Imagens de como ficaram as pernas de Andressa Urach durante o processo de retirada do hidrogel que ela tinha aplicado
A agência Grosby Group divulgou, na madrugada desta segunda-feira, 5, imagens de como ficaram as pernas de Andressa Urach durante o processo de retirada do hidrogel que ela tinha aplicado. Nas fotos é possível ver grandes ferimentos em uma das pernas da apresentadora. As imagens foras feitas durante o período em que Andressa ficou internada no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre.
Após alta, passeio pela praia
Depois de ficar quase um mês internada, Andressa Urach exibiu curativos nas pernas em ida a uma praia no sábado, 3, em Florianópolis. Usando um camisão branco e uma canga amarela, ela caminhou pela orla enquanto tomava água de coco. Na mesma data, pela manhã, a modelo também foi fotografada caminhando pelas ruas da capital catarinense. Nas fotos, a apresentadora aparece usando um vestido longo. Essa foi a primeira vez que a apresentadora apareceu depois de ficar internada por conta de complicações da aplicação de hidrogel nas pernas, realizada há mais de cinco anos. Em seu passeio, Andressa foi clicada lendo o livro de autoajuda “Comande sua vida com o poder da mente”.
Hidrogel causou infecção nas pernas
A causa do problema de saúde de Andressa foi uma aplicação de hidrogel feita há cinco anos nas coxas. Em julho deste ano, ela teve problemas e se submeteu a um procedimento para retirar o produto. Mas voltou a ter complicações e foi operada no dia 28 de novembro para retirar resquícios do hidrogel. Após a cirurgia, Andressa chegou a ser liberada, mas teve que voltar no dia seguinte após um mal-estar. Com a infecção detectada, ela passou por uma nova operação no dia 30. “A Andressa passou muito mal após a primeira cirurgia. Ela foi levada ao hospital e eles disseram que o dreno fechou e o hidrogel causou uma infecção. Andressa passou por uma nova cirurgia à noite, e está na UTI”, informou a assessoria de Urach na ocasião.
No dia 2 de dezembro de 2014, Julio Vedovato, médico particular de Urach, anunciou que ela estava com sepse, ou seja, que a infecção estava espalhada por todo o corpo, causando risco de parada dos órgãos. De lá para cá, a modelo passou por uma série de procedimentos médicos, recebeu transfusões de sangue e contou com o carinho de familiares, amigos e fãs, que acompanharam sua recuperação.
Os irmãos bonfinenses, Ubiratan e Ubaldo Rios abrem as portas da Cervejaria HAUS BIER a partir do dia o8/01, próxima quinta-feira, na Orla de Petrolina-Pe.
Com uma mega estrutura, a cervejaria vai revolucionar o Vale do São Francisco. É a primeira cervejaria artesanal do nordeste e a primeira Cervejaria da Franquia Bier que conta com 16 unidades em todo Brasil.
Morreu às 5 horas da manhã de domingo (04) o filho mais velho do cantor Zeca Pagodinho, Elias Gabriel, aos 28 anos. De acordo com a assessoria de imprensa de Zeca, o rapaz sofreu complicações pneumológicas. Ele estava internado desde o dia 31 de dezembro no Hospital Salgado Filho, no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro.
Elias era filho de um relacionamento anterior de Zeca Pagodinho, que é casado com Mônica Silva há 28 anos. Zeca e Mônica são pais de Louis, Eliza, Maria Eduarda e Eduardo.
Dois homens encapuzados deram voz de assalto e atiraram na vítima. Jovem foi socorrido por ambulância, mas faleceu no hospital.
Um jovem de 19 anos morreu no último domingo (4) em Afrânio, no Sertão pernambucano. De acordo com a Polícia Militar (PM), a vítima foi surpreendia por dois homens encapuzados que saíram de um carro, deram voz de assalto e dispararam vários tiros contra o jovem.
A vítima foi socorrida por uma ambulância, mas faleceu no Hospital Maria Coelho, em Afrânio.
A Polícia Civil está investigando o caso para identificar os autores do crime.
Antes do sequestro, homens atiraram na perna de uma das vítimas. Os criminosos estavam encapuzados e não foram encontrados pela polícia.
Dois homens foram vítimas de um sequestro no último domingo (4) no bairro Cosme e Damião, na Zona Norte de Petrolina, no Sertão pernambucano. De acordo com informações da Polícia Militar de Pernambuco, as vítimas foram abordadas por criminosos quando retornavam de uma festa em um parque de vaquejada da cidade.
