Festas juninas aumentam acidentes com queimaduras

Festa Junina na Praça Monsenhor Marcos

Todo cuidado é pouco durante as festas de São João que vão se estender pelo mês de julho. Durante as festividades, muitos acidentes são relatados pelo manuseio de fogos de artifício e as típicas fogueiras. As mãos são as maiores atingidas nos acidentes, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), Antonio Carlos da Costa.

Levantamento feito pela sociedade, com base nos números do Ministério da Saúde, a maior ocorrência é atribuída a queimaduras de segundo grau, com lesões nos membros superiores: mãos e punhos – as partes mais expostas -, braços, tronco, rosto e olhos. Também não é incomum que esse tipo de acidente seja fatal, levando à morte ou causando lesões graves e permanentes. Homens de 15 a 50 anos são as principais vítimas.  “Em geral, como os acidentes com fogos são seguidos de explosões, que ocasionam queimaduras graves, também ocorrem casos de amputações ou ainda deformidade dos membros superiores, assim como da face, que são as áreas mais atingidas”, observa Costa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que cerca de 180 mil pessoas morrem por ano devido a queimaduras gerais, considerada a quinta causa mais comum de lesões não fatais na infância. Quando não provocam a morte, podem causar morbidade, hospitalização prolongada, desfiguração, cicatrizes e incapacidade. O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou quase 5 mil internações por queimaduras em três meses. De janeiro a março deste ano, 4.809 pessoas foram internadas, uma média de 52 internações diárias por queimaduras. Durante todo o ano passado, foram 19.522 internações. Na área ambulatorial, nos três primeiros meses de 2024 foram realizados 34.567 atendimentos por queimaduras.

De acordo com o especialista, entre junho e julho, com as festas de São João, os fogos de artifício são o maior perigo para as mãos. Em geral, os acidentes são seguidos de explosões que ocasionam queimaduras graves e até provocam amputações.  “Em relação às fogueiras,  durante o processo de acendimento, especialmente se estiverem sendo utilizados materiais inflamáveis, como papel, madeira seca ou álcool, podem ocorrer estalos e estilhaços, que atingem as mãos, causando queimaduras, explica Antonio Carlos da Costa.  Em caso de acidente, ele recomenda o seguinte procedimento: a limpeza da queimadura leve deve ser feita com água corrente, usando um jato suave, por cerca de dez minutos. Na sequência, deve-se aplicar uma compressa fria na área. Se a queimadura for grave, siga para uma unidade de saúde imediatamente.

Tipos de queimaduras

As queimaduras são classificadas quanto à profundidade que atingem a pele.

Primeiro grau: quando as lesões atingem somente a camada epidérmica.

Segundo grau: quando há comprometimento da epiderme e a camada superficial ou profunda da derme.

Terceiro grau: acomete, além da pele, outros tecidos como o subcutâneo, músculos, tendões e até mesmo os ossos.

Recomendações importantes

A Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão lista orientações para evitar acidentes do tipo e recomendações em casos de ocorrências.

– Se decidir usar fogos de artifício, certifique-se de seguir todas as instruções de segurança fornecidas pelo fabricante. Mantenha uma distância segura ao acender os fogos e nunca os aponte na direção de pessoas, animais ou objetos inflamáveis.

– Mantenha distância segura das fogueiras para evitar queimaduras causadas pelo calor intenso. Nunca deixe crianças desacompanhadas perto das fogueiras e evite correr ou brincar muito próximo delas.

– Mantenha as crianças sob supervisão constante durante as festividades para garantir que elas não se envolvam em atividades perigosas que possam resultar em queimaduras.

– Em caso de acidente, nunca descolar tecidos grudados na pele queimada e nem retirar corpos estranhos do local queimado.

– Nunca colocar manteiga, pó de café, creme dental ou qualquer outra substância sobre a queimadura; somente o profissional de saúde sabe o que deve ser aplicado sobre o local afetado.

