Apesar da polêmica, o presidente da Câmara Municipal de Petrolina Aero Cruz, decide manter a cota de combustível dos vereadores

Atual presidente da Câmara Municipal de Petrolina, o vereador Aero Cruz (MDB) chamou para si a responsabilidade e confirmou que o projeto de lei de sua autoria, aprovado no último dia 22 de junho, pelo qual regulamenta o uso dos veículos e o combustível gasto pelos vereadores, será mantido. A decisão foi tomada durante uma entrevista coletiva por Aero, em seu gabinete da Casa Plínio Amorim, na tarde de ontem (5).

Minimizando a repercussão negativa acerca do assunto na cidade, o presidente argumentou que o projeto está legalmente embasado e procurou ser o mais transparente possível. Ele informou ainda que já existe uma lei em vigor que garante até dois veículos e 700 litros para cada vereador. “Fiz o projeto a pedido de vários vereadores, que nos colocavam sobre o constante aumento do preço dos combustíveis, e que (o subsídio mensal) estava defasado, e que poderíamos chegar a até R$ 3 mil”, detalhou.

Aero também deixou um recado sutil aos vereadores que enviaram ofícios à presidência da Casa Plinio amorim, anunciando que estavam abrindo mão dessa nova cota para o combustível. À exceção de Maria Elena (MDB) e Gaturiano Cigano (DEM), que não estavam presentes à sessão, ele afirmou que o projeto recebeu o respaldo de todos os pares. “O projeto não teve nenhum voto contra. É bom deixar bem claro, porque muitos não estão passando isso para a população. Houve apenas a abstenção de um vereador”, frisou.

O presidente ressaltou que o assunto foi explorado de forma equivocada, causando uma indignação generalizada entre a população. Segundo ele, o projeto não cria despesa para a Casa, porque revoga a lei que garantia até dois veículos e 700 litros de combustível para cada vereador. “Essa lei deixa de existir”, disse. Aero destacou que a cota passa de R$ 2 mil para R$ 3 mil, mas o limite de combustível fica restrito, agora, a até 480 litros. Ele ainda acrescentou que essa é uma verba de custeio, e não indenizatória. Ou seja: o vereador que não quiser utilizar essa verba, não será pago.

Respeito

Sobre os colegas que decidiram abrir mão da cota adicional, Aero afirmou ter respeito por todos. No entanto, ele explicou que não adiantam ofícios – a exemplo de Wenderson Batista ‘Pé de Galo’ (DEM), que defendeu abertamente o projeto, mas voltou atrás e apresentou um requerimento solicitando a Aero a revogação da lei. “Dentro do Regimento Interno, só uma lei para revogar outra lei”, pontuou.

Além de Pé de Galo, também optaram por manter os R$ 2 mil de cota do combustível os vereadores Diogo Hoffman (PSC), Ruy Wanderley (PSC), Josivaldo Barros (PSC), César Durando (DEM) e Samara da Visão (PSC). Gaturiano Cigano (DEM) não estava presente à sessão, mas também decidiu abrir mão da cota extra. Maria Elena (MDB) também se ausentou e seguiu o mesmo caminho dos colegas, mas somente enquanto durar o período da pandemia de Covid-19. A vereadora, aliás, considerou a pauta “inadequada” para o momento justamente por esse motivo.

Com informações: Blog do Carlos Britto