Filho do vice-presidente Mourão ganha cargo no Banco do Brasil com salário de R$ 37,5 mil

O filho do vice-presidente, General Hamilton Mourão (PRTB), Antonio Hamilton Rossell Mourão, foi nomeado assessor especial do novo presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes. No novo cargo, o seu salário será de R$ 37,5 mil.

Antonio Hamilton Mourão já era funcionário do Banco. O seu salário anterior, porém, estava na casa dos R$ 12 mil mensais. Com a nova promoção, efetivada apenas um dia depois do empossamento do novo presidente do banco, Rubem Novaes, ele teve um salto nos seus ganhos.

A informação foi publicada inicialmente pelo site O Antagonista e confirmada pelo Metrópoles. Com a nova promoção, o filho do vice-presidente passa a integrar o Programa de Alternativas para Executivos em Transição (PAET), que garante bônus altos para quem ocupou cargo no banco por dois anos.

Metrópoles entrou em contato com a assessoria de imprensa do Banco do Brasil que, até a publicação desta reportagem, ainda não havia se posicionado.

Posse
Na última segunda-feira (7/1), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) empossou os presidentes dos três principais bancos públicos: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal (CEF) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Além de Rubem Novaes na presidência do Banco do Brasil, Pedro Guimarães assumiu a presidência da Caixa Econômica Federal e Joaquim Levy do BNDES.

Os presidentes anteriores dos bancos públicos foram Marcelo Augusto Dutra Labuto, à frente do Banco do Brasil desde novembro de 2018, quando o então presidente, Paulo Cafarelli, pediu a demissão; e Nelson Antonio de Souza, que dirigia a Caixa desde abril. O ex-ministro do Planejamento Dyogo Oliveira estava à frente do BNDES desde abril.

A presidente do Ibama, Suely Araújo, após embate com Bolsonaro pede demissão

A presidente do Ibama, Suely Araújo, pediu nesta segunda-feira (7/1) exoneração do cargo. À frente do órgão ambiental desde junho de 2016, ela tomou a decisão um dia após o novo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o presidente Jair Bolsonaro questionarem via Twitter um contrato de locação de viaturas assinado por ela em dezembro.

Depois de postar no sábado que estava lendo os Diários Oficiais dos últimos 60 dias, Salles publicou no domingo uma foto do contrato entre o Ibama e a Companhia de Locação das Américas publicado no dia 10 de dezembro no Diário Oficial acompanhado da mensagem: “Quase 30 milhões de reais em aluguel de carros, só para o IBAMA….

Na sequência, Bolsonaro compartilhou a mensagem do ministro, elevando o tom. “A certeza é; havia todo um sistema formado para principalmente violentar financeiramente o brasileiro sem a menor preocupação!” Escreveu ainda que seu governo está “em ritmo acelerado, desmontando rapidamente montanhas de irregularidades e situações anormais que estão sendo e serão comprovadas e expostas”.

Nenhum dos dois explicou se haveria algum problema com o contrato e, alguns minutos depois, o presidente apagou seu post sobre o assunto. As mensagens se seguem a uma sequência de ataques ao Ibama que Bolsonaro vem fazendo desde a campanha, como a alegada existência de uma “indústria de multas” por parte do órgão.

Em nota o Ibama afirmou que tratava-se de uma “acusação sem fundamento” que “evidencia completo desconhecimento da magnitude do Ibama e das suas funções”. Disse também que a “presidência do Ibama refuta com veemência qualquer insinuação de irregularidade na contratação”.

Segundo o órgão, o contrato – de R$ 28,7 milhões – se refere à locação de “393 caminhonetes adaptadas para atividades de fiscalização, combate a incêndios florestais, emergências ambientais, ações de inteligência, vistorias técnicas etc”. A nota acrescenta ainda que ele é válido para todo o País e “inclui combustível, manutenção e seguro, com substituição a cada 2 anos”.

O Ibama informou também que “o valor estimado inicialmente para esse contrato era bastante superior ao obtido no fim do processo licitatório, que observou com rigor todas as exigências legais e foi aprovado pelo TCU”.