Edição: Graça Adjuto/Agência Brasil

HU-Univasf tem equipe especializada para assistência em cuidados paliativos

No Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), vinculado à Rede Ebserh, os cuidados paliativos (CP) são prestados com um olhar humanizado e integral pela equipe interdisciplinar da instituição. Essa abordagem visa não apenas o alívio dos sintomas físicos, mas também o suporte emocional, social e espiritual aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que enfrentam problemas associados a doenças que ameaçam a vida. Além disso, os cuidados paliativos estendem-se aos familiares e cuidadores, oferecendo apoio emocional, orientação e informações sobre o processo de adoecimento e enfrentamento ao luto.
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O supervisor da Residência de Medicina Paliativa do HU-Univasf, Fabrício Cagliar, destaca que os cuidados paliativos, como estratégia de cuidado focada no paciente e seus familiares, vão muito além da assistência tradicional, centrada apenas na doença. “Os CP melhoram a qualidade de vida na medida em que abordam todos os fatores que influenciam no tratamento do sofrimento humano, com atenção especial aos aspectos físicos, sociais, emocionais e espirituais”, explicou o especialista.
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O olhar diferenciado para o contexto social da unidade paciente-família ajuda na continuidade dos cuidados em domicílios. “Os familiares e cuidadores apresentam um nível de sofrimento intenso devido ao adoecimento do paciente, muitas vezes, apresentando estresse intenso, transtornos ansiosos e depressivos. Diante deste cenário, a abordagem aos cuidadores e familiares é indispensável. É criada uma relação de confiança, vínculo, apoio, com tempo dispensado para a escuta ativa e auxílio nos principais motivos de angústia, com intervenções da equipe interdisciplinar”, complementou Fabrício.
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Atuação integrada
A equipe interdisciplinar do HU-Univasf é composta por profissionais das áreas de Psicologia, Serviço Social, Enfermagem, Terapia Ocupacional, Medicina, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Farmácia e Nutrição.
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Segundo a terapeuta ocupacional do HU, Iara Góes, os cuidados paliativos se propõem à prestação do cuidado interdisciplinar integral aos pacientes e familiares, promovendo alinhamento de condutas compatíveis com a fase da doença e necessidades individuais, levando em consideração todas as dimensões do cuidado. Um dos pilares é a comunicação com familiares e cuidadores, como detalhou Iara: “A assistência vai desde estratégias de comunicação de notícias difíceis, abordagens educativas para o cuidado, bem como o fornecimento de acolhimento e amparo às necessidades da rede de apoio do paciente em internamento no HU-Univasf. Sem inclusão da família e cuidadores no processo não há cuidados paliativos eficazes”.
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Iara ressalta também a atuação permanente da equipe nos leitos de cuidados paliativos, destacando que “os atendimentos ocorrem por meio de busca ativa diária pelos profissionais e há semanalmente uma reunião de equipe para definição das principais estratégias e condutas para o plano de cuidados de cada paciente”.
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Com enfoque especial na psicologia, a abordagem interdisciplinar inclui a identificação precoce do luto complicado e a escuta ativa das angústias e preocupações dos pacientes e familiares. A terapeuta acrescenta ainda que “a principal forma de buscar atender às necessidades de maneira integral é reforçando o trabalho em equipe, entendendo que o nosso paciente e seus familiares têm uma história de vida única e precisam de um olhar individualizado da equipe”.
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Capacitação periódica da equipe de saúde sobre o tema
A falta de conhecimento dos profissionais de saúde e a resistência em compreender o conceito de cuidados paliativos são desafios enfrentados na prestação de cuidados paliativos, conforme destacou a psicóloga hospitalar e chefe da Unidade Multiprofissional, Rebeca Machado. Segundo ela, “ainda há um equívoco com relação ao conceito de cuidados paliativos e quando e como ele deve ser instituído. Esse desconhecimento e até mesmo a resistência de alguns profissionais de saúde em se apropriarem e entenderem o que são os cuidados paliativos, podem gerar condutas equivocadas e desnecessárias para o paciente e seus familiares. Esse cenário favorece não apenas a insegurança da equipe de saúde, como também do próprio paciente e seu familiar, na condução do seu tratamento”.
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Além disso, outros desafios são observados, como o momento adequado de instituí-los, o perfil dos pacientes com eventos agudizados ou quadros neurológicos arrastados que dificultam a transição para os cuidados paliativos. Para superá-los, Rebeca ressalta a importância da capacitação periódica da equipe de saúde sobre o tema. No HU-Univasf, sempre que são identificadas dificuldades na compreensão sobre esses cuidados, os pacientes e seus familiares também passam por momentos para esclarecimentos com a equipe de saúde de referência. A reunião tem o objetivo de fortalecer o vínculo e a confiança entre os envolvidos.

