O câncer chegou em silêncio e sem dor aos 29 anos,”  disse a palestrante na abertura do Outubro Rosa no Hospital Dom Malan ISMEP em Petrolina

O Hospital Dom Malan ISMEP em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, começou nesta segunda-feira (02), a programação de ações do Outubro Rosa. O mês dedicado à prevenção do câncer de mama é uma campanha que tem como objetivo divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença.

A primeira palestra realizada para os profissionais da unidade, orientou o autoexame, importante para o diagnóstico precoce. “Nós vamos falar também sobre o que acontece depois do diagnóstico do câncer de mama e sobre os cuidados dos profissionais de saúde com as lesões cancerígenas das pacientes. Outra abordagem é sobre como orientar as pacientes sobre o autoexame, por exemplo de mulheres que não menstruam, quando fazer, como fazer, ” destacou a coordenadora de enfermagem, Djenane Cristovam.

A professora e bióloga Tamires Gonçalves, de 33 anos, foi diagnosticada com câncer de mama aos 29. “O câncer veio em silêncio. O incômodo de dor veio na mama que o caroço não era maligno. Onde doía não tinha câncer. Onde não havia dor, ele estava lá. O tratamento foi dolorido, mas eu tive uma boa rede de apoio com amigos e familiares.

Na palestra para os profissionais do HDM ISMEP, Tamires ressaltou como paciente oncológica a experiência da relação com os profissionais de saúde.  “Na primeira médica não senti nenhum apoio. Parecia que tudo era, se tiver dinheiro, te livro da doença. O segundo médico me tratou de forma mais humanizada e isso contou muito. Foi importante em tudo,” destacou.

Câncer de mama

O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos.  No Brasil, a doença ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres, com taxa de mortalidade ajustada por idade, pela população mundial, em 2021, de 11,71/100 mil (18.139 óbitos). As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Para o Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.

Outubro Rosa

A campanha do Outubro Rosa é o movimento internacional de conscientização para a detecção precoce do câncer de mama, Outubro Rosa, foi criado no início da década de 1990, quando o símbolo da prevenção ao câncer de mama — o laço cor-de-rosa — foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure é distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA) e, desde então, promovida anualmente.

O período é celebrado no Brasil e no exterior com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre o câncer de mama, a fim de contribuir para a redução da incidência e da mortalidade pela doença.

Por: Assessoria de Comunicação do Hospital Dom Malan Ismep

Vacinas também ajudam a conter surgimento de bactérias resistentes

A automedicação e a prescrição incorreta de antibióticos estão entre as maiores preocupações das autoridades de saúde, que temem que esses problemas continuem a selecionar cada vez mais bactérias resistentes a esses medicamentos, inviabilizando ou encarecendo tratamentos. Nesse contexto, bloquear a transmissão de bactérias, prevenir as infecções e reduzir o uso de antibióticos está entre as vantagens que as vacinas trouxeram para a saúde pública.A diretoria da Sociedade Brasileira de Imunizações Flávia Bravo explica que esse é um papel fundamental de vacinas como a pneumocócica, que previne contra a bactéria Streptococcus pneumoniae.

Flávia Bravo destaca papel das vacinas na contenção de bactérias – Divulgação/SBIm
“A bactéria até consegue invadir, mas o corpo passa a ter o arsenal para atacar antes que ela cause qualquer estrago. Se você não for vacinado, ela vai fazer um estrago, pequeno, médio ou grande. E como você trata? Com antibiótico. Se você começa a tratar inadequadamente, com doses menores ou toma certo e uma bactéria consegue escapar desse antibiótico, estou criando bactérias resistentes. O uso de antibióticos vai treinando e selecionando as bactérias.”

O resultado disso é que os antibióticos mais usados, chamados de primeira linha, passam a ser menos eficazes, e isso exige que novos medicamentos entrem em ação. “Assim a gente vai depender do desenvolvimento de antibióticos cada vez mais caros, de menor acesso e com mais eventos adversos, para tratar uma bactéria que você poderia nem ter pegado, com a vacinação. Se eu não tiver doença, eu não preciso usar antibiótico, e não vou selecionar cepas resistentes.”

A prescrição de antibióticos para situações não necessárias, como em viroses, ou sua administração incorreta durante tratamentos são motivos de recorrentes alertas de autoridades sanitárias e sociedades médicas. O Ministério da Saúde aponta que alguns dos principais erros relacionados são o uso desses medicamentos sem receita médica, recorrendo a eles em caso de gripe ou garganta inflamada, por exemplo, usando remédios que sobraram de um tratamento anterior, sem passar por avaliação profissional.

