Governo Bolsonaro escala militar para coordenar redes sociais após polêmicas

Em uma tentativa de evitar novas crises nas redes sociais, o governo do presidente Jair Bolsonaro escalou um militar para coordenar a estrutura de mídias digitais e reforçar a comunicação oficial do Palácio do Planalto.

Ex-chefe da assessoria de imprensa do Exército, o coronel Didio Pereira de Campos comandará uma nova estrutura chamada Comunicação Global, que ficará responsável pelo monitoramento das redes sociais, publicidade oficial e criação de conteúdo.

Com a sua chegada, a gestão das mídias digitais, que estava subordinada à secretaria de imprensa, passa a ser controlada pela nova estrutura, assim como a área de publicidade, que estava sem um gestor específico desde o início do governo.

A indicação foi feita pela equipe do ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Santos Cruz, e ocorreu após um diagnóstico da equipe do presidente, sobretudo do núcleo militar, de que a comunicação oficial precisava ser melhorada diante das últimas polêmicas.

Na semana passada, Bolsonaro compartilhou vídeo, filmado durante o Carnaval, no qual um homem introduz um dedo no próprio ânus e recebe jato de urina na nuca. Neste domingo (10), ele divulgou relato deturpado contra uma repórter.

Os dois episódios causaram polêmica e foram criticados, em caráter reservado, por assessores presidenciais, para os quais Bolsonaro não deveria gastar seu capital político com assuntos menores no momento em que o foco do Palácio do Planalto é a aprovação da reforma previdenciária.

Eles avaliam, contudo, que o temperamento do presidente é “irrefreável”, como definiu um auxiliar palaciano, e que, apesar dele já ter sido recomendado a diminuir o tom nas redes sociais, dificilmente mudará a postura, sobretudo ao ter o filho Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) como uma espécie de consultor em redes sociais.

O coronel é descrito como um militar de perfil moderado e técnico. Apesar de sua entrada na equipe de comunicação, a estrutura geral continuará a ser chefiada por Floriano Amorim, indicado pelo posto por Carlos, que blindou as contas oficiais do pai.

O episódio da semana passada, do vídeo obsceno, foi detectado pelo monitoramento do Palácio do Planalto como desencadeador de desmobilização de apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais.

Além do reforço na comunicação social, o Palácio do Planalto busca um profissional experiente que oriente Bolsonaro nas declarações públicas. A equipe do presidente já começou a procurar uma pessoa que se encaixe nesse perfil de conselheiro, mas tem encontrado dificuldades diante da limitação salarial dos cargos disponíveis pelo governo.

O entorno de Bolsonaro é entusiasta do nome do jornalista Alexandre Garcia, que deixou a Rede Globo no final do ano passado e ocupou o cargo de porta-voz na gestão de João Figueiredo (1979-1985), durante a ditadura militar. Ele, contudo, já sinalizou que não pretende fazer parte do governo.

COM INFORMAÇÕES (FOLHAPRESS)

Fake: repórter não disse querer “arruinar Flávio Bolsonaro e governo”

A “informação” sobre a repórter do Estadão foi publicada pelo site Terça Livre, que reúne ativistas conservadores e simpatizantes da família Bolsonaro, repercutindo postagem anterior feita numa página em francês. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho da Lupa:

“Jornalista do Estadão: ‘a intenção é arruinar Flávio Bolsonaro e o governo’”
Título de postagem feita pelo site Terça Livre e que, até as 20h45 do dia 10 de março de 2019, já tinha 70.434 interações no Facebook, segundo a ferramenta CrowdTangle

REPRODUÇÃO
REPRODUÇÃO

A aspa utilizada pelo site no título de sua reportagem é falsa. A citação atribuída à repórter não aparece sequer na transcrição que a própria página faz de toda a conversa que a jornalista do Estadão teria supostamente mantido em inglês com um estrangeiro, sobre a investigação envolvendo Flávio Bolsonaro. Veja a seguir registros de toda a tradução e transcrição oferecida pelo próprio Terça Livre sobre o assunto:

Além disso, no áudio oferecido pelo site, não é possível escutar nenhuma vez a frase pinçada para o título da “reportagem” analisada pela Lupa.

