Câmara de Juazeiro, Norte da Bahia, aprova projeto que moderniza o SIM

A Câmara de Juazeiro aprovou na Sessão Ordinária desta segunda-feira (15), dois projetos enviados pelo Executivo Municipal.

Os projetos de Lei Nº 3.437/2018 e Nº 3.437/2018 reinstituem o Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e os procedimentos, no município, de inspeção sanitária de estabelecimentos que produzam bebidas e alimentos de consumo humano de origem animal e/ou vegetal.  Objetivo das Leis é modernizar o SIM com base na política municipal de inspeção sanitária.

A medida adéqua-se à Lei Federal Nº 11.947/2009 determinando aos municípios adquirir produtos da agricultura familiar para a merenda escolar, através da implantação e adequação do SIM, que os fiscalizará, para garantia de qualidade.

Assessoria CMJ

Confira as mensagens dos presidenciáveis neste dia 15 de outubro, Dia do Professor

Bolsonaro afirma que vai resgatar o respeito em sala de aula

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou hoje (15), no Dia do Professor, que pretende valorizar a categoria e resgatar o respeito em sala de aula.

Lembrando que é formado em educação física, ele disse que estava falando como professor da área.

“A inversão de valores dificulta a autoridade do professor em sala de aula. São muitos os relatos e registros de agressão, desrespeito e humilhação. Resgatar a referência que sempre representaram é também uma forma de valorizá-los”, disse o candidato no Twitter.

Haddad diz que missão do professor é se doar para o outro aprender

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, e a mulher dele, Ana Stela, ambos professores universitários, destacaram hoje (15) o orgulho da profissão. Para eles, uma das maiores satisfações foi a fixação do piso nacional do magistério. O vídeo com a mensagem dos dois foi postado no Twitter.

“Quando você entra em uma sala de aula, você não pergunta se o aluno é corintiano ou torce pro Bahia, se ele é judeu ou muçulmano, se é preto ou branco. Você apenas se doa. Se doa para que as pessoas aprendam e se desenvolvam. Essa é a missão de vida de um professor”, disse o candidato ao lado da mulher.

Haddad lembrou que a data de 15 de outubro como Dia do Professor tem um resgate histórico, quando em 1827, a educação se tornou obrigatória nas vilas e cidades brasileiras e os professores passaram a ter salário para lecionar.

Candidatura coletiva é eleita pela primeira vez em São Paulo

Uma candidatura coletiva foi eleita pela primeira vez no estado de São Paulo. A Bancada Ativista, formada por nove ativistas políticos de diversas áreas, recebeu 149.844 votos e foi a 10ª candidatura mais votada no estado no pleito para a Assembleia Legislativa.

É a primeira vez que uma candidatura coletiva vence as eleições em um grande colégio eleitoral, após experiência similar obter sucesso elegendo, em 2016, um mandato coletivo na Câmara dos Vereadores em Alto Paraíso (GO). Na cidade goiana, o grupo é composto por cinco pessoas.

A Bancada Ativista, representada nas urnas pela jornalista Mônica Seixas (PSOL), tem integrantes de diferentes correntes políticas, como filiados aos partidos Rede e PSOL, e também pessoas sem ligação formal com nenhuma legenda.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não reconhece, no entanto, candidaturas coletivas. O grupo teve de escolher um nome para representá-lo nas urnas, e irá ocupar uma única cadeira no Parlamento.

“Somos um gabinete coletivo. Formalmente, sou eu que sento na cadeira de deputado, mas sou apenas porta-voz do grupo. Cada um deles será registrado como assessor parlamentar. Nós não temos relação hierárquica entre nós, e as decisões são tomadas em conjunto”, destacou Mônica Seixas.

A nova forma de participação política não só atraiu expressivo número de votos, mas também fez com que a candidatura alcançasse o maior financiamento coletivo do país, considerando a disputa para deputado estadual: R$ 72 mil doados por cerca de 700 pessoas.

“A Bancada é um movimento suprapartidário, dedicado a eleger ativistas para o Poder Legislativo em São Paulo. Composto por cidadãs e cidadãos com atuação em diversas causas sociais, econômicas, políticas e ambientais, visa a oxigenar a política institucional com a construção coletiva de campanhas e mandatos, com grande foco em transparência, pedagogia e participação”, destaca o texto de apresentação no sitedo grupo.

