Atendendo à convocação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Petrolina, os servidores da Facape participaram de uma assembleia realizada na noite desta quinta-feira (16). Mesmo impactados com a aprovação dos Projetos de Leis de autoria do Poder Executivo na Câmara Municipal (nº 008 e nº009/2023), os servidores deliberaram sobre as providências que serão adotadas para assegurar os direitos feridos na condução administrativa da autarquia.
A reunião foi ancorada pelo presidente do Sindsemp, Walber Lins, que conduziu o processo dentro dos preceitos legais da mobilização. Na oportunidade, os professores externaram suas insatisfações com a condução das alterações previstas na Lei aprovada e com a ausência dos pagamentos da parcela do 13º salário e dos valores correspondentes a metade do salário de abril de 2022 – situação prestes a completar um ano de espera. Antônio Trindade, professor do curso de Administração de Empresas da Facape, avalia positivamente a assembleia realizada nesta quinta. “A gente debateu, apesar de estarmos tristes com a situação que estamos passando. Eu avalio que houve união e que poderemos colher frutos desta assembleia. O Sindicato é essencial nesse processo, é o nosso representante, então é ele direitos, é isso que achamos importante”. O servidor não esconde os sentimentos vivenciados com a aprovação das alterações no regimento da Faculdade. “Tristeza, decepção, um sentimento de desrespeito, não só pelo que foi aprovado. Acho até que teve muito vereador que aprovou sem saber e o pior de tudo, na minha opinião é que não fomos consultados. Descobrimos ontem, às 17h porque o Sindicato nos enviou. Não tivemos acesso, não tivemos discussão, nem análise, nem sequer tivemos tempo de ler essa Lei que vai modificar a vida dos servidores, dos professores, da Facape em si. Então acho que foi um desrespeito, foi muito triste para a gente que faz a Facape, uma instituição que tanto faz por Petrolina”. A partir da sanção dos Projetos de Lei nº 008 e 009 pelo Simão Durando, a escolha da diretoria da faculdade será feita pelo prefeito, assim como os assessores jurídicos, assessores de comunicação, coordenadores de curso, pós-graduação, pesquisa e extensão, dentre outros. A Lei também extinguirá a função de pregoeiro. Além disso, ao mexer no plano de cargos, carreiras e vencimentos, o gestor altera a progressão de carreira e os valores de remuneração desses trabalhadores. A professora do curso de Serviço Social da Facape, Deise Nascimento, considera que além de impactar na vida desses servidores, a nova legislação afeta o desempenho desses docentes, diante da falta de valorização. “Acredito que com essas deliberações a gente vai avançar, fortalecer também a categoria, não só avançar, mas fortalecer a categoria para que a gente possa dar os encaminhamentos a nossa situação, visto que nós não tínhamos conhecimento dos dois projetos, soubemos deles na noite anterior a votação na Câmara. E isso prejudica, não só a nossa vida financeira, mas também a nossa vida emocional, a vida das nossas famílias, então, é algo que tem um impacto sim até no nosso desempenho no trabalho, o aluno percebe isso. Então, a assembleia é importante para que a gente se fortifique enquanto categoria, possa discutir, avançar e tomar as decisões em relação ao nosso futuro, quais são os encaminhamentos que nós vamos ter em relação ao nosso futuro”. Diante das ações aprovadas em assembleia, a delegada sindical da Facape, Thereza Cunha Lima, reforça o papel do Sindsemp na representatividade dos servidores municipais. “Por se tratar de uma construção coletiva, eu avalio de forma positiva que os desdobramentos que serão utilizados estão todos diante da legalidade e do que preconiza a Lei administrativa. Foi uma decepção enorme vivenciada pela categoria, que está se sentindo traída, diante de tudo que esses servidores contribuíram desde o período da intervenção”.Assessoria de Comunicação do Sindsemp