Quando acessada a versão em francês do material, publicada pelo site Mediapart, encontra-se a transcrição da conversa em inglês. Nela, a frase do título postado pelo Terça Livre também não aparece.

Na gravação do diálogo, Constança não fala em “intenção” de arruinar o governo ou o presidente. A conversa, em inglês, tem frases truncadas e com pausas. Apenas trechos selecionados foram divulgados. Em determinado momento, a repórter avalia que “o caso pode comprometer” e “está arruinando Bolsonaro”, mas não relaciona seu trabalho a nenhuma intenção nesse sentido. O que levou o jornal a publicar uma nota sobre o assunto na noite desse domingo (10).

O Estadão ainda destaca que o site falsamente atribui à repórter a publicação da primeira reportagem sobre as investigações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre a movimentação atípica de R$ 1,2 milhão nas contas de um ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro. O autor da primeira reportagem, lembra o jornal, foi o jornalista Fábio Serapião, também de O Estado de S.Paulo.

Por fim, o jornal informa que Constança Rezende não deu entrevista nem dialogou com o jornalista francês citado pelo Terça Livre. As frases da gravação foram retiradas de uma conversa que ela teve em 23 de janeiro deste ano com uma pessoa que se apresentou como Alex MacAllister, que seria um “suposto estudante interessado em fazer um estudo comparativo entre Donald Trump e Jair Bolsonaro”.

Justiça Eleitoral autoriza PF a investigar candidatura laranja no PSL em Pernambuco

Maria de Lourdes Paixão teve apenas 247 votos na briga por uma vaga da Câmara dos Deputados Foto: Reprodução/TSE

Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) autorizou a Polícia Federal a investigar suposto esquema de irregularidades na aplicação do fundo eleitoral do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, no Estado durante a campanha de 2018. O inquérito deve ser aberto nos próximos dias, diz a PF.

A autorização foi concedida após a divulgação, pela Folha de S. Paulo, de que a secretária do PSL no Estado, Maria de Lourdes Paixão, recebeu R$ 400 mil de verba pública eleitoral para sua candidatura a deputado federal – quando teve apenas 247 votos. O valor, a terceira maior cota do fundo eleitoral do partido -, maior até do que a recebida por Bolsonaro – foi depositado a poucos dias da votação para pagar a impressão de santinhos e adesivos em uma gráfica.

Maria de Lourdes já prestou depoimento, mas, segundo o delegado Roberto Carvalho, que vai comandar o inquérito, ela pode ser chamada para prestar novos esclarecimentos. O advogado Ademar Rigueira, que defende Maria de Lourdes, disse que “tudo já foi esclarecido em depoimento”. “Assim que for instaurado o inquérito, vamos fornecer tudo que for preciso para encerrar isso o mais rápido possível”, disse. Procurado, o presidente nacional do PSL, o deputado Luciano Bivar, não respondeu às ligações da reportagem até a noite de sexta-feira, 8.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Integrante do PSL de Minas Gerais, Zuleide Oliveira, diz que foi usada para lavagem de dinheiro

Integrante do PSL de Minas Gerais, Zuleide Oliveira, de 41 anos, detalhou como foi feita a proposta para ela ser uma candidata laranja pelo partido, a convite do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, conforme matéria da Folha de S. Paulo desta quinta-feira (7).

“Eu não entendia de nada, eles que fizeram tudo [para registrar a candidatura], eu não tirei uma certidão minha, eles tiraram por lá, eu só enviei meu documento e eles fizeram tudo. Acredito, sim, que fui mais uma candidata-laranja, porque assinei toda a documentação que era necessária e não tive conhecimento de nada que eu estava fazendo (…) Fui usada, a minha candidatura foi usada para fazer parte de uma lavagem de dinheiro do partido”, afirmou Zuleide

Segundo ela, o encontro com o ministro de Jair Bolsonaro ocorreu no escritório parlamentar dele, em Belo Horizonte, no dia 11 de setembro. Zuleide conta que estava acompanhada do marido e de um amigo.

