Prefeitura firma parceria para realização de ações no combate ao Aedes aegypti

Nessa quinta-feira (21), a Prefeitura de Petrolina, através da Secretaria de Saúde, e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) colocaram em prática uma ação que tem como objetivo conscientizar as pessoas para os casos crescentes de doenças ocasionados pelo mosquito Aedes aegypti. Durante as atividades, os agentes fiscalizadores abordavam os veículos e os Agentes de Combate às Endemias orientavam verbalmente sobre a importância de manter ambientes limpos e livres de água parada, os profissionais de saúde entregaram também panfletos com dicas e orientações.

Parada na blitz de conscientização, a promotora de vendas, Fabiana Pinto da Silva, ressalta a importância de massificar as informações para que as pessoas possam colaborar e não deixar que o mosquito se prolifere. “É algo extremamente importante, sem dúvidas. Falo com propriedade, pois eu e minha mãe já tivemos dengue e chikungunya e não gosto nem de lembrar do que passamos. Em minha casa temos o maior cuidado, não deixamos água parada, as garrafas são sempre guardadas com a boca para baixo, mas tudo precisa ser coletivo, todo mundo precisa fazer sua parte em casa. Sabemos que o mosquito só nasce se tiver água parada, então fazer uma limpeza em casa e observar as vasilhas é muito importante”, destacou a promotora de vendas.

Cerca de 80% dos focos do mosquito são encontrados nos domicílios, e com uma vistoria de 10 minutos por semana, a população pode auxiliar para que Petrolina não tenha surto de doenças como Dengue, Zika e Chikungunya. No boletim epidemiológico da última segunda-feira (18), Petrolina tem 853 notificações para dengue, destes, quatro casos confirmados e 123 descartados. Para Chikungunya os números indicam 103 notificações, 19 descartados e nenhum caso confirmado. Para Zika, são 16 notificações, dois casos descartados e nenhuma confirmação.

Mulheres vítimas de violência encontram acolhimento no HU-Univasf e na Rede Ebserh

Marcas no corpo, na mente, na alma. Muitas não são vistas a olho nu, mas trazem uma dor que, por vezes, parece não sarar. A violência contra a mulher atinge vítimas de todas as classes sociais, etnias, religiões e culturas, quer seja praticada por desconhecidos ou por pessoas próximas, como familiares. A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que gerencia 41 hospitais universitários, prioriza o acolhimento e a assistência a esse público. Por isso, nesta matéria da série de reportagens especiais “Ebserh das Mulheres”, você vai conhecer alguns dos serviços, 100% SUS, voltados para as vítimas da violência.
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Só em 2023, foram registrados 3.181 casos desse tipo violência no Brasil. É como se, a cada três horas, uma mulher sofresse com crimes como agressões, torturas, ameaças e ofensas, assédio ou feminicídio. O número representa um aumento de 22% em relação a 2022. Os dados são do boletim ‘Elas Vivem: Liberdade de Ser e Viver’, da Rede de Observatórios da Segurança.

Essas mulheres, que muitas vezes sofrem em silêncio, carregam sérias consequências do abuso, como depressão, ansiedade, Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), gravidez indesejada e aborto inseguro. Por isso, e para que elas possam conseguir superar os desafios após o ocorrido, é necessário contar com serviços capazes de dar o suporte psicológico e físico.

Uma forma de acolher

Com o intuito de oferecer um atendimento especializado às vítimas de violência sexual no sul do estado do Rio Grande do Sul, foi criado em 2019 o serviço “Acolher”, referência para atenção integral às mulheres e adolescentes, do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr., da Universidade Federal do Rio Grande (HU-Furg).

A assistência, que é oferecida durante as 24h em regime de pronto atendimento, acolhe emergencialmente vítimas de violência sexual, oferta profilaxias para gestação e ISTs, realiza acompanhamento ambulatorial integral através de equipe multiprofissional (ginecologista, enfermeira, psicóloga e assistente social) e procedimento de interrupção da gestação, após criteriosa avaliação e acompanhamento da equipe multiprofissional, nos casos previstos em lei.

“Antes do serviço estar atuante, a vítima de violência sexual passava por vários setores da instituição e tinha que contar várias vezes a história de violência sofrida. Cada vez que a vítima tem que falar sobre o ocorrido ela recorda, ela sofre, então, com o Acolher, nós centralizamos o atendimento em um único local, com o acolhimento necessário”, enfatiza a chefe da Unidade da Mulher do HU-Furg, Tânia Fonseca.

