Dia do trabalho: diferentes profissionais se expõem durante pandemia

Nesta sexta-feira, 1º de maio, comemora-se o Dia do Trabalho em diversos lugares do mundo. Diante do cenário delicado vivido em todo o planeta por conta da pandemia do novo coronavírus, muitas pessoas perderam seus empregos durante o isolamento social. Mas boa parte continua na ativa para que diversos setores continuem funcionando, mesmo com o temor de contaminação, como os profissionais da saúde, bombeiros e policiais. Mas há também os porteiros, caixas, cuidadores de idosos, veterinários, frentistas, bancários, taxistas, jornalistas, trabalhadores da construção civil e indústria, entre outros, quem mantêm os serviços funcionando.

É o caso da caixa de padaria Ângela Maria dos Santos Silva. Ela conta que está sendo um período bem difícil. “A gente fica com medo de se contaminar, mesmo usando máscara e álcool gel. O tempo todo limpamos a máquina de cartão e o balcão, mas a parte mais difícil tem sido lidar com os clientes que têm sido bastante ignorantes com a gente, sem paciência, porque não deixam a gente pegar nos produtos deles para fazer a leitura do preço, ou não deixam pegar no cartão. Tem que ter muita paciência e calma”, relata Ângela que trabalha há três anos na padaria que fica na zona leste de São Paulo. “Mas preciso trabalhar e ainda pegar o transporte público todo dia”, lamenta a caixa.

Entre os que continuam na ativa, há ainda os pequenos empresários, comerciantes e autônomos. É o caso do comerciante Mateus da Silva Oliveira, que tem uma loja de produtos agropecuários em Viçosa (MG), onde vende ração animal, insumos, e material hidráulico e elétrico. Ele ficou cerca de um mês com as portas fechadas, fazendo apenas entrega de produtos. Mas na semana passada a prefeitura autorizou a abertura das lojas, porém cercada de regras. A loja dele só pode atender três pessoas ao mesmo tempo e o atendimento foi dividido pelo final do CPF, sendo assim, não é toda a população que pode ser atendida todo dia, e é feito um rodízio para atendimento.

“Neste momento o movimento comercial está até melhor do que antes, porque teve comércio que não se adequou e não pode abrir. Estamos todos de máscara, na entrada da loja tem álcool em gel para quem entra e foi preciso colocar um vidro no caixa. Mesmo assim me sinto inseguro, mas tenho que trabalhar né?”, disse o comerciante. Ele disse ainda que a população está respeitando as regras. “Todos andam de máscara, aqui é obrigatório, além do álcool em gel que a gente sempre vê as pessoas com o próprio [vasilhame do produto]. Por enquanto só tivemos três casos, porque as pessoas têm respeitado as regras.”

Para o motorista de caminhão Leonardo Soares, que trabalha nas estradas há anos, o movimento está pior do que antes da pandemia. “O serviço deu uma boa parada, está bem difícil. Quando trabalho uso máscara, sempre levo álcool gel no caminhão, estão todos os caminhoneiros de máscara, mantendo a distância física, mas espero que isso passe logo, porque atrapalha muito a gente, dificulta mais o serviço e diminui a demanda, já que faço mais entrega de roupas”, lamentou Leonardo.

Já a locutora de rádio Elizabeth Silva, de Belo Horizonte, acredita que a data esse ano terá um novo significado. “Hoje quando se fala Dia do Trabalho se tem uma conotação nova, diferente, a gente reflete inclusive se vai ter trabalho amanhã. O que o trabalhador tem enfrentado é um desafio e tanto. Eu me desloco para o trabalho todos os dias e preciso pegar dois ônibus. Na volta, como saio de madrugada, volto com carros de aplicativo, então, não tem jeito o risco é iminente, estou exposta o tempo todo, o que me dá medo”, lamenta.

Ela diz que faz uso dos equipamentos de proteção, mas que ainda se sente insegura. “Vou de máscara, levo o álcool em gel, é o que dá para fazer. Seguro 100% a gente sabe que não está. E tem que se colocar em risco porque o seu trabalho é essencial, no meu caso comunicação faz parte da rotina das pessoas, também porque preciso trabalhar para me sustentar, mas agradeço porque ainda tenho um trabalho”, explica a locutora.

