Hospital Dom Malan cria projeto de crochê para mães acompanhantes dos pacientes da UTI pediátrica

Todas as terças-feiras, as mães acompanhantes dos pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica do Hospital Dom Malan da rede estadual de saúde em Petrolina, no Sertão de Pernambuco npassam pelo menos duas horas numa atividade diferente. São assistidas pelo programa “Crochetando Amor” implantado pelo Serviço Social do HDM Ismep. “Tendo em vista o longo tempo de internamento que as crianças ficam internadas na UTI do Hospital Dom Malan Ismep e consequentemente suas mães, sentimos a necessidade de manejar o estresse dessas mães e criar um momento de descontração, e junto com a coordenação da UTI nós idealizamos o projeto ‘Crochetando amor’, com duas professoras de crochê e todo o material recebido de doações, ” explicou a assistente social, Lidione Brito Souto.

Dona Maria de Lurdes Gomes, de 64 anos é uma das professoras voluntárias de crochê. “Eu moro sozinha e quando eu chego aqui eu esqueço dos problemas do dia a dia, me dedico a essas mães e para mim é como uma terapia também, ” contou.

A dona de casa Leidiane Lima, 38 anos, é mãe de Cecília de 1 ano e dois meses. A filha está internada há um ano na UTI do HDM Ismpe. ” É estressante passar tanto tempo num ambiente de hospital. O croché é bom porque distrai a gente e tira um pouco dessa rotina que a gente vive. Estou aprendendo crochê e vou fazer uma tiara linda para minha filha.”

A trabalhadora rural Marileide Diniz, 29 anos, está com Ester, de 8 meses, internada na UTI, e é uma aluna dedicada ao crochê. “ Eu já sabia fazer um pouco de crochê. Não tecia muita coisa, mas tinha noção. Estou aprendendo mais e vou fazer peças lindas, ” relatou empolgada.

“Nós já percebemos os bons resultados do projeto. Já vimos toquinhas feitas pelas mães e o melhor de tudo é o emocional delas que está recebendo cuidados, ” destaco Lidione.

Por: Assessoria de Comunicação HDM Ismep

Simão Durando assina acordo para implantação de hospital oftalmológico da Fundação Altino Ventura

Dia histórico para a área da saúde em Petrolina. Sonho antigo da população, o município pernambucano contará em breve com uma unidade do Hospital oftalmológico da Fundação Altino Ventura (FAV). A assinatura do protocolo de intenções aconteceu nesta terça-feira (2) pelo prefeito Simão Durando e pelo presidente da fundação, Marcelo Ventura. No acordo, a prefeitura doará o terreno e a FAV irá implantar a primeira unidade do sertão do São Francisco que será referência em oftalmologia na região.

O evento contou com a presença do ex-prefeito Miguel Coelho, da equipe médica da diretoria da Fundação, além de vereadores e lideranças. A unidade será uma instituição pública sem fins lucrativos e vai possibilitar que centenas de petrolinenses façam seus tratamentos perto de casa sem a necessidade de deslocamento para a capital pernambucana. O objetivo é ofertar o serviço de urgência e emergência, consultas, exames e cirurgias oftalmológicas. Para a implantação da unidade serão investidos mais de R$ 40 milhões. A estrutura contará com salas cirúrgicas, consultórios, centro de diagnóstico, emergência, auditório, áreas de apoio, espaço de convivência, entre outras. A expectativa é que depois de pronto o hospital oferte mais de 312 mil procedimentos anual.

Outra boa notícia anunciada pelo prefeito Simão Durando é a antecipação dos serviços enquanto o prédio fica pronto. Será destinada uma área dentro das estruturas da prefeitura para o atendimento através da Fundação. O gestor petrolinense ressaltou que esse é um marco para a assistência à saúde de Petrolina e região.