SAMU registra poucas ocorrências nas primeiras noites de São João de Petrolina 

A tradicional festa de São João em Petrolina tem sido marcada por muita alegria e tranquilidade. Isso se repete nos atendimentos  feitos pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Até o momento, em cinco noites de festa, foram registradas 77 ocorrências, todas consideradas leves.
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A atuação eficiente do SAMU tem sido essencial para garantir a segurança e bem-estar dos forrozeiros. Em cada noite de evento, uma equipe composta por sete profissionais está de plantão, pronta para atender qualquer emergência. A equipe é formada por: um médico, um enfermeiro, um condutor, três técnicos e um estagiário. Esses profissionais estão devidamente capacitados e atentos, proporcionando um atendimento rápido e eficaz aos participantes da festa. A presença constante e a preparação da equipe têm contribuído para que os forrozeiros possam desfrutar das festividades com tranquilidade.
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A operação do SAMU durante o São João é parte de um esforço conjunto das autoridades locais para garantir que a festa, que atrai milhares de pessoas, ocorra sem maiores incidentes. O São João de Petrolina continua e a equipe do SAMU permanece vigilante, pronta para intervir sempre que necessário, garantindo que todos possam aproveitar  as festividades com saúde e segurança.

Prefeitura de Juazeiro promove feira de saúde para população LGBT

A Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade (Sedes), realizou, nesta terça-feira (18), na Praça Imaculada Conceição (Praça da Bandeira), uma feira de saúde voltada para o público LGBTQIAPN+. A ação integra a programação do “Junho do Orgulho LGBT” no município e tem como objetivo ampliar o acesso desse público aos serviços de saúde.

De acordo com o responsável pela Diretoria de Diversidade da Sedes, a feira foi criada para ser uma porta de acesso do público LGBT à rede de saúde e sensibilizar os profissionais da área para os cuidados com essa população. “A atividade foi pensada de forma multilateral, tanto para que o segmento LGBT possa acessar serviços básicos de saúde, em especial o público transgênero, que geralmente não acessa as unidades de saúde com medo do preconceito e para os profissionais entenderem que precisam fazer políticas públicas para esse público. Além disso, também queremos quebrar o estigma de que a política de saúde para a pessoa LGBT é apenas a testagem de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)”.

Durante a ação, foram oferecidos os serviços de aferição de pressão arterial, teste de glicemia, vacinação, orientação nutricional, atendimento da unidade móvel odontológica, além da testagem e aconselhamento com a equipe do Centro de Informações DST/HIV/AIDS (CIDHA). “Essa iniciativa foi ótima. No mundo em que estamos vivendo hoje nós precisamos de apoio, porque nós somos seres humanos”, disse Núbia Clara da Silva, enquanto era atendida pelos profissionais de saúde. 

Mês do Orgulho LGBT

Além da feira de saúde, uma série de ações vem sendo realizadas pela Prefeitura de Juazeiro para celebrar o mês do Orgulho LGBT, como a segunda edição do Concurso Beleza Transgênero, que segue com inscrições abertas até o dia 23 de junho. O evento tem como objetivo fortalecer a autoestima individual e coletiva dos participantes e comunidade envolvida, além de valorizar, reconhecer e potencializar os corpos transexuais e travestis. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do formulário eletrônico: https://docs.google.com/forms/d/1bFeoxUFFpPL2xlsbXhafE8bKvgzXTlt94ImxbBgqEog/viewform?edit_requested=true.