Ela conta que, apesar de manter o emprego, teve redução de jornada e salário.  “Passamos por reajustes, a empresa precisou diminuir o salário e fizemos um acordo pelo menos para os próximos três meses, reduziu-se a renda e a carga horária para poder manter o nosso trabalho, enfim, é a nossa luta, mas tenho certeza de que vamos passar por essa”, finalizou.

O descanso do feriado do Dia do Trabalho não será sentido e comemorado como nos anos anteriores, mas o esforço de quem ainda pode trabalhar para manter a sociedade ativa e daqueles que podem manter-se em isolamento colaboram para que, em 2021, a data possa ser celebrada de forma festiva.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira – Agência Brasil

Radares de velocidade voltam a ser instalados na BR-407 em frente ao bairro Jardim Amazonas e Cohab Massangano, em Petrolina (PE)

Após 1 ano desativados, o DNIT volta instalar radares de velocidade na BR-407 em frente ao bairro Jardim Amazonas e Cohab Massangano. Os radares de velocidade estão instalados nos dois sentidos, para quem vai sentido aeroporto e quem vai sentido centro de Petrolina-PE

Esse local é de grande fluxo de pedestres, principalmente alunos que se deslocam do bairro Jardim Amazonas para o bairro da Cohab Massangano.

Dia de feira livre nos sábados na Cohab Massangano, o fluxo de pedestres atravessando a BR é intenso. Os pedestres chegam na faixa e ficam esperando a boa vontade do motorista parar, para que eles possam atravessar.

Nas faixas de pedestres, o veículo para e as vezes vem outro atrás despercebido e bate na traseira do que está na frente dando passagem ao pedestre, como ocorreu uma fatalidade no sábado (25). Um acidente com vítima fatal na BR-407. Uma mulher morreu ao ser atropelada ao lado de uma faixa de pedestre na BR-407 que atravessa do Jardim Amazonas para Cohab Massangano, em Petrolina, Sertão pernambucano.

Edição: Nelson Fontes – Divulga Petrolina

Sorteio para definir localização de casas no Residencial Pomares será nesta quinta

A tão sonhada casa própria será realidade para 496 famílias que hoje vivem em situação de vulnerabilidade em Petrolina. O sorteio para definir a localização das moradias dos beneficiários do Residencial Pomares será nesta quinta-feira (30), às 17h, na Superintendência da Caixa Econômica Federal. O ato não será aberto ao público, devido aos decretos emergenciais que proíbem a aglomeração de pessoas, como medida de prevenção ao coronavírus.

As famílias que vão participar são os moradores das ocupações irregulares, áreas de risco ou insalubres, que tiveram os respectivos cadastros aprovados previamente. Após o sorteio, será feita uma convocação virtual – com agendamento e hora marcada para cada família – para realização da vistoria, etapa que pode durar até um mês. A última etapa será a assinatura do contrato e entrega das chaves. Todo esse processo poderá durar até dois meses e será feito atendendo às orientações da Organização Mundial de Saúde relacionadas à pandemia.

O sorteio vai contar com a participação de representantes da prefeitura e da Caixa Econômica. Também foram convidados, por meio de ofício, representantes do Ministério Público de Pernambuco, Defensoria Pública da União e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Petrolina),  órgãos fiscalizadores da lei e representantes da sociedade civil. A prefeitura reforça que não haverá atendimento a quem procurar a Sedurbh ou a Superintendência da Regional da Caixa sem agendamento.

Residencial Pomares

A obra orçada em aproximadamente R$ 40 milhões faz parte do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ do Governo Federal, conveniado pelo município. São 62 blocos, com oito casas de 42m² cada. Os imóveis dispõem de sala, dois quartos, banheiro, cozinha e área de serviço. Além disso, esse será o primeiro conjunto habitacional de Petrolina a ser entregue com a estrutura para creche e cobertura em saúde.

Brasil adota uso de máscaras como política de saúde pública

O uso de máscaras de proteção facial já vinha sendo apontado como uma medida importante de proteção para evitar a infecção do novo coronavírus (covid-19). Com a ampliação da pandemia, essa atitude passou a ser tratada como políticas públicas de prefeituras e governos estaduais, com regras recomendando ou até mesmo obrigando a adoção deste recurso de prevenção contra a doença.

Distrito Federal

Um exemplo foi o Distrito Federal. Decreto editado, na última semana, pelo governador Ibaneis Rocha, tornou obrigação o uso de máscaras de proteção por toda a população em locais públicos e comércios a partir do dia 30 de abril. O texto recomenda máscaras caseiras para a população e a priorização das máscaras profissionais para trabalhadores de saúde.