A preocupação com o tema cresceu durante a pandemia de covid-19, quando médicos recorreram aos antibióticos indevidamente de forma frequente para tratar a doença. Quadros específicos da doença, especialmente quando envolvem internações, podem associar a covid-19 à infecção por bactérias, exigindo o uso de antibióticos, mas especialistas identificaram que houve uso excessivo durante a emergência sanitária.

Vacina Pneumocócica 23-valente – Ascom SMS
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) chegou a alertar que, em 2019, o número de bactérias resistentes detectadas por laboratórios públicos era pouco maior que mil. Em 2020, no primeiro ano da pandemia, esse número dobrou. E, em 2021, mais que triplicou.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária chegou a emitir uma nota técnica em 2021 para reforçar que os antibióticos não são indicados no tratamento de rotina da covid-19, já que a doença, é causada por vírus e esses medicamentos atuam apenas contra bactérias. Eles são recomendados apenas para os casos com suspeita de infecção bacteriana associada à infecção viral.

O uso incorreto, porém, é apenas uma das causas da preocupação com bactérias resistentes. Também estão relacionados a esse problema falhas no controle de infecções em hospitais e clínicas, capacitação insuficiente de alguns profissionais de saúde e excesso de uso de antibióticos em animais destinados à alimentação humana.

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Fonte: Agência Brasil

Setembro Amarelo: Serviço psicossocial realiza ação de valorização da vida no  Hospital Dom Malan em Petrolina

A equipe psicossocial através dos seus profissionais estão realizando durante todo o mês, ações de valorização à vida e prevenção ao suicídio junto aos pacientes do Hospital Dom Malan Ismep, em Petrolina.  A programação é parte do Setembro Amarelo, movimento que já consolidou como a maior se prevenção ao suicídio no mundo. Em 2023, o lema é “Se precisar, peça ajuda!”

 “As psicólogas e assistentes sociais do hospital fazem um trabalho psicossocial com pacientes, acompanhantes e funcionários com relação à valorização da vida, para que assim haja prevenção ao suicídio. É importante porque o hospital como local de trabalho é um ambiente estressante. A gente pensa a saúde mental, para que se tenha controle em relação a isso, para fazer o melhor para nós e para as outras pessoas. Estamos falando sobre o assunto de formas lúdicas que a equipe proporciona para facilitar a absorção do tema que é delicado e cercado de tabus, ” destaca a coordenadora de serviço social do HDM ISMEP, Kátia Carreiro.

A mobilização dos assistentes sociais começa já na sala de acolhimentos às mulheres, na triagem da obstetrícia. De forma lúdica, os profissionais despertam nas pacientes a importância de entender conscientização da importância que a vida tem e ajudar na prevenção do suicídio. “A gente conversa com pacientes internadas e acompanhantes nas enfermarias, na casa de apoio onde estão as mães de alta, que têm bebês internados, nas emergências onde as mulheres estão aguardando atendimento e com os profissionais, em cada setor, a equipe psicossocial está trabalha a valorização da vida. Estamos percebendo uma boa adesão com os resultados que estamos colhendo durante as atividades lúdicas, ” finaliza Kátia.

Dados

De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados. A estimativa é de um milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia no país.

O suicídio é um importante problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo. Ainda segundo a Organização Mundial de Saúde, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama – ou guerras e homicídios.

Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa e morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde em setembro de 2022, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos, chegando a 1,33 por 100 mil.

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Por: Assessoria de Comunicação do HDM / ISMEP 

Defesa Civil de Petrolina alerta para cuidados em dias de calor intenso 

Foto: Nelson Fontes

Nos últimos dias uma onda forte de calor tem atingido muitas cidades em todo o Brasil, e em Petrolina não está sendo diferente. A massa de ar seco e quente que está na cidade, vai fazer com que as temperaturas atinjam a marca dos 38ºC nos próximos dias, com uma sensação acima de 40ºC. Por conta disso, a Defesa Civil alertou a população para que alguns cuidados durante esse período quente sejam seguidos.  

“Junto a esse aumento da temperatura, temos um clima muito seco, com índice de umidade relativa que pode chegar entre 10% e 20%. Então é muito importante seguir as orientações para a preservação da saúde, principalmente no período da tarde”, alerta o coordenador adjunto da Defesa Civil, José Welton de Aquino. Ele lembra ainda em caso de dúvidas, as pessoas podem entrar em contato com a Defesa Civil pelo número de telefone 153.  