Podem participar pessoas autoidentificadas como transexuais ou travestis, a partir de 16 anos. Os primeiros colocados serão premiados com R$ 2 mil, R$ 1,5 mil e R$ 1 mil, respectivamente, nas categorias masculina e feminina, além de coroa e faixa. O concurso será realizado no dia 29 de junho, na Praça Barão do Rio Branco, Centro.

Texto: Eneida Trindade – Ascom Sedes/PMJ

Fotos: Edinázio Dias – Ascom/PMJ

Novo Hospital Universitário da Univasf em Paulo Afonso será gerido pela Ebserh

Em breve, mais um hospital universitário federal passará a integrar a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh): o novo Hospital Universitário será construído na cidade de Paulo Afonso, no interior da Bahia, a 470 km da capital Salvador. Na última segunda-feira (17), foi homologado o acordo entre a União, Ebserh, Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), estado, município, e a Eletrobrás-Chesf. A previsão é que a Ebserh inicie a gestão em dois anos, prazo para conclusão das obras da nova unidade.
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Durante a solenidade, o superintendente do Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), Julianeli Tolentino, representando o presidente da Ebserh, Arthur Chioro, explicou que um dos principais objetivos no novo HU é oferecer um campo de práticas para os estudantes da Univasf, especialmente, da graduação em Medicina. “Além disso, com esse novo HU, nós iremos dar um passo muito importante em relação à excelência da oferta de serviço de saúde com a possibilidade de ofertar serviços de saúde que hoje não estão disponíveis em Paulo Afonso”, disse.
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O superintendente ainda destacou o papel da Ebserh, que fará a gestão na nova unidade. “Dada a excelência da gestão hospitalar realizada pela estatal em todo o país, nós pretendemos investir em um parque tecnológico robusto, priorizando a eficiência dos diagnósticos e consequentemente o tratamento de saúde dessa população”, enfatizou.
A gestão do hospital universitário em Paulo Afonso foi alvo da justiça após a Chesf renunciar a todos os serviços que não eram próprios da produção de energia elétrica.
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O município então solicitou à Justiça Federal, em uma Ação Ordinária, que a Univasf e a Ebserh assumissem a gestão do hospital. Houve recurso da decisão para 2ª instância e a Subseção Judiciária de Paulo Afonso e o SistCon direcionaram o processo para conciliação.
O Desembargador Federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, coordenador do Núcleo de Conciliação da 1ª Região, Dr. Carlos Pires Brandão, explicou o processo. “São chamados de processos estruturantes. Diante de uma falha ou escassez de estruturas, há necessidade de se montar arranjos que possam prestar serviços essenciais à população, como saúde e educação. A Ebserh, de uma forma muito sensível, percebendo a relevância desse hospital para toda a região, são quase 800 mil pessoas, foi fundamental para solucionar esse entrave”, disse.
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Prazos
Com a homologação do acordo, as instituições têm 120 dias para apresentar um Plano Operativo, com cronograma de ações e dimensionamento pessoal, prazos a serem cumpridos e responsáveis por cada uma delas. Após a conclusão e entrega da estrutura física, o que deve acontecer em dois anos, a Ebserh fará toda a gestão do HU.
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O reitor da Univasf, Télio Leite, destacou a importância do novo hospital universitário para a formação de profissionais de saúde. “Nós temos um curso de Medicina que foi recentemente avaliado com nota máxima pelo Ministério da Educação. Esse novo hospital vem acrescentar qualidade na formação dos nossos estudantes”, afirmou.
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Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Junho Vermelho: Prefeitura de Petrolina conscientiza população sobre importância da doação de sangue 