Na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (Meac-UFC/Ebserh), em Fortaleza, 671 mulheres vítimas de violência sexual foram atendidas de 2010 a 2023. O Programa “Superando Barreiras”, iniciativa multidisciplinar da Meac específica para esses casos, inspirou e capacitou profissionais de outras instituições de apoio à mulher no Ceará. Você pode conhecer mais sobre o “Superando Barreiras”, assistindo a esse vídeo.

O Núcleo de Atenção Integral a Vítimas de Agressão Sexual (Nuavidas), do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), presta atenção integral multiprofissional com equipe de médicos, psicólogas, assistentes sociais e, se necessário, consultoria jurídica, para pessoas em situação de violência sexual. No local, a vítima é acolhida sem julgamentos, recebe medicações para prevenção de doenças e de gravidez resultante da violência sofrida. O pronto socorro está preparado para fazer esse atendimento 24 horas por dia, sete dias por semana. Além disso, o próprio serviço de saúde pode fazer a coleta de possíveis vestígios do crime sofrido, não sendo necessário que essa coleta seja feita no posto Médico Legal ou no IML da Polícia Civil.

Atendimento humanizado

O Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes, da Universidade Federal do Espírito Santo (Hucam-Ufes), conta , há 25 anos, com o Programa de Atendimento à Vítima de Violência Sexual (Pavivis), um projeto de extensão que oferece acompanhamento médico e exames periódicos. A equipe, que é composta por médica ginecologista, assistente social, enfermeira, psicóloga, estagiários, voluntários e extensionistas, recebe as pessoas por demanda espontânea, mas também faz atendimentos agendados.

Segundo Chiara Musso, ginecologista do Hucam, além do serviço realizado de segunda a sexta-feira, existe a demanda por urgência no plantão da Maternidade, em que a paciente recebe a profilaxia para evitar a gravidez e doenças sexualmente transmissíveis.

Procedimentos operacionais para vítimas de violência

Embora não seja referência para atenção à saúde da mulher, mas sim para trauma, o Hu-Univasf, em Petrolina (PE), atende mulheres vítimas de agressão. De acordo com a chefe da Unidade Multiprofissional do hospital, Rebeca Lacerda, quando são identificados casos de violência contra a mulher são seguidos os protocolos institucionais elaborados por estas equipes visando o acolhimento dessa paciente e demais intervenções e encaminhamentos.

Dessa forma, o protocolo de atendimento a mulheres vítimas de violência é conduzido pelo Serviço Social, em articulação com a equipe de Psicologia. “Além do atendimento médico e da necessidade do cuidado à demanda clínica, é preciso compreender que, algumas vezes, essa mulher só terá o momento do internamento para receber o apoio psicológico de que necessita, bem como orientações sociais, que incluem desde encaminhamentos para os centros de referência e à Delegacia da Mulher até a solicitação de medidas protetivas e abrigamento”, destaca Rebeca.

As orientações e articulações sociais, buscam garantir a sua segurança e de seus familiares, bem como a continuidade da assistência psicossocial. “Todos esses procedimentos estão pactuados nos nossos POPs (procedimentos operacionais padrão) e isso garante a padronização das condutas das equipes, independente do profissional que esteja no plantão, evitando, assim, o prejuízo na assistência”, enfatiza Rebeca.

Além disso, o hospital está elaborando um outro documento multiprofissional de atendimento à mulher vítima de violência, com o objetivo de envolver outras áreas que são fundamentais na assistência, como as equipes médicas, de Enfermagem, Farmácia, Vigilância em Saúde, entre outros.

Fomento de políticas públicas femininas 

Já o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG) cuida da saúde mental de mulheres dentro do serviço de Psiquiatria há mais de 20 anos. Conta com três ambulatórios que atendem à saúde mental de mulheres, gestantes e puérperas com algum tipo de sofrimento mental e outro que faz o acolhimento e tratamento de famílias incestuosas.

O HC-UFMG é referência no atendimento de vítimas de violência sexual e, através desses ambulatórios, atua na prevenção e tratamento de patologias como transtorno do estresse pós-traumático e depressão associados a casos de violência contra as mulheres. As mulheres vítimas ou não de violência sexual, são avaliadas com abordagem gênero específica de seu sofrimento mental, sendo avaliados e acompanhados também os casos de necessidade de interrupção legal da gestação.

A equipe ambulatorial inclui, além dos psiquiatras preceptores, os médicos residentes do segundo e do terceiro anos de Psiquiatria, de Ginecologia e Obstetrícia do próprio HC UFMG e de convênio com o Hospital Maternidade Sophia Feldman. Também residentes em Enfermagem, todos sob supervisão, atuam em conjunto recebendo o suporte da assistente social da unidade.