 Recomendações da Defesa Civil: 

 – Use ar-condicionado combinado com o umidificador principalmente durante o dia, pois ele deixa o ambiente mais seco. Caso não tenha umidificador pode utilizar panos molhados ou vasilha com água para melhor a qualidade do ar do ambiente;

– Procure manter os ambientes com temperaturas mais baixas do que 32ºC, especialmente naqueles com idosos; 

– Tome banho frio; 

– Minimize exposições diretas ao sol; 

– Hidrate-se, bebendo água regularmente e outros líquidos não alcoólicos; 

– Coma alimentos leves, frescos e de fácil digestão, tais como frutas e saladas; 

– Vista roupas folgadas e de cores mais claras; 

– Tenha cuidados especiais com os idosos, doentes ou pessoas frágeis que podem precisar de ajuda para responder ao calor; 

Evitar: 

 – Direcionar ventiladores portáteis para si quando as temperaturas no ambiente estiverem mais altas do que 32ºC; 

– Deixar crianças e animais sozinhos nos carros durante qualquer período de tempo; 

– Beber álcool para se manter fresco; 

– Comer alimentos quentes, pesados ou de difícil digestão; 

– Vestir roupas pesadas e escuras. 

Texto: Luzete Nobre – Assessora de Imprensa da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Sustentabilidade 

Foto: Nelson Fontes

  

Anvisa torna permanente entrega de remédio controlado em casa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tornou definitiva a prática da entrega de medicamento controlado na casa dos pacientes. A medida foi autorizada durante a pandemia em caráter provisório.No entanto, a agência alterou a quantidade máxima de remédios por receita para a entrega remota. Durante a pandemia, a quantidade havia sido ampliada, porém essa permissão perdeu a validade na semana passada.

Na pandemia, por exemplo, era permitida a entrega de 18 ampolas ou quantidade suficiente para seis meses de tratamento de medicamentos com controle especial. Agora, podem ser entregues cinco ampolas ou quantidade para 60 dias de tratamento.

>> Veja no site da Anvisa a quantidade permitida para outros tipos de medicamentos controlados.

Para fazer a entrega de medicamentos controlados em domicílio, farmácias e drogarias precisam cumprir algumas regras. São elas:

  • O estabelecimento deve buscar a receita médica ou receber em formato eletrônico antes de fazer a entrega;
  • As informações da receita devem ser checadas, como tipo, quantidade, validade. O farmacêutico deve orientar o paciente sobre os cuidados necessários;
  • Estabelecimento deve reter a via original da prescrição médica;
  • Farmácias e drogarias devem manter em seus sistemas dados dos pacientes para acompanhamento e fiscalização das autoridades sanitárias;
  • No momento da entrega do remédio, devem ser colhidas as assinaturas necessárias;
  • Estão autorizados a fazer entrega remota de medicamento controlado estabelecimentos privados, públicos e para programas governamentais.

Falta de diagnósticos para Alzheimer preocupa especialistas

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Dados do 1º Relatório Nacional de Demências – a serem publicados até o fim de 2023 – devem mostrar uma situação preocupante para a saúde pública no Brasil. A quantidade de pessoas não diagnosticadas com a Doença de Alzheimer deve estar na faixa de 75% a 95%, dependendo da região brasileira, segundo adiantou à Agência Brasil a médica e pesquisadora Claudia Suemoto, da Universidade de São Paulo (USP). O relatório encomendado pelo Ministério da Saúde – e coordenado pela professora Cleusa Ferrim da Universidade Federal de São Paulo – deve apontar, por exemplo, que  o número de pessoas com a doença pode estar na faixa dos 2,4 milhões. A doença é conhecida pela perda progressiva de memória, entre outras consequências. A incidência é majoritariamente entre pessoas idosas.

“As taxas de não diagnóstico no Brasil são alarmantes. Quando vimos inicialmente os dados, pensamos que estavam errados. Recalculamos e era isso mesmo. A gente precisa ter mais conscientização sobre o Alzheimer. Há ainda estigmas”, afirma a pesquisadora. A campanha de 2023 para o Mês de Conscientização para o Alzheimer (Setembro Roxo) traz o tema “Nunca é cedo demais, nunca é tarde demais”, com foco maior na prevenção.

“Quanto mais a gente falar, muito menos não diagnósticos a gente vai ter. Haverá menos estigma e mais prevenção”, afirmou a professora.