“Hoje eu estou emocionado em dar o pontapé inicial nesse sonho que é trazer a Fundação Altino Ventura para nossa cidade. Tenho relatos de pessoas que rodavam 800 km para fazer um procedimento que durava menos de 10 minutos. Agora, teremos essa assistência perto de casa com a mesma qualidade do que é ofertado na capital. Esse é um dia que ficará na história de Petrolina. É assim que trabalhamos, buscando parcerias, facilitando a vida das pessoas e cuidando do nosso povo. Não estamos aqui para apresentar desculpas à população, estamos trabalhando para trazer soluções e apresentar resultados. Quero agradecer a toda equipe da fundação que abraçou o nosso sonho. Sejam bem-vindos a Petrolina. Essa cidade recebe vocês de braços abertos”, agradeceu.

O presidente da Fundação, Marcelo Ventura, ressaltou a grandiosidade que será a instituição. “Ela vai trazer tecnologia, pessoas qualificadas para trabalhar, emprego e renda, uma assistência completa de tudo que a oftalmologia exigir. Dizer que vamos ter uma instituição de nível nacional. Vamos fazer um polo que o Brasil ficará orgulhoso de todos nós e de Petrolina. Não espere que vamos chegar aqui e não vamos resolver os problemas, esse será um compromisso nosso”, concluiu.

A Fundação Altino Ventura (FAV) foi fundada em 13 de outubro de 1986. É uma instituição filantrópica, de utilidade pública municipal, estadual e federal. Toda assistência clínica, cirúrgica e de emergência oftalmológica oferecida aos pacientes da população de baixa renda pela Fundação Altino Ventura é feita 100% através do Sistema Único de Saúde (SUS). Através de diversos projetos de combate à cegueira e reabilitação visual já beneficiou 145, dos 185 municípios do estado de Pernambuco.

Início das férias – Quais os danos do uso nocivo das telas?

Com o início das férias escolares e, consequentemente, com mais tempo livre em casa, as crianças e jovens podem acabar ficando mais tempo em frente às telas do que o tempo recomendado. Psicóloga educacional da Rede SESI de Educação, Rafaela Souza explica que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os principais problemas que o uso abusivo do celular e da internet podem causar são o risco de Dependência Digital e Uso Problemático das Mídias Interativas, que já figuram como problemáticas de saúde na Classificação Internacional de Doenças – CID 11.

“O uso excessivo também pode provocar outros quadros relativos à saúde mental como irritabilidade, ansiedade e depressão, transtornos do déficit de atenção e hiperatividade e do sono. Na alimentação, pode causar sobrepeso, anorexia ou bulimia. Além de transtornos da imagem corporal e da autoestima ou comportamentos autolesivos”, elencou a profissional de saúde.

Para Rafaela Souza, estabelecer um diálogo com a criança explicando os prejuízos que determinadas situações lhe causam a curto e longo prazo deve ser uma das primeiras atitudes que os responsáveis devem ter diante de crianças e jovens que não querem sair de frente das telas. “É necessário estabelecer uma rotina de uso com tempo e acesso limitados e controlado pelos responsáveis, que devem se ater as orientações do tempo de uso dependendo da faixa etária de desenvolvimento. Se com a retirada das telas o comportamento se alterar muito, talvez seja hora de procurar apoio profissional”, pontua.

Ela lembra que o tempo recomendado de tela depende da idade. Crianças menores de 2 anos não devem ficar em frente a telas, o uso não é recomendado nem pela Organização Mundial da Saúde, nem pela SBP. Já de 2 a 5 anos, o tempo recomendado é de 1h por dia, enquanto de 6 a 10 anos é 2h por dia e de 11 aos 18 anos 3h por dia. Ela destaca que o uso prolongado de telas pode, inclusive, impactar no desempenho escolar na volta às aulas. “Um comportamento de vício em eletrônicos é um vício como qualquer outro e, ao desregular a rotina de sono e estabelecer outros prejuízos até mesmo a nível de capacidade de memória e atenção, isso repercute fortemente na rotina escolar, pois, prejudica o desempenho cognitivo”, alerta.

Para dar um descanso das telas, uma ideia que Rafaela dá aos pais e responsáveis é tentar resgatar as atividades lúdicas, do tempo de qualidade junto à família e das brincadeiras compartilhadas com outras crianças. “O desenvolvimento humano depende do nível de relações e experiências vivenciadas durante o desenvolvimento infantil. Criança precisa brincar, correr, se sujar, seja por meio do brincar livre ou direcionado”.

