Justiça autoriza transferência de Lula do Paraná para São Paulo

Em decisão proferida na manhã de hoje (7), a juíza substituta Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, autorizou a transferência para São Paulo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se encontra preso desde abril do ano passado na Superintendência da Polícia Federal do Paraná.

Lula cumpre pena de oito anos, 10 meses e 20 dias após ter sua condenação por corrupção e lavagem de dinheiro confirmada em abril pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), no caso do tríplex no Guarujá (SP).

A transferência do ex-presidente para outro estabelecimento fora solicitada pela própria PF, que alegou transtorno ao funcionamento do órgão por conta da aglomeração de pessoas no entorno da superintendência e do grande dispêndio de recursos para lidar com o grande número de visitas ao apenado.

“Em relação ao local de custódia, tem-se, a cada dia, a contínua e permanente sobrecarga imposta à Polícia Federal, em termos de recursos humanos e financeiros”, concordou a juíza Carolina Lebbos.

Ela acrescentou que “a situação ora verificada tem trazido, a cada dia, contínuo e crescente prejuízo ao interesse público, com o emprego de recursos humanos e financeiros destinados à atividade policial na custódia do apenado”.

Ao determinar a transferência para São Paulo, Lebbos atendeu a um pedido da defesa, que argumentou ser aquele o estado de residência da família de Lula.

O Ministério Público Federal (MPF) havia se manifestado contrário à transferência, entre outros argumentos por Lula ainda responder a outras ações penais na Justiça Federal do Paraná. Carolina Lebbos, porém, frisou que tais procedimentos já tiveram instrução encerrada, não mais justificando a permanência do réu em Curitiba.

A magistrada determinou ainda que seja considerada a situação peculiar do ex-presidente, que deve ter sua segurança garantida pelo estado, em estabelecimento adequado para tal. Para a defesa, deve ser garantida a Lula a permanência em uma sala de estado-maior. Ainda não foi divulgado o local onde Lula ficará preso  em São Paulo.

Com informações da Agência Brasil

Herdeiros de João Gilberto estão em guerra por indenização milionária

“E quem quer todas as notas/ Ré, mi, fá, sol, lá, si, dó/ Fica sempre sem nenhuma”, já dizia um dos clássicos de Tom Jobim que João Gilberto mais gostava de tocar, “Samba de Uma Nota Só”. Só que não é a nota musical, mas a de dinheiro, que dá o tom da disputa familiar que sucedeu a morte, há um mês, do criador da bossa nova.

São cinco protagonistas neste samba –os irmãos João Marcelo, 58, Bebel Gilberto, 53, e Luisa Carolina, 15 (a caçula representada pela mãe, Cláudia Faissol), mais Maria do Céu, caso de longa data com quem o músico morava em seus anos finais. E eles estão se engalfinhando numa luta pelo espólio de João.

Em termos de bens, até agora é tudo bem esquálido. Não há imóveis legados, por exemplo, embora uma ou outra peça tenha seu valor histórico-financeiro, como violões dedilhados pelo baiano.

Mas há os direitos autorais que João recebia periodicamente, estimados entre R$ 12 mil e R$ 30 mil ao mês, fora uma indenização milionária que a EMI deve ao artista, ainda alvo de impasse judicial. Este é, aliás, o único ponto que une os herdeiros –todos concordam que o pai foi lesado pela gravadora.

Outra cizânia, esta não mensurável monetariamente, é pelo afeto a João Gilberto. Seus filhos e amores passados vivem duelando para saber quem mais amou e quem mais falhou com o músico.

No ano passado, uma ação de despejo levou João a sair de seu apartamento na rua Carlos Góis, no Leblon. O episódio fez o sinal amarelo acender entre amigos, que fizeram vaquinha para pagar aluguéis e condomínios e reformar o lar de João na zona sul carioca, onde nem a água funcionava direito.