Segundo a polícia, os sequestradores se dividiam em dois carros, eles estavam encapuzados e efetuaram quatro disparos contra a lataria do veículo em que ocupavam as vítimas. Durante a ação, uma das vítimas foi atinfiga por um tiro na perna. Em seguida, foi retirada de dentro do automóvel e o sequestraram. Um outro homem também foi levado pelos criminosos.
Após a confirmação do fato, a polícia realizou rondas nas proximidades do local na tentativa de localizar as supostas vítimas e criminosos. O caso foi registrado na 1ª Delagacia de Polícia Civil de Petrolina, onde o crime está sendo investigado.
Ilha é um dos principais locais indicados pra o banho no Rio São Francisco. Corpo de Bombeiros dá dicas para que haja uma diversão segura.
Neste primeiro sábado do ano de 2015, foi grande o movimento na Ilha do Fogo, que fica entre a cidade pernambucana de Petrolina e Juazeiro, na Bahia. O balneário é um dos principais locais indicados pra o banho no Rio São Francisco.
A Ilha do Fogo é um dos locais de acesso livre ao público e de gratuito, uma opção de lazer para o final de semana. “Depois da semana de trabalho, a região está muito quente. Então a gente procura curtir o sol, o rio, a galera e o pôr do sol na ponta da ilha. É uma atração maravilhosa”, conta o eletricista, Lucas Guimarães.
Contudo, é preciso ter cuidado para que haja uma diversão segura. O aspirante do Corpo de Bombeiros, Almery Ouriques, dá dicas para os banhistas. “Devem procurar orientações do posto da guarda vida no local e manter água na linha da cintura e não ultrapassar os limites seguros”.
Perigo do modelo de prisão em MG é o encarceramento em massa, alertam especialistas: “Para quem investe em determinado produto, no caso o produto humano, será interessante ter cada vez mais presos”
Em janeiro de 2013, assistimos ao anúncio da inauguração da “primeira penitenciária privada do país”, em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais. Porém, prisões “terceirizadas” já existiam em pelo menos outras 22 localidades. A diferença é que esta de Ribeirão das Neves é uma PPP (parceria público-privada) desde sua licitação e projeto, enquanto as outras eram unidades públicas que em algum momento passaram para as mãos de uma administração privada. Na prática, o modelo de Ribeirão das Neves cria penitenciárias privadas de fato; nos outros casos, a gestão ou determinados serviços são terceirizados, como a saúde dos presos e a alimentação.
Existem no mundo aproximadamente 200 presídios privados, sendo metade deles nos Estados Unidos. O modelo começou a ser implantado naquele país ainda nos anos 1980, no governo Ronald Reagan, seguindo a lógica de aumentar o encarceramento e reduzir os custos, e hoje atende a 7% da população carcerária do país. O modelo também é bastante difundido na Inglaterra – lá implantado por Margareth Thatcher – e foi fonte de inspiração da PPP de Minas, segundo o então governador do estado, Antônio Anastasia. Em Ribeirão das Neves o contrato da PPP foi assinado em 2009, na gestão do então governador Aécio Neves.
O slogan do complexo penitenciário de Ribeirão das Neves é “menor custo e maior eficiência”, mas especialistas questionam sobretudo o que é tido como “eficiência”. Para Robson Sávio, coordenador do Núcleo de Estudos Sociopolíticos (Nesp) da PUC-Minas e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, esta eficiência pode caracterizar um aumento das prisões ou uma ressocialização de fato do preso. E ele acredita que a privatização tende para o primeiro caso. Entre as vantagens anunciadas está, também, a melhoria na qualidade de atendimento ao preso e na infraestrutura dos presídios.
Bruno Shimizu e Patrick Lemos Cacicedo, coordenadores do Núcleo de Situação Carcerária da Defensoria Pública de São Paulo, questionam a legalidade do modelo. Para Bruno, “do ponto de vista da Constituição Federal, a privatização das penitenciárias é um excrescência”, totalmente inconstitucional, afirma, já que o poder punitivo do Estado não é delegável. “Acontece que o que tem impulsionado isso é um argumento político e muito bem construído. Primeiro se sucateou o sistema penitenciário durante muito tempo, como foi feito durante todo um período de privatizações, (…) para que então se atingisse uma argumentação que justificasse que estes serviços fossem entregues à iniciativa privada”, completa.