Sistema FIEPE – Mantido pelo setor industrial, atua no desenvolvimento de soluções para trazer ainda mais competitividade ao segmento. Além do SESI – que proporciona serviços de saúde e educação básica para os industriários, familiares e comunidade geral – conta ainda com a FIEPE, o SENAI e o IEL. A Federação realiza a defesa de interesse do setor produtivo e contribui com o processo de internacionalização das indústrias. Com o SENAI-PE, além de formação profissional, são oferecidos os serviços de metrologia e ensaios, consultorias e inovação. O IEL-PE foca na carreira profissional dos trabalhadores, desde a seleção de estagiários e profissionais, até a capacitação deles realizada pela sua Escola de Negócios.

Por: CLAS Comunicação & Marketing

HU-Univasf realiza 1º Simpósio sobre Dengue

© Reuters/Paulo Whitaker/Direitos Reservados

O Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), vinculado à Rede Ebserh, realizará no dia 3 de julho, das 8h às 13h, no Auditório da Biblioteca da Univasf, o 1º Simpósio sobre Dengue: Diagnóstico, Tratamento e Medidas de Prevenção. O HU é um dos pontos de referência no tratamento da Dengue na região, em conjunto com a UPA 24h e Unidades Básicas de Saúde.

O Simpósio, organizado pela equipe da Gerência de Ensino, Pesquisa e Inovação do hospital, é direcionado a médicos e enfermeiros da Rede de Saúde da VIII Gerência Regional de Saúde de Pernambuco (VIII Geres) e profissionais de saúde do HU-Univasf, e tem como objetivo atualizar profissionais da rede de atenção à saúde sobre o manejo do paciente com Dengue, integrando diversas esferas do conhecimento em saúde coletiva.

Ao todo, estão ofertadas 120 vagas, sendo 60 para Petrolina, 40 para os demais municípios dessa Regional e 20 para profissionais do HU-Univasf. Para participar do evento é necessário realizar a inscrição até hoje, 28 de junho, através do formulário eletrônico: https://bit.ly/simpdengue.

A chefe do Setor de Gestão e Ensino, Luciana Mendes, explica que a motivação para realização do simpósio surgiu a partir da construção do Plano de Contingência da Dengue, no início desse ano. “Percebeu-se a importância de manter profissionais, residentes e estudantes atualizados sobre o cuidado e sobre os fluxos assistenciais da rede de saúde”, disse.

O evento contará com palestras ministradas pelo médico infectologista Samuel Ricarte e pela enfermeira Raquel Loura, ambos do HU-Univasf, de representantes da Secretaria Municipal de Saúde de Petrolina e da VIII Geres, regional de saúde que abrange os municípios pernambucanos de Afrânio, Cabrobó, Dormentes, Lagoa Grande, Orocó, Petrolina e Santa Maria da Boa Vista, totalizando cerca de 475 mil habitantes.

Sobre a Dengue

De acordo com dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, até 27 de junho de 2024, o Brasil registrou 6.148.161 casos prováveis de Dengue. Na região Nordeste, Pernambuco é o segundo estado com o maior número de casos prováveis da doença, já são mais de 26 mil.

A dengue é uma doença viral causada pelo vírus (DENV) do gênero Flavivirus, família Flaviviridae. Com quatro sorotipos diferentes – DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4 – , a principal forma de transmissão é pela picada da fêmea infectada do mosquito Aedes aegypti. Outras formas menos comuns incluem transfusão de sangue e transmissão de gestante para bebê. É importante ressaltar que não há contágio por contato direto com pessoa doente.

Sobre a Ebserh

O HU-Univasf faz parte da Rede Ebserh desde 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Casos de síndrome respiratória aguda grave aumentam em dez estados

O novo boletim do InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (27), revela aumento do número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em dez estados: Amapá, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Roraima e São Paulo.

O aumento é decorrente dos vírus influenza A, sincicial respiratório (VSR) e rinovírus, que indicam retomada de crescimento na maioria dos estados da região centro-sul do Brasil. Além disso, alguns estados do Norte, como Amapá, Roraima e Ceará, também registram manutenção do aumento de VSR em crianças pequenas.