O serviço, que presta acolhimento psicológico e farmacológico, quando necessário, recebe encaminhamentos médicos internos e de outras unidades do SUS, além disso, dá prioridade para as mulheres vítimas de violência sexual, sem a necessidade de marcação (porta aberta).

Encontra-se em evolução inicial no Serviço um projeto colaborativo com o departamento de Psicologia Social para, através de grupos de acolhimento, serem trabalhadas de forma coletiva as questões relacionadas especificamente ao gênero e à violência. Por meio de grupos de discussão de interesse específico (SIG na Rede RUTE), a equipe troca dados e experiência com diversas instituições do país, como a Fiocruz, Unifesp, UFPE e UFPR para o fomento de políticas públicas femininas. A médica Gislene Cristina Valadares, psiquiatra no HC-UFMG, destaca a importância de iniciativas como essa. “Tenho o sonho de que esse tipo de serviço se espalhe para todos demais hospitais da Rede Ebserh e outras unidades de saúde do SUS para atender essa população feminina do nosso país que é tão sofrida”, enfatiza.

São serviços como esses citados e proporcionados nos hospitais da rede Ebserh que auxiliam as mulheres, contribuem para amenizar a dor e assistem as vítimas desse tipo de violência.

Sobre a Ebserh

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Hospital Dom Malan em Petrolina reforça equipe de pronto socorro infantil por causa do aumento de doenças respiratórias

A vendedora Lara Rodrigues, de 29 anos, está há três dias com a filha Luna, de 3 anos, internada no Pronto Socorro Infantil do Hospital Dom Malan, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. “Ela nunca tinha tido cansaço respiratório. Começou com tosse, febre e a respiração foi ficando ofegante. Precisei vir para a urgência no sábado e quando fizeram o raio x aqui no hospital, viram que ela está com pneumonia e foi logo recebendo oxigênio, ” contou a mãe de Luna.

Também atendida no Pronto Socorro, está Ágata Vitória, de 1 ano e dois meses. A mãe, Andreza Evangelista, 19 anos, conta que a filha começou a apresentar sintomas de gripe. “ Ela começou com uma coriza, depois veio tosse, cansaço respiratório e eu trouxe para o Hospital Dom Malan.”

As maiores queixas das crianças são cansaço, coriza, tosse, além de vômito e diarreia.  O número de atendimento começou a ser observado já nos dois primeiros meses do ano. Foram mais de 2.400 atendimentos registrados em fevereiro. 500 a mais que o mês anterior, de acordo com a Coordenação Médica da Emergência Pediátrica do Hospital Dom Malan Ismep.

“O Hospital Dom Malan, já prevendo esse aumento significativo no número de atendimentos, ampliou a nossa escala de profissionais com a contratação de um médico pediatra, mais um enfermeiro, um fisioterapeuta e dois técnicos de enfermagem por plantão, ” explicou a diretora geral do HDM Ismep, Ana Carolina Lemos.

O movimento no Hospital Dom Malan se intensifica aos finais de semana porque as unidades básicas de saúde estão fechadas. A direção do HDM Ismep chamou a Secretaria Municipal de Saúde para a elaboração de estratégias de forma a programar ações para enfrentar a sazonalidade das doenças respiratórias. “O que sugerimos ao Município foi a abertura de um ambulatório de baixa complexidade, que seja próximo ao hospital, considerando que estamos com a superpopulação por causa dessas doenças do trato respiratório, para que o HDM Ismep, dentro da sua missão, atenda os pacientes de classificação vermelha e amarela, os que requerem maiores cuidados, e o que atendimento mais simples, na classificação verde, seja feito por esse ambulatório. Estamos aguardando que seja o mais rápido possível, ” ressaltou Ana Carolina Lemos.

Síndromes Respiratórias

A médica pediatra e Coordenadora Médica da Emergência Pediátrica do Hospital Dom Malan Ismep, Maria Cláudia Ralino, explica que as crianças apresentam sintomas gripais. Essa sazonalidade é bem reconhecida nas unidades de saúde e se inicia mais precocemente na região nordeste do país, no mês de fevereiro, se estendendo até meados de julho.  “A Síndrome Respiratória Aguda Grave afeta principalmente crianças. Entre os vírus identificados, há predomínio dos vírus Influenza A e B e do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), ocasionando infecções das vias aéreas que atingem diretamente as crianças, demandando uma grande procura por serviços de saúde e atendimentos pediátricos, com alto índice de internamento. O Vírus Sincicial Respiratório é o principal agente causador de infecção do trato respiratório inferior de crianças nos primeiros anos de vida, ” destaca a pediatra.