O professor de medicina Einstein de Camargos, da Universidade de Brasília, explica que a realização do diagnóstico precoce possibilita mais possibilidades de intervenções. “Não só com medicamentos, mas sobretudo com terapias cognitivas, estimulação, terapia ocupacional, exercício físico, fazendo com que esse processo seja mais lento”. Ele entende que, mesmo havendo subnotificação da doença, há maior visibilidade dos casos de Alzheimer.

Maior fator de risco

Especialistas apontam que há um consenso de que, dentre os fatores de risco para a doença, há um deles que não é propriamente da área de saúde: a baixa educação.

“Esse é um fator modificável para os quadros demenciais (como é a doença de Alzheimer). Se a gente melhorar a qualidade da educação, por exemplo, do povo brasileiro, a gente vai diminuir os risco para demência. Inclusive esse é o fator de risco mais importante no Brasil”, afirma a professora Claudia Suemoto.

 O professor Einstein de Camargos, da UnB, entende que esse dado é extremamente importante porque mostra que a maior prevenção não está dentro da área da saúde em si. A escolaridade pode ser transformadora para a saúde em diferentes sentidos. E nesse caso é orgânico.

Os médicos explicam que a resistência aos efeitos do adoecimento devem estar relacionados à reserva cognitiva que uma pessoa tem. “Se a pessoa teve uma maior estimulação cognitiva durante a vida, vai ter uma ‘poupança’ maior, com grande número de neurônios”, afirma a professora

Resistência

O que se observa no cérebro de pessoas que desenvolveram a doença de Alzheimer é o acúmulo de proteína beta-amilóides. Quanto maior a “força” cerebral mais resistência haverá contra a presença da proteína. Camargos elenca que essa resistência está, além do aumento da escolaridade, na redução do tabagismo, no controle do diabetes e da pressão arterial.

É, então, boa notícia que são fatores de risco modificáveis na vida do indivíduo e da sociedade. Claudia Suemoto aponta que se estima que 48% dos casos são relacionados a fatores de início de vida (baixa escolaridade), da meia idade (hipertensão arterial, perda auditiva, traumatismo craniano, obesidade e consumo excessivo de álcool) e da terceira idade (diabetes, tabagismo, depressão, isolamento social, poluição ambiental e falta da atividade física).

“São todos fatores simples, mas bastante prevalentes. Se a gente modificasse a frequência deles na população, a gente estaria prevenindo demência, com certeza”, diz a professora. Uma boa notícia é que as melhores condições de vida diminuem os casos novos.

Evoluções

Se, por um lado, há subnotificação, segundo a professora Claudia, o que tem acontecido nos últimos 10 anos principalmente para a doença de Alzheimer é que tem melhorado muito o diagnóstico. Na década passada, quando havia uma queixa de memória, a pessoa fazia alguns testes no consultório.

“Só que atualmente a gente consegue medir proteínas depositadas no cérebro e que são associadas a doença de Alzheimer”. Foi o médico Alois Alzheimer quem descreveu a doença no início do século 20, identificando lesões cerebrais.

Antes, porém, não era possível medir essas proteínas com pessoas vivas. Atualmente já é possível medir essas proteínas no liquor (o líquido que envolve o cérebro). Mas, para fazer o exame era preciso um procedimento muito invasivo. Hoje, o exame se tornou mais acessível com auxílio da medicina nuclear.

Remédios

A médica Claudia Suemoto entende que há também alguma evolução nos medicamentos. “Hoje em dia, a gente já tem três drogas que limpam essa proteína beta-amilóide com resultados promissores. Limpam essas proteínas em pessoas com a doença mais leve. Então, a gente está tentando entender quais são os efeitos a longo prazo”, avalia Claudia.

Ela contextualiza que existe efeito colateral nessas drogas que precisam ser avaliados. “É tudo muito novo, mas finalmente a gente tem uma medicação que parece mexer no mecanismo da doença”, opina.

Einstein de Camargos avalia que os medicamentos ainda saem muito caros e estão longe ainda da aplicabilidade.

Procura por ajuda

Os médicos explicam que queixas de memória são sintomas mais conhecidos relacionados à doença. Lembranças do presente, fatos importantes do passado, nomes de pessoas tornam-se desconhecidos para quem tem a doença. Mas é possível identificar como possíveis sintomas também pela perda de planejamento e confusão mental.