O governo do Distrito Federal se comprometeu a fornecer máscaras para pessoas sem verbas para adquiri-la. Quem não respeitar a exigência ficará sujeito a punições de violação de medida de saúde pública, que pode ir de um mês a um ano de prisão, além de multa.

Piauí

O governo do Piauí também tornou necessário o uso desses equipamentos de proteção desde quarta-feira (22). O decreto do governo do estado estabelece essa medida sempre que um cidadão sair de casa, deslocar-se em via pública ou acesse em um local onde estejam mais pessoas, como estabelecimentos comerciais.

Mato Grosso

O governo de Mato Grosso anunciou no dia 3 de abril a exigência, que passou a valer desde o dia 13 deste mês. A medida foi transformada em um programa, chamado “Eu cuido de você e você cuida de mim”. Para serem autorizadas a funcionar, as empresas precisam garantir o uso de máscaras por trabalhadores e exigi-las de clientes também.

Santa Catarina

Em Santa Catarina, a iniciativa foi anunciada no dia 9 de abril. A decisão do governo local vale para funcionários que trabalharem com atendimento ao público, bem como para motoristas de táxi ou de aplicativos. O modelo previsto na norma são os acessórios de tecido, que segundo a administração são mais acessíveis pelo fato de poderem ser fabricados em casa.

A regra prevê ainda que elas sejam trocadas a cada quatro horas ou quando ficarem úmidas.  Para o restante da população, o uso de máscaras é tratado como uma recomendação, juntamente com outras atitudes de prevenção, como higienização das mãos.

Pernambuco

Na mesma direção, o governo de Pernambuco editou na quinta-feira (23) decreto em que estipula a exigência para os trabalhadores envolvidos com atividades que demandam contato com público, como em estabelecimentos comerciais. Para o restante da população, a atitude é apontada como uma recomendação da administração local.

Bahia

Na Bahia, a exigência do uso de máscaras também tem como foco os trabalhadores de atividades cuja natureza envolva o atendimento ao público. A regra estipulou a necessidade dos empregadores fornecerem o material e fiscalizarem o seu uso, sob pena de multa de R$ 1 mil por funcionário.

Goiás

Em Goiás, o Decreto N° 9.653, de 19 de abril, impõe aos donos de comércios autorizados a funcionar a impedir a presença de trabalhadores sem máscara ou a entrada de clientes sem o acessório. Além disso, os empresários devem fornecer orientações impressas de que os funcionários utilizem o objeto durante o deslocamento até o local de trabalho. A norma também estende a exigência a todos os cidadãos, recomendando que estes adotem modelos caseiros, segundo especificações do Ministério da Saúde.

Espírito Santo

O governo do Espírito Santo decidiu pela obrigatoriedade nas regiões de maior incidência da doença, a Grande Vitória e a cidade de Alfredo Chaves. A providência vale desde o dia 18 deste mês. A determinação tem caráter educativo, não implicando em multa para quem desrespeitá-la.

Pará

Já a administração do Pará editou decreto com a determinação no dia 17 de abril. Além disso, estabeleceu que o fornecimento deve ser assegurado pelos empregadores a funcionários. O desrespeito à regra pode acarretar responsabilização civil, administrativa e penal, conforme o governo local.

Rondônia

Em Rondônia, a administração local adotou determinação semelhante, em vigor desde o dia 17 de abril. A obrigação é indicada para todo cidadão a partir do momento que deixe sua residência, além de cumprir com medidas de higienização adequadas, como lavar as mãos.

Minas Gerais

Em Minas Gerais, a Lei N° 23.636 deste ano estabeleceu essa obrigação. Ela entrou em vigor no dia 18 deste mês. A norma estipula a exigência para trabalhadores que prestam atendimento ao público das atividades que continuaram autorizadas a funcionar.

Entre os segmentos estão órgãos e entidades públicas, serviço de transporte e estabelecimentos comerciais. O fornecimento de máscaras é elencado pela Lei como uma obrigação dos empregadores. Em cidades onde houve regra específica sobre o tema, a norma municipal é a que prevalece.

