Prefeitura de Juazeiro reforça alerta sobre importância da vacina contra a gripe e organiza “Dia D” pela imunização

Desde o início da 25ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, a Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Saúde (Sesau), vem desenvolvendo estratégias para incentivar e conscientizar a população sobre a importância da imunização contra o vírus da gripe. Além do cronograma de aplicação de doses nas Unidades Básicas de Saúde, a Sesau vai realizar o “Dia D” de vacinação na sede e no interior.Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Caroline Moraes, a procura pela vacina ainda é baixa. Até agora, o município vacinou apenas 19% do público alvo da campanha. “Infelizmente, esse é um cenário que se repete por todo o país. Por conta disso, o Ministério da Saúde resolveu ampliar a vacina para pessoas a partir dos seis meses de idade. A vacina previne as formas graves da doença e minimiza o óbito, a mortalidade”, ressaltou Caroline.Dia D da Vacinação contra a gripe

Neste sábado (27), a vacina estará disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde de Juazeiro, das 8h às 16h (zona urbana) e das 7h às 13h (zona rural). Podem tomar a vacina pessoas a partir dos seis meses de idade. Além do imunizante contra a influenza, também estarão disponíveis doses da vacina Bivalente da Covid-19.Outros pontos de vacinação

As equipes da Sesau estão, desde o início do mês, disponibilizando aplicações do imunizante todas as sextas-feiras, das 8h30 às 13h, na praça ao lado do Paço Municipal. As UBS`s também montaram um esquema de vacinação. Os interessados devem procurar a sua unidade de referência e conferir o dia e horário da vacinação.DocumentosPara tomar a vacina é preciso levar RG, CPF ou cartão SUS e o cartão de vacina.

Texto: Marcela Cavalcanti – Ascom Sesau

Semana de Enfermagem do Hospital Dom Malan em Petrolina tem cuidados com recém nascidos na programação de debates

Foi aberta nesta segunda-feira (22), a Semana da Enfermagem do Hospital Dom Malan, em Petrolina, administrado pelo Instituto Social das Medianeiras da Paz – ISMEP. A programação começou com uma palestra promovida pela Residência de Enfermagem e a Educação Permanente, tendo como objetivo discutir temas relacionados a prática da assistência de Enfermagem com segurança, com base no conhecimento científico.

Os temas foram: “Cuidados Imediatos e Mediatos ao Recém Nascido e o método Canguru”, colocando os residentes em prática com as ações realizadas na rotina de trabalho do HDM.
O público alvo foram os técnicos em enfermagem e enfermeiros da unidade de saúde. “Quando se adquire conhecimento ficamos mais aptos a cuidar e cuidar bem dos nossos pacientes. Essa semana de enfermagem é importante pra isso,” ressaltou a Coordenadora de Residência de Enfermagem, Djenane Cristovam.

Participaram do evento a Coordenadora de Enfermagem, Emerlaine Ferreira, a Coordenadora Multidisciplinar, Magnilde Albuquerque, Diretora de Ensino e Pesquisa, Dra. Angélica Guimarães, a Gerente da Educação Permanente, Marianni Fonseca e a irmã Lucia Barbosa de Oliveira, do administrativo do HDM/ISMEP.

Programação

Nesta terça-feira a programação continua com a palestra sobre “Comunicação de más notícias”, uma roda de conversa sobre como cuidar de si para cuidar do outro e empreendedorismo na Enfermagem. A programação terminará na quarta-feira (24), com Práticas Integrativas para as equipes de enfermagem.

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Assessoria de Comunicação do HDM

Doenças Inflamatórias intestinais atingem mais de 10 milhões de pessoas no mundo  

No Brasil, estima-se que cerca de 10 milhões de pessoas sofram de Doença Inflamatória Intestinal (DII), que é um termo genérico usado para a condição inflamatória crônica do trato gastrointestinal que acomete, predominantemente, o cólon (intestino grosso). Segundo a coloproctologista e docente do Instituto de Educação Médica (IDOMED), Emanuela Correia, a DII tem tratamento, porém, não há cura definitiva. As duas formas mais comuns de DII são a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. 