Algumas horas depois, Salles voltou ao Twitter para dizer que não havia levantado suspeita sobre o contrato. “Apenas destaquei seu valor elevado, conforme meus esclarecimentos na própria postagem. O valor elevado também foi questionado pelo TCU desde abril e, portanto, não precisava ser assinado a dez dias da troca de governo.”

O Ibama informou que se a locação não fosse assinada em dezembro, não haveria viatura para fiscalização em janeiro. Reiterou também que o TCU aprovou o contrato. Disse também que o valor obtido foi 10% inferior ao do contrato anterior vigente e que contemplou 33 carros a mais que anteriormente.

Escolhida pelo então ministro Sarney Filho, nomeado pelo ex-presidente Temer, Suely não tinha expectativa de continuar no cargo. De fato ainda em dezembro, logo após ser escolhido, Salles indicou que nomearia para o Ibama o procurador da Advocacia-Geral da União (AGU), Eduardo Fortunato Bim.

Em seu pedido de exoneração, Suely escreve: “Considerando que a indicação do futuro presidente do Ibama, sr. Eduardo Bim, já foi amplamente divulgada na imprensa e internamente na instituição ainda em 2018, antes mesmo do início do novo governo, entendo pertinente o meu afastamento do cargo permitindo assim que a nova gestão assuma a condução dos processos internos desta autarquia.”

Após discussão no Twitter, Bolsonaro bloqueia o perfil de Haddad

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi ao Twitter, no início da tarde deste sábado (5/1), criticar o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o Partido dos Trabalhadores (PT). Após responder as provocações, o petista foi bloqueado pelo chefe do Executivo federal na rede social.

Pela manhã, Bolsonaro chamou Haddad de “marmita” e “fantoche do presidiário corrupto” (em citação indireta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) após o ex-prefeito paulistano ter compartilhado um artigo da revista Deutsche Welle que critica o “anti-intelectualismo” no Brasil. Segundo o presidente, o PT promove uma série de motivos para a sua derrota na eleição de outubro de 2018.

Haddad respondeu a Bolsonaro na rede social e o convidou para um debate “frente a frente”. “Estou disponível”, escreveu o petista.

De acordo com o presidente, “o PT quebrou o Brasil de tanto roubar, deixou a violência tomar proporções de guerra, é uma verdadeira quadrilha e ninguém aguenta mais isso”.

Veja, abaixo, as mensagens do presidente:

Eles procuram e criam todos os motivos possíveis para estarem sendo rejeitados pela maioria da população, só não citam o verdadeiro: o PT quebrou o Brasil de tanto roubar, deixou a violência tomar proporções de guerra, é uma verdadeira quadrilha e ninguém aguenta mais isso!

A postagem de Fernando Haddad no Facebook foi feita na noite dessa sexta-feira (4/1). Na resposta ao presidente, o petista destacou uma frase de um artigo publicado pela revista alemã Deutsche Welle: “No Brasil, está na moda um anti-intelectualismo que lembra a Inquisição. Seus representantes preferem Silas Malafaia a Immanuel Kant. Os ataques miram o próprio esclarecimento”. O texto é de autoria de Philipp Lichterbeck e não do petista. A resposta de Haddad não está mais disponível no perfil de Bolsonaro.
REPRODUÇÃO/TWITTER

Na noite de sexta-feira, após o bate-cabeça provocado por uma declaração de Jair Bolsonaro sobre a possibilidade de aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Haddad ironizou o presidente. O chefe do Executivo federal havia dito que poderia reajustar o imposto. Bolsonaro foi desmentido pela própria equipe. “Ele se equivocou”, disse o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

https://www.facebook.com/fernandohaddad/posts/2112065712207374

Bolsonaro avança em debate sobre valor de auxílio-reclusão e critica que detentos tenham valor superior dos trabalhadores

O presidente Jair Bolsonaro usou hoje (4) o Twitter para dizer que avançará na discussão do valor do auxílio-reclusão, que atualmente ultrapassa os R$ 1,3 mil. Dois dias depois de assinar o decreto que reajusta o salário mínimo, de R$ 954 para R$ 998, ele criticou o fato de que auxílios sociais concedidos a presos ainda tenham valor superior da base de remuneração dos trabalhadores brasileiros.