Laurindo Minhoto, professor de sociologia na USP e autor do livro “Privatização de presídios e criminalidade”, afirma que o Estado está delegando sua função mais primitiva, seu poder punitivo e o monopólio da violência. O Estado, sucateado e sobretudo saturado, assume sua ineficiência e transfere sua função mais básica para empresas que podem realizar o serviço de forma mais “prática”. E esta forma se dá através da obtenção de lucro.
Patrick afirma que o maior perigo deste modelo é o encarceramento em massa. Em um país como o Brasil, com mais de 550 mil presos, quarto lugar no ranking dos países com maior população carcerária do mundo e que em vinte anos, entre 1992-2012, aumentou esta população em 380%, segundo dados do DEPEN, só tende a encarcerar mais e mais. Nos Estados Unidos, explica, o que ocorreu com a privatização deste setor foi um lobby fortíssimo pelo endurecimento das penas e uma repressão policial ainda mais ostensiva. Ou seja, começou a se prender mais e o tempo de permanência na prisão só aumentou. Hoje, as penitenciárias privadas nos EUA são um negócio bilionário que apenas no ano de 2005 movimentou quase 37 bilhões de dólares.
Nos documentos da PPP de Neves disponíveis no site do governo de Minas Gerais, fala-se inclusive no “retorno ao investidor”, afinal, são empresas que passaram a cuidar do preso e empresas buscam o lucro. Mas como se dá este retorno? Como se dá este lucro?
Um preso “custa” aproximadamente R$ 1.300,00 por mês, podendo variar até R$ 1.700,00, conforme o estado, numa penitenciária pública. Na PPP de Neves, o consórcio de empresas recebe do governo estadual R$ 2.700,00 reais por preso por mês e tem a concessão do presídio por 27 anos, prorrogáveis por 35. Hamilton Mitre, diretor de operações do Gestores Prisionais Associados (GPA), o consórcio de empresas que ganhou a licitação, explica que o pagamento do investimento inicial na construção do presídio se dá gradualmente, dissolvido ao longo dos anos no repasse do estado. E o lucro também. Mitre insiste que com o investimento de R$ 280 milhões – total gasto até agora – na construção do complexo, este “payback”, ou retorno financeiro, só vem depois de alguns anos de funcionamento ou “pleno vôo”, como gosta de dizer.
Especialistas, porém, afirmam que o lucro se dá sobretudo no corte de gastos nas unidades. José de Jesus Filho, assessor jurídico da Pastoral Carcerária, explica: “entraram as empresas ligadas às privatizações das estradas, porque elas são capazes de reduzir custos onde o Estado não reduzia. Então ela [a empresa] ganha por aí e ganha muito mais, pois além de reduzir custos, percebeu, no sistema prisional, uma possibilidade de transformar o preso em fonte de lucro”.
Para Shimizu, em um país como o Brasil, “que tem uma das mais altas cargas tributárias do mundo”, não faz sentido cortar os gastos da população que é “justamente a mais vulnerável e a que menos goza de serviços públicos”. No complexo de Neves, os presos têm 3 minutos para tomar banho e os que trabalham, 3 minutos e meio. Detentos denunciaram que a água de dentro das celas chega a ser cortada durante algumas horas do dia.
Outra crítica comum entre os entrevistados foi o fato de o próprio GPA oferecer assistência jurídica aos detentos. No marketing do complexo, essa é uma das bandeiras: “assistência médica, odontológica e jurídica”. Para Patrick, a função é constitucionalmente reservada à Defensoria, que presta assistência gratuita a pessoas que não podem pagar um advogado de confiança. “Diante de uma situação de tortura ou de violação de direitos, essa pessoa vai buscar um advogado contratado pela empresa A para demandar contra a empresa A. Evidentemente isso tudo está arquitetado de uma forma muito perversa”, alerta.
Segundo ele, interessa ao consórcio que, além de haver cada dia mais presos, os que já estão lá sejam mantidos por mais tempo. Uma das cláusulas do contrato da PPP de Neves estabelece como uma das “obrigações do poder público” a garantia “de demanda mínima de 90% da capacidade do complexo penal, durante o contrato”. Ou seja, durante os 27 anos do contrato pelo menos 90% das 3336 vagas devem estar sempre ocupadas. A lógica é a seguinte: se o país mudar muito em três décadas, parar de encarcerar e tiver cada dia menos presos, pessoas terão de ser presas para cumprir a cota estabelecida entre o Estado e seu parceiro privado. “Dentro de uma lógica da cidadania, você devia pensar sempre na possibilidade de se ter menos presos e o que acontece ali é exatamente o contrário”, afirma Robson Sávio.