“A primeira é uma síndrome que compromete todas as camadas da parede intestinal e tem como sintomas dor abdominal, diarreia, perda de peso e enfraquecimento por causa da dificuldade para absorver os nutrientes. Já a colite ulcerativa atinge, principalmente, o intestino grosso (cólon) e pode causar dor abdominal e diarreia aliada a sangue nas fezes. Suas formas variam de leve a grave, onde o paciente corre o maior risco de desenvolver câncer de cólon”, explica Dra. Emanuela. 

Ela explica, ainda, que por conta dos sintomas serem muito parecidos e confundidos com os de outras doenças gastrointestinais, o diagnóstico pode ser mais difícil. “Geralmente, os sintomas são os que citei logo acima. Por isso, é importante que o paciente busque ajuda médica para a realização de investigação através de exames”, orienta.  

Faixa etária  

De acordo com a coloproctologista, pessoas entre 15 e 40 anos são as mais afetadas com o problema. “As causas ainda são desconhecidas, mas estima-se que o modo de vida das pessoas, com alto consumo de alimentos industrializados e o sedentarismo, possa ser uma das motivações da incidência da DII em pacientes mais jovens”. Porém, ela salienta que pessoas de todas as faixas etárias podem ser afetadas, especialmente os idosos, que devem ficar em alerta sobre os sintomas.  

A Dra.  Emanuela Correia ressalta, também, a importância de um diagnóstico precoce e um acompanhamento médico regular. “A DII é uma doença crônica que pode afetar a vida do paciente de maneira significativa, mas com o tratamento adequado é possível manter a doença sob controle e ter uma vida saudável e produtiva”, diz, acrescentando que o tratamento pode incluir medicamentos, dieta, suplementos nutricionais e, em casos graves, cirurgia.  

“Porém, além do tratamento, é necessário reforçar o alerta sobre as ações de prevenção, como a adoção de uma rotina de exercícios físicos, evitar tabagismo e a ingestão de bebidas alcóolicas. Uma dieta com baixo teor de gordura, açúcares e rica em fibras também é fundamental. No entanto, alguns vegetais precisam ser evitados, pois acabam estimulando a produção de gases, como repolho, couve-flor, batata doce, feijão, entre outros. Esses alimentos podem piorar a distensão abdominal.”, finaliza.

Saúde incorpora ao SUS dois medicamentos contra anemia

Fachada do Ministério da Saúde na Esplanada dos Ministérios

O Ministério da Saúde incorporou ao Sistema Único de Saúde (SUS) dois medicamentos para tratamento da anemia. A previsão é que a ferripolimaltose e a carboximaltose férrica estejam disponíveis no sistema público de saúde em até 180 dias.

Segundo a pasta, a ferripolimaltose é indicada para o tratamento da anemia por deficiência de ferro e intolerância ao sulfato ferroso, enquanto a carboximaltose férrica é indicada para adultos com anemia por deficiência de ferro e intolerância ou contraindicação aos sais orais de ferro.

A anemia é uma doença que causa a redução da concentração de hemoglobina, proteína responsável por transportar o oxigênio pelo sangue. Crianças, gestantes, lactantes, meninas adolescentes e mulheres adultas em fase de reprodução são os grupos mais afetados.

“O Ministério da Saúde reforça que somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios para tratamento”, destacou a pasta.

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Edição: Denise Griesinger

“Doutor Google”: No Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, médica do SESI-PE alerta para o uso da ferramenta

Não é de hoje que a questão do ‘doutor Google’ é debatida. O paciente está com algum sintoma, insere na ferramenta de busca e, em instantes, já tem informações, o “diagnóstico” e, provavelmente, qual medicamento resolverá aquela situação. No Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, celebrado no dia 5 de maio, a médica do trabalho do SESI-PE, Rosângela Ferreira, reforça que, embora seja uma prática comum, ela não deve substituir a consulta com o médico, uma vez que é possível surgirem preocupações desnecessárias ou, pior, tratar como insignificante um problema potencialmente sério.

“O uso de remédios de maneira incorreta ou irracional pode trazer consequências como reações alérgicas, dependência e até a morte. Dentre os riscos mais frequentes para a saúde que a prática da automedicação pode causar estão a intoxicação, resistência aos remédios e a possibilidade de interação medicamentosa. Por isso, não faça uso de nenhum medicamento por conta própria, pode ser perigoso para sua saúde.”, explica Rosângela, complementando que, no Brasil, de acordo com estudos realizados pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), quase metade dos brasileiros se automedicam pelo menos uma vez por mês e 25% usam a prática todo dia ou pelo menos uma vez por semana.