Nisso, o casal Caetano Veloso e Paula Lavigne cedeu um imóvel para o músico morar na Gávea, e outro em Ipanema para Maria do Céu, a ex-namorada que residia com ele. João voltou para a rua Carlos Góis em novembro de 2018 –dívidas de R$ 270 mil, referentes ao imóvel, foram acertadas em fevereiro deste ano.

Morreu no dia 6 de julho deste ano. A certidão de óbito de João Gilberto Pereira de Oliveira, 88, não precisa o momento de sua morte (“hora ignorada”), mas atribui cinco causas –edema pulmonar, infarto agudo do miocárdio, obstrução intestinal, hérnia inguino-escrotal e, mais genericamente, doença.

A morte de Miúcha, sua segunda mulher e mãe de Bebel, em dezembro, o abalou. Meses depois foi a vez da irmã mais velha, Dadainha. No final de junho, morreu ainda a gata preta e branca de João.

A briga no seio familiar colaborou para seu declínio físico. “Inicialmente, João Marcelo, Bebel Gilberto e Maria do Céu cogitaram em conjunto a possibilidade de interdição do artista”, diz Gustavo Miranda, da equipe de advogados do primogênito.

Só que, com João Marcelo morando nos Estados Unidos, Bebel teria dado prosseguimento sozinha. Em novembro de 2017, a Justiça declarou João incapaz e deu à filha do meio a guarda jurídica. A partir daí, o irmão mais velho passou a acusar Bebel de querer roubar o pai e de  o manter como prisioneiro.

A cantora pleiteia agora o papel de inventariante do espólio paterno. Nem ela nem sua advogada quiseram falar com os repórteres, mas amigos dizem que João Marcelo tem recalque da irmã por dois motivos –ela conseguiu sucesso musical e o pai dos dois largou a mãe dele para ficar com a dela, décadas atrás.

No quiproquó, sobrou para Luisa Carolina, vítima de alienação parental, segundo Leonardo Amarante, advogado de Cláudia Faissol, que em 2004 deu a filha temporã a João (hoje, a adolescente mora com uma tia). Mesmo sendo menor de idade, ela já não recebia pensão do pai, atolado em perrengues financeiros. “Luisa não pôde ver o pai por um ano. Poucos dias antes, foi o aniversário de 15 anos dela. Eles eram muito próximos antes de começar isso tudo”, afirma Amarante.

Maria do Céu seria a responsável pelo afastamento. Ela afirma que João sempre pagou suas contas no Brasil e que a recebeu em casa quando, endividado, ele deixou de pagar o aluguel da casa dela, em 2017. O valor devido, de R$ 76 mil, foi retirado das contas de João Gilberto em abril deste ano, por meio de penhora judicial.

O advogado Roberto Algranti Filho, que a representa, diz que João morreu nos braços de sua cliente e conviveu com ela desde que se conheceram, em 1984, em Lisboa. “Devido ao fato dos filhos de João estarem negando a relação havida entre o casal, Maria do Céu irá propor uma ação judicial, com o objetivo de declarar, por sentença, o fato público e notório de sua união estável com o artista.”

Além disso, diz , Maria vai recorrer de um julgamento que não respeitou um testamento que João fez em 2003, deixando um terço de seus bens a ela. O que ocorre é que, um ano depois, nasceu uma nova herdeira, Luisa Carolina, o que invalidaria o documento.

Para complicar, em entrevista a este jornal na semana passada, João Marcelo pôs em dúvida a paternidade da irmã mais nova, dizendo que “Lulu até hoje não se representou com um teste genético para provar que é filha dele”. Agora, Faissol promete processar o produtor por danos morais. Bebel já o processa também por danos morais.

Alheia, Maria do Céu segue com sua expectativa. Seu advogado quer ganhar a ação baseado num precedente que diz que, se um testamento reserva ao menos 50% para seus filhos, ele não poderia ser invalidado. No caso, dois terços estariam reservados aos filhos.