Para ele, “na verdade não se está preocupado com o que vai acontecer depois, se está preocupado com a manutenção do sistema funcionando, e para ele funcionar tem que ter 90% de lotação, porque se não ele não dá lucro”.
O complexo de Neves é realmente diferente das penitenciárias públicas. É limpo, organizado e altamente automatizado, repleto de câmeras, portões que são abertos por torres de controle. Mas que tipo de preso vai pra lá? Hamilton Mitre, diretor do GPA, afirma que “não dá pra falar que o Estado coloca os presos ali de forma a privilegiar o projeto”.
No entanto, Murilo Andrade de Oliveira, subsecretário de Administração Penitenciária do Estado de Minas, diz exatamente o contrário: “nós estabelecemos inicialmente o critério de que [pode ir para a PPP] qualquer preso, podemos dizer assim, do regime fechado, salvo preso de facção criminosa – que a gente não encaminha pra cá – e preso que tem crimes contra os costumes, estupradores. No nosso entendimento este preso iria atrapalhar o projeto”.
Na visão dos outros entrevistados, a manipulação do perfil do preso pode ser uma maneira de camuflar os resultados da privatização dos presídios. “É muito fácil fazer destes presídios uma janela de visibilidade: ‘olha só como o presídio privado funciona’, claro que funciona, há todo um corte e uma seleção anterior”, diz Bruno Shimizu.
Robson Sávio explica que presos considerados de “maior periculosidade”, “pior comportamento” ou que não querem trabalhar ou estudar são mais difíceis de ressocializar, ou seja, exigiriam investimentos maiores nesse sentido. Na lógica do lucro, portanto, eles iriam mesmo atrapalhar o projeto.
Se há rebeliões, fugas ou qualquer manifestação do tipo, o consórcio é multado e perde parte do repasse de verba. Por isso principalmente o interesse em presos de “bom comportamento”. O subsecretário Murilo afirma ainda que os que não quiserem trabalhar nem estudar podem ser “devolvidos” às penitenciárias públicas: “o ideal seria ter 100% de presos trabalhando, esse é nosso entendimento. Agora, tem presos que realmente não querem estudar, não querem trabalhar, e se for o caso, posteriormente, a gente possa tirá-los (sic), colocar outros que queiram trabalhar e estudar porque a intenção nossa é ter essas 3336 vagas aqui preenchidas com pessoas que trabalhem e estudem”.
Hoje, na PPP de Ribeirão das Neves ainda não são todos os presos que trabalham e estudam e os que têm essa condição se sentem privilegiados em relação aos outros. A reportagem só pôde entrevistar presos no trabalho ou durante as aulas. Não foi permitido falar com outros presos, escolhidos aleatoriamente. Foram mostradas todas as instalações da unidade 2 do complexo, tais como enfermaria, oficinas de trabalho, biblioteca e salas de aula, mas não pudemos conversar com presos que não trabalham nem estudam e muito menos andar pelos pavilhões, chamados, no eufemismo do luxo de Neves, de “vivências”.
O Estado e o consórcio buscam empresas que se interessem com o trabalho do preso. As empresas do próprio consórcio não podem contratar o trabalho deles a não ser para cuidar das próprias instalações da unidade, como elétrica e limpeza. Então o lucro do consórcio não vem diretamente do trabalho dos presos, mas sim do repasse mensal do estado.
Mas a que empresa não interessaria o trabalho de um preso? As condições de trabalho não são regidas pela CLT, mas sim pela Lei de Execução Penal (LEP), de 1984. Se a Constituição Federal de 1988 diz que nenhum trabalhador pode ganhar menos de um salário mínimo, a LEP afirma que os presos podem ganhar ¾ de um salário mínimo, sem benefícios. Um preso sai até 54% mais barato do que um trabalhador não preso assalariado e com registro em carteira.
O professor Laurindo Minhoto explica: “o lucro que as empresas auferem com esta onda de privatização não vem tanto do trabalho prisional, ou seja, da exploração da mão de obra cativa, mas vem do fato de que os presos se tornaram uma espécie de consumidores cativos dos produtos vendidos pela indústria da segurança e da infraestrutura necessária à construção de complexos penitenciários”.