Prevenção

A prevenção é a melhor estratégia contra o vírus sincicial respiratório. Algumas ações comuns para evitar gripes e resfriados ajudam a prevenir a infecção: Lavar as mãos com frequência, principalmente antes de “tocar” no bebê; usar álcool gel sempre que possível; evitar contato do bebê com pessoas que apresentam sintomas de gripe, como coriza e tosse; manter objetos limpos; evitar ambientes fechados; evitar proximidade com fumaça de cigarro; manter o calendário vacinal atualizado.

Por: Assessoria de Comunicação do Hospital Dom Malan – ISMEP

Campanha de vacinação contra a Influenza começa segunda-feira em Petrolina

A Prefeitura de Petrolina, através da Secretaria de Saúde, irá iniciar na segunda-feira (18), a 26ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. O imunizante previne contra três tipos da doença, H1N1, H3N2 e Influenza B, estará disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde do município, na zona urbana das 8h às 17h e na zona rural das 8h às 13h. Para tomar a vacina é necessário apresentar documento oficial com foto, cartão de vacina e cartão SUS ou CPF.

O público-alvo da campanha são crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, professores do ensino básico e superior, pessoas com 60 anos ou mais, profissionais das forças de segurança e salvamento, pessoas com doenças crônicas não-transmissíveis e outras condições clínicas especiais, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário para passageiros urbanos e de longo curso, trabalhadores portuários, profissionais do sistema prisional, socioeducativo, população carcerária e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas.

Documentos extras para os públicos contemplados na Campanha:

No caso das crianças que não possuem RG, os pais podem apresentar a Certidão de Nascimento. Para os trabalhares da saúde, professores, profissionais das forças de segurança, salvamento, caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário é necessário apresentar também um vínculo empregatício. Já para as pessoas que possuem comorbidades, deve-se levar um documento que comprove a patologia.

Hospital Dom Malan em Petrolina registra mais de 520 partos e quase 22 exames somente em fevereiro

O Hospital Dom Malan em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, tem a maior maternidade da região, atendendo mulheres em gravidez de alto risco de 53 municípios que fazem parte da Rede PEBA (Hospitais de Pernambuco e Bahia, conveniados ao Sistema Único de Saúde –SUS). A unidade também é referência na região do Submédio São Francisco para atendimento infantil.

No mês de fevereiro, o HDM administrado pelo Instituto Social Medianeiras da Paz (Ismep), registrou 523 partos realizados na unidade de saúde.  Em janeiro foram feitos 544 partos.

Na urgência obstétrica 3.412 mulheres foram atendidas. Na urgência pediátrica o atendimento do mês chegou a 2.218.

Em fevereiro foram realizadas 542 cirurgias, entre eletivas e de urgência. Em janeiro, esse número foi de 326 cirurgias. Um aumento de 66% no período, comparado ao mês anterior.  Foram quase 22 mil exames de laboratório e de imagens feitos no período de 29 dias. Além da urgência e emergência, o HDM registrou 1.532 consultas de ambulatório, envolvendo várias especialidades, a exemplo de endocrinologia, dermatologia, psiquiatria, ambas para a pediatria.

Por: Assessoria de Comunicação do Hospital Dom Malan Ismep

Relatório divulgado pela Anvisa aponta que 28% dos alimentos industrializados têm sódio em excesso

Foto: Tania Rego/Agência Brasil

Relatório divulgado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aponta que 28% dos produtos industrializados monitorados por autoridades brasileiras em 2020 e 2021 não atingiram as metas estabelecidas para redução de sódio. De acordo com a Anvisa, as categorias classificadas como críticas são biscoito salgado, bolos prontos sem recheio, hambúrgueres, misturas para bolo aerado, mortadela conservada em refrigeração, pães de forma, queijo muçarela e requeijão.O relatório cita, entretanto, “alentador progresso” observado em algumas categorias, como o caso de biscoitos doces tipo maria e maisena, indicando “uma tendência positiva”. “Ao ponderarmos sobre a oscilação nas amostras de batatas fritas e palhas industrializadas e a conformidade consistente dos cereais matinais, torna-se evidente que diferentes categorias demandam abordagens específicas”, pontuou a Anvisa.

Já a análise das categorias caldos em pó e em cubo, temperos em pasta, temperos para arroz e demais temperos, segundo o relatório, aponta dificuldades e avanços no monitoramento do teor de sódio em alimentos industrializados, com algumas categorias mantendo a conformidade e outras exigindo esforços adicionais.