Ao longo deste mês de junho, a Prefeitura de Petrolina, através da Secretaria de Saúde, tem realizado ações sobre a ‘Campanha Nacional Junho Vermelho’ de conscientização sobre a importância da doação de sangue. Em diversas Unidades Básicas de Saúde acontecem, diariamente, palestras em salas de espera, alertando a população sobre a importância do ato de doar sangue e deixar o estoque do Hemope sempre abastecido.
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Além disso, as equipes multiprofissionais (E-multi) estão abordando outros temas de saúde relevantes, como a prevenção de queimaduras e a obesidade infantil. Essas ações do Junho Vermelho têm como objetivo principal informar e sensibilizar a comunidade sobre a importância de ser um doador de sangue regular, contribuindo para salvar vidas. As palestras sobre prevenção de queimaduras e obesidade infantil também reforçam a necessidade de adotar hábitos saudáveis e cuidados preventivos no dia a dia.
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A Prefeitura de Petrolina faz um convite a todos os cidadãos a participarem dessas atividades nas Unidades Básicas de Saúde mais próximas de suas residências e a se engajarem na causa da doação de sangue, um ato simples que pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas.

Brasil tem 45% de cobertura em saúde bucal; meta é chegar a 70%

Foto: Laísa Queiroz/MS

O Brasil registra atualmente cerca de 45% de cobertura em saúde bucal. A meta do governo federal é alcançar pelo menos 70%. Os índices foram divulgados nesta quinta-feira (13) pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante evento em comemoração aos 20 anos da Política Nacional de Saúde Bucal, em Brasília.

“Desde o ano passado, a partir de um trabalho de recomposição orçamentária, com o fim da PEC 95 e com a prioridade dada pelo governo federal a essa política, conseguimos, de fato, uma ampliação – e isso passa, naturalmente, pela questão da priorização no orçamento”, avaliou a ministra.

Brasília - DF 08/05/2023 O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado da ministra da Saúde, Nísia Trindade, sanciona o projeto de lei que inclui a Política Nacional de Saúde Bucal - Brasil Sorridente, na Lei Orgânica da Saúde. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Brasília –  Política Nacional de Saúde Bucal Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

“Hoje, temos R$ 4,3 bilhões de investimento, no ano de 2024, em saúde bucal, o que representa crescimento de 123% em relação a 2023. Esse é um indicador importante de prioridade”, completou.

Segundo o Ministério da Saúde, o montante possibilita, por exemplo, a implantação de mais de 6 mil equipes de saúde bucal e 100 Centros de Especialidades Odontológicas, além da aquisição de 300 Unidades Odontológicas Móveis.

Cáries

Dados da pesquisa Saúde Bucal Brasil 2020/2023 divulgados nesta quinta-feira indicam que 53% das crianças de 5 anos entrevistadas não tinham cárie. Mais de 40 mil pessoas foram ouvidas e examinadas nas 27 capitais e em 403 municípios do interior do país – incluindo 7.198 crianças.

O índice é 14% maior do que o resultado da última pesquisa, em 2010, quando 46,6% das crianças entrevistadas estavam livres da doença.

O estudo destaca importante aumento de crianças de 5 anos livres de cárie, entre 2010 e 2023, nas regiões Sul (40,7%), Sudeste (21,9%), Nordeste (17,1%) e Norte (11,2%), tanto nas capitais como nas cidades do interior. O Centro-Oeste, por outro lado, apresentou pequena diminuição na proporção, passando de 38,8% para 37,9%.

Edição: Aécio Amado/Agência Brasil

Dia de conscientização alerta sobre preconceito contra albinismo

Ainda cercado por muitos tabus e preconceitos, o albinismo, condição genética na qual o indivíduo apresenta ausência total ou parcial da melanina, pigmento natural responsável pela coloração dos olhos, pele e cabelo, está presente em cerca de 21 mil brasileiros, segundo dados da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps). Instituído pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional de Conscientização sobre o Albinismo, o dia 13 de junho é dedicado a incentivar a população a acabar com o preconceito contra os albinos e a apoiar a união das pessoas que têm essa condição genética, considerada rara.

“Este é um assunto que precisa ser muito discutido, não apenas anualmente, mas rotineiramente e em todo tipo de ambiente. A mídia televisiva, com todo seu alcance, aborda o tema em novelas, em que profissionais e  pessoas com essa condição levam para a ficção as dificuldades encontradas na vida real, aumentando a propagação da informação. Esta é uma das formas de mostrar como os obstáculos podem ser superados. Assim, crianças e adultos albinos se sentirão melhor onde estiverem”, explicou a psicóloga Natalie Schonwald, que também é pedagoga e faz palestras sobre inclusão e diversidade.