Helbert Pitorra, coordenador de atendimento do GPA – na prática, quem coordena o trabalho dos presos – orgulha-se que o complexo está virando um “polo de EPIs” (equipamentos de proteção individual), ou seja, um polo na fabricação de equipamentos de segurança. “Eles fabricam dentro da unidade prisional sirenes, alarmes, vários circuitos de segurança, (…) calçados de segurança como coturnos e botas de proteção (…), além de uniformes e artigos militares”.
O que é produzido ali dentro, em preços certamente mais competitivos no mercado alimenta a própria infraestrutura da unidade. A capa dos coletes à prova de balas que os funcionários do GPA usam é fabricada ali dentro mesmo, a módicos preços, realizados por um preso que custa menos da metade de um trabalhador comum a seu empregador.
Em abril de 2014, o governo de Minas Gerais foi condenado por terceirização ilícita no presídio de Neves. A Justiça do Trabalho confirmou a ação civil pública do Ministério Público do Trabalho e anulou várias das contratações feitas pelo GPA.
“Entre os postos de trabalho terceirizados estão atividades relacionadas com custódia, guarda, assistência material, jurídica e à saúde, uma afronta à Lei 11.078/04 que classifica como indelegável o poder de polícia e também a outros dispositivos legais. Além de ser uma medida extremamente onerosa para os cofres públicos, poderá dar azo a abusos sem precedentes”, disse o procurador que atuou no caso, Geraldo Emediato de Souza, ao portal mineiro Hoje em dia.
Como na maioria das penitenciárias, as visitas do Complexo passam por revista vexatória. A., esposa de um detento que preferiu não se identificar, entregou à reportagem uma carta dos presos e explicou como é feita a revista: “temos que tirar a roupa toda e fazer posição ginecológica, agachamos três vezes ou mais, de frente e de costas, temos que tapar a respiração e fazer força. Depois ainda sentamos num banco que detecta metais”. Na mesma carta entregue por A., os presos afirmam que os diretores do presídio já têm seus “beneficiados”, que sempre falam “bem da unidade” à imprensa, e são, invariavelmente, os que trabalham ou estudam.
Na carta, eles ainda afirmam que na unidade já há presos com penas vencidas que não foram soltos ainda. Fontes que também não quiseram se identificar insistem que o consórcio da PPP já “manda” na vara de execuções penais de Ribeirão das Neves.
José de Jesus filho, da Pastoral Carcerária, não vê explicação para a privatização de presídios que não a “corrupção”. Tem seus motivos. Em maio de 2013, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) foram alvo de ações por corrupção e má utilização de recursos públicos. Na ação da CPTM foi citado o ex-diretor, Telmo Giolito Porto, hoje à frente do consórcio da PPP de Ribeirão das Neves, assim como a empresa Tejofran de Saneamento e Serviços Gerais LTDA., que faz parte do mesmo consórcio.
Nesse sentido, Robson Sávio alerta: “será que o Estado quando usa de tanta propaganda para falar de um modelo privado ele não se coloca na condição de sócio-interesseiro nos resultados e, portanto, se ele é sócio-interesseiro ele também pode maquiar dados e esconder resultados, já que tudo é dado e planilha? Esse sistema ainda tem muita coisa que precisa ser mais transparente e melhor explicada”.
O modelo mineiro de PPP já inspirou projetos semelhantes no Rio Grande do Sul, em Pernambuco e no Distrito Federal. As licitações já aconteceram ou estão abertas e, em breve, as penitenciárias começarão a ser construídas. O governo de São Paulo e a Secretaria de Administração Penitenciária também pretendem lançar em breve um edital para a construção de um grande complexo no estado, com capacidade para 10.500 presos. O governador Geraldo Alckmin já fez consultas públicas e empresas já se mostraram interessadas no projeto.
No Ceará, uma decisão judicial obrigou à iniciativa privada devolver a gestão de penitenciárias para o governo do estado. No Paraná, o próprio governo decidiu retomar a administração de uma série de penitenciárias, após avaliar duas questões: a jurídica e a financeira.
No Brasil, país do “bandido bom é bandido morto”, da “bancada da bala” e onde presos não têm direitos simplesmente por estarem presos, a privatização também assusta do ponto de vista da garantia dos direitos humanos dos presos. “Será que num sistema que a sociedade nem quer saber e não está preocupada, como é o prisional, haverá fiscalização e transparência suficiente? Ou será que agora estamos criando a indústria do preso brasileiro?”, pergunta Sávio.