Mas a juíza do caso diz que não há elementos suficientes para reconhecer união estável. Ainda cabe recurso. Em 25 de julho, os advogados de Maria do Céu enviaram à 1ª Vara de Órfãos e Sucessões do Rio, onde as questões sobre a herança estão sendo resolvidas, uma amostra da intimidade dos dois nos últimos meses de vida do músico.

Ela está “em posse de diversas correspondências” que chegaram à “residência do casal”, na qual “permanece morando”. As cartas se referem a direitos autorais do baiano. “O patrimônio dos direitos é amazônico, nos Estados Unidos, Europa e Japão, mas tem que ser reivindicado”, diz Amarante, representante de Faissol, nêmesis de Maria do Céu.

Agora é esperar pelo próximo acorde desse samba de uma nota só.

ENTENDA O CAOS

  • 2003 – João faz um testamento deixando um terço de seus bens a Maria do Céu
  • 2004 – Nasce Luisa Carolina, da relação com Cláudia Faissol
  • 2015 – Perícia aponta em R$ 173 milhões a indenização (R$ 219 milhões atualizados) devida pela gravadora EMI
  • 2017 – Bebel obtém a curatela de João Gilberto
  • Abril de 2019 – João Marcelo questiona a interdição e acusa a irmã de roubar o pai
  • Junho de 2019 – Outra perícia diz que a indenização deve ser de R$ 13,5 milhões
  • 6 de julho de 2019 – Morre João, aos 88. Bebel pede para se tornar inventariante; Maria do Céu tenta firmar união estável com o artista; João Marcelo põe em dúvida a paternidade de Luisa; Faissol promete processá-lo

Por: FOLHAPRESS

Bairro Dom Avelar em Petrolina sofre apagão de energia elétrica durante noites; veja vídeo

Moradores do bairro Dom Avelar em Petrolina, Sertão pernambucano reclamam que já faz uma semana que vem sofrendo queda de energia no bairro. A oscilação e quedas de energia são constantes e muitas vezes ficam mais de 03 horas sem energia elétrica.

Nesta noite de sexta-feira (2) recebemos um vídeo de um morador e leitor de nosso Portal de Notícias, após o apagão no bairro, quando veio chegar já era por volta de meia-noite. Segundo ele, faltou em outros bairros vizinhos como, Padre Cícero e São Joaquim.

Nossa redação tentou entrar em contato com a ouvidoria, mas o atendimento é somente de segunda a sexta.

Edição: Nelson Fontes/Divulga Petrolina

30 anos de morte do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, nesta sexta 02 de agosto

Nesta sexta-feira, 02 de agosto, faz 30 anos de morte do Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Gonzagão como também era chamado, foi e sempre será um dos mais importantes cantores populares do Brasil, um ícone na cultura e nas tradições nordestinas.

Luiz Gonzaga, pernambucano de Exu, nos deixou em 02 de agosto de 1989. Mesmo após após sua partida, se eternizou seguindo vivo na cultura nordestina, continuando sendo uma grande e maravilhosa influência para novas gerações de artistas por todo o Brasil.

VIVA GONZAGÃO!

Edição: Nelson Fontes/Divulga Petrolina

Cientistas japoneses querem criar híbridos entre humanos e animais

FOTO: Human pig hybrid embryos

Os cientistas japoneses receberam aprovação do governo do país para criar híbridos entre humanos e animais, naquilo que está a ser visto como um pequeno passo para o que muitos especialistas consideram um caminho perigoso, nota o BGR.

Um dos cientistas que começou a realizar experiências neste campo é Hiromitsu Nakauchi, que planeja produzir e usar células humanas em embriões de ratos e ratazanas. Quando nascerem, estas espécies serão tidos como os primeiros híbridos entre ratos e humanos, sendo que não são esperadas alterações no aspecto exterior.

A experiência prevista por Nakauchi promete ser o início do que se prevê ser um debate ético entre a comunidade científica, entre elas a ideia de usar animais unicamente para criar órgãos para serem usados em seres humanos.