“O auxílio-reclusão ultrapassa o valor do salário mínimo. Em reunião com ministros, decidimos que avançaremos nesta questão ignorada, quando se trata de reforma da Previdência e indevidos. Em cima de muitos detalhes vamos desinchando a máquina e fazendo justiça!”, destacou no Twitter.

Bolsonaro também defendeu mais apoio aos agentes de segurança pública para que executem suas tarefas.

Ontem (3), durante reunião ministerial, Bolsonaro ressaltou a necessidade de redução de gastos públicos. O presidente defendeu uma revisão das contas e voltou a destacar a importância da reforma da Previdência em favor do ajuste financeiro. Ele indicou que a revisão do pagamento do auxílio-exclusão deve ser analisada no âmbito da reforma.

auxílio-reclusão é pago a dependentes do segurado do INSS preso em regime fechado ou semiaberto, durante o período de reclusão ou detenção. O período de recebimento do benefício varia, de acordo com critérios, mas pode ser pago de forma vitalícia.

Segurança

Em uma segunda postagem nesta manhã, o presidente defendeu a implantação de medidas que deem garantias de trabalho para os agentes de segurança pública. Segundo ele, os três Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário têm de assumir esse compromisso.

“Sem garantias necessárias para os agentes de segurança pública agirem em prol do cidadão de bem, a diminuição dos crimes não vai ocorrer na velocidade que o brasileiro exige. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário têm que assumir este compromisso urgentemente.”

Enxugamento

Também no Twitter, Bolsonaro  reiterou ainda a necessidade de enxugamento da estrutura do Estado. Foram exonerados mais de 300 funcionários que ocupavam cargos comissionados na Casa Civil. Haverá reavaliação, se quiserem retornar a seus postos. O critério será técnico, segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

A medida foi transformada em recomendação para todas as áreas de governo, na reunião que ocorreu ontem no Palácio do Planalto. Bolsonaro disse que é necessário fazer revisão em contratos e liberação de recursos público para identificar desvios. “Em cima de muitos detalhes vamos desinchando a máquina e fazendo justiça”, disse.

Dólar cai e bolsa bate recorde no primeiro dia do governo Bolsonaro

A cotação do dólar fechou em queda no primeiro dia do governo de Jair Bolsonaro. A moeda estadunidense ficou em R$ 3,8087, uma variação negativa de 1,69%.

Já a B3, bolsa de valores oficial do Brasil, iniciou o ano com alta de 3,56%, totalizando 91.012 pontos no fechamento desta quarta-feira, atingindo valor recorde. O recorde anterior, de 89.820 pontos, havia sido registrado em 3 de dezembro de 2018.

No pregão de hoje, os papéis com melhor desempenho foram da Eletrobras (alta de 20,72%), Eletrobras PNB (alta de 14,52%) e a Sabesp (alta de 9,11%).

Hoje mais cedo, o novo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que dará continuidade ao processo de privatização da Eletrobras. Em seu discurso durante a cerimônia de transmissão do cargo, ele fez referência ao projeto de privatização da empresa encaminhado pelo ex-presidente Michel Temer ao Congresso em janeiro do ano passado.

O texto encaminhado por Temer prevê que o processo de venda da Eletrobras se dará por meio da capitalização de ações. Na prática, haveria uma pulverização das ações da empresa até que a União fique como sócia minoritária.

Após a fala de Albuquerque, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., defendeu a capitalização da empresa, afirmando que é necessária para que a companhia volte a receber investimentos.

Bolsonaro editará decreto com salário mínimo em R$ 998

O presidente Jair Bolsonaro assinará ainda nesta terça (1º/1) decreto fixando o salário mínimo em R$ 998, informou o futuro subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Jorge Antônio de Oliveira Francisco. Segundo Francisco, Bolsonaro também deverá editar hoje decreto de posse dos ministros e de desvinculação de cargos.