As propostas da bancada estão concentradas em sete linhas principais: “combate às desigualdades”; “educação e saúde libertadoras”; “cidades como espaços de produção de cultura”; “habitação e mobilidade para podermos ser e estar”; “segurança justa e humanizada”; “integração do social com o ambiente”; e “democracia de verdade”.

Mônica Seixas, moradora de Itu (SP), destacou-se como liderança popular no período em que o município enfrentou um severo desabastecimento de água, em 2014. Foi candidata a prefeita da cidade na última eleição, é feminista, negra e ativista socioambiental.

Os demais ativistas são Anne Rammi, ciclista e ativista de causas ligadas à maternidade; Chirley Pankará, Indígena e pedagoga; Claudia Visoni, jornalista, ambientalista e agricultora urbana; Erika Hilton, transexual, negra e ativista de direitos humanos; Fernando Ferrari, militante contra o genocídio da juventude periférica e da participação popular no orçamento público.

Também fazem parte Jesus dos Santos, imigrante nordestino, militante da cultura, da comunicação e do movimento negro; Paula Aparecida, professora da rede pública, feminista e ativista pelos direitos dos animais; e Raquel Marques, sanitarista, ativista pela equidade de gênero e do parto humanizado.

Surge uma jovem liderança política em Petrolina, no Sertão

Deputado federal mais votado do Estado, João Campos (PSB) foi bem representado em Petrolina pelo empreendedor social Pablo Fernandes, pré-candidato a vereador no município sertanejo. Articulador político nato, Pablo assegurou, com seu trabalho junto ao eleitorado petrolinense, 2.783 votos para o filho de Eduardo na cidade onde muitos políticos da terra concorreram nessas eleições.

A votação dada a João Campos fez surgir uma jovem liderança e credenciou Pablo Fernandes para a sua primeira disputa eleitoral. O jovem vai reunir-se com João na próxima semana para definir seu futuro partidário. Pablo também vai à mesa com o ex-prefeito de Parnamirim, Ninito, seu aliado.

“Nosso grupo político trabalhou com muito afinco para dar a João Campos uma boa votação. Estamos felizes com o resultado das urnas, mas, ao mesmo tempo, cheios de responsabilidade com essa missão que o povo de Petrolina e de Pernambuco nos conferiu. Agora, é trabalhar ao lado de João Campos para fazer da nossa cidade um lugar melhor para se viver”, destacou Pablo Fernandes.

Guru de Bolsonaro, Paulo Guedes é alvo de investigação do MPF por suspeita de fraude

O guru do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), Paulo Guedes, é novo alvo de investigação do Ministério Público Federal (MPF) em Brasília. O economista é suspeito de ter se associado a executivos ligados ao PT e ao MDB para fraudar negócios com fundos de pensão de estatais. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Segundo a reportagem, em seis anos, o braço direito de Bolsonaro captou ao menos R$ 1 bilhão dessas entidades.  Ele é cotado para assumir o comando do Ministério da Fazenda em um eventual governo do militar da reserva.

Procedimento investigativo criminal, instaurado no dia 2 de outubro, apura se o economista cometeu crimes de gestão fraudulenta ou temerária. Além disso, Paulo Guedes é investigado ainda por suposta emissão e negociação de títulos sem lastros ou garantias ao negociar, obter e investir recursos de sete fundos.

Entre as entidades estão Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa) e Postalis (Correios), além do BNDESPar —braço de investimentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), informou o paulista.

De acordo com a Folha, as transações teriam sido feitas a partir de 2009 com executivos indicados pelo PT e MDB, que são investigados atualmente por desvio de recursos dos fundos. Para o MPF, há “relevantes indícios de que, entre fevereiro de 2009 e junho de 2013, diretores/gestores dos fundos de pensão e da sociedade por ações BNDESPar” se consorciaram “com o empresário Paulo Roberto Nunes Guedes, controlador do Grupo HSM”.

O “Brasil de Lula” ou “Brasil de Haddad”? O que pretende o PT?

Por: PAULO CHANCEY

O presente texto é de caráter estritamente profissional, completamente desvinculado de qualquer inclinação político-partidária. É uma análise sobre o atual cenário político-eleitoral em nível nacional, que pretendo fazer em relação às duas candidaturas remanescentes, começando hoje pelo nome do PT.