Prefeituras

Embora diversos estados tenham optado pela obrigatoriedade de máscaras, prefeituras expediram normativos próprios sobre o tema, mesmo em situações onde o governo estadual já havia fixado a exigência.

É o caso da capital, Belo Horizonte. Na cidade o uso de máscaras passou a ser exigido desde a quarta-feira (22) em todos os espaços públicos, como ruas, praças e outros locais de circulação. A determinação valerá também para o transporte público e para estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços.

O decreto que fixou a medida na capital mineira também estabeleceu que as empresas deverão impedir a entrada de pessoas sem máscara, além de afixar cartazes informativos sobre as novas regras.

A prefeitura do Rio de Janeiro também determinou a exigência, que passou a valer ontem na cidade. Conforme a norma, quem estiver sem máscara poderá ser impedido de entrar em ônibus ou em estabelecimentos comerciais, além de ficar sujeito a multa.

A prefeitura de Florianópolis foi outra que optou pela medida. A obrigação vale desde o dia 17 de abril para profissionais que lidem diretamente com o público. Os estabelecimentos que não seguirem a ordem podem ser multados ou até mesmo interditados pela vigilância sanitária.

A orientação é que as máscaras de pano sejam utilizadas apenas por pessoas sem sintomas. Já trabalhadores da saúde e pacientes com sintomas devem buscar máscaras de proteção com material adequado.

A necessidade do acessório foi também definida pela prefeitura de Belém desde sexta (24). O objeto terá que ser colocado por quem tiver que sair às ruas. Quem violar a obrigação ficará sujeito ao pagamento de multas.

Em Fortaleza, a obrigação do acessório foi definida para trabalhadores de setores essenciais cujo funcionamento foi mantido pela prefeitura. É o caso de funcionários de supermercados, bancos, casas lotéricas e entregadores de aplicativo. Cabe aos empregadores fornecer os objetos bem como outros equipamentos de proteção individual.

Para o restante da população, o uso de máscaras foi estabelecido como uma recomendação pela prefeitura. Essa diretriz é apontada para quem estiver em locais públicos, no transporte público e em comércios.

Recomendação

São Paulo

Outros governos optaram por definir o uso de máscaras como uma recomendação somente à população. O governo de São Paulo editou decreto, na última sexta-feira, com essa orientação para todos os municípios do estado, válida para quando cidadãos circularem por locais públicos. A exemplo de outros estados, a diretriz abarca também os acessórios caseiros, feitos com pano.

Paraíba

O governo da Paraíba foi em sentido semelhante e publicou decreto na terça-feira (21) recomendando que estabelecimentos proíbam a entrada de quem não estiver com o equipamento. Um conjunto de atividades é obrigada, entretanto, a fornecer máscaras a seus empregados.

Manaus

Também é o caso de Manaus, cidade que vive uma crise com o alto índice de incidência da doença e com esgotamento da capacidade de atendimento do sistema de saúde para dar resposta à pandemia.

A orientação vale desde o dia 14 de abril e é necessária sempre que um cidadão tiver de sair às ruas ou for ter contato com outras pessoas, andar de transporte público e ir a estabelecimentos comerciais.

Por: EBC

Idosa falece em Petrolina aos 108 anos de idade

Uma idosa de 108 anos conhecida como Isaura Teixeira Lima faleceu nesta sexta-feira (24). A senhora morava no bairro Gercino Coelho, em Petrolina. Ela era natural da cidade baiana de Cícero Dantas.

Dona Isaura exerceu o ofício de parteira em vários municípios da Chapada Diamantina. Mãe do enfermeiro Armando Teixeira que presta serviço em Petrolina há mais de 35 anos. De acordo com informações, a maternidade de onde ela fez muitos partos leva o nome da mesma.

O sepultamento ocorreu na Chapada Diamantina.

Por: Notícia no Vale

Gastos com energia elétrica aumentam durante isolamento social

Contas de energia elétrica para consumidores que não são baixa renda aumentou. Isso é devido a permanência das pessoas em casa por causa do isolamento social.

A quarentena é uma boa oportunidade para repensar os hábitos de consumo desse recurso essencial para o cotidiano das pessoas.

“Como as pessoas geralmente trabalham fora o dia todo, acabam não tendo tempo para analisar o gasto com a energia utilizada em casa, como o chuveiro elétrico, ar condicionado, ferro elétrico, aspirador de pó e máquina de lavar. Mas, nestes dias de reclusão obrigatória, surge uma boa oportunidade para repensar e planejar mudanças de hábitos que tragam economia nas contas básicas, inclusive para depois que a quarentena terminar”, disse Octávio Brasil, gerente de marketing da CAS Tecnologia, empresa de medidores inteligentes.