Em dezembro, o Broadcast antecipou que o valor do salário mínimo ficaria abaixo dos R$ 1.006 aprovados no Orçamento deste ano. Isso porque o reajuste segue fórmula que considera a inflação que, nos últimos meses, veio abaixo do esperado. O salário mínimo hoje é de R$ 954. Pela regra, o valor é reajustado pela inflação medida pelo INPC, mais o crescimento do PIB de dois anos anteriores – foi de 1% em 2017.

No orçamento, o governo projetou uma alta de 4,20% no índice, mas a variação acumulada em 12 meses até novembro está em 3,56% Além disso, será adicionado um valor residual de R$ 1,75 porque o INPC em 2017 ficou acima do que foi considerado na definição do mínimo deste ano.

O aumento menor do que o autorizado no Orçamento abrirá espaço no caixa, já que cada R$ 1 de elevação no mínimo implica em R$ 302,8 milhões nos gastos da União. Dois terços dos benefícios previdenciários são corrigidos pelo mínimo, assim como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a pessoas com deficiência e idosos com mais de 65 anos que comprovem ter renda familiar abaixo de um quarto do mínimo por pessoa.

 

Michel Temer não assina aumento do salário mínimo e valor permanecerá em R$ 954

O presidente Michel Temer (MDB) não emitiu um decreto reajustando o salário mínimo antes do final do ano e, como consequência, o piso salarial no Brasil permanecerá em R$ 954, em vez de R$ 1.006 como previsto pelo Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) de 2019. Sem a medida, caberá a Jair Bolsonaro (PSL) definir se o salário mínimo será reajustado em 2019 e quais serão as regras que irão vigorar para os próximos reajustes, visto que a regra atual tem validade até o dia 1º de janeiro.

Tradicionalmente, o decreto é editado nos últimos dias do mês de dezembro. A Agência Brasil apurou que Michel Temer não irá assinar mais nenhum ato que envolva impactos futuros. O salário mínimo é usado como referência para os benefícios assistenciais e previdenciários. Bolsonaro tem até o dia 15 de abril para decidir se mantém a regra ou se muda.

Pela regra atual, o mínimo deve ser corrigido pela inflação do ano anterior, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país) dos dois anos anteriores.

Os ministérios da Fazenda e do Planejamento informaram que o valor do mínimo foi revisado para cima porque a estimativa de inflação pelo INPC em 2018 passou de 3,3% para 4,2%. O INPC mede a variação de preços das famílias mais pobres, com renda mensal de um a cinco salários mínimos. Alguns Estados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, têm valores diferenciados para o salário mínimo, acima do piso nacional.

Agora caberá a Bolsonaro definir o valor do salário mínimo de 2019 e ele tem até o dia 15 de abril para decidir se mantém a regra ou se muda.

Chegada de Bolsonaro à Presidência muda mapa do poder de Brasília

Achegada de Jair Bolsonaro ao governo muda o mapa do poder de Brasília.

Saem restaurantes sofisticados, charutos importados e academia à beira do Lago Paranoá frequentados pelo alto escalão do governo Michel Temer. Entram locais de comida nordestina a quilo, self-services em bairro de classe média e espaço fitness de baixo custo, ambientes preferidos pelo entorno do presidente eleito.

Nos últimos dois anos e meio, para encontrar deputados, senadores e ministros influentes, bastava ir a restaurantes de alto padrão tradicionais da capital federal, como Lakes ou Piantella.

Uma mesa na varanda do refinado Tejo, de cozinha portuguesa, é diariamente reservada ao ministro Moreira Franco (Minas e Energia).



De propriedade de um amigo de longa data de Moreira, o restaurante foi escolhido, por exemplo, para celebrar o primeiro ano do governo Michel Temer. Em maio do ano passado, o ministro e equipe ocuparam uma sala reservada no segundo andar.

Foram servidos petiscos de frutos do mar e pratos individuais que custam em torno de R$ 100, garrafas de vinho e charutos cubanos que são fumados na área externa do ambiente (a R$ 75 cada).

