Antonio Souza se posiciona de forma neutra na eleição para governador de Pernambuco

Pré candidato ao Senado em Pernambuco pela Rede Sustentabilidade até o mês de julho, o empreendedor social Antonio Souza declarou, nesta quarta-feira (3), a sua neutralidade na eleição de governador. Para presidente da República, Antonio ressaltou que seu voto continua sendo em Marina Silva (Rede).

“Apesar de reconhecer os avanços do nosso Estado e ter simpatia pela maioria dos postulantes, resolvemos nos posicionar de forma neutra. Para que a gente possa, junto com vocês nos próximos quatro anos, passar a torcer e cobrar, para que Pernambuco tenha dias melhores. Dias melhores na área da saúde, educação, segurança, mas, principalmente, na geração de emprego e renda”, afirmou o candidato.

O empreendedor estava sendo cogitado pelo partido para lançar a candidatura ao Senado este ano, mas acabou optando pela desistência por não achar que era o momento adequado para entrar na disputa.

Antonio Souza ressaltou ainda que a escolha pela neutralidade veio após o partido ter seguido adiante com a candidatura majoritária, mas, posteriormente, ter protocolado um pedido de desistência da candidatura ao governo e apoiado uma outra frente. “Quero deixar os eleitores também à vontade para seguir adiante, conforme as nossas convicções”, explicou.

A chance de Bolsonaro ganhar no primeiro turno é pequena, mas existe

Jair Bolsonaro (PSL) voltou a abrir distância em relação a seus adversários na nova pesquisa do Datafolha, mas ainda não se aproximou de uma vitória em primeiro turno. Por enquanto, o cenário é considerado improvável, mas pode mudar na reta final e dependerá da resistência dos outros candidatos.

O presidenciável do PSL atingiu 38% dos votos válidos. Para chegar a 50% e fechar a disputa no domingo (7), Bolsonaro precisaria esvaziar o eleitorado de seus rivais.

 


Até agora, os adversários do deputado mantiveram trajetória relativamente estável. Nos últimos dias, Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede) e os demais continuaram nos mesmos patamares ou tiveram apenas variações negativas dentro da margem de erro.

Nas pesquisas anteriores, as maiores quedas foram observadas para Ciro e Marina. Quem mais se beneficiou, porém, foi Haddad -embora o candidato do PSL tenha atraído uma fatia do eleitor antipetista de Marina.

Para atingir a marca que lhe daria a vitória antecipada, Bolsonaro precisaria receber até domingo uma transfusão de votos considerada grande, equivalente a 12 pontos percentuais entre os votos válidos.

Isso seria possível, por exemplo, se todos os eleitores de Marina, Henrique Meirelles (MDB), João Amoêdo (Novo) e Alvaro Dias (Podemos) se transferissem para o deputado do PSL. Bolsonaro depende dessa migração porque a taxa de votos brancos e nulos já caiu para 8% (próximo do patamar histórico) e há apenas 5% de indecisos disponíveis.

Uma mudança de cenário com essa intensidade ainda é classificada como “muito improvável” por Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, mas não pode ser descartado. As próximas pesquisas apontarão se Bolsonaro conseguirá atrair eleitores dos demais candidatos.

Em votos totais (incluindo brancos, nulos e indecisos), Bolsonaro aparece com 32% na pesquisa mais recente. Paulino aponta que um candidato precisaria de 43% a 45%, considerado o índice histórico de votos em branco e nulos próximo de 10%.

As únicas eleições presidenciais do atual período democrático com vitórias em primeiro turno foram as de 1994 e 1998.

Naquelas disputas, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) venceu com 44% e 43% dos votos totais, respectivamente. Vale destacar, porém, que as taxas de brancos e nulos nas duas corridas beirou os 20%. Nas eleições seguintes, os índices registrados ficaram sempre em torno de 10%.

Marcia Cavallari, CEO do Ibope, afirma que é necessário aguardar as próximas pesquisas para observar um movimento simultâneo dos demais candidatos ou a manutenção de seus índices. Ela argumenta, porém, que essa tendência não surgiu até agora.

“Seria preciso um esvaziamento de todos os candidatos, no Brasil inteiro. Em um país com essas dimensões, não bastaria um movimento concentrado em uma cidade só, como ocorreu com João Doria em São Paulo em 2016. Em uma capital, a informação corre muito mais rápido e permite movimentos assim”, diz Cavallari.