Fábrica de laticínios é interditada no município de Floresta pela FPI

Foto divulgação: FPI

A Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia do São Francisco em Pernambuco (FPI) interditou, na noite de terça-feira (23), uma fábrica de laticínios irregular, localizada no município de Floresta (Sertão de Itaparica) e apreendeu 1.520 quilos de produtos sem registro e que estavam prontos para serem comercializados. Em um supermercado da cidade, também foram recolhidos 771,64 quilos de alimentos que estavam sem registro em órgãos competentes ou com problemas de conservação, entre eles estavam iogurtes, queijos e carne de frango.

A ação, que integra uma força-tarefa com mais de 20 órgãos, teve início pela manhã e se estendeu até à noite. A fábrica, que foi alvo da investida, produzia diversos tipos de iogurtes; e mesmo sem registro, nem licença ambiental para funcionar, estava comercializando os produtos em mercados e conveniências da região. Durante a fiscalização, ainda foram constatados problemas como a ausência de regularidade na dosagem de cloro, avarias no piso, tubulações em desacordo com as normas técnicas, água residual nos espaços de produção, mangueiras e registros de gás vencidos, e mais.

De acordo com a coordenadora da equipe Abate, Glenda Holanda, a fábrica estava com o registro da Adagro cancelado e não poderia estar funcionando. “Além dos problemas estruturais, não havia registro de autocontrole nas etapas do processo produtivo, a contar do recebimento da matéria-prima, seu processamento, até a finalização do produto. Isso poderia impactar na qualidade do produto e na saúde da população”, detalhou. No local, foram recolhidos 3.761 iogurtes, 1.313 embalagens rotuladas e 14 bobinas de rótulos.

A mesma operação ainda fiscalizou e apreendeu produtos sem registro ou com problemas de conservação em um supermercado de Floresta. Os alimentos foram encontrados tanto expostos nas gôndolas, como armazenados de forma inadequada na câmara frigorífica. No comércio, foram recolhidos 2.147 iogurtes; 51,22 quilos de carne de frango que estava num balde para serem descongelados; e 108 quilos de queijo coalho sem registro. O estabelecimento também foi notificado pelo Corpo de Bombeiros de Pernambuco por dispor de sistema de segurança contra incêndio inadequado.

Mais de 20 técnicos participaram da ação na cidade de Floresta. Todo o material recolhido na fábrica e no supermercado foi encaminhado para o aterro sanitário da cidade de Petrolândia, onde foi destruído.

FPI – Sob coordenação do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), com apoio do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), as entidades participantes do programa são: Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro); ONG Animalia; ONG Agendha; Agência Nacional de Mineração (ANM); Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac); Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa); CemaFauna Caatinga/Univasf; Agência de Bacia Peixe Vivo; Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH); Fundação Nacional de Saúde (Funasa); Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe); Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra); Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan); Secretaria de Defesa Social (Polícia Militar, Polícia Civil, Instituto de Criminalística e Corpo Bombeiros Militar); Polícia Rodoviária Federal (PRF); Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e Secretaria Estadual de Saúde (SES). (Via: FPI-PE)

Turismo: Petrolina é destaque na revista Pass, que retrata o município como um ‘Oásis no Sertão’

Por definição, um oásis é uma região fértil no deserto graças à presença de água. Foi como um ‘Oásis no Sertão’ que Petrolina foi descrita em uma reportagem especial, que rendeu destaque na capa da revista de turismo Pass, veículo de comunicação da companhia Passaredo linhas aéreas. O trocadilho foi referente à localização geográfica do município, que nasceu as margens do Rio São Francisco no Sertão pernambucano, e por a cidade ser um grande polo de fruticultura irrigada. A edição foi publicada na segunda quinzena deste mês.