“No cenário mais amplo, identificamos tanto progressos quanto desafios persistentes na redução do teor de sódio em alimentos industrializados. A análise abrangente do panorama brasileiro revela que o país enfrenta obstáculos significativos para atingir as metas regionais estabelecidas na diminuição do consumo de sódio, apresentando a menor adesão em comparação com outros países da América Latina e do Caribe.”

“Isso sublinha a urgência de reavaliar e aprimorar as estratégias atualmente em vigor. A colaboração contínua entre órgãos reguladores, a indústria alimentícia e a sociedade civil permanece fundamental para atingir as metas preestabelecidas e incentivar hábitos alimentares mais saudáveis”, destacou a agência.

O monitoramento se pautou na determinação do teor de sódio de amostras de produtos industrializados coletados em estabelecimentos comerciais e agrupadas conforme categorias pactuadas em acordos estabelecidos entre o Ministério da Saúde e o setor regulado.

A coleta e análise das amostras ocorreram de janeiro de 2020 a dezembro de 2021. Nesse processo, um fiscal da vigilância sanitária estadual foi responsável pela coleta em locais estratégicos, como mercados e estabelecimentos de venda de alimentos industrializados, seguindo um plano amostral nacional.

As amostras foram enviadas aos laboratórios centrais de Saúde Pública (Lacen) e ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), onde foram realizadas análises de sódio conforme metodologias oficiais, além da verificação da rotulagem.

Açúcar

A Anvisa divulgou ainda uma análise detalhada do monitoramento do teor de açúcares em alimentos industrializados no ano de 2021. Entre as 11 categorias avaliadas, constatou-se que 81,8% exibiram um teor médio de açúcares dentro dos limites definidos. As duas categorias que não atingiram as metas estabelecidas foram biscoitos doces sem recheio e biscoitos tipo wafers.

De acordo com o relatório, categorias como refrigerantes, néctares e refrescos estão em conformidade com os padrões estabelecidos, sugerindo uma tendência positiva no setor. Além disso, as categorias biscoitos maria e maisena e biscoitos recheados apresentaram 100% de conformidade com os limites estabelecidos para o teor de açúcares, destacando “uma aderência satisfatória por parte dos fabricantes”.

“No entanto, é crucial destacar que o segmento de biscoitos da indústria alimentícia ainda carece de melhorias significativas, uma vez que biscoitos sem recheio e do tipo wafer excederam os limites estabelecidos para teor de açúcares, indicando um menor nível de adesão às diretrizes regulatórias em comparação com outras categorias analisadas.”

“É fundamental reforçar a importância de políticas públicas eficazes voltadas para a redução do consumo de açúcares e a promoção de uma alimentação saudável. A implementação de estratégias educativas e de conscientização, aliada à regulamentação e fiscalização, desempenha um papel crucial na proteção da saúde da população e na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis”, concluiu a Anvisa.

O monitoramento baseou-se na quantificação dos níveis de açúcares presentes em amostras de alimentos coletados em estabelecimentos comerciais e categorizados conforme acordo voluntário estabelecido entre o Ministério da Saúde e o setor regulado. Os resultados das análises foram documentados no Sistema de Gerenciamento de Amostras Laboratoriais.

A condução desse processo foi realizada de forma colaborativa pela Anvisa e vigilâncias sanitárias estaduais, municipais e do Distrito Federal. No período compreendido entre janeiro e dezembro de 2021, foram conduzidas atividades de coleta e análise de amostras alimentares em conformidade com um plano amostral nacional preestabelecido. As amostras obtidas foram posteriormente encaminhadas aos laboratórios oficiais de saúde pública.

Edição: Juliana Andrade/Agência Brasil

Embalagens plásticas tem mais substâncias químicas perigosas à saúde do que se pensava

Foto: Marcelo Casal

Pelo menos 3 mil substâncias químicas a mais estão presentes nos plásticos – de embalagens de alimentos a brinquedos e dispositivos médicos – do que o estimado anteriormente pelas agências ambientais, segundo relatório publicado nesta quinta-feira (14), levantando questões sobre poluição e segurança do consumidor.Embora o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) tenha identificado anteriormente cerca de 13 mil substâncias químicas em plásticos, o relatório de uma equipe de cientistas europeus encontrou mais de 16 mil substâncias químicas em plásticos, um quarto das quais é considerado perigoso para a saúde humana e o meio ambiente.

O relatório, financiado pelo Conselho Norueguês de Pesquisa, é divulgado no momento em que negociadores governamentais buscam elaborar o primeiro tratado do mundo para combater a crescente poluição plástica, já que cerca de 400 milhões de toneladas de resíduos plásticos são produzidos todos os anos.

