O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), avalia que o encontro entre o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, serve para demarcar uma relação institucional entre as legendas. “É uma aproximação política que se faz necessária”, observou. Apesar disso, ele descarta a possibilidade de que PT e PSB possam promover um realinhamento visando as eleições de 2016.
“Temos trabalhado, tanto o PSB de Pernambuco quanto nós, do PT e do PT nacional, para que haja uma boa relação institucional entre Pernambuco e o Governo Federal, até porque isso implica em trabalharmos uma parceria que melhore a vida do povo pernambucano”, afirmou Humberto, nesta sexta-feira 96), em entrevista à Rádio Folha FM.
“Lá no Congresso Nacional nós temos buscado a criação de um canal de diálogo com o PSB para que possamos discutir questões pontuais de interesse do País. Essa discussão é a abertura de um canal que nada tem a ver com um projeto eleitoral ou comum de governo. É uma aproximação política que se faz necessária”, complementou o petista.
Sobre a possibilidade do encontro entre Câmara e Lula, realizado nesta quinta-feira (5), ser uma espécie de sinalização sobre uma possível união entre as legendas visando as próximas eleições, Humberto foi enfático. “Não vejo como nós estarmos, sob nenhuma hipótese, numa aliança com o PSB. E em termos de Governo do Estado, nós saímos de uma eleição que perdemos e estamos no campo da oposição. Esse debate nem de longe, por enquanto, significa qualquer tipo de aproximação ou de projeto comum em Pernambuco. Não tenho dúvida de que essa aproximação é importante e o presidente Lula sabe disso”, pontuou.
PT e PSB romperam uma aliança histórica nas últimas eleições presidenciais. O rompimento aconteceu após o PSB lançar o ex-governador Eduardo Campos, falecido em um acidente aéreo em agosto do ano passado, como candidato à Presidência da República. O partido lançou então a ex-senadora Marina Silva como cabeça de chapa e no segundo turno apoiou a candidatura do senador mineiro Aécio Neves (PSDB), que acabou derrotado pela presidente Dilma Rousseff. Atualmente, o PSB mantém uma posição de independência no Congresso Nacional.