A última pesquisa do Datafolha foi realizada com 3.240 eleitores em 225 municípios brasileiros nesta terça-feira (2). A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-03147/2018.

Com informações da Folhapress.

Órgãos federais vão dar suporte às eleições em centro de controle

Para garantir que as eleições marcadas para o próximo domingo (7) ocorram sem percalços, o governo federal tem colaborado com a Justiça Eleitoral. Uma das medidas para organizar esse auxílio foi a inauguração em Brasília (DF), na segunda-feira (1º), do Centro Integrado de Comando e Controle das Eleições 2018, que tem participantes de 14 órgãos e outras instituições.

O centro vai coordenar os trabalhos da Polícia Federal junto ao sistema de segurança pública e o comando do pleito. O objetivo é garantir a realização das eleições de forma pacífica e segura e evitar infrações eleitorais. Além disso, a PF informa que pretende zelar pela liberdade de escolha do eleitor. A operação será semelhante a de grandes eventos ocorridos no País entre 2013 e 2016.

Esse centro também faz o monitoramento por GPS dos candidatos à Presidência que solicitaram proteção policial. A operação começou a funcionar em 1º de outubro e vai até o dia 8. No segundo turno, vai funcionar de 22 a 29 de outubro.

Esse trabalho é apenas parte do auxílio oferecido pelos órgãos oficiais. Além de segurança, as Forças Armadas, cuja contribuição está prevista no Código Eleitoral, darão apoio logístico e de transporte. Dados atualizados do Ministério da Defesa confirmam o suporte em 497 localidades. Como as solicitações podem ser feitas até o dia da votação, esse total ainda deve mudar.

Em 91 delas, as operações são de suporte para a realização do pleito em regiões de difícil acesso. O Acre é a Unidade da Federação que demandou mais apoio logístico, com o transporte de pessoal e de urnas — foram feitos pedidos para 41 locais. A lista segue com Amazonas (25), Roraima (16), Amapá (5) e Mato Grosso (4).

O Ministério da Defesa informou ainda que as eleições vão contar com o apoio de mais de 28 mil militares. “As tropas têm a missão de garantir a normalidade e as condições necessárias para que a população tenha acesso ao local de votação e possa fazer isso com tranquilidade”, explicou o chefe da Seção de Operações Complementares da pasta, comandante Walter Marinho. Com informações do Portal Brasil.

Frase “Digite 432% no Google” bomba nas redes com notícias sobre patrimônio de Eduardo Bolsonaro

A campanha “digite 432% no Google” se espalhou pelas redes sociais na noite dessa segunda-feira (1º). Criada por opositores ao candidato Jair Bolsonaro (PSL), a ação estimula os internautas a pesquisarem o termo no Google e, ao fazerem isso, são direcionados a notícias sobre o aumento do patrimônio de Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidenciável.

O patrimônio de Eduardo Bolsonaro tornou-se público desde que ele registrou a candidatura a deputado federal no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com os dados divulgados pelo próprio deputado, em 2014, quando participou da eleição pela primeira vez, ele possuía R$ 205 mil em bens. Agora, na tentativa de reeleição, foram declarados R$ 1.395.109,14.

Os bens declarados por Eduardo ao TSE este ano são: Jeep Renegade, avaliado em mais de R$ 90 mil; participação em pequena empresa familiar, avaliada em R$ 249; apartamento no Rio, no valor de R$ 206 mil; quase R$ 50 mil em contas bancárias; mais de R$ 46 mil em previdência privada; e apartamento de R$ 1 milhão.

Eduardo Bolsonaro justificou o aumento do seu patrimônio em um vídeo nas redes sociais. Segundo ele, além do salário de parlamentar, ele comprou um apartamento financiado pela Caixa Econômica Federal, “como todo brasileiro faz”, no período.

Mourão, vice de Bolsonaro, volta a criticar 13º salário: ‘Todos saímos prejudicados’

Foto: Arquivo / Estadão Conteúdo

O general Hamilton Mourão, vice na chapa do presidenciável Jair Bolsonaro, volta a se pronunciar sobre o 13º salário. Para Mourão, o benefício é um “custo” que prejudica os brasileiros e que poderia ser alterado com uma reforma salarial.

“O 13º é uma questão que tem que ter planejamento. Tem que haver entendimento de que isso é um custo”, disse Mourão no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, no começo da tarde desta terça-feira (2). “Na realidade, se for olhar, o teu empregador te paga 1/12 a menos e no fim do ano ele te devolve esse salário. E o governo, o que faz? Ele aumenta o imposto para pagar o meu. No final das contas todos nós saímos prejudicados.”