A médica pontua que o principal problema das pesquisas na internet é que as informações acerca de uma condição de saúde ou doença disponíveis online são, muitas vezes, tratadas como diagnóstico pelo usuário. “A pessoa lê as informações, se identifica com os sintomas descritos e acredita que aquela condição abordada corresponde ao seu caso. Isso é perigoso porque estimula a prática da automedicação”.

Rosângela esclarece que, antes de ingerir qualquer medicamento, a orientação é realizar uma consulta com um profissional da saúde, que vai avaliar as características do metabolismo do paciente e realizar o diagnóstico da patologia. “Mesmo remédios para dores de cabeça ou para cólica menstrual, por exemplo, que as pessoas costumam comprar na farmácia rotineiramente, devem ser prescritos por um profissional de saúde”, recomenda.

Embora a grande maioria dos remédios precisem de prescrição médica, existem os medicamentos isentos de prescrição (MIP), que são os que não exigem a receita para serem vendidos. “Essa nova categoria de medicamentos abrange aqueles medicamentos que podem ser prescritos por farmacêuticos”, esclarece Rosângela.

Não é de hoje que a questão do ‘doutor Google’ é debatida. O paciente está com algum sintoma, insere na ferramenta de busca e, em instantes, já tem informações, o “diagnóstico” e, provavelmente, qual medicamento resolverá aquela situação. No Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, celebrado no dia 5 de maio, a médica do trabalho do SESI-PE, Rosângela Ferreira, reforça que, embora seja uma prática comum, ela não deve substituir a consulta com o médico, uma vez que é possível surgirem preocupações desnecessárias ou, pior, tratar como insignificante um problema potencialmente sério.

“O uso de remédios de maneira incorreta ou irracional pode trazer consequências como reações alérgicas, dependência e até a morte. Dentre os riscos mais frequentes para a saúde que a prática da automedicação pode causar estão a intoxicação, resistência aos remédios e a possibilidade de interação medicamentosa. Por isso, não faça uso de nenhum medicamento por conta própria, pode ser perigoso para sua saúde.”, explica Rosângela, complementando que, no Brasil, de acordo com estudos realizados pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), quase metade dos brasileiros se automedicam pelo menos uma vez por mês e 25% usam a prática todo dia ou pelo menos uma vez por semana.

A médica pontua que o principal problema das pesquisas na internet é que as informações acerca de uma condição de saúde ou doença disponíveis online são, muitas vezes, tratadas como diagnóstico pelo usuário. “A pessoa lê as informações, se identifica com os sintomas descritos e acredita que aquela condição abordada corresponde ao seu caso. Isso é perigoso porque estimula a prática da automedicação”.

Rosângela esclarece que, antes de ingerir qualquer medicamento, a orientação é realizar uma consulta com um profissional da saúde, que vai avaliar as características do metabolismo do paciente e realizar o diagnóstico da patologia. “Mesmo remédios para dores de cabeça ou para cólica menstrual, por exemplo, que as pessoas costumam comprar na farmácia rotineiramente, devem ser prescritos por um profissional de saúde”, recomenda.

Embora a grande maioria dos remédios precisem de prescrição médica, existem os medicamentos isentos de prescrição (MIP), que são os que não exigem a receita para serem vendidos. “Essa nova categoria de medicamentos abrange aqueles medicamentos que podem ser prescritos por farmacêuticos”, esclarece Rosângela.

Prefeitura entrega móveis doados ao Hospital Dom Malan em Petrolina

A administração do Hospital Dom Malan, em Petrolina, Sertão de Pernambuco, recebeu nesta quarta-feira (03), os móveis que foram doados pela Prefeitura Municipal à unidade saúde. Foram 15 escadas de dois degraus, 30 camas hospitalares e 110 suportes de soros que serão usados nas enfermarias de crianças e mulheres internadas no HDM.