No agregado nacional, há indício de estabilidade de SRAG tanto na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) quanto na de curto prazo (últimas três semanas). Referente à Semana Epidemiológica 25, de 16 a 22 de junho, o estudo tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 24 de junho.

A covid-19 tem se mantido em patamares baixos quando comparada a seu histórico de circulação. Contudo, o vírus tem sido a principal causa de internação por SRAG entre os idosos no estado do Ceará nas últimas semanas. Além disso, alguns estados do Norte e Nordeste também têm apresentado uma leve atividade de covid-19.

A pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe Tatiana Portella diz que ainda não tem nenhum sinal claro de crescimento de circulação da covid tanto no país, sobretudo nessas regiões. “No entanto, esse início de atividade do vírus nas regiões Norte e Nordeste merece a nossa atenção nas próximas semanas. É importante que os hospitais e as unidades de síndrome gripal dessas regiões reforcem a atenção para qualquer sinal de aumento na circulação do vírus”, alerta Tatiana.

Diante desse cenário, a pesquisadora destaca a importância da vacinação, tanto da influenza quanto da covid-19, de todos os elegíveis para se imunizar. Além disso, alguns cuidados, como o uso de máscaras em locais fechados com maior aglomeração de pessoas e em postos de saúde, são recomendados, sobretudo aos moradores das regiões que apresentam alta na circulação de vírus respiratórios. Tatiana recomenda que, em caso de aparecimento de sintomas, a pessoa se isole, se possível, para evitar a transmissão do vírus a outros indivíduos que ainda não foram infectados e que são grupo de risco, como idosos, crianças e pessoas com comorbidades.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de influenza A (22,6%), influenza B (0,8%), vírus sincicial respiratório (47,2%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (6%). Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de influenza A (47,1%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (21,5%), e Sars-CoV-2/Covid-19 (22,4%).

Edição: Nádia Franco/Agência Brasil

Secretaria de Saúde de Petrolina disponibiliza novo telefone para o Tratamento Fora do Domicílio

A Prefeitura de Petrolina, com o objetivo de facilitar o acesso da população aos serviços de saúde, tem ampliado os canais de comunicação. Com o serviço de Tratamento Fora de Domicílio (TFD) não foi diferente, um novo contato foi implantado na unidade que viabiliza o transporte de pacientes para tratamentos em Recife.
A Secretaria de Saúde passa a disponibiliza um novo contato, agora os pacientes podem ligar para (87) 3983 6499. Através desse número será possível tirar dúvidas, solicitar informações e confirmar as viagens. Os contatos via WhatsApp foram desativados. A Secretaria ressalta ainda que as viagens de domingo serão confirmadas na sexta-feira, caso a viagem seja em algum feriado, a confirmação deve ser feita dia útil anterior a viagem.
Para confirmação de retorno de Recife para Petrolina, os pacientes devem ligar para o (81) 9 9865-4364, das 9h às 13h. O número serve apenas para ligação.

Cantor Ivan Greg leva  forró para alegria dos pacientes e funcionáriosdo Hospital Dom Malan em Petrolina

Um trio péde serra encheu de forró os corredores e alas do Hospital Dom Malan da rede estadualde saúde em Petrolina, nesta quarta-feira (26). O cantor e sanfoneiro Ivan Greg,estendeu os festejos juninos aos funcionários e pacientes da unidade de saúde, ganhando o reforço no triângulo da diretora administrativa do HDM Ismep, Ingride Lima. Um talento que a bacharel em gestão de pessoas experimentou e gostou. “ O que nós queremos é unir forças e talentos para oferecer bem-estar aos nossos pacientes, ” frisou Ingride.

A equipe do voluntariado do HDM Ismep puxou o arrasta-pé e improvisou uma quadrilha junina. “Nosso objetivo é trazer a alegria das festas juninas para os pacientes que estão internados aqui no hospital e para que os funcionários também saiam um pouco da rotina e receba essa dose de alegria que o forró proporciona, ” ressaltou o coordenador do voluntariado do HDM Ismep, Ruy Holanda.