O general acredita que o aumento dos salários seria o suficiente para que não existisse o 13º. “A questão é que se você recebesse seu salário condignamente você economizaria e teria mais no fim do ano. Essa é a minha visão” afirmou.

Esta é a segunda vez que Mourão se pronuncia sobre o benefício. Durante palestra em Uruguaiana, o candidato a vice afirmou que os direitos do 13º e das férias são “algumas jabuticabas brasileiras” e “uma mochila nas costas de todo empresário brasileiro.”

Logo após suas primeiras declarações, o general foi rebatido pela cabeça de sua própria chapa, Jair Bolsonaro. O candidato à Presidência da República pelo PSL se pronunciou através de sua conta no twitter e disse que criticar o 13º salário “além de uma ofensa à quem trabalha, confessa desconhecer a Constituição.” Após esse desentendimento entre os candidatos, ficou acordado que Mourão não faria mais declarações públicas até o domingo (7), primeiro dia de eleições.

Eleitor pode conferir seu local de votação de forma rápida na internet

Na última semana antes da votação do 1º turno das eleições, candidatos se mobilizam para as mas tentativas de angariar apoios e eleitores vão atrás de informações tanto sobre as opções em disputa quanto sobre os procedimentos para a votação.

Uma das principais dúvidas é o local de votação. É possível conferir seção, zona e endereço por diversos canais na internet.

No site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o eleitor pode fazer a consulta. A opção está na página principal. Basta inserir o número do título de eleitor.

 

Para quem esqueceu o registro do documento, uma alternativa é preencher nome, nome da mãe e data de nascimento. O sistema apresenta número do título, seção, zona, endereço e município.

Para quem quiser usar as redes sociais, também há opções. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está usando robôs (bots, no jargão técnico em inglês) para auxiliar os eleitores a obter essas informações.

Os assistentes virtuais funcionam por meio das contas do Tribunal no Twitter (@TSEjusbr) e no Facebook Messenger (@TSEJus).

Mensagens

Para interagir com os programas, o eleitor precisa enviar mensagens a eles. Os assistentes funcionam como “perfis” com quem o usuário dialoga. No Facebook, basta o usuário procurar o perfil do TSE e enviar uma primeira mensagem.

Em seguida, aparecerão diversas opções como “dúvidas frequentes”, “situação eleitoral”, “quitação eleitoral” e “local de votação”.

Para conferir o endereço de onde o eleitor terá de comparecer, basta a pessoa fornecer nome completo e número do título para que o assistente consulte o banco de dados do TSE.

Caso o eleitor tenha esquecido o número do título, é possível recuperá-lo fornecendo algumas informações (como data de nascimento e nome completo da mãe).

No Twitter, o robô funciona de forma semelhante. O usuário precisa buscar o perfil do TSE e enviar uma mensagem direta a ele, para que sejam abertas as possibilidades de consulta de informações sobre questões eleitorais e sobre candidatos.

Outras informações

Tanto no site quanto por meio dos assistentes virtuais, também é possível obter outras informações.

Na opção “situação eleitoral”, por exemplo, a pessoa confere se está regular e se pode votar normalmente.

Na alternativa “candidatos”, é possível buscar todas as candidaturas, tanto nacionais quanto nos estados. O robô apresenta dados básicos e se a candidatura foi ou não deferida.

O usuário pode solicitar o programa de governo. O sistema enviará o link para consulta do documento.

O programa também dá a opção de ir para o site DivulgaCandContas, onde estão as prestações de contas periódicas dos candidatos.

Nova pesquisa Ibope: Bolsonaro lidera com 31%; Haddad tem 21%

O Ibope divulgou nesta segunda-feira (1º) uma nova pesquisa de intenções de voto para a eleição presidencial. Jair Bolsonaro (PSL) subiu quatro pontos em relação à pesquisa anterior e chegou a 31%, mantendo a liderança. Fernando Haddad (PT), é o segundo com 21%.

Depois, vêm Ciro Gomes (PDT), com 11%; Geraldo Alckmin (PSDB), com 8%; e Marina Silva (Rede), com 4%

A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa foi encomendada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” e pela TV Globo. O Ibope ouviu 3010 eleitores e o levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o seguinte protocolo: BR-08650/2018.

O pleito está marcado para o próximo domingo, dia 7 de outubro. Já o segundo turno acontece no dia 28 do mesmo mês.