Pelo olhar da repórter Adriana Panzini, Petrolina foi apontada como “o destino certo para quem quer vivenciar o melhor do Brasil”. A matéria de seis páginas mostrou as potencialidades do município, que englobou aspectos socioeconômicos e as opções de turismo, lazer, gastronomia e artesanato.

O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Emicio Júnior, acredita que este tipo de divulgação espontânea pode atrair mais visitantes à cidade. “A revista está circulando por todo país, levando o nome e os atrativos de Petrolina para conhecimento de milhares de pessoas. O município só ganhou desde que a companhia Passaredo passou a operar aqui, com voos para Salvador, ampliando as opções dos turistas que querem conhecer nossa cidade”, constata.

Mãe da ex-presidente Dilma Rousseff morre aos 96 anos

A mãe da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) faleceu neste sábado (13/07/2019), em Belo Horizonte. Aos 96 anos, Dilma Jane deixa as filhas Dilma Rousseff, Zana Lúcia Rousseff, o filho Igor Rousseff e a neta Paula Rousseff.

A causa da morte, entretanto, ainda não foi informada. A ex-presidente está em Londres e embarca hoje de volta ao país. Sua chegada, no entanto, deve ser apenas no domingo (14/07/2019). A informação foi confirmada pela equipe da ex-presidente.

A assessoria de imprensa de Dilma informou que não serão divulgadas informações sobre o velório, em respeito à família. “Dona Dilma não era uma personalidade pública”, informou a assessoria.

Natural de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, Dilma Jane enfrentava problemas de saúde e chegou a ser internada, ainda em 2015, com sintomas de ataque sistêmico transitório. Dilma Jane sofria do mal de alzheimer. Professora aposentada, a mãe da ex-presidente passou a maior parte da vida na capital mineira, no bairro Pampulha, Região Norte da capital.

Quando Dilma se tornou presidente da República, a mãe chegou a morar no Palácio da Alvorada, residência oficial em Brasília. Entretanto, em 2016, após o impeachment da petista, ela voltou a morar na capital mineira.

Eleições
Em abril do ano passado, ao transferir o título eleitoral do Rio Grande do Sul para Minas Gerais, a ex-presidente disse que um dos motivos da mudança era a saúde da mãe. O sepultamento será em Belo Horizonte.

Por: Metropoles

Fãs comemoram o Dia Mundial do Rock neste sábado

Um senhor de mais de 60 anos, vibrante, contestador, revolucionário e que provoca as mais diversas sensações e reações em quem tem contato com ele ou em quem não vive sem ele.

Este é o rock’n’roll, um estilo musical que nasceu entre as décadas de 1940 e 1950, nos Estados Unidos, e se popularizou para o mundo. Para celebrar a relevância do ritmo, que varia entre diversos estilos e épocas, foi instituído no Brasil o Dia Mundial do Rock, comemorado hoje (13).

A data é uma alusão ao Festival Live Aid que ocorreu em 1995, simultaneamente, na Filadélfia, nos EUA, e em Londres, na Inglaterra, com a participação de artistas de rockda época, para conscientizar a população mundial sobre a situação drástica de fome e pobreza da África, além de arrecadar fundos para a causa. Durante o show, transmitido ao vivo para vários países, o cantor e baterista Phil Collins sugeriu que a data fosse lembrada como Dia Mundial do Rock.

“Houve um ano em que a ONU (Organização das Nações Unidas) fez uma menção condecorando o Live Aid e isso foi divulgado no Brasil e comemorado pelas rádios brasileiras. Foi aí que instituíram que a data seria o dia do rock. Isso pegou forte aqui no Brasil. Lá fora, eles não comemoram como dia do rock, mas todo ano eles lembram desse fato importante que foi o Live Aid”, disse o locutor da rádio paulistana voltada para o gênero, Kiss FM, Rodrigo Branco.