A trabalhadora rural, Pâmela Pereira, 24 anos, moradora do Serrote do Urubu, deu à luz à Isadora num parto prematuro há três dias. “Ela nasceu com 900 gramas e vamos ficar aqui para ela ganhar peso, ficar mais forte. A festa de hoje foi boa porque não vivenciamos isso em casa já que estamos no hospital.Tivemos um pouco de forró,” comentou.

Para o Sanfoneiro e cantor Ivan Greg, 43 anos, a música é uma comunicação envolvente em qualquer lugar. “Sempre bom levar música e ver aalegria das pessoas, mesmo que esteja passando por dificuldades, tornando o momento ainda mais especial e emocionante, ” destacou o artista.

“Pesquisas mostram consistentemente que emoções positivas, incluindo amor, esperança e alegria podem ajudar no processo de cura. Nós queremos oferecer momentos assim que contribuam com o bem-estar dos pacientes, ” destacou a diretora geral do Hospital Dom Malan Ismep, Daniele Moreno.

Assessoria de Comunicação HDM Ismep

Fotos: Ascom HDM ISMEP e Janko Moura

Álcool causa 2,6 milhões de mortes todos os anos no mundo, alerta OMS

O consumo de álcool é responsável por 2,6 milhões de mortes todos os anos no mundo – 4,7% de todas as mortes no planeta. Já o uso de drogas psicoativas responde por 600 mil mortes anualmente. Os números foram divulgados nesta terça-feira (25) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Dados do Relatório Global sobre Álcool, Saúde e Tratamento de Transtornos por Uso de Substâncias mostram ainda que 2 milhões de mortes por consumo de álcool e 400 mil mortes por uso de drogas são registradas entre homens. O estudo tem como base informações de saúde pública referentes ao ano de 2019.

A estimativa da OMS é que 400 mil pessoas viviam com desordens relacionadas ao consumo de álcool e ao uso de drogas nesse período, sendo 209 milhões classificadas como dependentes de álcool. A entidade destaca que o uso de substâncias prejudica severamente a saúde do indivíduo, aumentando o risco de doenças crônicas e resultando em milhões de mortes preveníveis.

“Coloca um fardo pesado sobre as famílias e as comunidades, aumentando a exposição a acidentes, lesões e violência”, destacou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Para construir uma sociedade mais saudável e mais equitativa, devemos comprometer-nos urgentemente com ações ousadas que reduzir as consequências negativas para a saúde e sociais do consumo de álcool e tornar o tratamento para transtornos por uso de substâncias acessível.”

O relatório destaca ainda a necessidade urgente de acelerar ações a nível global para alcançar a meta estabelecida por meio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de, até 2030, reduzir o consumo de álcool e drogas e ampliar o acesso a tratamento de qualidade para transtornos causados pelo uso de substâncias.

Prejuízos à saúde

De acordo com a OMS, a maioria das mortes por consumo de álcool ocorre na Europa e na África, sendo que as taxas de mortalidade por litro de álcool consumido são mais elevadas em países de baixa renda e menores em países de alta renda.

De todas as mortes atribuídas ao álcool em 2019, cerca de 1,6 milhões aconteceram por doenças crônicas não transmissíveis, sendo 474 mil por doenças cardiovasculares e 401 mil por câncer. Outras 724 mil foram decorrentes de ferimentos causados por acidentes de trânsito, automutilação e casos de violência.

Por fim, 284 mortes foram associadas a doenças crônicas transmissíveis. Segundo a entidade, foi demonstrado que o consumo de álcool aumenta o risco de infecção por HIV em razão da maior probabilidade de sexo desprotegido, além de aumentar o risco de infecção e morte por tuberculose por suprimir uma ampla gama de respostas imunológicas.

Os dados mostram que a maior proporção (13%) de mortes atribuídas ao álcool, em 2019, foi registrada na faixa etária dos 20 aos 39 anos.

Tendências de consumo

De acordo com o relatório, o consumo total per capita de álcool entre a população global registrou ligeira queda, passando de 5,7 litros em 2010 para 5,5 litros em 2019. Os índices mais altos foram observados em países europeus (9,2 litros per capita) e nas Américas (7,5 litros per capita).