Jair Bolsonaro (PSL): 31%

Fernando Haddad (PT): 21%

Ciro Gomes (PDT): 11%

Geraldo Alckmin (PSDB): 8%

Marina Silva (Rede): 4%

João Amoêdo (Novo): 3%

Alvaro Dias (Podemos): 2%

Henrique Meirelles (MDB): 2%

Cabo Daciolo (Patriota): 1%

Guilherme Boulos (PSOL): 0%

Vera Lúcia (PSTU): 0%

Eymael (DC): 0%

Branco/nulos: 12%

Não sabe/não respondeu: 5%

João Goulart Filho (PPL) não foi citado por nenhum entrevistado

Segundo turno

O Ibope também fez quatro simulações para o segundo turno. No duelo “Bolsonaro x Haddad”, há um empate numérico com 42% para cada um, com 14% de brancos e nulos e 3% de indecisos.

Contra Ciro Gomes, o capitão reformado sai derrotado por 45% a 39%, com 13% de brancos e nulos e 3% de indecisos.

No duelo “Geraldo Alckmin x Bolsonaro”, o tucano fica à frente com 42% contra 39%, mas há empate quando considerada a margem de erro, que é de dois pontos. Neste cenário, brancos e nulos somam 17% e indecisos são 3%.

Contra Marina Silva, Bolsonaro vence por 43% a 38%, com com 17% de brancos e nulos e 2% de indecisos.

Gonzaga Patriota se encaminha para votação histórica nessa eleição de 2018

De acordo com a matéria publicada em um dos mais conceituados e lidos jornais de todo o estado, o deputado Gonzaga Patriota vem liderando as pesquisas para deputado federal em várias cidades do estado, principalmente em municípios do Sertão pernambucano onde Gonzaga tem realizado um ótimo trabalho na Câmara Federal, podendo se reeleger com a maior votação de toda a sua história na vida pública.

“Esta é uma campanha onde as pessoas estão procurando boas referências e muita experiência na vida pública, para que possam dedicar seu voto. Gonzaga é dos poucos que atendem esse perfil. Provavelmente será eleito com a maior votação no Sertão do estado e um dos mais votados em Pernambuco”, afirmou Antonio Souza, um dos principais apoiadores da campanha de Gonzaga Patriota.

Vice de Bolsonaro critica pagamento de 13º salário, e diz que é uma invenção do Brasil

Candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), o general Hamilton Mourão (PRTB) disse em palestra na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, que o 13º salário e o pagamento extra no período de férias são “jabuticabas” – ou seja, só existem no Brasil.

“Temos algumas jabuticabas que a gente sabe que é uma mochila nas costas de todo empresário. Jabuticabas brasileiras: 13º salário. Se a gente arrecada 12 para que que pagamos 13 [salários]. É complicado”, afirmou o general durante a palestra.

Procurado, o comitê de campanha de Bolsonaro afirmou se tratar de uma “posição pessoal” do general, ainda a ser discutida com a equipe econômica.

Para Mourão, o Brasil é “o único lugar onde a pessoa entra em férias e ganha mais”. Ainda de acordo com o vice de Bolsonaro, a legislação tem uma  “‘dita visão social’, mas com o chapéu dos outros” e  não com o do governo.

Polêmicas
Essa não é a primeira declaração do general que gera polêmica. Em palestra para integrantes do Secovi-SP, sindicato do mercado imobiliário, Mourão usou o termo “mulambada” para se referir a parceiros do Brasil na política externa com países do Hemisfério Sul empreendida nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o vice de Bolsonaro, “nós nos ligamos com toda a ‘mulambada’, me perdoem o termo, do lado de lá e de cá do oceano, na diplomacia Sul–Sul”.

No mesmo discurso, Mourão disse que famílias nas quais mães e avós criam os filhos, em áreas carentes, acabam virando “fábrica de elementos desajustados que tendem a ingressar nessas narco-quadrilhas”. As declarações provocaram uma forte reação contra o vice de Bolsonaro, inclusive em seu próprio entorno.

Logo após as afirmações e a imediata repercussão negativa, Mourão recebeu ligações de generais de grupos de suporte à campanha de Bolsonaro. Ouviu ser “totalmente desnecessária” a fala com referência à “mulambada”. O vice reclamou: “Hoje, não se pode dizer mais nada”.

“As declarações não agregam valor a uma campanha. São brincadeiras que não fazem bem. Se seguir assim, vai prejudicar toda essa gente envolvida na campanha”, disse um militar aliado de Mourão, muito próximo a ele.