Os equipamentos estavam no hospital de campanha criado pela Prefeitura de Petrolina durante a pandemia da Covid-19 e desativado em dezembro de 2021. Sem utilização, o município decidiu doar ao Dom Malan e foram entregues pelo secretário de saúde de Petrolina, João Luís Nogueira Barreto. “A doação foi bem-vinda para o hospital que atende uma população de 53 municípios da região. Vai auxiliar na acomodação dos nossos pacientes, ” destacou a diretora geral do HDM, Carolina Lemos.

Hospital Dom Malan

Referência no atendimento de mulheres e crianças na região do Vale do São Francisco, a unidade tem clínicas de internamento (Alto-risco, Maternidade, Ginecológica, Berçário, Alojamento canguru e Pediatria), além do Pronto Socorro Infantil- PSI, Triagem Obstétrica, UTI Pediátrica e UTI Materna. A unidade de saúde está sob a administração do Instituto Social das Medianeiras da Paz – ISMEP.
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Assessoria de Comunicação do HDM

Pacientes acamados sem atendimento odontológico podem ter estado de saúde agravado

Um acidente grave, uma doença degenerativa ou algo semelhante que levam pessoas à situação de acamados, muitas vezes por um longo período, além do envelhecimento, são condições que provocam também doenças na boca. Estudos realizados no Brasil de 2010 para cá, revelam que pacientes acamados domiciliados apresentam problemas de saúde bucal como dor de dente, a cárie dental, os dentes permanentes perdidos, as lesões na mucosa e a doença periodontal, que é uma inflamação dos tecidos que suportam os dentes. Em casos mais leves, é caracterizada pela inflamação da gengiva, podendo resultar em sangramento.

De acordo com a odontologista da Clínica Alencar Saúde, em Petrolina-PE, não receber o atendimento odontológico por estar acamado, pode agravar o estado de saúde do paciente. “A saúde bucal deficiente pode interferir na saúde geral do indivíduo acamado, prolongando o tempo de recuperação ou agravando a enfermidade, ” ressalta Dra. Tereza.

Existe no Vale do São Francisco uma real demanda de serviços odontológicos possibilitando oferecer um atendimento que respeite as prioridades dos indivíduos que estão acamados. “Há necessidade de atendimento especializado domiciliar para a identificação de lesões orais e tratamento clínico. A higiene oral, incluindo remoção mecânica da saburra lingual e limpeza das próteses é capaz de reduzir a gravidade das alterações bucais, na maioria dos casos. Um profissional especializado pode fazer a higiene da cavidade bucal de acordo com as limitações apresentadas pelo paciente acamado, ” destaca Dra. Tereza.

Odontologia Domiciliar

A Clínica Alencar Saúde em Petrolina é pioneira em atendimento odontológico domiciliar. Com um consultório portátil, a odontologista Dra. Tereza Alencar atende pacientes sem mobilidade, idosos e gestantes. “É um equipamento flexível, leve e de fácil instalação que necessita apenas de um ponto de energia elétrica, dispensando os requisitos básicos de um consultório odontológico padrão, por exemplo. Com ele vamos poder ter maiores benefícios no Home Care Odontológico, levando até o paciente domiciliar, ” explica Dra. Tereza.

Doenças mais graves

Pacientes acamados tendem a desenvolver lesões, que sem cuidados adequados podem evoluir para outras doenças. A mais grave é o câncer de boca. É importante examinar essas lesões, pois, na maioria das vezes, o câncer de boca é precedido por lesões pré-malignas, facilmente detectáveis em exame clínico de rotina. No Brasil, o câncer bucal tem maior incidência em pessoas com baixa renda, carentes de recursos e de informação.

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Assessoria de Comunicação Clínica Alencar Saúde

Pesquisa mostra que 71% dos professores estão estressados

© Marcello Casal jr/Agência Brasi

Pelo menos 71% dos professores brasileiros estão estressados pela sobrecarga de trabalho, mostrou um levantamento feito pelo instituto de pesquisa Ipec, encomendado por entidades como Todos Pela Educação, Itaú Social, Instituto Península e Profissão Docente. O levantamento foi realizado com 6.775 professores de escolas públicas (municipais e estaduais) de todo o país, entre julho e dezembro de 2022.

“Outro aspecto que nos chamou atenção é uma opinião [dos professores] de que a gestão educacional deveria priorizar, nos próximos dois anos, o apoio psicológico a estudantes e docentes”, afirma a pesquisadora Esmeralda Macana, especialista em desenvolvimento e soluções do Itaú Social.

