Prédio comercial de Dubai pega fogo e deixa ao menos dez mortos

Segundo a polícia, o incêndio começou na base do edifício; os estrangeiros que dormiam no local estão entre as vítimas.

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A polícia de Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes, já deu início a investigação sobre o que deu início a um incêndio que atingiu um dos maiores edifícios do mundo em área industrial da cidade e que deixou dez mortos na madrugada deste sábado (21).
Os policiais de Abu Dhabi disseram que o fogo começou na manhã de sexta na área industrial da al-Mussafah, um bairro cheio de armazéns, fábricas e oficinas da periferia da capital.
O incêndio começou em lojas de reparação de automóveis localizadas na base do edifício comercial antes de se espalhar para um armazém no segundo andar que tinha sido alugado ilegalmente como alojamento para os trabalhadores. Os bombeiros conseguiram apagar o fogo apenas depois de ele ter destruído todo o edifício. Além dos 10 mortos, outros oito ficaram feridos, segundo a polícia.

A polícia não identificou as vítimas, mas disse que eles eram de diferentes nacionalidades. Grande parte dos trabalhos manuais nos Emirados é feito por sul-asiáticos, embora o país atraia trabalhadores de todo o mundo por causa das promessas de melhores salários.

O proprietário do edifício já foi preso e outros também podem ser, incluindo o supervisor do edifício. A polícia disse que as autoridades vão “mostrar tolerância zero para aqueles que negligenciam as condições de segurança pública”. Com 303 metros de altura, o prédio possui 79 andares e 676 apartamentos. É o nono maior edifício de Dubai e o 32° do mundo, de acordo com o ranking Skyscraper Center.

Ativistas de direitos humanos há muito levantaram preocupações sobre as condições para os trabalhadores com baixos salários migrantes nos Emirados e outros Estados do Golfo ricos em petróleo. Os trabalhadores migrantes são normalmente alojados em casas de estilo dormitório que contêm vários beliches por quarto.