Para Minhoto, a partir do momento em que você enraíza um interesse econômico e lucrativo na gestão do sistema penitenciário, “o Estado cai numa armadilha de muitas vezes ter que abrir mão da melhor opção de política em troca da necessidade de garantir um retorno ao investimento que a iniciativa privada fez na área”, diz. Bruno Shimizu completa: “isso pode fazer com que a gente crie um monstro do qual a gente talvez não vá mais conseguir se livrar”.
“Para quem investe em determinado produto, no caso o produto humano, o preso, será interessante ter cada vez mais presos. Ou seja, segue-se a mesma lógica do encarceramento em massa. A mesma lógica que gerou o caos, que justificou a privatização dos presídios”, arremata Patrick.
Dos 3.434 homicídios registrados em 2014, mais de 10% foram no município. Governador também prometeu concursos para polícias Civil e Militar.
O município de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, vai ser a primeira prioridade do programa Pacto Pela Vida, do Governo de Pernambuco. Dos 3.434 homicídios registrados em todo o estado em 2014, 355 aconteceram na área de Jaboatão e Moreno, o correspondente a pouco mais de 10% de todos os crimes do tipo praticados no estado. A decisão foi anunciada após a primeira reunião do governador Paulo Câmara com o Comitê Gestor do programa, neste sábado (3), na capital pernambucana.
Em relação a 2013, Pernambuco apresentou um aumento de 9,5% no número de homicídios, chegando à taxa de 37,36 mortes violentas a cada 100 mil habitantes. Mesmo com o avanço, o indicador ficou abaixo do número registrado no começo do Pacto pela Vida, em 2007, que era de 56,09. A meta de redução de 12% ao ano foi mantida.
O plano operativo prevê, já para janeiro, uma redistribuição do policiamento no estado, com um reforço para Jaboatão. “Vamos ter investimentos maciços em tecnologia da informação, usar cada vez mais a inteligência policial para trabalharmos a questão do tráfico de drogas, dos grupos de extermínio. […] Vamos conversar com o prefeito Elias Gomes para ter ações integradas”, aponta Câmara.
O Agreste e a Zona da Mata do estado também vão receber, em um segundo momento, atenção especial do governo, uma vez que as duas regiões juntas registraram 1.462 homicídios durante o último ano. O Sertão, indo de Arcoverde a Petrolina, registrou 449 homicídios ao longo de 2014.
O secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, disse que vai se reunir com os comandantes da Polícia Militar e a diretoria da Polícia Civil para analisar de onde vão ser movidos os efetivos. “O diagnóstico está feito, mas de onde vai sair vamos fechar nos próximos dias. Assim que se feche, a prioridade é Jaboatão, vamos trabalhar com Jaboatão. Na sequência a gente trabalha com Zona da Mata e Agreste”, explica.
Para lidar com a violência no interior, além da redistribuição de policiais, o governador afirmou que vai buscar conversar com os governadores da Paraíba e de Alagoas para focar em ações conjuntas nas áreas de fronteira do estado. Novos concursos estão previstos para 2015 a fim de reestabelecer os quadros das polícias Civil e Militar.
“A gente vai lançar ainda no mês de janeiro, no máximo no mês de fevereiro, o concurso da Polícia Civil. Temos em andamento o concurso da Polícia Militar, que vence em fevereiro. Estamos chamando tudo o que é possível chamar desse concurso, para aproximar o máximo de classificados. Já chamamos 2 mil, que é o máximo que vamos poder chamar para nomeação antes da expiração do concurso, que é agora em fevereiro. E tão logo se expire a gente já vai fazer um novo”, garante.
A reunião do Pacto Pela Vida contou com a presença de todo o secretariado estadual, além de representantes do Ministério Público de Pernambuco, da Defensoria Pública e também do Poder Judiciário. “Entendemos que o Pacto pela Vida é uma política de integração e todos têm aqui como contribuir para a melhoria da segurança pública do nosso estado”, aponta o governador, acrescentando que vai ser criada uma secretaria-executiva para lidar com a questão das drogas no estado.
Ações estão sendo intensificadas nos pontos de maior concentração. A ‘Operação Verão’ começou em dezembro e segue até o dia 16 de março.