O apoio psicológico está no topo das preocupações dos professores, entre dez medidas relacionadas pela pesquisa. Essa necessidade é lembrada por 18% dos pesquisados e fica à frente de aumento no salário dos profissionais (17%).

Chamar atenção

Esmeralda Macana avalia que o cenário é muito complicado nesse período de pós-pandemia. “Estamos nesse desafio de dar conta de recuperar essa aprendizagem e poder engajar os estudantes em todo o processo”.

 A pesquisadora em desenvolvimento humano explica que os professores também sinalizaram que um dos problemas que enfrentam é o desinteresse dos estudantes pela escola. Esse problema foi apontado por 31% dos professores consultados. Para 28%, outra questão é a defasagem na aprendizagem dos alunos.

Segundo a pesquisadora, esse cenário deve permanecer por um tempo em função do impacto das crises sanitária e social. “Isso gera necessidade de inovar as estratégias pedagógicas para acelerar o processo de aprendizagem”.

Uma questão é que estudantes voltaram para o ensino presencial com dificuldades de alfabetização, e também em temas da língua portuguesa e matemática.

Risco de desânimo

Nesse contexto, as dificuldades com os conteúdos acabam desanimando os estudantes ao não conseguir acompanhar as aulas. “Eles [os alunos] também se sentem sobrecarregados e estressados, assim como os professores, tentando inovar, priorizar o currículo e buscar outras formas de motivação e de engajamento”, diz Esmeralda Macana.

A especialista defende que a gestão educacional precisa considerar a necessidade de fortalecer a formação continuada dos professores. “Parte da [ideia e sentimento de] desvalorização se dá pelo docente se sentir sozinho lidando com desafios muito grandes e complexos”.

A pesquisadora observa que, de acordo com pesquisas, as famílias de estudantes da rede pública valorizam ainda mais o trabalho do professor depois da pandemia. “As famílias também perceberam quão difícil e desafiador é o trabalho dos professores”. Mesmo com as dificuldades, os pesquisados entendem que a profissão é gratificante. “Nove em cada dez docentes escolheriam ser professores novamente”.

Segundo o levantamento, 84% dos professores concordam que cursos presenciais formam profissionais mais bem preparados para o início da profissão.

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Edição: Graça Adjuto – Agência Brasil

65 mil crianças não receberam nenhuma vacina DTP ao longo de 3 anos em Pernambuco, alerta UNICEF

Recife, 20 de abril de 2023 – No mundo, 48 milhões de crianças não receberam nenhuma dose da vacina DTP, que previne contra difteria, tétano e coqueluche, entre 2019 e 2021. No Brasil, foram 1,6 milhão no mesmo período. É o que revela o relatório Situação Mundial da Infância 2023: Para cada criança, vacinação (The State of the World’s Children 2023: For Every Child, Vaccination – disponível somente em inglês), lançado pelo UNICEF nesta quinta-feira, 20 de abril. O relatório faz um alerta para a urgência de retomar as coberturas vacinais no mundo. No Brasil, para a vacina contra a pólio, os dados são semelhantes aos da DTP: 1,6 milhão não receberam nenhuma dose entre 2019 e 2021. 

Em Pernambuco, 65 mil crianças não receberam nenhuma dose da vacina DTP entre 2019 e 2021, e 71 mil não receberam nenhuma dose da vacina contra a pólio no mesmo período. “Essas crianças foram deixadas para trás, ficando desprotegidas de doenças sérias e evitáveis. As crianças nascidas pouco antes ou durante a pandemia agora estão ultrapassando a idade em que normalmente seriam vacinadas, ressaltando a necessidade de uma ação urgente para alcançar aquelas que perderam as vacinas e prevenir surtos e a volta de doenças já erradicadas no Brasil, como a pólio”, explica Youssouf Abdel-Jelil, representante do UNICEF no Brasil. 

Para uma criança ser considerada imunizada, ela precisa tomar todas as doses recomendadas de cada imunizante e as doses de reforço, quando indicadas. O relatório global traz dados por país e usa como base a tríplice bacteriana (DTP), que conta com três doses. No Brasil, a DTP é oferecida como “pentavalente”, protegendo também contra hepatite B e contra a haemophilus influenza tipo b. Para complementar o estudo, o UNICEF no Brasil traz também uma análise dos indicadores nacionais e por Estado para a pólio, e números estaduais de DTP, com base nos dados do Programa Nacional de Imunização. 