Antes de qualquer coisa, quero deixar claro que sou 100% apartidário, porém não apolítico, como cidadão e eleitor, não votei em nenhum dos dois candidatos que passaram para o segundo turno, o que me dá total isenção e independência para emitir minha opinião e questionamentos sobre ambos, seus partidos, seus programas, suas posturas e seus históricos, mesmo sabendo que serão contestados, condenados, atacados, tudo bem, desde que seja no campo das ideias e respeitando o meu direito à livre manifestação do pensamento que me é garantido pela Constituição federal, e naturalmente, regulado pelas normas civis e penais vigentes no Brasil.

Posso estar enganado, mas enquanto o PT insistir na ideia de querer trazer o “Brasil de Lula” de volta, vai continuar tendo problema. É notório que tem muita gente querendo isso, mas é notório também que tem muito mais gente que não quer, e caso seus mandatários não queiram enxergar isso pelo ponto de vista de estratégia de marketing político, que o façam do ponto de vista matemático. Basta tomar por base os números do primeiro turno que deram ao candidato do partido apenas 29,28% dos votos válidos que podem representar claramente o percentual de eleitores que querem esse “Brasil de Lula” de volta, o que significa que mais de 70% dos votos válidos foram distribuídos entre os outros candidatos, representando uma parcela da esmagadora maioria que demonstrou não querer essa volta.

A leitura que eu faço não é a de que esses 70% não querem o Haddad ou o PT, o que eles não querem mesmo é esse “Brasil de Lula”, cuja imagem está maculada, marcada por escândalos homéricos de corrupção, a julgar pelos mais emblemáticos Mensalão e Lavajato, sem entrar aqui no mérito da justiça ou injustiça.

Ouve-se por toda a parte que o PT transformou-se numa seita e seus seguidores transformaram Lula em uma divindade à qual todos devem reverência e obediência, e, ao meu ver, é essa insistência sem sentido que está carcomendo a história do partido. Lembram daquele refrão de campanha: “Lulalá, brilha um estrela, Lulalá…”?, pois bem esse refrão materializou-se de tal forma que no partido, hoje, brilha apenas uma estrela: a do próprio Lula, o partido não tem mais expressão corporativa, a imagem e a voz de Lula têm que estar presentes  em todas as peças publicitarias. Há uma insistente forçação de barra na exibição da imagem dele, só faltou o holograma, e isso transformou algumas boas reservas do partido em meros figurantes e amadores e a ideia que se propaga hoje é de que o partido se transformou em uma horda de malfeitores, e a culpa não é de quem o vê assim, mas de quem o faz assim, por equívocos de estratégias.

O candidato do partido não tem personalidade própria, e não adianta ninguém querer me criticar ou me esculhambar, porque quem está dizendo isso não sou eu, toda a cúpula, candidatos, militantes e eleitores  fazem questão de dizer isso todos os dias repetindo: “O Haddad Lula e Lula é Haddad”, como se fosse um mantra de alienação mental.

O partido precisa ter humildade, reconhecer esses equívocos e adotar nova estratégia. Lula está preso e não vai sair de lá por causa dos dedinhos (polegar e indicador formando um L), gritando inutilmente “Lula Livre”. Além disso, o PT precisa entender que não pode subestimar a inteligência do povo, pois já existe uma consciência de que ninguém é condenado injustamente, sem crime, sem provas a tantos anos de prisão. Ao invés de fazer o mea culpa e partir para a construção de uma nova história, o partido tem preferido insistir no inútil erro da vitimização atribuir toda a culpa a uma suposta conspiração de todas as instâncias judiciárias para explicar a condenação.

Não há para nenhum brasileiro sincero, qualquer sombra de dúvida que o Lula é o maior expoente político da sigla, que escreveu importantes páginas de sua história, mas o bom senso e a prudência política deveria já ter aberto os olhos de seus dirigentes e militantes, de que na atual conjuntura, o PT deveria manter sim uma tradição, mas propor uma nova história, uma renovação e de seus quadros com nomes autônomos e qualificados que possam agregar mais valor ao partido e reconquistar a confiança da população, em especial a esses 70% que claramente sinalizou contra a volta desse “Brasil de Lula”.