Para quem não é baixa renda, uma opção é a tarifa branca que pode ser vantajosa para pessoas que possam deslocar parte considerável do seu consumo de energia nos períodos fora de ponta. Com a adoção, é possível ter uma economia na conta de energia de até 17%.

Para fazer o pedido de adesão, é preciso que o consumidor entre em contato com a concessionária de energia de sua região. Em trinta dias, um novo medidor de energia será instalado na residência ou comércio. Porém, é preciso atenção: se a energia for utilizada durante o horário de ponta, a tarifa pode ficar até 83% mais cara.

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Já quem é cadastrado na tarifa social estão tendo um desconto na conta. Cerca de R$150,00 – Dado pelo governo federal. Tem pessoas que a conta veio apenas alguns centavos.

Prefeitura de Petrolina iniciará segunda etapa de entrega dos Cda rede municipal de ensino

Mantendo o compromisso de garantir uma alimentação de qualidade aos mais de 54 mil estudantes da rede municipal de ensino, a Prefeitura de Petrolina iniciará na próxima segunda-feira (27), a distribuição da segunda etapa dos kits alimentares. A medida emergencial faz parte das ações de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus no município. Os kits foram idealizados para o consumo dos alunos atendidos pelas escolas, creches e unidades do Nova Semente da cidade, respeitando um cardápio balanceado elaborado por nutricionistas.

A partir de agora, além de arroz, açúcar, leite, macarrão e outros produtos, uma novidade: os kits da Educação Infantil também terão cenoura e maracujá, enquanto os do Ensino Fundamental serão reforçados com banana e goiaba. Produtos fornecidos pelos agricultores familiares de assentamentos e vilas de perímetros irrigados do município. O kit, segundo os técnicos da Educação, é equivalente a um montante de refeições de quatro semanas de aula por aluno. O novo formato do kit alimentar segue todas as recomendações do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Nas últimas semanas, a força-tarefa coordenada pela Secretaria de Educação esteve concentrada trabalhando na logística da distribuição da nova remessa de itens da merenda. A proposta é reduzir ainda mais o volume do fluxo de pessoas na distribuição dos itens com a ampliação do agendamento. A equipe da Educação divulgará o calendário de distribuição aos gestores para que entrem em contato, com antecedência, com os responsáveis pelos alunos, orientando sobre os critérios de distribuição e dos cuidados na hora do recebimento.

Banhistas descumprem recomendações de isolamento e são abordados pela Guarda Municipal de Petrolina (PE)

“Se puder, fique em casa”. Essa tem sido a recomendação que a Prefeitura de Petrolina está fazendo há mais de um mês, por entender que o distanciamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é uma das principais medidas de prevenção ao coronavírus. Apesar disso, tem muita gente insistindo em descumprir os decretos municipais em busca de lazer. Durante o feriado desta terça-feira (21), grupos de pessoas levaram embarcações à Orla de Petrolina, para passar o dia no Rio São Francisco.

Os grupos usaram reboques em veículos para levar barcos, lanchas e jet skis para a Orla 1 e seguiram para o passeio no rio. Após ter conhecimento, a Guarda Civil Municipal foi ao local e constatou a grande quantidade de veículos estacionados. A Orla continuou sendo monitorada e, no retorno do passeio, os grupos foram alertados quanto aos decretos municipais que proíbem a aglomeração de mais de 10 pessoas e a utilização da Orla, com finalidade de lazer, e o acesso às ilhas do município.

Petrolina já tem 17 casos confirmados da Covid-19, sendo nove de resultados do Lacen e 8 pelos testes rápidos. A prefeitura reforça o apelo para que a população cumpra os decretos emergenciais e lembra que só é recomendado sair de casa se for, de fato, uma necessidade. A medida é para reduzir a curva de contaminação pelo vírus e, assim, evitar a sobrecarga do Sistema Único de Saúde (SUS).

Busca por Auxilo Emergencial faz com que pessoas durmam em frente à Casa Lotérica em Santa Maria da Boa Vista (PE)

Em Santa Maria da Boa Vista, Sertão pernambucano, muitos trabalhadores informais já começam passar necessidade de alimentos, remédios e contas para pagar. Não só moradores da cidade, mas também os que residem no Povoado Caraíbas, no Projeto Irrigado Fulgêncio e até cidades vizinhas.