Na ocasião, segundo afirma, foi instada por Álvaro Antônio a assinar requerimento de solicitação da verba, endereçado ao então presidente nacional do PSL, Gustavo Bebianno. “Ele [ministro] disse pra mim assim: ‘Então a gente vai fazer o seguinte: você assina a documentação, que essa documentação é pra vir o fundo partidário pra você. (…) Para o repasse ser feito, você tem que assinar essa documentação. E eu repasso a você R$ 60 mil, e você tem que repassar pra gente R$ 45 mil. Você vai ficar com R$ 15 mil para sua campanha. E o material é tudo por nossa conta, é R$ 80 mil em materiais'”, afirma Zuleide.

Álvaro Antônio foi procurado pela reportagem, mas disse não se lembrar do episódio.

Ainda conforme a Folha, Zuleide acabou tendo o pedido de registro de candidatura indeferido pela Justiça Eleitoral devido a uma condenação em 2016, transitada em julgado, por uma briga com outra mulher. Apesar disso, diante da denconfiança de que poderia estar sendo usada, chegou a fazer uma denúncia ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, em 19 de setembro, mas obteve apenas uma resposta protocolar da Justiça Eleitoral.

Via: Notícias ao Minuto

Publicação de vídeo pode render impeachment a Bolsonaro; entenda

Um dos autores do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, o jurista Miguel Real Júnior avalia que a publicação de um vídeo pornográfico por parte de Jair Bolsonaro, na terça-feira (5), poderia custar o cargo ao presidente da República.

Reale argumenta que, de acordo com a lei 1.079 de 1950, é crime contra a probidade na administração “proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”. Ou seja, Bolsonaro teria quebrado o decoro por ter postado o vídeo em suas redes sociais.

“O que destaco é a absoluta desnecessidade de enviar este vídeo adjeto ao povo brasileiro para denunciar algo que tenha sido visto, previamente, por centenas de pessoas”, o jurista explicou ao jornal o Globo.

“Com a divulgação, ele deu exposição a um fato restrito, sem nenhuma necessidade: ou seja, ampliou o ato. Algo que seria visto por algumas pessoas foi visto pelo Brasil inteiro”, complementou.

Sérgio Moro sofre dissabores no comando da Justiça no governo Bolsonaro

Desde que trocou a toga pelo cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro, Sérgio Moro vem contabilizando dissabores. O último foi a demissão da cientista política Ilona Szabó de um cargo de suplente no Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Numa queda de braço em que é difícil dizer se o adversário é real ou apenas um robô, Moro perdeu. Bolsonaro optou por atender a parte de seus seguidores nas redes sociais e tirou de Moro a autonomia de indicar até mesmo uma suplente na sua pasta.

Os amigos dizem que Moro se achava preparado para enfrentar Brasília depois de ter tocado a Operação Lava Jato, que prendeu políticos do alto escalão e empresários do primeiro time. Agora, já teria entendido que o jogo da política é bem diferente.

Quem convive com o ministro diz que ele não sairia do governo por causa do episódio envolvendo Ilona Szabó. Mas ninguém garante que teria o mesmo comportamento se a interferência chegar a cargos do primeiro escalão do ministério. Moro não aceitaria, por exemplo, uma ordem para demitir um de seus secretários.

‘Superministro’

Quando aceitou a vaga no governo, Moro recebeu de Bolsonaro a garantia de que teria autonomia para atuar e ganhou o título de “superministro”. “Eu não vou interferir em absolutamente nada que venha a ocorrer dentro da Justiça no tocante a esse combate à corrupção. Mesmo que viesse a mexer com alguém da minha família no futuro. Não importa. Eu disse a ele. É liberdade total para trabalhar pelo Brasil”, sustentou o então presidente eleito em novembro.