No entendimento desses generais aliados, só uma “catástrofe” tira Bolsonaro do segundo turno. Mas, na visão deles, é preciso ter “equilíbrio” nestes menos de 20 dias de campanha até o primeiro turno, em 7 de outubro. “Vamos perder para nós mesmos?”, questionou um aliado do general. (Com informações da Agência Estado)

Brasileiros aptos a votar no exterior são mais de 500 mil

Já imaginou participar da escolha do próximo presidente do Brasil direto do interior da China ou de um vale no Líbano? Pois, isso será possível em outubro próximo.

Este ano, o número de brasileiros no exterior aptos a votar aumentou 41,37%, são 500 mil 727, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para atender esse contingente serão enviadas urnas para 171 localidades em 99 países.

Segundo a chefe da Zona Eleitoral do Exterior (ZZ), Juliana Caitano, a votação no interior da China não foi possível em 2014.

“Este ano, vamos fazer [a votação] no interior do país”, disse. “Também faremos a votação no interior do Vale do Bekaa [no Líbano], que é uma comunidade que mora em uma montanha muito isolada. Como eles moram em uma área de conflito, não conseguem sair do vale e votar em Beirute”, acrescentou.

Facilidades

O eleitor que mora no exterior poderá votar apenas em candidatos que concorrem à Presidência da República. O aumento significativo de brasileiros aptos a votar fora do país é atribuído a uma parceria entre o TSE e o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o que facilitou o cadastramento eleitoral de brasileiros residentes em vários países.

Além disso, a Justiça Eleitoral destaca que avanços tecnológicos, como a criação do Título Net Exterior, que reduziu a burocracia para o alistamento e transferência do eleitor que reside fora do país, e a substituição do Título de Eleitor em papel pelo e-Título, também contribuíram para o crescimento do registro de eleitores brasileiros em outros países.

Urnas

A responsabilidade pela organização da eleição no exterior cabe ao Cartório da Zona Eleitoral no Exterior (ZZ) fora do Brasil. Depois de lacradas, as urnas foram recolhidas pelo Itamaraty, que fará a distribuição para o exterior como malas diplomáticas a consulados e embaixadas. Nesses locais, cabe aos funcionários do MRE organizar e garantir a realização do pleito.

No total 744 urnas serão enviadas aos locais de votação no exterior. Desse número, 680 são eletrônicas e 64, de lona. Essas últimas serão remetidas a 60 locais que têm dificuldades alfandegárias, problemas como queda de energia e instabilidade política ou com quantitativo de eleitores muito pequeno.

Por terem o maior número de eleitores fora do Brasil, a maior parte das urnas eletrônicas será enviada para Boston (46) e Miami (45), nos Estados Unidos. Boston conta com 35.044 eleitores brasileiros cadastrados e Miami, 34.356. A terceira cidade com maior número de brasileiros aptos a votar no exterior é Tóquio, no Japão, com 26.092.

Perfil eleitorado exterior

As mulheres também são maioria entre os brasileiros aptos a votar no exterior com 58,4%, totalizando 292.531 eleitoras, enquanto os homens equivalem a 41,6% do eleitorado.

A faixa etária que predomina fora do país é a de 35 a 39 anos, seguida dos eleitores que têm entre 40 e 44 anos.

Como votar

O primeiro e o segundo turnos de votação no exterior ocorrem na mesma data da eleição no Brasil, das 8h às 17h, de acordo com o horário local.

O primeiro turno das eleições será no dia 7 de outubro e o segundo no dia 28 do mesmo mês.

O Código Eleitoral prevê como condição para a criação de mesas de votação no exterior o número mínimo de 30 eleitores.

As seções eleitorais funcionam nas sedes das embaixadas, em repartições consulares ou em locais em que existam serviços do governo brasileiro.

Para votar, basta que o eleitor apresente um documento oficial com foto. Para saber o local de votação, o eleitor deve consultar o portal do TSE, por meio da seção Serviços ao eleitor > Título de eleitor > título e local de votação.

A consulta pode ser feita pelo nome do eleitor (ou número do título eleitoral), data de nascimento e nome da mãe.

Além da cidade e endereço de seu local de votação, lá aparecerá o número de seu título e de sua seção.

Também é possível obter a versão digital do título de eleitor por meio do aplicativo e-Título, disponível para smartphones e tablets nas lojas virtuais Apple Store e Google.

Edição: Kleber Sampaio