Para Natalie, que trabalha na área da educação e alfabetização com os anos finais da educação infantil e iniciais do ensino fundamental I, a desinformação prejudica a vida das crianças albinas e pode levá-las à exclusão social. Segundo ela, um esforço para reduzir as consequências psicológicas decorrentes do albinismo é começar, desde a educação infantil, a explicar a essas crianças que a condição não as impede de ter uma boa vida social e participar de qualquer tipo de atividade.

“Assim como ocorre com qualquer deficiência, o albinismo não é amplamente discutido na sociedade, e a falta de conhecimento é o que gera preconceito. Muitas vezes, a desinformação impede a sociedade de lidar adequadamente com indivíduos albinos. Isso pode levar crianças a enfrentar dificuldades de relacionamento, pois seus colegas podem se afastar, resultando em danos psicológicos que necessitam de cuidados. O albinismo é um distúrbio genético que precisa ser compreendido e tratado com sensibilidade”, observou Natalie.

De acordo com a psicóloga, crenças e mitos associados à aparência dos albinos, assim como outras dificuldades, devem ter como foco o acolhimento. Ela ressaltou que nenhuma criança nasce preconceituosa e que isso vem da sociedade, por isso o ambiente escolar é propício para quebrar estigmas e transformar cidadãos, mostrando que o preconceito não tem nada de positivo.

“Nós, enquanto educadores, podemos trabalhar por meio de diversas atividades como rodas de conversa, pesquisas, bate-papos com as crianças que têm albinismo para entender quais as suas dificuldades e como se sentem no ambiente escolar. Essas propostas devem ser desenvolvidas de acordo com cada faixa etária e intenção de cada conteúdo, pois uma pauta pode abranger várias disciplinas”, complementou a educadora.

Cuidados

A falta de melanina diminui a proteção da pele e facilita a entrada de raios nocivos. Por isso, pessoas de todas as idades precisam se prevenir contra os danos causados pelo sol e pela luz ultravioleta. Para pessoas com essa condição os riscos de desenvolverem lesões, câncer e queimaduras solares é aumentado. Já nos olhos, além da fotossensibilidade, podem ter astigmatismo, hipermetropia e nistagmo, que é o movimento irregular dos olhos.

“Por isso, é recomendado o uso de protetor solar, igual ou maior que 50, e vestimentas com fator de proteção. Para os olhos, é fundamental o uso de óculos escuros para a saúde ocular. Esses são os principais desafios de saúde enfrentados pelos albinos – fora olhos, pele e cabelo, nenhum órgão é afetado”, esclareceu a dermatologista, clínica geral e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) Juliana Lewi, que também alerta para a necessidade de acompanhamento permanente do indivíduo por um profissional da área.

Além disso, Juliana destacou a importância das campanhas de conscientização do portador e de toda a sociedade, que, com as informações corretas, pode ter elementos para ser mais compreensiva e desenvolver a empatia. De acordo com a profissional, assim como os pais e as escolas, a comunidade médica também deve combater o estigma gerado em torno do assunto com a finalidade de promover uma maior inclusão dos indivíduos com albinismo.

“É necessário fazer campanhas na televisão, além de outros tipos de propaganda que expliquem a doença, já que a conscientização é fundamental para evitar o preconceito. E também divulgar mais o Dia Internacional de Conscientização do Albinismo, uma data muito importante para educar a população sobre as diferenças fenotípicas que existem e fazer as pessoas albinas se sentirem acolhidas por todos”, disse.

Edição: Nádia Franco/Agência Brasil

Prefeitura de Juazeiro inicia programa de cirurgias eletivas no Hospital Promatre de Juazeiro

A Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Saúde (Sesau) realizou mais um contrato para otimizar a demanda por cirurgias eletivas para a população do município. O segundo programa de cirurgias eletivas será realizado semanalmente para atender os pacientes que estão no aguardo desses procedimentos. São cirurgias a exemplo de hérnia e vesícula. No último sábado (08), foram realizadas as cirurgias na unidade hospitalar Promatre com o auxílio de profissionais disponibilizados pela Secretaria. Mais pacientes vão passar por cirurgia nesta quarta-feira (12).