Esta é uma leitura desprovida de qualquer inclinação político-partidária, uma opinião mais baseada em uma visão sociopolítica do cenário. Como cidadão me incluo hoje entre esses 70% e me encontro em um dilema: Aos 56 anos de idade, nunca votei em branco ou nulo, e neste momento, me vejo diante de duas candidaturas que ainda não me convenceram. Continuo pretendendo não votar branco ou nulo, espero que não seja esta a primeira vez. Sou todo olhos e ouvidos para as duas. Covençam-me.

Paulo Chancey – Cidadão Brasileiro; Jornalista; graduado em Direito; pós graduado em administração pública; pós-graduando MBA em gestão empresarial; consultor em negócios públicos

Partidos perdem direito ao Fundo Partidário e ao horário gratuito

Dos 35 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 14 não atingiram a chamada cláusula de desempenho e vão perder, a partir do próximo ano, o direito de receber recursos do Fundo Partidário e participar do horário gratuito de rádio e televisão. Dessas siglas, nove elegeram deputados federais, mas não conseguiram atingir o mínimo de votos ou de eleitos para a Câmara, em todo o território nacional, como é exigido pela Constituição.

Foram atingidos pela cláusula de desempenho: PCdoB, Rede, Patri, PHS, DC, PCB, PCO, PMB, PMN, PPL, PRP, PRTB, PSTU e PTC. O dispositivo atingiu os partidos da candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad, Manuela d’Ávila (PCdoB), e do candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, General Mourão (PRTB). Neste ano, o Fundo Partidário chegou a R$ 888,7 milhões. Em ano eleitoral, há ainda o Fundo Especial de Financiamento de Campanha, que em 2018 foi de R$ R$ 1,7 bilhão.

A cláusula de desempenho toma por base a votação para a Câmara. São duas regras: perderão o acesso ao fundo e ao horário partidário, entre 2019 e 2023, as legendas que não conseguiram, nestas eleições, uma bancada de pelo menos nove deputados federais em nove unidades da federação ou pelo menos 1,5% dos votos válidos distribuídos em um terço das unidades da federação, com no mínimo 1% em cada uma delas.

Para o analista político Antônio Augusto de Queiroz, diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), a cláusula de desempenho tem aspectos positivos e negativos. “De um lado, evita os chamados partidos de aluguel que, sem chances de eleger ninguém, vendiam o espaço no horário gratuito. De outro, prejudica partidos tradicionais e ideológicos, como o PCdoB, que perdem o horário gratuito para divulgar sua doutrina e os recursos para fazer campanha”, disse.

Eleitos

Neste pleito, 31 deputados foram eleitos por partidos que não atingiram a cláusula de desempenho. O PCdoB elegeu nove deputados em sete estados – dois na Bahia, dois no Maranhão, uma no Acre, uma no Amapá, uma no Rio de Janeiro, um em Pernambuco e um em São Paulo. Não chegou, portanto, ao mínimo de nove unidades da federação. O PHS elegeu seis; o Patri, cinco; o PRP, quatro; o PMN, três; o PTC, dois; o PPL, a DC e a Rede elegeram um cada.

Esses deputados podem mudar de partido a qualquer momento sem risco de perder o mandato. Porém, a cláusula de desempenho não prejudica o funcionamento dos partidos na Câmara, que mantêm o direito de encaminhar as votações, informando a posição das bancadas, e de ter liderança ou representação. A tendência, segundo Queiroz, é que os parlamentares busquem outras legendas para garantir maior visibilidade política, reduzindo o número de partidos na Câmara.

A cláusula de desempenho vai aumentar progressivamente até 2030, quando os partidos terão de conquistar 3% dos votos válidos para a Câmara, distribuídos em um terço das unidades da federação, com no mínimo 2% em cada uma delas, ou eleger no mínimo 15 deputados federais em nove unidades da federação.

No próximo pleito, em 2022, por exemplo, os partidos precisam atingir 2% dos votos válidos para a Câmara, em nove unidades da federação, com um mínimo de 1% em cada uma delas, ou eleger 11 deputados federais em nove unidades da federação.

Bolsonaro já tem 9 nomes para ministérios em eventual governo; confira

O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) já tem um esboço de pelo menos 9 dos 15 nomes para ocupar a Esplanada dos Ministérios.

Além do economista Paulo Guedes, anunciado para assumir a Fazenda caso o capitão reformado seja eleito, o desenho inclui dois generais da reserva do Exército e um astronauta.