O nível de consumo de álcool per capita entre os consumidores chega, em média, a 27 gramas de álcool puro por dia, o que equivale a aproximadamente duas taças de vinho, duas garrafas de cerveja ou duas porções de bebidas destiladas. “Este nível e frequência de consumo de álcool estão associados a riscos aumentados de inúmeras condições de saúde e associado a mortalidade e incapacidade.”

Ainda segundo os dados, em 2019, 38% das pessoas que declararam consumir álcool registraram pelo menos um episódio de consumo excessivo no mês anterior à pesquisa – o equivalente a quatro ou cinco taças de vinho, garrafas de cerveja ou porções de bebidas destiladas. O consumo excessivo de álcool foi altamente prevalente entre homens.

Por fim, o relatório aponta que, globalmente, 23,5% de todos os jovens com idade entre 15 e 19 anos afirmam consumir álcool (pelo menos uma dose de bebida alcóolica ao logo dos últimos 12 meses). Os índices são mais altos na Europa (45,9%) e nas Américas (43,9%).

Edição: Maria Claudia/Agência Brasil

Especialista do HU-Univasf fala sobre tratamento e complicações da fissura labiopalatina

Em 24 de junho é celebrado o Dia Nacional de Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina, uma malformação congênita que provoca alteração na fusão dos processos faciais durante a gestação. Com o objetivo de conscientizar e informar a sociedade sobre esse problema, especialista do Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), fala sobre o assunto e a importância de tratar a malformação com um profissional, de forma multidisciplinar.
.
A fissura traz complicações para a alimentação e a respiração, provoca alterações na arcada dentária, afeta o crescimento facial, além de acarretar prejuízo no desenvolvimento da fala, da audição e na aparência física. O cirurgião-dentista/bucomaxilofacial do HU-Univasf, Pedro Henrique Lopes, explica que as fissuras podem ser incompletas (parte do lábio) ou as que acometem o lábio e o céu de boca de forma completa, podendo ser uni ou bilaterais. Sua causa está relacionada a fatores genéticos e ambientais como o uso de bebida alcoólica, cigarros e alguns medicamentos como corticoides e anticonvulsivantes, principalmente no primeiro trimestre da gestação.
.
Tratamento
O tratamento da fissura pode ser cirúrgico e clínico, envolvendo profissionais de várias especialidades: fonoaudiólogos, fisioterapeutas, pediatras, otorrinolaringologistas, cirurgiões plásticos, cirurgiões dentistas de várias especialidades, além de pedagogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais. A depender da complexidade do caso, podem ser necessárias várias etapas cirúrgicas ao longo de sua vida. No tratamento clínico, é necessário o acompanhamento ostensivo do paciente ao longo de seu crescimento, até a idade adulta.
.
No HU-Univasf são realizadas cirurgias para a correção da fissura. O hospital vem participando de mutirões para a realização desses procedimentos, disponibilizando o centro cirúrgico e toda parte assistencial envolvida no serviço, em parceria com o Instituto Bucomaxilofacial (IBM), entidade filantrópica localizada em Petrolina-PE que oferece apoio a pacientes e familiares. O último mutirão foi realizado em abril deste ano.
.
Convívio em sociedade
O não tratamento da fissura labiopalatina também pode afetar o convívio social para a pessoa com essa condição, devido a aparência física da face e a voz nasalizada, uma das características do fissurado. “As pessoas que chegam à idade adulta sem o devido tratamento são marginalizadas, não conseguem se inserir no mercado de trabalho, ficam excluídas da sociedade, sentem vergonha de conversar e participar da comunidade”, disse o cirurgião-dentista Pedro Henrique.
Bruna Rafaela Oliveira dos Santos, que aos 34 anos passou por cirurgia para correção da fissura no HU-Univasf, disse que hoje está muito feliz por ter realizado seu sonho. “Me sinto uma pessoa tão diferente e graças a Deus estou indo bem”, enfatizou Bruna. Ela relata que sua vida antes era um pouco complicada, pois riam de sua aparência. “Agora estou diferente e algumas pessoas não estão me reconhecendo. Dizem que eu já era bonita e que fiquei ainda mais linda”.
.
Sobre a Ebserh
O HU-Univasf faz parte da Rede Ebserh desde 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Festas juninas aumentam acidentes com queimaduras

Festa Junina na Praça Monsenhor Marcos

Todo cuidado é pouco durante as festas de São João que vão se estender pelo mês de julho. Durante as festividades, muitos acidentes são relatados pelo manuseio de fogos de artifício e as típicas fogueiras. As mãos são as maiores atingidas nos acidentes, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), Antonio Carlos da Costa.