“A pessoa tinha afazeres domésticos e está tendo uma certa dificuldade. Não consegue mais dirigir, lembrar a rotina… Esses fatores são os que mais chamam atenção no dia a dia. Fora isso, deve-se ter atenção do ponto de vista do comportamento fora do habitual. A pessoa deve procurar um médico para afastar a doença de Alzheimer como primeira causa”, exemplifica Camargos.

Sono e atividade física

Especialistas concordam ainda que existem medidas de prevenção fundamentais para evitar a doença, e passam também por necessidade de repousar. “Quem dorme menos de seis horas por noite aumenta o risco em 35% de ter demência. Pesquisas dos últimos 10 anos mostraram que dormir bem faz o cérebro limpar as toxinas do dia”, revela.

E quando se está acordado, é importante atividade física. Pesquisadores da Universidade de Brasília estão desenvolvendo um estudo detalhado para apontar a influência do exercício físico nesse sistema de limpeza cerebral. “Eu vou usar um termo simples. Precisamos encontrar os garis do cérebro que precisam trabalhar melhor e com mais condições. Assim, a gente vai ter uma redução dessa doença”, finaliza.

Edição: Kleber Sampaio

Acolher e cuidar: Consultório na Rua leva serviços de saúde para a Praça Dom Malan em Petrolina   

Nessa terça-feira (19), a Prefeitura de Petrolina, através da Secretaria de Saúde, ofertou serviços voltados a pessoas que vivem em situação de rua em Petrolina. Dentro das ações feitas na Praça Dom Malan, foram disponibilizadas avaliações para detecção de Tuberculose; testagens rápidas, por meio do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA); e serviços da unidade móvel médica com consultas. Ao todo 32 pessoas foram assistidas.   

Atender as necessidades das pessoas na cidade é garantir seus direitos a saúde pública, este trabalho tem sido intensificado pelas ruas de Petrolina. Para a coordenadora do Consultório na Rua, Marla Gomes, a ação faz parte da rotina de atribuições das equipes e visa atender as necessidades dos usuários. “Compreendemos a importância dessas atividades dado o contexto de vulnerabilidade em que a população de rua se encontra, favorecendo o desenvolvimento de doenças, como ISTs e tuberculose, que possuem alta prevalência nesse público. As intervenções da equipe são, portanto, planejadas sempre levando em consideração tais especificidades”, explicou.

“Além da testagem rápida, de HIV, Sífilis e Hepatite, tivemos a parceria do programa de tuberculose que levou orientações sobre diagnóstico e tratamento da doença, bem como busca ativa de casos suspeitos. Pelas orientações passaram 32 usuários. Esse nosso trabalho é de acolhimento e atenção com as pessoas e vem sendo acompanhado pelo Prefeito Simão Durando, que não tem medido esforços na qualificação dos serviços de saúde para atender cada vez melhor as pessoas”, destacou Marla.  

Estudos do HU-Univasf apontam que mais de 100 pessoas foram admitidas por tentativa de suicídio, somente em 2022

Setembro Amarelo é uma campanha dedicada a um importante problema de saúde pública que é o suicídio, uma realidade mundial que atinge toda a sociedade.  Em todo o mundo, segundo a última pesquisa realizada em 2019 pela Organização Mundial de Saúde, OMS, foram registrados 700 mil suicídios, sendo a quarta maior causa de morte entre jovens de 15 e 29 anos de idade.

No Brasil, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) realiza, desde 2014, o “Setembro Amarelo” com intuito de conscientizar a sociedade para prevenção do suicídio. O tema deste ano é “Se precisar peça ajuda”!

Incentivando a preservação da vida, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que gerencia 41 hospitais universitários do país, conta com unidades aptas a oferecer atendimento humanizado e disponibiliza protocolos e manuais com foco na segurança dos pacientes e profissionais.

O psiquiatra do Hospital Universitário da Univasf, vinculado à Rede Ebserh, (HU-Univasf/Ebserh), Godson Teixeira, alerta que a doença mental está presente em mais de 95% dos casos. “Ainda que não haja diagnóstico estabelecido, ressaltamos que o sofrimento mental intenso é o responsável pela ideação suicida. O tratamento envolve abordagem em serviços de urgência e emergência durante a crise intensa, resguardando a vida da pessoa. Os sintomas e adoecimentos mentais devem sempre ser abordados pela equipe de saúde mental, incluindo médico psiquiatra e psicólogo”, afirma.