“Temos o grande desafio de retomar as altas coberturas vacinais em todo o Brasil após o retrocesso que vivemos nos últimos anos. Atualmente, o Brasil conta com uma cobertura vacinal das mais baixas da sua história desde a criação do Programa Nacional de Imunizações. Já tivemos 95% de cobertura em relação a vacinas como a da poliomielite, e agora não chegamos a 60% de crianças vacinadas. Esse quadro tem que mudar. Para isso, de uma maneira muito clara, temos de combater o negacionismo em relação a essa proteção dada pelas vacinas e às fake news que infelizmente têm sido veiculadas de uma forma irresponsável e criminosa”, afirma a ministra da Saúde do Brasil, Nísia Trindade. 

Os números brasileiros fazem parte de um desafio global urgente. Segundo o relatório, o mundo vive o maior retrocesso contínuo na imunização infantil em 30 anos, alimentado pela pandemia de covid-19. Entre 2019 e 2021, as coberturas vacinais diminuíram em 112 países. A pandemia também exacerbou as desigualdades existentes. As crianças que não estão recebendo vacinas vivem nas comunidades mais pobres, remotas e vulneráveis. Nos domicílios mais pobres, uma em cada cinco crianças não recebeu nenhuma vacina, enquanto nos mais ricos apenas uma em 20. O relatório identificou ainda que crianças não vacinadas vivem frequentemente em comunidades de difícil acesso, tais como zonas rurais ou favelas urbanas. 

Percepção sobre importância das vacinas 

O relatório Situação Mundial da Infância 2023 revela, também, que a percepção sobre a importância e a confiança nas vacinas para crianças diminuiu em 52 dos 55 países pesquisados. No Brasil, embora os índices continuem altos, houve uma queda de 10 pontos percentuais – antes da pandemia, 99,1% dos brasileiros confiavam nas vacinas infantis, e pós covid-19 são 88,8%. Diferentemente dos resultados globais, no Brasil a queda de confiança foi mais acentuada entre homens mais velhos (maiores de 65 anos). Na maioria dos países pesquisados, a queda foi maior entre mulheres e pessoas com menos de 35 anos. 

Como reverter esse quadro? Para vacinar cada criança, é vital fortalecer a atenção primária à saúde e fornecer aos trabalhadores da linha de frente, em sua maioria mulheres, os recursos e o apoio de que precisam. O relatório global constata que as mulheres estão na linha de frente da distribuição de vacinas, mas recebem baixos salários, têm empregos informais e enfrentam falta de treinamento formal e oportunidades de carreira e ameaças à sua segurança. 

O relatório está pedindo aos governos que: 

  • Identifiquem e alcancem urgentemente todas as crianças, especialmente aquelas que perderam a vacinação durante a pandemia de covid-19; 
  • Fortaleçam a demanda por vacinas, inclusive construindo confiança; 
  • Priorizem o financiamento de serviços de imunização e atenção primária à saúde; 
  • Reforcem os sistemas de saúde, incluindo investimento e valorização de profissionais de saúde, em sua maioria mulheres. 

No Brasil, busca ativa vacinal e retomada da imunização de rotina Diante dos dados brasileiros, o UNICEF destaca duas linhas de ação complementares e fundamentais. Em curto e médio prazo, o País precisa investir para ampliar os percentuais de coberturas vacinais em todos os estados e municípios, em um esforço conjunto em nível federal, estadual e municipal para que todas as cidades retomem o patamar de mais de 95% de cobertura vacinal de rotina, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Em paralelo, é urgente encontrar e vacinar cada uma dos 1,6 milhão de crianças que ficaram para trás e não receberam nenhuma vacina contra a pólio ou a DTP entre 2019 e 2021, e também aquelas que perderam outras vacinas do calendário ou estão com doses atrasadas. “Uma busca ativa dessas crianças, olhando para municípios e estados com maiores números absolutos de não vacinadas e não imunizadas, é essencial, pois elas já ficaram para trás, e correm o risco de nunca ser imunizadas e protegidas contra doenças evitáveis. É urgente, também, retomar as campanhas de vacinação e estratégias de comunicação voltadas a famílias e profissionais de saúde, mas de forma regionalizada, respeitando a situação específica de cada território”, defende Youssouf Abdel-Jelil. 

