Atualmente, a pesquisa encontra-se na fase de capacitação dos profissionais de enfermagem vinculados à Unidade de Clínicas Cirúrgicas Especializadas (Clínica Cirúrgica) e Unidade de Clínica Médica que participarão das próximas etapas juntamente com os pacientes. Isaiane Bittencourt, enfermeira que já atuou no HU-Univasf e professora da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), está coordenando o ensaio clínico com apoio do Setor de Gestão da Pesquisa e da Inovação Tecnológica em Saúde do hospital. O projeto conta ainda com orientação dos professores doutores Ariane Avela (Unifesp) e Luciano Marques (Uefs).
Fatores associados à cateterização
A inserção de cateteres periféricos em pacientes hospitalizados é um procedimento invasivo comum e relevante para a administração de medicamentos, soluções e hemoconcentrados. Neste sentido, a pesquisa terá como um dos objetivos específicos descrever as características demográficas, clínicas, da terapia intravenosa e da cateterização intravenosa periférica em adultos com difícil acesso a partir do uso do dispositivo de visualização de veias.
Outros fatores também serão observados, a exemplo do número de tentativas durante a cateterização, o tempo de seleção da veia, o tempo de sucesso na primeira tentativa e o tempo total para a realização do procedimento em comparação com o método tradicional.
Tecnologia de infravermelho
O dispositivo empregado no estudo utiliza infravermelho próximo (NIR), radiação de baixa potência que exibe uma imagem em tempo real das veias sobre a superfície da pele. Por não precisar de calibração e permanecer permanentemente alinhado, o dispositivo de visualização permite que os profissionais de saúde vejam a linha central da veia de forma precisa em todos os tons de pele.
Com a tecnologia empregada, pressupõe-se uma melhor colocação do cateter e maior eficiência do procedimento junto aos pacientes, auxiliando a tomada de decisão na rotina assistencial.