O coordenador da campanha, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), é o preferido para chefe da Casa Civil, pasta que acumulará também a relação com o Legislativo, hoje tema que está sob os cuidados da Secretaria de Governo.

A promessa de Bolsonaro é reduzir os 29 ministérios a 15. Ele tem prometido não negociar os cargos em troca de apoio no Congresso.

 


Nessa lógica, Educação abarcaria também as pastas de Cultura e Esportes e seria administrada por Stravos Xanthopoylos, um dos principais conselheiros de Bolsonaro para educação.

Xanthopoylos é diretor de relações internacionais da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) e ex-integrante da Fundação Getúlio Vargas. É conhecido na campanha como “o grego”.

Para a Saúde, um nome cotado é o de Henrique Prata, presidente do Hospital do Câncer de Barretos. Bolsonaro e ele são bastante amigos.

O deputado já fez mais de uma visita ao hospital administrado por Prata, além de ter destinado emendas parlamentares para a instituição. Outra aposta para a pasta é Nelson Teich, empresário e médico oncologista do Rio de Janeiro.

Paulo Guedes, apelidado de “Posto Ipiranga”, assumiria, em caso de vitória no 2º turno, o Ministério da Economia, pasta que reuniria Fazenda e Planejamento. Há uma indefinição sobre o futuro do Ministério de Indústria e Comércio Exterior: se ele seria agregado à Economia ou se mantido como pasta independente.

Para comandar os Transportes, Bolsonaro tem preferência por Osvaldo Ferreira, general quatro estrelas da reserva. O militar tem coordenado uma série de reuniões em Brasília que dão suporte para a construção de um plano de governo. Ele comanda as propostas para infraestrutura.

Outro general da reserva, Augusto Heleno já foi anunciado pelo candidato como seu eventual ministro da Defesa. Heleno mantém uma relação de proximidade com a família do capitão reformado e é principal ponto de contato do grupo de Brasília com a família Bolsonaro.

Para a pasta de Ciência e Tecnologia, mais cotado é Marcos Pontes, astronauta brasileiro, que chegou a ser cotado para vice da chapa do PSL. Pontes é o segundo suplente do deputado Major Olímpio (PSL-SP), recém-eleito para o Senado.

Para o Ministério da Justiça, o nome do presidente interino do PSL, Gustavo Bebianno, é o mais cotado. Ele é formado em direito pela PUC-Rio e comanda a estratégia jurídica da campanha.

Bebianno, contudo, tem negado que vá ocupar o cargo em caso de vitória do presidenciável. Outro nome sondado internamente é o de Antonio Pitombo, advogado de Bolsonaro em ações que o deputado responde no STF (Supremo Tribunal Federal).

O ruralista Nabhan Garcia, presidente da UDR (União Democrática Ruralista), é o principal nome para o Ministério da Agricultura, pasta que deve reunir também o Meio Ambiente. O empresário do interior de São Paulo é amigo de longa data do candidato e tem acompanhado de perto o processo de sua recuperação desde a facada sofrida em 6 de setembro, em Juiz de Fora (MG).

Antes mesmo do início oficial da campanha, Bolsonaro prometia anunciar os 15 nomes que gostaria que integrassem seus ministérios, em caso de vitória. A corrida presidencial avançou para o segundo turno e essa ideia ficou para trás.

“Quando você anuncia, deixa um feliz e todos os outros descontentes”, afirma Heleno, que chegou a ser cotado para vice, mas acabou impedido por sua legenda, o PRP.

Apesar de alguns desses nomes já terem sido mencionados como ministros por Bolsonaro, o único anunciado é Guedes para comandar a equipe econômica.

Apesar de desencontros recentes em discursos entre ele e Bolsonaro, o economista deu o selo de confiança que a campanha precisava para conquistar, até aqui, o apoio do mercado financeiro.

Com informações da Folhapress

Taxa de renovação da Câmara dos Deputados foi a maior em 20 anos

Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) indicou que a taxa de renovação na Câmara Federal superou as expectativas e alcançou 52% nas eleições deste domingo (7). Com isso, 267 novos deputados federais vão assumir o mandato no próximo ano. É o maior índice de renovação dos últimos 20 anos, informa a pesquisa.