Essas também são as prioridades do Ministério da Saúde. “O Movimento Nacional pela Vacinação lançado pelo Ministério da Saúde em fevereiro deste ano visa unir todo o País no propósito de recuperar as altas coberturas vacinais para que o Brasil volte a ser uma referência em todo o mundo. Vamos reconstruir a confiança da população brasileira nas vacinas e na ciência. É um movimento em defesa da saúde e da vida. Vacinas e água potável são responsáveis pelo aumento da expectativa de vida em todo o mundo. As vacinas salvam vidas”, reforça Nísia Trindade.  

Para contribuir com esse esforço nacional, o UNICEF no Brasil conta com a estratégia de Busca Ativa Vacinal (BAV), desenvolvida para apoiar municípios para encontrar crianças não vacinadas ou com atraso vacinal, e tomar as medidas necessárias para que elas atualizem sua carteira de vacinação. A estratégia conta com capacitações para profissionais de saúde, educação e assistência social, e uma ferramenta tecnológica para auxiliar nesse trabalho intersetorial. Para a BAV, o UNICEF conta com a parceria estratégica da Pfizer e o apoio da Fundação José Luiz Egydio Setúbal.

Hospital Dom Malan em Petrolina é referência em partos de gêmeos no Sertão do São Francisco

O Hospital Dom Malan em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, é referência em gravidez de alto risco. Por isso, os partos de gêmeos são comuns no atendimento materno infantil da unidade de saúde. Somente entre os dias 03 e 11 de abril foram quatro partos de gêmeos (8 recém-nascidos) e um de trigêmeos.

O médico obstetra do HDM há 15 anos, Dr. Marcelo Marques, explica que a gravidez de gêmeos é comum na maternidade do Dom Malan por ser referência no atendimento e o único com UTI neonatal. Como ultrassonografista do hospital, ele atende mulheres em gestação gemelar. “A gravidez gemelar tem vários fatores e a gente pode citar por exemplo, histórico familiar, fertilização in vitro, gestações prévias ou até mesmo gestação após os 35 anos. Acontece quando mais de um bebê é gerado simultaneamente. E nesses casos, podem acontecer complicações como pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, parto prematuro, e aí os bebês nascem com baixo peso. Por isso, o cuidado com mãe e bebês deve ser maior no pré-natal, ” explica Dr. Marcelo.

*Trigêmeos*

O caso de trigêmeos atendido neste mês no HDM veio da Bahia. Francilania Silva Santana, 22 anos, é de Barra do Tarrachil, distrito do município de Chorrochó, no Norte do estado. Na primeira gravidez veio a notícia de que ela estava gerando gêmeos. “Primeiro eu descobri que eram dois e depois que eram três. Eu tive uma crise de riso na hora da notícia porque não acreditava,” conta.
Uma gravidez de trigêmeos despertou maiores cuidados logo no pré-natal. Mas a preocupação era o parto, já que a cidade onde Francilania mora não dispõe de uma maternidade de alto risco. “Na cidade não tem maternidade grande e nem UTI neonatal e era arriscado ter os bebês lá,” relatou Edilania Silva, avó dos bebês.

Francilania completou 36 semanas de gestação e no dia 6 de abril, os filhos nasceram de cesariana. João Miguel, João Rafael e João Gabriel. Ambos pesando em média 2,100 kg. Dois são idênticos. Os bebês permaneceram internados para ganhar peso por mais uma semana. “Eu fiquei muito tranquila aqui no hospital. A equipe é excelente e meu parto foi ótimo,” destacou Francilania.

O HDM é referência em atendimento materno e infantil de alto risco em toda a rede conveniada ao Sistema Único de Saúde – SUS e atende pacientes de 53 municípios da região que compõem a Rede PEBA (hospitais de Pernambuco e Bahia). Por isso foi o Hospital que recebeu Francilania para o nascimento dos trigêmeos.
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Foto trigêmeos: Ascom Dom Malan, com autorização da família.

Assessoria de Comunicação do HDM