A partir do dia 1º, a vida civil dos políticos terá outros ares.

Nas últimas semanas, os filhos de Bolsonaro estiveram em restaurantes como o Mangai, uma rede de culinária nordestina a quilo.

Garçons viram os filhos do eleito e notaram o frisson de alguns clientes pedindo permissão para selfies. Mesmo com a notoriedade, a casa não chegou a oferecer aos clientes ilustres tratamento VIP, mantendo-os misturados aos demais no salão com capacidade para 1.100 pessoas.

No Mangai, o buffet com comidas típicas do Nordeste sai por R$ 73,90 o quilo durante a semana. Há um cardápio à la carte, cujo prato mais caro é uma moqueca de camarão e peixe, a R$ 156, que serve até três pessoas.

Na última quinta-feira (27), quem esteve no restaurante foi o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão. O funcionário que o recepcionou tampouco ofereceu regalias pelo cargo que passará a ocupar a partir do dia 1º. O vice eleito gosta de consumir bebida alcoólica na hora do almoço, de preferência uísque.

No argentino Toro, onde esteve duas vezes nas últimas semanas, Mourão preferiu caipirinha (R$ 14 a R$ 22 a depender da bebida escolhida) para acompanhar um bife de vacio (R$ 76 o corte de 300 gramas e R$ 118 o de 600 gramas). O ambiente do Toro é discreto, mas não requintado. Uniformizados, os funcionários vestem polo preta com o patrocínio do café que é servido nas mesas. As geladeiras no bar estampam marcas de refrigerante.

Dois conselheiros importantes de Bolsonaro, os irmão Artur e Abraham Weintraub, gostam de ir ao Tchê Garoto, um all-you-can-eat de salada, arroz, feijão e grelhados a R$ 20, na Vila Planalto, bairro de classe média de Brasília.

O futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, escolheu, nas poucas ocasiões em que foi a lugares públicos desde a eleição, o Coco Bambu do Lago Sul, parte da rede de restaurantes de frutos do mar com salões enormes e atendimento expresso.

No andar de baixo do Coco Bambu fica a BodyTech, academia cuja mensalidade sai por até R$ 800. É esta a preferida por ministros de Temer.

Já o deputado federal reeleito Eduardo Bolsonaro, 34, surfista nas horas vagas, frequentou, de junho a agosto, uma academia de baixo custo. Em uma unidade mais antiga da Smart Fit na Asa Norte, o filho do presidente eleito treinou dez vezes, a última delas em 7 de agosto, embora o plano fosse válido até setembro.

O pacote de R$ 89 por mês deu-lhe acesso a equipamentos de musculação e aeróbico e treinos de ginástica funcional (cross fit).

Em todas as ocasiões, Eduardo chegou pouco depois das 8h, fim do pico matinal, e quase passou despercebido.

Recepcionistas o notaram uma vez. Um instrutor disse que o seu perfil, malhado, de cabeça raspada, é o que mais tem. Ficou difícil reconhecer o filho de Bolsonaro entre os quase 8.000 alunos da unidade.

O perfil mais simples também se aplica à moradia. Até mudar-se para a Granja do Torto, o presidente eleito residia e um dos apartamentos que tem na capital federal – um funcional na Asa Norte e outro, propriedade sua, no Sudoeste. O bairro fica fora do plano piloto, a 15 minutos da Praça dos Três Poderes. O tipo escolhido foi o menor, de dois ou três quartos. No mesmo prédio, havia opções de três e quatro dormitórios.

O edifício fica em uma quadra padrão, com espaço esportivo, parque infantil e bancos públicos na área comum.

O presidente, parlamentar por 27 anos, porém, não costumava usufruir das comodidades. Até a campanha eleitoral, Bolsonaro em geral saía de carro de manhã e voltava à noite.

Mesmo que brevemente, não deixava de cumprimentar os funcionários e puxar papo, contou um porteiro que não quis se identificar.

Sua mulher, Michelle, e a filha caçula, Laura, 8, não eram vistas por lá, apenas os filhos políticos, Carlos, Flávio e Eduardo. Mas a família de outro presidenciável, sim. João Goulart Filho (PPL) mora lá. Outro morador do bairro é o ex-ministro petista José Dirceu. Com informações da Folhapress.