Desde 1990, este percentual só foi ultrapassado na eleição de 1990, quando o índice foi de 62%, e em 1994, quando a renovação foi de 54%. De acordo com o Diap, os deputados eleitos efetivamente novos – o que exclui os que vieram de outros cargos ou que estavam sem mandato, mas já foram deputados federais – são lideranças evangélicas, policiais “linha dura”, celebridades e parentes de políticos tradicionais.

O instituto constatou que, dos 513 deputados federais atualmente em exercício, 79% disputaram a reeleição, sendo que 60% destes conseguiram novo mandato neste domingo. Portanto, dos 407 deputados que concorreram à reeleição, 246 foram reconduzidos ao cargo. Em agosto, projeção da entidade previa que 75% deles deveriam se reeleger.

Renovação relativa

A pesquisa de renovação incluiu os que estavam em outros cargos ou que já tiveram mandato na Casa em outra legislatura e retornaram neste pleito. “Na realidade, o que houve foi uma circulação no poder, com o deslocamento de deputados estaduais, ex-deputados federais, ex-ministros, senadores e ex-senadores, ex-prefeitos e ex-governadores, além de secretários estaduais, para a Câmara Federal”, diz o Diap.

Neste caso estão dois senadores adversários, ambos envolvidos na Lava Jato, que optaram por tentar a Câmara, e estão na relação dos que foram bem-sucedidos: Aécio Neves (PSDB-MG), que recebeu mais de 50 milhões de votos para a Presidência em 2014, contabilizou agora modestos 106 mil votos. Já Gleisi Hoffmann (PT-PR) conquistou o dobro de Aécio, cerca de 212 mil ao conquistar uma vaga na Câmara pelo seu estado.

Para o analista político do Diap, André Santos, a renovação existe formalmente, mas deve ser relativizada pois não implica efetiva reestruturação política da Casa. “Houve por parte da própria sociedade uma espécie de ansiedade em mudar as características do Congresso. A sociedade quis, em tese, modificar o sistema político no Parlamento. Porém, isso não foi alcançado efetivamente quando a gente vê essa circulação de poder, pois muitos não são estreantes”.

TSE atende PT e pede remoção de boato divulgado por apoiador de Bolsonaro

O ministro Sérgio Banhos, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou nesta quinta-feira (4), a remoção de fake news disseminadas no Facebook contra o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad.

O caso gira em torno de postagem no Facebook que afirma que Haddad estaria distribuindo mamadeiras em creches com o bico no formato de órgão genital masculino. “O PT e Haddad, Lula, Dilma, só quer isso aqui pros nossos filhos. Isso faz parte do kit gay, invenção de Haddad, viu?”, diz o vídeo.

Para o ministro, a publicação “tem a clara intenção de desvirtuar as concepções do candidato representante, disseminando informações manifestamente inverídicas sobre sua atuação perante as creches”.

“Tais afirmações inverídicas e injuriosas, por si só, autorizam a limitação à livre manifestação do pensamento, com remoção de conteúdo, (…) uma vez que configura ofensa à honra e consubstancia agressão e ataque a candidato em sítio da internet”, concluiu o ministro.

Sérgio Banhos também determinou que, em um prazo de 48 horas, o Facebook apresente informações sobre o responsável pelo perfil que postou o conteúdo falso.

Na quarta-feira, Haddad ligou Bolsonaro às notícias falsas que estão sendo espalhadas, via WhatsApp, contra o petista. “Parece que a campanha do Bolsonaro está agindo muito fortemente em fake news contra a minha família, contra minha atuação como ministro”, disse o ex-prefeito de São Paulo. “Isso está crescendo muito nos últimos dias, sobretudo direcionado ao público evangélico, que nós sabemos que cultiva valores que nós
também cultivamos”, complementou.

Outro pedido foi negado
Em outra decisão, Banhos negou um pedido do PT para retirar publicações da candidata a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP).

Em uma das postagens, a candidata publicou “melhor votar Bolsonaro já no primeiro turno”, acompanhada de uma imagem em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato, aparece ao lado do ditador Fidel Castro.

Em outra publicação, Haddad e os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff aparecem juntos com o letreiro “a roubalheira vai continuar”.

O PT acusava a candidata de realizar no Facebook publicações que representariam propaganda irregular, empregando impulsionamento de conteúdo de forma ilícita.

Por: Rafael Moraes Moura