Uma roda de conversa levou mães, pais e cuidadores ao auditório da Secretaria de Educação e Juventude (Seduc), neste sábado (23), para discutir a saúde mental de cuidadores de pessoas atípicas. O encontro, chamado de TEAcolhe, é realizado pela Associação de Amigos do Autista do Vale do São Francisco (AAMAVASF), com apoio da Prefeitura de Juazeiro, através da Seduc.
“O TEAcolhe é uma ação da AAMAVASF, aberto à comunidade escolar, aos profissionais de educação, auxiliares de Atendimento Educacional Especializado (AEE) e, principalmente, às famílias de pessoas atípicas. A intenção é ouvir e aproximar mães, famílias e comunidade”, disse a coordenadora do Núcleo de Atendimento Psicossocial e Inclusão (Napsi), Jumária Monteiro, sobre o encontro.
A roda de conversa funciona como uma espécie de grupo de apoio, onde as famílias e cuidadores podem compartilhar suas experiências. “Esse nosso projeto se chama TEAcolhe, que é o acolhimento para as famílias que têm crianças com autismo. Uma vez por mês, reunimos as famílias, cuidadores, professores, auxiliares e, principalmente, as mães para compartilhar vivências. Na roda as mães falam das suas dores, das suas demandas, das suas angústias e nós escutamos. Aqui um cuidador apoia o outro e isso é extremamente importante”, ressaltou Rosilene Rodrigues, presidente da AAMAVASF.
Para Márcia Caetano, que tem um filho autista, a roda de conversa contribuiu para a troca de experiências. “A gente tem uma vida muito sobrecarregada. Não é fácil ser mãe de autista, nem de nenhuma deficiência, e a roda de conversa ajuda muito. A gente tira um pouco de tempo para ouvir as necessidades do outro e expor as nossas. Então é um encontro muito importante para a saúde mental das mães”, frisou.
A roda de conversa foi mediada pela psicóloga do Espaço Humanizar, Cristiana Galindo Cavalcanti e ainda contou com a presença de representantes do Centro de Equoterapia do Vale do São Francisco (Cevasf), das formadoras do Napsi, Lidiane Oliveira e Cleonice Santos.
“Nós abordamos hoje a importância da saúde mental dos cuidadores, porque eles ficam muito focados nas crianças, nos filhos, e, muitas vezes, se colocam em segundo lugar. Mas o cuidador também precisa se cuidar. Hoje preferi escutá-los e fiz intervenções apenas quando necessário. Eles trouxeram um conteúdo tão bacana da vivência que nós também aprendemos com eles”, pontuou a psicóloga Cristiana.
—exto: Eneida Trindade – Ascom Seduc/PMJ
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