O Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan) está a procura de parceiros para cumprir um nobre objetivo – reflorestar 100 hectares de Caatinga em duas importantes Unidades de Conservação (UCs), a Área de Proteção Ambiental (APA) Chapada do Araripe e a Floresta Nacional (FLONA) do Araripe-Apodi. O Cepan convoca instituições e profissionais da região, ligados a atividades de restauração florestal, bem como proprietários rurais com áreas disponíveis, para dialogar, conhecer melhor a realidade local e estabelecer possíveis parcerias.
A instituição busca entender melhor a cadeia produtiva em restauração florestal na região das UCs, que estão localizadas entre os estados de Pernambuco, Ceará e Piauí, abrangendo 33 municípios. Quer entrar em contato com produtores de mudas, coletores de sementes, fornecedores de insumos e serviços como cercamento, produção e plantio de mudas e sementes e preparação de solo. Empresas e profissionais dessas áreas estão convidados a fazerem contato com o Cepan.
A proposta é entender melhor a cadeia local e identificar potenciais prestadores de serviços e fornecedores de insumos, de modo a conduzir os reflorestamentos com oportunidades de renda para as populações locais. “Nossa intenção é movimentar uma cadeia produtiva da restauração, ligando e potencializando seus elos, e gerando oportunidades de renda para as famílias envolvidas”, comenta Emanuelle Souza, analista de projetos do Cepan.
Além disso, o Cepan está mobilizando proprietários rurais que tenham interesse em receber, de forma gratuita, atividades de reflorestamento ou sistemas agroflorestais em suas propriedades. O objetivo é recuperar trechos de vegetação, reduzindo impactos ambientais, sociais e climáticos provocados pela degradação. O bioma Caatinga, tipicamente brasileiro, é um dos mais ameaçados do mundo, enfrentando processos de desertificação e de alta vulnerabilidade de suas populações.
Neste janeiro de 2021, o Cepan iniciou planejamento para as primeiras restaurações em propriedades que já aderiram ao projeto, como a Oásis Araripe, Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) gerenciada pela Aquasis, ONG parceira do projeto. No entanto, a instituição quer mobilizar mais prestadores de serviços e levar os benefícios do projeto a mais territórios. “Recuperar esse bioma é urgente não só para proteger a biodiversidade, mas também para garantir o bem-estar das populações que ali vivem e usufruem dos serviços ecossistêmicos”, detalha Emanuelle.
Instituições e pessoas interessadas em integrar o projeto podem obter mais informações ou sinalizar interesse através de contato no email araripe@cepan.org.br ou ainda através do telefone (81) 99874-0185. Profissionais que atuam com viveiros ou coleta de sementes podem ainda fazer contato por meio deste formulário: https://forms.gle/xbMsEVTeinHGX1216.
O Projeto “Recuperação de Áreas Degradadas na Chapada do Araripe” é conduzido pelo Cepan, contando com a parceria da ONG Aquasis e do Laboratório de Ecologia Aplicada da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O projeto é apoiado pelo Projeto GEF Terrestre, por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e financiamento pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), através do Ministério do Meio Ambiente e do Governo Federal. Mais informações: https://cepan.org.br/recuperacao-de-areas-degradadas-na-chapada-do-araripe/.
SOBRE O CEPAN – O Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste é uma instituição privada sem fins lucrativos, fundada no ano 2000, que tem como missão gerar e divulgar soluções estratégicas para a conservação da biodiversidade mediante ciência, formação de pessoas e diálogo com a sociedade. Com sede no Recife/PE, atua em planejamento, coordenação e execução de projetos de conservação da biodiversidade brasileira em consonância com seus Programas: Valoração do Capital Natural, Apoio à Conservação da Fauna e Flora, Indução e Implementação de Políticas Públicas Ambientais e Conservação de Áreas Costeiro-Marinho. Suas atividades se dão via parcerias com entidades locais, regionais, nacionais e de outros países, além de diversas instituições do primeiro, do segundo e do terceiro setor.