Lagoa Grande (PE) – Ex-vereador deve entrar na disputa pela prefeitura

Fervilhando nos bastidores da política que o ex-vereador Joaquim da Rocinha (PV) deverá ser um dos nomes que irá disputar o comando da prefeitura Municipal de Lagoa Grande no Sertão de Pernambuco nas eleições de 2020.

Um amigo próximo deste blogueiro afirmou que o ex-parlamentar já deu sua contribuição no legislativo, mas agora é hora de pensar mais alto. “Joaquim já contribuiu com a nossa cidade na câmara legislativa e agora está sendo bem desempenhado pela sua filha, Iara. Está na hora de Joaquim dá passos mais longos, por que não a prefeitura?”, conclui.

Em recente conversa com Joaquim o mesmo desconversa e joga a possibilidade da postulação para a população. “Eu não sei de nada, mas o povo é quem decide”.

Por: Blog Fábio Cardoso



Bolsonaro vai liberar posse de arma a cidadão sem antecedentes criminais

Deputado Jair Bolsonaro ao ver as câmeras focadas nele faz gestos de metralhadora, durante entrevista coletiva após almoço com a Frente Parlamentar da Agricultura.Foto: Sérgio Lima/PODER 360

Por meio de sua conta no Twitter, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou neste sábado (29/12) que pretende garantir, mediante decreto, posse de armas de fogo a cidadão que não possui antecedentes criminais.

“Por decreto pretendemos garantir a posse de arma de fogo para o cidadão sem antecedentes criminais, bem como tornar seu registro definitivo”, assinalou Bolsonaro. Por meio de decreto, a medida não precisa ser discutida pelo Congresso e começa a valer após publicação no Diário Oficial da União.

Bolsonaro não deu mais detalhes sobre qual será a diferença dessa mudança para a atual legislação, que já permite a posse de armas de fogo. Em relação ao registro, o presidente Michel Temer editou, em 2016, o Decreto nº 8.935, que mudou de três para cinco anos o período de renovação.

De acordo com a lei, a posse é uma autorização para a pessoa manter a arma apenas dentro de casa ou no local de trabalho, desde que seja o responsável legal pelo estabelecimento. O porte, por sua vez, autoriza o uso da arma de fogo na rua.

O tema é um dos mais importantes da agenda de governo do próximo mandatário do país. Em declarações anteriores, Bolsonaro já havia se posicionado a favor de facilitar a posse de armas de fogo como forma de garantir o direito à legitima defesa do “cidadão de bem”. O tema teria sido discutido pelos integrantes escolhidos para atuar no primeiro escalão do Executivo federal. O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, considera a medida prioritária.

Sancionado em 2003, o Estatuto do Desarmamento prevê uma série de exigências para se obter porte ou posse de arma de fogo no Brasil, autorizados pela Polícia Federal ou pelo Exército. A norma estabelece que o cidadão tem de ter mais de 25 anos e que não apresentar antecedentes criminais. Também é preciso passar por teste psicológico e provar capacidade técnica.

Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 3.722/2012, de autoria do deputado federal Peninha Mendonça (MDB-SC), que propõe a revogação do Estatuto do Desarmamento. Entre as alterações, o PL sugere a redução da idade mínima para aquisição de arma para 21 anos, além de autorizar a posse e o porte a pessoas que respondem a inquéritos ou processos criminais.

Filho apoia
Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do capitão da reserva do Exército, compartilhou a publicação do pai e disse que “muitas outras novidades estão por vir ainda”. Aproveitou para criticar o Estatuto do Desarmamento e Luiz Inácio Lula da Silva. “Os mensaleiros aprovaram o estatuto em 2003 a mando de Lula. Desde 2005, o povo pediu, via referendo, mudanças. Só em 2019, a custa de muito sangue inocente – em torno de 50 a 60.000 assassinatos/ano – foi eleito um presidente que vai ouvir os clamores do povo”, anotou.