Bolsonaro atendeu também ao pedido de Moro para que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) saísse da alçada do Ministério da Fazenda para ficar subordinado à Justiça. Foi o órgão que descobriu movimentações atípicas nas contas do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho mais velho do presidente, e do seu ex-assessor Fabrício Queiroz. Quando Bolsonaro garantiu autonomia a Moro, ainda na transição, esses fatos não eram públicos.

As descobertas do Coaf tiraram protagonismo do filho do presidente, que reduziu o ritmo de postagens nas redes sociais. Na madrugada de ontem, porém, Flávio postou uma crítica à nomeação de Ilona. “Meu ponto de vista é como essa Ilana (sic) Szabó aceita fazer parte do governo Bolsonaro. É muita cara de pau junto com uma vontade louca de sabotar, só pode”, escreveu às 2h14 de ontem.

Entre políticos em Brasília, há a versão de que os Bolsonaros creditariam ao grupo de seguidores de Moro os vazamentos de relatórios do Coaf que atingiram Flávio em cheio. Neste sentido, o tuíte do senador foi lido como uma indireta ao ministro da Justiça. Além a demissão da cientista política para a vaga de suplente do conselho de política criminal, Moro sofreu reveses com a decisão de priorizar no Congresso a votação da reforma da Previdência e de alterar o pacote anticorrupção – principal medida do Ministério da Justiça, inclusive tirando do texto principal a criminalização do caixa 2. Esse ponto, revelado pelo Estado, deixou Moro numa saia-justa ao ter de mudar de posição sobre a gravidade da prática.

“Caixa 2 não é corrupção. Existe o crime de corrupção e o crime de caixa 2. Os dois crimes são graves”, disse o agora ministro. Em agosto de 2016, o juiz Moro havia dado outra versão: “Muitas vezes (caixa 2) é visto como um ilícito menor, mas é trapaça numa eleição”.

Moro deve passar o feriado do carnaval em Curitiba. Amigos dizem que ele deve aproveitar o tempo livre para digerir os últimos acontecimentos. O ministro tem no governo o respaldo dos militares. O general Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército, é um de seus fiadores. Para o núcleo militar, os dois pilares do governo Bolsonaro são Moro e Paulo Guedes, ministro da Economia. Moro não pensa em deixar o governo. Mas, se um dia optar por esse caminho, apostam seus interlocutores, vai ganhar dinheiro como advogado ou dando aulas em universidades. Seu projeto, contudo, é aprovar projetos de combate ao crime organizado.

Supremo

Os reveses de Moro não serão restritos ao Executivo. Aliados do ministro já anteveem votos contrários do partido de Bolsonaro, o PSL, ao seu pacote anticrime no Congresso. Como o Estado mostrou, o PSL compartilha do movimento para que o texto seja votado em conjunto com um projeto que torna mais rigorosa a punição para abuso de autoridade.

O Supremo Tribunal Federal também vai julgar logo o pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que aponta suspeição de Moro para julgar o petista no caso do triplex, baseado na sua ida para o governo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Lula obteve permissão judicial para ir ao velório do neto

O avião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a São Paulo por volta das 8h30 deste sábado (2/3). Ele deixou a sede da Polícia Federal por volta das 7h depois de conseguir autorização para ir ao velório do neto Arthur Lula da Silva, de 7 anos, que morreu nessa sexta-feira (1º), vítima de uma meningite.

Lula deixou a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba de helicóptero a caminho do aeroporto. De lá, pegou um avião cedido pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), atendendo a pedido da PF.

Arthur é velado no Cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo, desde as 22h dessa sexta-feira. O garoto chegou debilitado e com febre alta ao Hospital Bartira, da Rede D’Or, em Santo André, mas o quadro se agravou e ele não resistiu. O menino é filho de Sandro Lula da Silva, o caçula de Lula com Marisa Letícia.

