No Brasil, 24 milhões têm refluxo gastroesofágico e muitos não sabem identificar; sem tratamento, pode evoluir para câncer.
Mais de 20% dos brasileiros têm refluxo gastroesofágico. Os sintomas mais clássicos do problema são a azia e a queimação, mas há alguns outros que poucos relacionam ao desconforto. A sensação de bola na garganta, por exemplo, é um sinal da doença. A dificuldade de engolir – já que o esôfago parece que fica mais apertado – é outro.
Incômodo todos sabem que é. Mas as consequências do refluxo podem ser ainda mais sérias. Sem cuidado adequado, as paredes do esôfago podem ficar tão agredidas que o tecido é substituído por outro, o que aumenta as chances de câncer. Essa mutação do tecido esofágico chama-se esôfago de Barret e o tratamento costuma ser medicamentoso.
Para que o quadro não evolua a esse ponto, alguns cuidados são importantes: não se deitar imediatamente após comer, por exemplo, ajuda a evitar que o ácido do estômago retorne pelo esôfago. O ideal é esperar ao menos duas horas para dormir. Para outras pessoas, pode ser necessário elevar a cabeceira da cama, para que o esôfago fique mais alto do que o estômago.