Foram 1.386 novas contratações durante os seis primeiros meses do ano.
O Brasil fechou mais de 389 mil postos de trabalho.
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, nos primeiros seis meses de 2015 foi registrado o aumento de 1.386 novas contratações em Petrolina. A pesquisa mostrou que a região, seguiu na contramão do Estado, que fechou 69.333 mil postos de trabalho no primeiro semestre.
O levantamento do Caged divulga os resultados por microrregiões. A de Petrolina engloba, além do munícipio, as cidades de Afrânio, Cabrobó, Dormentes, Lagoa Grande, Orocó, Santa Maria da Boa Vista e Terra Nova.
A pesquisa apontou a agricultura como o setor que mais contratou no primeiro semestre. Ao todo, foram criados na região um total de 2.109 novos postos de trabalho. Liderando o saldo positivo está a ocupação de trabalhador do cultivo de trepadeiras frutíferas que contou com 2.137 admissões de janeiro a junho de 2015, contra 1.281 desligamentos, no mesmo período.
De acordo com a gerente da Gerência do Trabalho e Emprego de Petrolina, Raimunda Pereira, esses dados já eram esperados, já que a região conta com muitos postos de trabalho sazonais. “Estamos em período de safra na região, as fazendas estão contratando mão de obra para colheita de manga, uva e outras culturas. Então já era esperado que o setor registrasse aumento nas contratações” explicou. Mesmo com os números positivos, o setor registrou queda significativa nas contratações, se comparado aos três anos últimos anos.
As contratações no setor de serviço também cresceram menos este ano. De janeiro a junho de 2014, por exemplo, foram criadas 464 vagas em Petrolina, já em 2015 as contratações não chegaram a metade disso, apenas 207 novas vagas. Mesmo assim, o setor ficou em segundo lugar em número de contratações na cidade. “Todos os setores estão registrando baixas este ano. Mesmo os que estão contratando, estão tendo dificuldades por causa da crise no país”, declarou Raimunda.
O Caged mostrou também, que setores como comércio e construção civil foram os que mais fecharam postos de trabalho em Petrolina. Juntos os dois setores registraram 6.054 desligamentos de janeiro a junho. “O governo reduziu os investimentos na construção civil, isso afeta diretamente as contratações. Quanto ao comércio, com o país em crise e o grande número de demissões, as pessoas compram menos, então o setor fica em desvantagem” informou a gerente do Ministério do trabalho.