“Para solucionar de forma robusta a poluição plástica, é preciso analisar o ciclo de vida completo dos plásticos e abordar a questão das substâncias químicas”, disse a coautora do relatório Jane Muncke, diretora administrativa do Food Packaging Forum, organização suíça sem fins lucrativos.

Isso porque as substâncias químicas plásticas podem contaminar a água e os alimentos.

“Estamos encontrando centenas, se não milhares, de substâncias químicas plásticas nas pessoas e algumas delas têm sido associadas a resultados adversos à saúde”, disse Muncke.

Esses impactos incluem problemas de fertilidade e doenças cardiovasculares.

“Quando analisamos os produtos que usamos diariamente, geralmente encontramos centenas, se não milhares, de substâncias químicas em um produto plástico individual”, afirmou o autor principal Martin Wagner, toxicologista ambiental da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia.

Embora o setor de plásticos afirme que qualquer tratado global deveria promover a reciclagem e a reutilização de plásticos, o fato de abordar apenas os resíduos plásticos não é suficiente para proteger as pessoas, disseram os autores do relatório.

Os cientistas apontaram a necessidade de maior transparência sobre quais substâncias químicas estão sendo usadas em plásticos – incluindo produtos reciclados.

Um quarto das substâncias químicas identificadas carece de informações sobre sua identidade química básica, segundo o relatório.

“No centro do problema está a complexidade química dos plásticos”, disse Wagner, que também faz parte da diretoria da Coalizão de Cientistas para um Tratado de Plásticos Eficaz.

“Muitas vezes, os produtores não sabem realmente que tipo de substâncias químicas contêm os seus produtos e isso provém de cadeias de valor muito complexas.”

Governo define grupo sobre uso indevido de telas por crianças

"As telas de tablets e smartphones são encaradas constantemente por crianças e adultos. (Foto: Bigstock)

Os riscos do uso indevido e abusivo de dispositivos eletrônicos por crianças e adolescentes serão tema central de grupo de trabalho (GT) instituído pelo governo federal. Portaria publicada nesta quinta-feira (14), no Diário Oficial da União, designa membros de sete ministérios e 19 representantes da sociedade civil, academia e entidades de reconhecida atuação no assunto.O objetivo é que o trabalho resulte na produção de um guia para uso consciente de telas, com orientações para familiares, cuidadores e educadores, além de servir de base para políticas públicas nas áreas de saúde, educação, assistência social e proteção do público mais vulnerável.

A iniciativa é da Secretaria de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. Segundo a pasta, entre 2019 e 2022, houve crescimento de 64% nas taxas de lesões autoprovocadas intencionalmente por crianças e adolescentes, em situações como tentativas de suicídio, por exemplo. O dado está relacionado ao uso de telas conectadas à internet por esse público.

A instalação do GT era aguardada por especialistas. “É uma medida importante e urgente, um esforço multidisciplinar e multissetorial que visa a entender demandas e propor caminhos para um uso consciente de telas que precisa envolver Estado, família e toda a sociedade, incluindo empresas, conforme nossa Constituição Federal, no Artigo 227”, destaca Maria Mello, coordenadora do Programa Criança e Consumo do Instituto Alana, entidade de histórica atuação nos direitos da infância e que fará parte do grupo.

A interação de crianças com as telas ocorre cada vez mais cedo e de forma ampla. Cerca de um terço dos usuários da internet no mundo é de crianças de adolescentes, segundo dados da pesquisa TIC Kids online, produzida pelo Comitê Gestor da Internet (CGO.br). Ao todo, 95% das crianças e adolescentes de nove a 17 anos acessaram a internet em 2023. Nas classes AB, 93% acessaram a internet mais de uma vez por dia, nas classes D e E esse percentual caiu para 71%, sendo que a média foi de 83%. Em 2023, 24% dos entrevistados relataram ter começado a se conectar à internet desde o período da primeira infância, ou seja, antes dos seis anos. Em 2015, essa proporção era de 11%. Entre as crianças de nove a 10 anos, 68% disseram ter perfis em redes sociais.