Liberação
A juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Criminal Federal de Curitiba, autorizou a soltura do ex-presidente no fim da tarde de sexta (1º), após parecer favorável do Ministério Público. “Foi autorizada a participação de Lula no velório e, a fim de preservar a intimidade da família e garantir não apenas a integridade do preso mas a segurança pública, os detalhes do deslocamento serão mantidos em sigilo”, informou a Justiça Federal do estado.

O pedido de liberação foi protocolado pelo advogado Cristiano Zanin, defensor do ex-presidente. “O artigo 120, inciso I, da Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/84) expressamente assegura o direito do cidadão em situação de encarceramento sair temporariamente do estabelecimento em que se encontra na hipótese de falecimento de descendente”, apontou em documento.

Bolsonaro fala em mudar o texto da reforma com idade mínima de 62 para 60 para mulheres

Pela primeira vez desde que entregou o texto da reforma da Previdência ao Congresso, o presidente Jair Bolsonaro admitiu, nesta quinta-feira (28), rever a idade mínima para a aposentadoria de mulheres, de 62 para 60 anos.

“Eu acho que dá para cortar um pouco de gordura e chegar a um bom termo, o que não pode é continuar como está [o déficit na Previdência]”, disse Bolsonaro, de acordo com informações do portal Uol.

Outros pontos que também podem ser mexidos são o Benefício de Prestação Continuada, que é pago a idosos de baixa renda, e a porcentagem da pensão por morte, que poderia passar de 60% para 70%.

O presidente também voltou a dizer que o país precisa da reforma. “Há interesse de todo mundo em aprovar. O Brasil pode entrar em uma situação muito complicada”, destacou.

Deputados Federais abandonam Brasília antes do carnaval que só começa oficialmente sábado

O Carnaval só começa oficialmente sábado, mas os deputados federais já abandonaram Brasília ontem. Até os novatos, que fazem uso do discurso do politicamente correto, mantiveram a tradição de deixar a capital antes do tempo. Só voltarão ao trabalho quase uma semana após a Folia de Momo se encerrar. Brasília é um eterno Carnaval; pago, logicamente, pelo contribuinte – muitos que, inclusive, vão trabalhar os quatro dias.

Por: Arthur Cunha

Vereador de Petrolina diz que indicações de professores e gestores do Nova Semente são feitas por parlamentares

Por: Arthur Cunha

Sem a menor cerimônia, o vereador de Petrolina, Elias Jardim, afirma, em um áudio de WhatsApp, que são dos parlamentares da base do prefeito Miguel Coelho as indicações de professores e gestores para o programa Nova Semente. Na mensagem, que vazou hoje, Elias justifica a exoneração de uma mulher que ocuparia um cargo comissionado porque essa pessoa não teria lhe dado “satisfação” e o teria tratado com “desprezo”. Procurada, a Prefeitura não se pronunciou até o fechamento desta matéria.

“Está saindo porque nunca me procurou. Nunca considerou a indicação. Então, não serve para mim. É isso que está acontecendo. Não é só com ela; é com muitas aqui. Vou tirar porque nunca respeitou o vereador. Nem bom dia dá”, queixou-se Elias Jardim, mostrando que estava decidido. “Não respeita, não considera. Acha que caiu de paraquedas. Se a gente indicou, essa pessoa deve satisfação a gente. Se não tem consideração, não serve”, disse.

Em seguida, o vereador reclamou que as pessoas só o procuram para pedir emprego. Depois falou que não iria “sustentar ninguém de graça”, sem, no entanto, revelar de quem estava falando. “Por isso que ela está na lista para sair. Porque nunca me visitou; nunca perguntou nada; nunca veio aqui. Todas elas sabem que professor e gestor é indicado por vereador. A ausência, o desprezo… então vai sair. Estou trocando para botar pessoas de confiança, que me respeite, me considere”, encerrou Elias.

Até o momento o vereador Elias Jardim não se pronunciou sobre o assunto.