‘Absurdo é ver tanto preconceito.’ ‘Não vou boicotar o Boticário.’ ‘Uma coisa é não tolerar o pecado, outra é promover o ódio.’
As opiniões sobre o anúncio que mostra casais de lésbicas, gays e heterossexuais trocando presentes de Dia dos Namorados não vêm de ativistas LGBT, mas de evangélicos. Em mais 1.500 comentários enviados pelas redes sociais, os leitores da BBC Brasil ajudam a desconstruir generalizações que vêm cercando a polêmica – que chegou ao topo dos assuntos mais buscados por brasileiros no Google nesta terça-feira.
No YouTube, o vídeo da marca de perfumes tem mais de 2 milhões de visualizações (https://youtu.be/p4b8BMnolDI) e milhares de comentários inflamados a favor ou contra a campanha. Até o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) chegou a ser acionado durante a semana.
Um dos estopins para a discórdia foi um vídeo, gravado pelo pastor Silas Malafaia, que “conclama” a população evangélica a boicotar a marca. “Vai vender perfume para gay”, provocou o religioso.
Do lado oposto, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) disse que o “ódio de fundamentalistas religiosos não descansa nem numa data em que a lei é, literalmente, o amor”.
Mas no meio do caminho estão pessoas como Jackson, Eliezer, Samuel, Cristiane, Stephanie, Henrique, Caroline e Aline.
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Todos se apresentam como evangélicos ou cristãos e explicam de que maneira entenderam o anúncio e por que não se sentem representados pelo boicote à marca (leia os comentários completos no fim da reportagem).
Jackson Almeida diz que se emocionou vendo a propaganda. “Sou cristão e esse comercial ao invés de destruir e confundir minha família mostrou e expandiu nossa forma de ver e pensar sobre isso.”
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