O médico reforça que, ao ser percebido o risco de suicídio, a pessoa em sofrimento deve ser acolhida com empatia e compreensão. “Não devem ser realizados julgamentos morais ou religiosos, mas apontar alternativas que incluam necessariamente o cuidado em saúde mental”, destaca. A equipe de saúde mental do HU-Univasf aborda as internações decorrentes de crise suicida de modo interdisciplinar, garantindo o cuidado intra-hospitalar e o encaminhamento da pessoa atendida.

Na instituição estão sendo desenvolvidos estudos de prevalência e, até o momento, os dados levantados internamente demonstram que 164 pessoas foram admitidas no HU-Univasf por tentativa de suicídio no ano de 2022, o que demonstra a relevância do tema no contexto regional.

O hospital realiza campanhas anuais regulares sobre a temática e, neste ano, lançará um vídeo com a proposta de chamamento para a discussão entre os colaboradores.

Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Gestão Suzana Ramos recebe novos equipamentos e moderniza sistema de saúde em Juazeiro (BA)

A Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Saúde (Sesau), recebeu nesta segunda-feira (18), equipamentos de informatização, que serão distribuídos na rede de atenção à saúde do município, promovendo melhorias no atendimento à população. Os equipamentos foram obtidos através do Contrato Organizativo de Ação Pública de Ensino-Saúde (COAPES), realizado entre o município e a Faculdade Estácio / IDOMED.O secretário de Saúde, Allan Jones, ressaltou a importância do convênio com as instituições de ensino superior e unidades de saúde do município que beneficia a população e contribui para a formação dos estudantes na área de saúde. “A prefeita Suzana Ramos sempre priorizou uma gestão humanizada onde a população esteja sempre em primeiro lugar. Tenho dito em muitos lugares que o COAPES tem contribuído de maneira significativa no aparelhamento dos equipamentos municipais, capacitações, treinamentos e a participação dos estudantes de saúde na nossa rede municipal”, reafirmou o secretário.Entre os equipamentos recebidos estão 49 computadores e 24 impressoras e projetores. Segundo o superintendente administrativo Rhavi Carvalho, os novos equipamentos vão beneficiar vários setores da Sesau, otimizando os serviços. “Esses aparelhos ajudarão a equipar as Unidades Básicas de Saúde e outros serviços. A Sesau tem uma programação para informatizar toda a rede municipal de saúde para melhorar os fluxos tanto administrativos quanto os de marcação. O valor estimado na compra dos equipamentos foi de cerca de R$ 281 mil”, detalhou.Texto: Iana Lima – Ascom Sesau PMJ.

5º resultado do LIRAa aponta baixo risco de infestação do mosquito Aedes aegypti em Petrolina  

A Prefeitura realizou no período de agosto e setembro o Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) em Petrolina. O município ficou com 0,5%, de acordo com o Ministério da Saúde isso indica que apresenta baixo risco para surto de doenças transmitidas pelo mosquito, como dengue, chikungunya ou Zika.  

As localidades que apresentaram maior índice de infestação foram: Dom Avelar; Padre Cícero; Lot. Padre Cícero; Lot. Dom Avelar; São Joaquim e São Jorge com 1,4%. São Gonçalo, Jardim Petrópolis e Vila Maria Chocolate ficaram com 1,1%. Novo Tempo; Cond. Mais Viver São Francisco; Cond. Mais Viver Grande Rio; Cond. Mais Viver; Cond. Vinhedos; Cond. Vila Real; Cond. Vila Verde; Lot. Vale Dourado; Vila Esperança; Pedra Linda; Morada Nova e Antônio Cassimiro com índice de 1,0%.  

A secretária executiva de Vigilância em Saúde, Marlene Leandro, destaca que esses indicadores servem para o monitoramento e planejamento de ações estratégicas e cuidados de prevenção para evitar o surto de doenças transmitidas pelo mosquito. “Nesse quinto LIRAa foi possível observar que Petrolina vem mantendo o índice baixo desde do início do ano. Isso foi possível através do comprometimento dos agentes de endemias e da colaboração da população em fazer sua parte e não deixa água parada. A nossa meta é manter Petrolina livre da dengue, assim como orienta o prefeito Simão Durando”, destaca. 

Dicas de prevenção:  

Algumas medidas eficazes que os moradores devem adotar para evitar essas doenças: eliminar os recipientes com água parada, ambiente propício para procriação do Aedes aegypti; tampar tonéis, caixas d’água e lixeiras; manter as calhas sempre limpas; preencher os pratos de vasos de plantas com areia; limpar com escova, ou bucha, os potes de água para animais e retirar a água acumulada na área de serviço.