Embora muita gente afirme que o rock já morreu, para Branco isso não aconteceu e nunca acontecerá, mas é fato que o estilo passa por ondas, o que é normal, por ser um evento musical que surgiu há mais de 60 anos. “É natural que atualmente não tenha mais a força que teve no passado. De certa forma, convivemos com outros estilos mais atuais e modernos que impactam a juventude e, por isso, já não tem mais a relevância que teve no sentido de alcançar as massas.”

A popularização de outros estilos musicais mais comercialmente rentáveis foi um dos fatores para que o cenário rock encolhesse no Brasil, fazendo com que a grande mídia deixasse de dar espaço para as bandas. “Isso não quer dizer que tenha acabado, mas a quantidade de oferta para o grande público é menor. Até a década de 1990, o estilo musical ainda aparecia nos programas populares de televisão. Isso fazia o rock atingir mais a população, dando mais força para o gênero”.

Para o produtor e apresentador da mesma rádio, Samuel Canalli, um dos fatores que não deixaram a modalidade morrer foi justamente o público criado com várias bandas e estilos diferentes. “O público sempre vai se renovando e o interesse nunca morre. As pessoas sempre vão querer saber sobre o rock, tanto que as bandas tocam aqui e enchem estádios.”

Canalli define o rock com uma palavra: revolução. “O rock é um gênero que surgiu para contestar os padrões da sociedade e os comportamentos que essa mesma sociedade espera e impõe. O rock começou com os jovens se rebelando contra isso. Revolução combina muito com o rock.”

O proprietário do Manifesto Bar, Silvano Brancatti, define o rock como um estilo de vida e uma forma de expressão. “Para muitos há bandas que são como religião. Para quem toca é uma forma de transmitir mensagens de forma mais forte. Há várias vertentes que dão a possibilidade de manifestação e transmissão de mensagens.”

Foi em uma conversa entre dois irmãos e um amigo que surgiu a ideia de criar um local para reunir aqueles que como eles, gostavam do estilo. “Em uma certa noite, pensamos: porque não juntar o agradável com o trabalho, fazer algo que gostamos realmente? Por isso, decidimos montar a casa. Pela necessidade que havia no mercado e para tentar unir o que nosso público precisaria, um bom atendimento, cerveja gelada, música boa. E esse é o segredo de existirmos até hoje”, ressaltou.

Em 25 anos de existência, o bar, que é referência para os fãs, teve apresentações de bandas como o Skid Row, Marky Ramone, ex-baterista da banda Ramones, e visitas ilustres de membros de bandas internacionais que passam por São Paulo para fazer shows. “Elas acabam passando aqui para curtir a balada. Passaram por aqui Deep Purple, Iron Maiden, Motorhëad, Helloween, Rammstein. Eles vêm e, a partir do momento em que sentem à vontade, acabam se soltando e fazendo uma jam, participando com os músicos da casa”.

O bar apoia também as bandas nacionais, dando espaço para as covers, bandas que fazem tributos aos artistas. “Essas bandas são importantes para manter o rock vivo, porque o Brasil está na rota dos eventos, mas não é todo final de semana que tem show, como nos EUA, então, o que deixa o rock vivo são as bandas cover que representam muito bem as oficiais.”

Nos corredores da Galeria do Rock, um centro comercial existente desde 1963 e localizado na região central da capital paulista, o pintor e tatuador de 40 anos, Caio José da Silva, disse que admira o estilo desde os sete anos de idade. A influência veio dos irmãos mais velhos que já ouviam bandas como Kiss, Led Zeppelin, entre outras. “Veio no sangue! O rock dá energia para nós que batalhamos muito no dia-a-dia. O rock ajuda a extravasar de uma forma cultural e pacífica. Deveríamos ter vários dias do rock, apesar de que rock é todo dia, rock é cultura”.

O tatuador Erich Demuro, de passagem pela cidade para visitar a família, também ouve o estilo musical desde criança, depois de seu pai o ensinar a ouvir música com o fone de ouvido plugado na vitrola. Desde então, o gênero musical se tornou uma religião em sua vida.  “Os primeiros álbuns aos quais eu tive acesso foram The Dark Side of the Moon, do Pink Floyd, Emerson Lake and Palmer, entre outros. O rock é algo que dá para se comparar a algo divino. É uma coisa que está no DNA, é indescritível”.

