Cooperados e colaboradores de sete cooperativas de produção de uva de mesa do Vale do São Francisco, voltaram, na última sexta-feira (23), dos Estados Unidos, com uma nova perspectiva de mercado para a fruta. Durante a missão Arra Califórnia Field Days, na cidade de Bakersfield, na Califórnia, a delegação se reuniu, entre os dias 19 e 23, com geneticistas americanos, e conheceu novas variedades e tecnologias que podem ajudar na competitividade da fruta brasileira nos mercados interno e externo.
Durante a programação, os participantes visitaram as empresas de genética de uva sem semente, Sun World, Grapa e International Fruit Genetics – IFG, conhecendo blocos de seleção, laboratórios e fazendas da região, que é referência mundial em programas de melhoramento genético de novas variedades de uva de mesa.
Realizada pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de Pernambuco (Sescoop/PE), a missão, segundo o presidente do SPR, Jailson Lira, ampliou a compreensão dos produtores em relação às pesquisas, o desenvolvimento de novas variedades, produtividade, qualidade da fruta e adaptabilidade à região do semiárido.
“A qualidade das uvas do Vale do São Francisco vem ganhando espaços em mercados como o dos Estados Unidos e da Europa. Hoje, 95% de toda a uva de mesa exportada pelo Brasil sai desta região e a inserção destas variedades possibilita a abertura de novos mercados e melhora a competitividade com outros países produtores”, detalhou.
De acordo com o produtor cooperado da Coopexvale, Eduardo Nakahara, a delegação também aproveitou a oportunidade para aquisição de variedades da fruta, com resistência às chuvas, às doenças e pragas. “Voltamos com informações necessárias para elevar a competitividade no comércio internacional, a exemplo das variedades que estão sendo mais procuradas pelos grandes mercados do mundo inteiro. Além disso, conhecemos também importadores e produtores da Europa e de países como Canadá, Austrália e África do Sul”, concluiu. “Essas inovações não apenas nos permitem atender melhor às exigências do mercado, mas também nos preparam para os desafios futuros do setor,” afirmou o gerente de Operações e Comércio Exterior da Coana, Gabriel Alves.