Com a chegada do verão e do período de férias, aumenta o número de banhistas nas ilhas do Rio São Francisco, em Petrolina, Sertão de Pernambuco. Procurando minimizar o número de ocorrências de acidentes nos pontos de maior movimento, a Marinha do Brasil, através Agência Fluvial de Juazeiro, no estado da Bahia, está intensificando a ‘Operação Verão’, que só termina no dia 16 de março.
A área de jurisdição da Agência Fluvial de Juazeiro – BA, abrange, ao todo, 59 municípios. Mas, de acordo com o comandante da Agência Fluvial, o capitão-tenente Rafael Santos, a ação será maior em Petrolina-PE e Juazeiro-BA. “Na nossa região, o movimento de pico acontece na Ilha do Rodeadouro, Ponto das Barquinhas, Ilha do Maroto, Ilha do Sol e Balneário da Vovó”.
Segundo o comandante, o foco principal é reforçar as ações de presença e fiscalização das embarcações, principalmente as de lazer e transporte de passageiros. Estão sendo observadas as condições gerais dos transportes aquáticos.
“Levamos em conta a segurança. Se estão com os coletes salva-vidas, documentação correta, habilitação do condutor, eventual excesso de lotação e se a embarcação está com pelo menos um terço do combustível do veículo aquático. As pessoas que tragegam em motos aquáticas, muito comum no Rio São Francisco, também estão sendo fiscalizadas”, explica o comandante.
Entre as infrações mais comuns, o comandante cita a falta de habilitação necessária para conduzir embarcações, pessoas que trafegam sem a documentação, seguro vencido e alguns casos envolvendo bebidas. “Não é muito comum, mas para evitar possíveis ocorrências, que geralmente aumentam nesta época do ano, vamos atuar também com etilômetro”.
Além do efetivo da Marinha, que conta atualmente com 24 profissionais, ainda estão envolvidos na ação o Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Conselho Tutelar, Polícia Civil, Exército Brasileiro e Guarda Municipal.
Penalidades – Em caso de irregularidade, a penalidade depende do tipo da infração. A Marinha pode aplicar uma multa que vai de R$ 40 a R$3.200. “Nos casos em que o condutor não está com a habilitação, verificamos no sistema se ele é habilitado e se o veículo aquático está registrado. Se não estiver, o transporte pode ser apreendido. Nos demais casos, só podem ser aplicadas multas”, ressalta o comandante.
Do total de vagas, 66 são para Petrolina e as demais para Juazeiro, BA. As bolsas são integrais, de 60% e 50% de desconto.
Estão sendo oferecidas 80 bolsas de estudo em cursos preparatórios para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para estudantes do Vale do São Francisco. Do número total de vagas, 66 são para Petrolina, no Sertão pernambucano, e as demais para a cidade vizinha de Juazeiro, BA. Podem concorrer os candidatos que já concluíram o Ensino Médio ou estão matriculados na 3ª série.
Em Petrolina, as aulas devem acontecer em um curso preparatório para o vestibular no turno tarde/noite. Os interessados podem concorrer a 22 bolsas integrais, 22 parciais de 60% e 22 com abatimento de 50%. As bolsas são ofertadas para alunos de escolas públicas e privadas, sendo seis vagas para cada uma das matérias: Português, Redação, Inglês e Espanhol, Matemática, Química, Física, Filosofia e Sociologia, História, Geografia e Biologia.
Os documentos necessários para a inscrição são as cópias da Carteira de Identidade e da Ficha 19 ou comprovante de matrícula na 3ª série do Ensino Médio, além do questionário de perfil socioeconômico que está no edital disponível no site do curso. A taxa de inscrição é de R$ 5 por disciplina desejada, além de uma lata ou dois pacotes de leite em pó que serão doados para instituições filantrópicas.
O período de inscrição é de 7 a 14 de janeiro de 2015, em uma unidade do curso localizada na Avenida Pernambuco, nº 146, Jardim Paulo Afonso, na região central de Petrolina ou na unidade da Rua José Petitinga, nº 5, bairro Santo Antônio, em Juazeiro. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 9h às 13h e das 15h às 19h.
As provas acontecerão no mesmo local da inscrição, no dia 16 de janeiro, das 14h às 19h. O resultado deve ser divulgado até às 14h do dia 21 do mesmo mês. A matrícula dos aprovados deve ser feita até o dia 23.
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