Álvaro Augusto é funcionário de uma das mais tradicionais e antigas lojas de discos da Galeria do Rock. Segundo ele, a loja, que existe há 26 anos, tem clientes fiéis, que acompanham os lançamentos, encomendam títulos e pesquisam sobre as bandas. “Para se ter uma ideia, temos caixas de coleções de discos de vinil que custam R$ 3,9 mil, como uma dos The Beatles, que reúne toda a obra da banda. Desde 2012 Já vendemos mais de 50 dessas.”

Por: Agência Brasil

Barragem rompe na Bahia e deixa moradores desabrigados

Uma barragem se rompeu no povoado de Quati, que fica em Pedro Alexandre, localizada a cerca de 435 km de Salvador, na manhã desta quinta-feira (11). Conforme a Defesa Civil da cidade, as fortes chuvas que caem na região do Rio do Peixe contribuíram para o rompimento da estrutura. Não há registro de feridos.

Conforme Valdomiro Pereira secretário de comunicação de Coronel João Sá, município que fica a cerca de 45 km de Pedro Alexandre, a água da barragem deve chegar à cidade ainda na tarde desta quinta. O percurso do rio entre as duas cidades, no entanto, é de cerca de 80 km. Há risco de invasão de casas e de prejuízos materiais.

Desde o início da manhã, a administração de Coronel João Sá, que em um nível abaixo da barragem e é cortado pelo Rio do Peixe, pede para cerca de 120 famílias que moram às margens do rio deixem o local. No total, 300 pessoas vivem na área considerada com risco de ser atingida pela água.

Até por volta das 15h, a prefeitura ainda não tinha conseguido fazer a retirada das pessoas das casas. Os moradores, segundo o secretário de comunicação, se recusam a deixar os imóveis.

Chove forte na região entre Pedro Alexandre e Coronel João Sá há, pelo menos, 5 dias. A barragem do Quati transbordou por volta das 6h desta quinta, e a estrutura se rompeu às 11h.

Em post no twitter, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) comunicou que a barragem fica próxima à BR-235. O DNIT informou ainda que técnicos do órgão estão no local para verificar possíveis danos à rodovia.

De acordo com a Superintendência de Defesa Civil do Estado da Bahia (Sudec). Por conta da quantidade de lama que se misturou com a água, as estradas estão intransitáveis, o que dificulta o atendimentos pelos órgãos à população.

No vídeo acima, é possível ver a BR-235 sendo invadida pela água. Há grande quantidade de material pela pista. A rodovia é responsável por fazer a ligação entre a Bahia e Sergipe.

Segundo Carla Leão, coordenadora da Defesa Civil em Pedro Alexandre, algumas casas que ficam no povoado de Quati foram tomadas pela lama.

“Algumas casas foram invadidas, mas não teve feridos. Ainda não conseguimos contato com esses moradores porque o povoado está ilhado. Tem muita lama e água no caminho. Apesar disso, sabemos que eles não foram atingidos porque entramos em contato antes, e eles deixaram as casas antes do rompimento”, afirmou a coordenadora.

A Defesa Civil local informou que acionou o Corpo de Bombeiros de Paulo Afonso para ajudar nos atendimentos da região.

“A preocupação é com a cidade de Coronel João Sá. Ela está na rota que a lama seguirá. Então, pedimos que as pessoas procurem ajuda. Já fiquei sabendo que a prefeitura está fazendo o trabalho de retirada dos moradores. Muitos já foram para abrigos”, completou a coordenadora.

Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pedro Alexandre tem cerca de 16.695 moradores. Já Coronel João Sá tem uma população que chega a 17.066.

https://twitter.com/JailtonSantana_/status/1149334874588942336