“Importante destacar as oportunidades de aprendizado e entretenimento e acesso a direitos fundamentais dessa presença de crianças e adolescentes no ambiente digital, mas também os riscos de exploração, exposição e acesso a conteúdos inapropriados, presentes sobretudo nos produtos e serviços regidos por modelos de negócios baseados na lógica da economia da atenção, que desempenham papel central nesta dinâmica de ampliação de riscos. Quanto mais tempo as pessoas passam em determinadas plataformas, mais intensamente são submetidas à publicidade e à coleta de seus dados e explorações variadas, assim como mais suscetíveis estarão a estratégias que visam a influenciar e alterar suas preferências e visões de mundo”, diz Maria Mello. O debate, argumenta a especialista, “é menos sobre as telas em si e mais sobre produtos e serviços que não são pensados para promover direitos de crianças e adolescentes, desde sua concepção”.

Múltiplos danos

O pediatra e sanitarista Daniel Becker, um dos integrantes do GT, enumera uma série de prejuízos causados pelo uso prolongado e inadequado desses dispositivos. “Não há mais dúvida nenhuma, na sociedade e na ciência, sobre os danos múltiplos e multidimensionais que o mau uso e o excesso de telas estão causando na infância e adolescência”, afirma. Os prejuízos, segundo o médico, vão desde os físicos, como a prevalência de hábitos sedentários, o desenvolvimento de distúrbios visuais como miopia, e alterações no sono, até comprometimentos cognitivos e emocionais, como a falta de atenção e o pouco desenvolvimento de habilidades interpessoais. A situação é especialmente mais preocupante quando o contato com a telas ocorre em crianças muito pequenas, com até 2 anos de idade.

“Nos pequenos, já está mais do que comprovado. Há estudo com 7 mil crianças mostrando que o uso de telas, em menores de um ou dois anos, leva prejuízos ao desenvolvimento motor, cognitivo e emocional, mais tarde nessa criança mais velha”, diz o especialista. São distúrbios de aprendizado e de atenção, por exemplo. A arquitetura que privilegia vídeos curtos, comuns às redes sociais, fragmenta a capacidade de concentração das crianças. “Ela vai perdendo a habilidade fundamental da leitura, não consegue fixar a atenção numa fala que dure um pouco mais de tempo porque passa a estar acostumada com a hiper estimulação dos vídeos curtos e dessa troca de conteúdo muito rápida”, detalha Becker.

Em termos sociais, outro risco das telas apontado por Daniel Becker tem a ver com o contato de crianças e adolescentes com conteúdo e ideologias extremistas, que pregam violência e preconceito, como machismo, misoginia, racismo, nazismo e similares. Ou mesmo a vulnerabilidade a ações de criminosos, com riscos de exposição à pedofilia, prática de assédio e cyberbullying. Nesse sentido, defende o médico, é preciso que o governo e o Congresso Nacional avancem na aprovação de uma lei sobre liberdade, responsabilidade e transparência das plataformas de internet e redes sociais.

Fonte: Agência Brasil

A potencia da Cannabis Medicinal do Sertão do Vale do São Francisco

A cannabis possui uma rica trajetória ao longo de milênios, inicialmente empregada com propósitos cerimoniais e medicinais. Posteriormente, devido aos seus efeitos psicoativos, foi proibida em diversos países. Contudo, recentemente, observa-se uma crescente aceitação da cannabis como uma substância medicinal confiável e segura. Diversos estudos comprovam isso e já é uma realidade o tratamento para milhares de pessoas pelo Brasil.

Porém, o acesso à cannabis medicinal ainda é dificultoso em várias regiões do nosso país,  refletindo as desigualdades socioeconômicas de um país de tamanho continental, com umaclara concentração nas capitais em comparação com áreas rurais e do interior.

Essa disparidade é alimentada pela escassez de associações médicas especializadas no interior, onde a oferta de serviços de saúde é mais limitada. Como resultado, muitos pacientes enfrentam desafios significativos para obterem acesso a tratamentos à base de cannabis, sendo obrigados a viajar longas distâncias ou recorrer a alternativas menos seguras e eficazes.

A elitização desse tipo de tratamento, concentrado em áreas urbanas e de maior desenvolvimento, evidência a necessidade urgente de expandir os recursos médicos e as redes de apoio a pacientes em regiões menos favorecidas.

O Vale do São Francisco, região que margeia o Rio São Francisco, desempenha um papel crucial na compreensão mais profunda dos benefícios terapêuticos dessa planta. As pesquisas feitas por cientistas da UNIVASF, Universidade Federal do Vale do São Francisco, mostram a eficácia não só das partes aéreas, mas também das raízes. Esses estudos têm o potencial de expandir ainda mais o espectro de aplicações terapêuticas, impactando positivamente a saúde pública e a ciência, que durante muitos anos estudou apenas a molécula CBD, o famoso canabidiol.

