia entre R$ 151,00 a R$ 908,00.
A AMPPLA vem estudando a possibilidade de não se executar mais lombadas em Petrolina, pois segundo a engenheira, prejudica o trânsito em diversos fatores. ” Prejudica na questão de velocidade, não diminui o risco de acidentes porque é muito pontual, o condutor vai passar na lombada e logo em seguida já vai acelerar e isso pode ocorrer risco de acidente até mais grave por conta da velocidade de arranque. Nós estamos estudando outras possibilidades e soluções de engenharia de trânsito para evitar a colocação de ondulações transversais”, pontuou.
Por: Simone Marques - GRFM