O Hospital Promatre presta serviços à rede municipal de saúde e é referência cardiológica na Rede PEBA (Pernambuco-Bahia). Por meio de contrato de prestação de serviço, a atual gestão já realiza cirurgias eletivas em outra unidade hospitalar.

A prefeita Suzana Ramos enfatizou a importância desses programas para otimizar os atendimentos para esses pacientes. “Estou muito feliz com a implantação de mais esse serviço. Fiz reunião com os superintendentes e diretores dos serviços da Sesau e reforcei meu apoio para a gente entregar uma saúde cada vez mais eficiente. Na oportunidade, ouvi as demandas e fui informada sobre o início de mais um programa de cirurgias eletivas na unidade conveniada. É assim que a nossa gestão demonstra comprometimento com a população de Juazeiro, mesmo com a redução nos repasses, estamos entregando equipamentos reformados, mais serviço e mais saúde para o povo”, destacou a prefeita.

Cirurgias

A Prefeitura de Juazeiro tem realizado por meio de convênios e contratos com prestadores vários tipos de cirurgias eletivas, como as ginecológicas: histerectomia, miomectomia, laqueadura tubária, oforectomia, ninfoplastia, correção de fístula, perineoplastia; e gerais como hérnia, vesícula, pequenas cirurgias para a retirada de sinais.

Fluxo para agendamento de cirurgias

O fluxo para as marcações de cirurgias começa nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). O médico solicita exames e, constatando a necessidade de um procedimento, o paciente é encaminhado para um especialista.

Iana Lima – Ascom PMJ

Foto: Ascom / PMJ (Imagens ilustrativas)

Petrolina realiza Dia D de Vacinação contra a Paralisia Infantil com mais de mil doses aplicadas

Petrolina participou do Dia D da Vacinação contra a Poliomielite, no último sábado (8), registrando um importante avanço na proteção das crianças contra a doença. Mais de mil doses de vacinas do tipo VIP (Vacina Inativada Poliomielite) e VOP (Vacina Oral Poliomielite) foram administradas, totalizando 1.064 doses aplicadas. Esse esforço da Prefeitura Municipal significa mais crianças protegidas contra a poliomielite, uma doença que pode causar graves complicações.
A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença viral que pode levar à paralisia permanente, insuficiência respiratória e, em casos extremos, à morte. A vacina contra a poliomielite está prevista no calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) para todas as crianças menores de cinco anos, e é a única maneira eficaz de prevenir a disseminação do vírus, protegendo as crianças de suas consequências devastadoras. A Secretaria de Saúde tem sempre mostrado compromisso com a saúde pública ao realizar ações como essa, na qual disponibilizou 16 pontos de vacinação, abrangendo tanto a zona urbana quanto a rural. Entre os locais de vacinação, destacaram-se as Unidades Básicas de Saúde (UBS), além de um drive-thru na Avenida da Integração e um ponto no River Shopping.
Esse esforço faz parte de uma estratégia maior da gestão municipal para ampliar a cobertura vacinal das crianças na faixa etária prescrita para a vacinação contra a poliomielite. A mobilização e a ampla disponibilidade de pontos de vacinação são essenciais para garantir que o maior número possível de crianças do município receba a vacina, fazendo com que elas fiquem protegidas e contribuindo para a erradicação da doença. A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite segue até dia 14 de junho.
O sucesso do Dia D de Vacinação contra a Paralisia Infantil em Petrolina é um reflexo do empenho da administração municipal e da comunidade, trabalhando juntos para garantir um futuro saudável para todas as crianças. A prefeitura continua incentivando os pais a manterem o calendário de vacinação dos filhos em dia, reforçando que a prevenção é a melhor forma de combater a poliomielite, e que vacinas salvam vidas.