Com o propósito de democratizar esse acesso, chega a AMO Associação de Cânhamo e Cannabis Medicinal, a primeira associação de cannabis medicinal no sertão, localizada no Vale do São Francisco na região de Juazeiro-BA e Petrolina-PE, representa um marco histórico, ferecendo um avanço significativo tanto no âmbito da saúde e de pesquisa, quanto no econômico.

Ao proporcionar acesso facilitado a tratamentos eficazes para diversas condições médicas, essa iniciativa não apenas atende às necessidades dos pacientes locais, mas também desencadeia um potencial transformador para a região, mostrando o avanço da pauta, em uma região que possui muito potencial econômico para o cultivo da planta, para a produção do medicamento e produção de outros fármacos, porém marcado pelo preconceito. Além disso, o cultivo da cannabis medicinal em um ambiente caracterizado por um clima ensolarado, estável e de recursos favoráveis, com a irrigação do Rio São Francisco, promete abrir novas perspectivas econômicas, gerando empregos, promovendo o desenvolvimento de cadeias produtivas, atraindo investimentos e ainda mais pesquisas para a área.

Essa sinergia entre a saúde e o desenvolvimento econômico posiciona o sertão do Nordeste como o lugar ideal para o pioneirismo desse setor em expansão, com potencial para impulsionar tanto o bem-estar dos pacientes quanto o crescimento sustentável da região.

Inserida no bioma da caatinga, considerado um dos melhores biomas nacionais para o cultivo da cannabis, a AMO se compromete não apenas com pesquisas científicas de ponta na área medicinal, mas também com estudos específicos de tropicalização de sementes.

Esses estudos visam adaptar diversas variedades de cannabis medicinal e industrial a estebioma singular.

Dra. Kiara Cardoso, doutora em farmacologia pela UNICAMP, especialista em ESG por Cambridge e fundadora da AMO, ressalta que os perfis mais atendidos pela associação, são pacientes com: dor crônica, epilepsia, autismo, ansiedade, parkinson, alzheimer e câncer. Kiara é também pioneira na condução de estudos científicos para a adaptação de diversas variedades de sementes para cultivo na mesma região, e auxilia ativamente no cenário do uso medicinal da cannabis no país.

A AMO tem a missão fundamental de trazer o cânhamo e a cannabis medicinal para o Vale do São Francisco, respeitando e entendendo as demandas da população local, do meio ambiente e da saúde pública, comprometida com a facilitação do acesso aos tratamentos.

A sigla AMO é parte da palavra cânhAMO, mas além disso, reflete o amor de toda a equipe desse time, nesse propósito.

A associação abre novos caminhos tanto para os pacientes quanto para a história da cannabis no Brasil e também para a pesquisa e desenvolvimento do cânhamo no seminário.

Manuella Tyler Medrado é comunicadora, estuda biopolítica na UNIVASF, graduanda em Odontologia – UNIBRAS e desenvolve projetos que promovem os direitos humanos na sociedade, através da ONG Transcender Social e do projeto Salve a Ilha do Fogo, já enfrentou um câncer e faz uso do óleo de cannabis medicinal.

Edição: Manuella Tyler

Prefeitura disponibiliza WhatsApp do Informa para denúncias de focos do mosquito Aedes aegypti em Petrolina

Com o período chuvoso, intercalado com altas temperaturas característica do verão, criou-se um ambiente propício para eclosão do mosquito Aedes aegypti. Dessa forma, a Prefeitura de Petrolina, através da Secretaria de Saúde, disponibilizou o WhatsApp 87 98124-4955 como canal direto para denúncias de foco do mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya. Ao salvar o contato, é necessário fazer um cadastro para que as mensagens possam ser enviadas e a população tenha retorno com agilidade sobre as demandas.

Através do número, é possível enviar fotos, vídeos, endereço e até localização dos pontos com possíveis focos. Esse contato será imediato com os Agentes de Combate às Endemias, assim eles vão poder ir até os locais para verificar a demanda. A Secretaria de Saúde reforça que o mosquito Aedes aegypti deposita seus ovos em ambientes que possuem paredes, elas servem de aporte para a fixação dos ovos. Geralmente são locais como garrafas, tampas de garrafas , copos, baldes, vasos de plantas , pneus, entre outros objetos.

Prefeitura no combate as dengue

As ações de cuidado para que não haja um surto de dengue na cidade seguem sendo intensificadas. Mais de 150 Agentes de Combate às Endemias estão visitando os domicílios  e orientando a população. São realizadas visitas nos imóveis, vistorias em áreas abertas, aplicação de inseticida e uso de bloqueio em áreas com casos suspeitos.