A busca pelo recebimento do Auxílio Emergencial anunciado pelo Governo Federal, vem chamando atenção da população boavistana. A gravidade de tudo isso se dá conta porque a cidade só tem uma casa lotérica, com isso acaba se formando grandes filas e pessoas no desespero dormem na frente.

Um internauta registrou uma foto onde uma mulher dorme no colchão em frente à casa lotérica, ainda um fato que está chamando a atenção é a venda de vagas pelo valor de 50 reais. Essa informação foi confirmada pelo Secretário de Saúde que gravou um vídeo na manhã desta segunda-feira (20), falando que equipe já está trabalhando para identificar quem está praticando à venda de vagas.

Com informações: Café Com Notícias

Em Petrolina, agricultores perdem colheitas e veem demanda sumir em meio a incertezas do coronavírus

As incertezas quanto ao coronavírus têm pressionado negativamente a demanda interna por frutas, especialmente por parte da agricultura familiar, e prejudicado a logística de abastecimento dos perímetros irrigados, em Petrolina.

Quando os efeitos da pandemia levaram ao fechamento do comércio no mês passado, o agricultor Clédes Gomes Bezerra, de 40 anos, preparava-se para a colheita de coco e acerola numa área de 5 hectares. Em vez disso, guardou as ferramentas agrícolas por escassez de mão-de-obra, e agora tenta evitar o apodrecimento dos frutos, os disponibilizando para doação.

Minha família está tendo 100% de perda [de produção] e, infelizmente, não tenho como enviar essas frutas para órgãos e instituições, uma vez que elas têm um custo elevado de colheita. Neste momento estamos impossibilitados até de colher”. E continua: “Caso alguma instituição tenha interesse nelas, eu as deixo disponibilizadas, tendo apenas que fazer o acerto com os catadores”, disse. Clédes possui 1.000 pés de acerola e 700 coqueiros, carregados.

Já segundo Francisco do Nascimento Amorim, de 31 anos, pequeno agricultor do Núcleo 4 do Projeto de Irrigação Senador Nilo Coelho, seu prejuízo já ultrapassa os 80%, numa sequência de tombos que teve desde 2019. “O coronavírus só veio colocar uma pá de cal sobre nossa produção, uma vez que já vínhamos tendo prejuízos aqui, devido às dificuldades de comercialização direta com a indústria e os baixos preços. Porém, nesta safra, quem conseguiu vender 15% foi sortudo, lamenta.

Com a atual crise, muitos compradores estão retraídos do mercado, o comércio trabalhando com estoques regulados, além do consumo mais comedido pela população, que contribuem para o cenário de baixa. Para – no mínimo – os próximos dez dias, a incerteza quanto ao consumo persiste em função do período de quarentena, o que mantém o pessimismo dos agricultores em relação as suas safras.

Pedido de ajuda

De acordo com o Sindicato dos Agricultores Familiares de Petrolina (Sintraf), um ofício apresentando propostas e solicitando medidas para o enfrentamento da situação foi enviado à prefeitura, 3ª Superintendência Regional da Codevasf e ao DINC, no dia 30 de março, mas que ainda aguarda um posicionamento. “Estamos tentando dialogar com essas instituições a compra das frutas, a diminuição da taxa fixa de água e a criação de um comitê de crise para o gerenciamento da epidemia”, relata Isália Damacena, presidente da entidade.

Do Bebedouro ao Projeto Maria Tereza, as restrições necessárias para conter a disseminação da Covid-19 deixaram um rastro de safras perdidas, ausência de centenas de agricultores no campo, uma nova queda no preço das frutas (de até 40% dependendo da cultura) e o temor de que a crise se prolongue por mais tempo.

Com a pandemia, nossa situação ficou muito difícil. Eu e meu esposo tivemos um prejuízo de R$ 30 mil porque não tínhamos como colher nossa produção e mesmo que conseguíssemos, não teria para quem vender. Todo nosso trabalho e investimento foram perdidos; mas é isso, né, seguir de cabeça erguida esperando que esse vírus passe logo”, finaliza a agricultora Antônia Úrsula Silva, de 28 anos.

Por: Jacó Viana