Levantamento feito pela sociedade, com base nos números do Ministério da Saúde, a maior ocorrência é atribuída a queimaduras de segundo grau, com lesões nos membros superiores: mãos e punhos – as partes mais expostas -, braços, tronco, rosto e olhos. Também não é incomum que esse tipo de acidente seja fatal, levando à morte ou causando lesões graves e permanentes. Homens de 15 a 50 anos são as principais vítimas.  “Em geral, como os acidentes com fogos são seguidos de explosões, que ocasionam queimaduras graves, também ocorrem casos de amputações ou ainda deformidade dos membros superiores, assim como da face, que são as áreas mais atingidas”, observa Costa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que cerca de 180 mil pessoas morrem por ano devido a queimaduras gerais, considerada a quinta causa mais comum de lesões não fatais na infância. Quando não provocam a morte, podem causar morbidade, hospitalização prolongada, desfiguração, cicatrizes e incapacidade. O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou quase 5 mil internações por queimaduras em três meses. De janeiro a março deste ano, 4.809 pessoas foram internadas, uma média de 52 internações diárias por queimaduras. Durante todo o ano passado, foram 19.522 internações. Na área ambulatorial, nos três primeiros meses de 2024 foram realizados 34.567 atendimentos por queimaduras.

De acordo com o especialista, entre junho e julho, com as festas de São João, os fogos de artifício são o maior perigo para as mãos. Em geral, os acidentes são seguidos de explosões que ocasionam queimaduras graves e até provocam amputações.  “Em relação às fogueiras,  durante o processo de acendimento, especialmente se estiverem sendo utilizados materiais inflamáveis, como papel, madeira seca ou álcool, podem ocorrer estalos e estilhaços, que atingem as mãos, causando queimaduras, explica Antonio Carlos da Costa.  Em caso de acidente, ele recomenda o seguinte procedimento: a limpeza da queimadura leve deve ser feita com água corrente, usando um jato suave, por cerca de dez minutos. Na sequência, deve-se aplicar uma compressa fria na área. Se a queimadura for grave, siga para uma unidade de saúde imediatamente.

Tipos de queimaduras

As queimaduras são classificadas quanto à profundidade que atingem a pele.

Primeiro grau: quando as lesões atingem somente a camada epidérmica.

Segundo grau: quando há comprometimento da epiderme e a camada superficial ou profunda da derme.

Terceiro grau: acomete, além da pele, outros tecidos como o subcutâneo, músculos, tendões e até mesmo os ossos.

Recomendações importantes

A Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão lista orientações para evitar acidentes do tipo e recomendações em casos de ocorrências.

– Se decidir usar fogos de artifício, certifique-se de seguir todas as instruções de segurança fornecidas pelo fabricante. Mantenha uma distância segura ao acender os fogos e nunca os aponte na direção de pessoas, animais ou objetos inflamáveis.

– Mantenha distância segura das fogueiras para evitar queimaduras causadas pelo calor intenso. Nunca deixe crianças desacompanhadas perto das fogueiras e evite correr ou brincar muito próximo delas.

– Mantenha as crianças sob supervisão constante durante as festividades para garantir que elas não se envolvam em atividades perigosas que possam resultar em queimaduras.

– Em caso de acidente, nunca descolar tecidos grudados na pele queimada e nem retirar corpos estranhos do local queimado.

– Nunca colocar manteiga, pó de café, creme dental ou qualquer outra substância sobre a queimadura; somente o profissional de saúde sabe o que deve ser aplicado sobre o local afetado.

Edição: Graça Adjuto/Agência Brasil