As associações representantes da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), em reunião realizada nesta quarta-feira (7), decidiram criar um planejamento estratégico para as reivindicações da categoria. Uma nova reunião está agendada para a próxima quarta-feira (14) e nela pode ser confirmada uma assembleia geral ou um ato de rua. Uma consequente greve não está descartada.
De acordo com o presidente da Associação de Praças de Pernambuco (Aspra-PE), José Roberto Vieira, há uma insatisfação muito grande entre os profissionais e isso pode trazer prejuízos para o Pacto pela Vida. “Greve não faz bem para ninguém, mas pelo que tenho visto nos quartéis, estou temendo por isso”, conta. “Mas isso é decisão da categoria”, conclui.
As associações querem diálogo com o governo, antes de tomarem alguma iniciativa quanto a uma possível greve. Antes, porém, a categoria deve criar um planejamento estratégico, com o propósito de criar um discurso mais homogêneo, focado na seleção de reivindicações, a fim de evitar que eles entreguem ao governo o que chamam de “pacotão”, ou seja, uma grande quantidade de reivindicações sem relação.
Entre os principais pontos reclamados pela categoria continuam questões salariais e o plano de cargos e salários. Apesar do governo sinalizar um aumento de efetivo e investimento em inteligência e equipamentos, os policiais ainda denunciam atraso em pagamentos de gratificações, excesso de trabalho e falta de treinamento e capacitação. Há uma expectativa que as demandas sejam mais facilmente atendidas pelo governo, após o resultado negativo do Pacto Pela Vida.
(Fonte): C. Brito