Maioria das mortes por tumores no Brasil atinge pessoas de baixa renda

Mais da metade das mortes por tumores no Brasil (55%) ocorre entre pessoas com baixa escolaridade e baixa renda, revela estudo do Observatório de Atenção Primária da Umane, com base no último levantamento do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde de 2020. A Umane é uma associação civil independente, sem fins lucrativos, voltada para a articulação e fomento de iniciativas de apoio ao desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo os dados do SIM, das 229.300 pessoas que morreram por neoplasias (malignas ou benignas) no Brasil em 2020, 126.555 (55%) tinham até 7 anos de estudo; 20% tinham entre 8 e 11 anos de escolaridade e 9,2% tinham entre 12 anos ou mais de estudo. Os dados mostram que a mortalidade é maior entre os que têm menos escolaridade e renda.

A maioria (52%) das mortes por neoplasias (malignas ou benignas) são de homens e 48%, de mulheres, e 59,2% das vítimas têm mais de 65 anos de idade.

A melhoria global da qualidade de vida poderia evitar parte desses casos, afirma a diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Rafaela Alves Pacheco, que é médica sanitarista e professora da Universidade Federal de Pernambuco.

“Os cânceres são múltiplos, mas têm uma relação muito próxima com a qualidade de vida, a organização das cidades, a preservação dos biomas, a alimentação, as condições emocionais, de trabalho e de acesso aos direitos humanos, assim como com a educação, o transporte, a qualidade de vida e os acessos à saúde. Todas essas perspectivas vão nos aproximar ou distanciar de um cuidado efetivo em relação aos cânceres de um modo geral”, diz Rafaela.

Para a especialista, a atenção primária à saúde, a medicina de família e comunidade podem melhorar esse quadro. “É preciso garantir o cuidado integral em saúde, a prevenção, a promoção e o acesso [a tratamentos] em qualquer situação do câncer. Então, é garantir o fortalecimento dos sistemas de saúde”, recomenda.

Segundo a médica, o câncer não escolhe classe social, mas as populações pobres sofrem mais. “Em relação ao câncer, todas as classes sociais são atingidas, mas existem os rincões de pobreza e miséria. Então, é bastante diferente para quem é mais pobre e não tem acesso e, por conseguinte, acabam tendo maior incidência de cânceres, de um modo geral.”

De acordo com a especialista, a solução são ações de equidade em saúde. “Precisa dar mais para quem precisa mais. Se temos populações que são mais vulneráveis aos cânceres, estas precisarão ter aporte de recursos e de providências sanitárias e sociais diferenciados. Nesse sentido, fortalecer o sistema universal de saúde é fortalecer a atenção primária, com as equipes de estratégia de saúde da família que estão mais próximas de onde as pessoas moram e trabalham.”

Promoção à saúde

Na visão da sanitarista, é preciso garantir que esse público tenha aporte maior de promoção à saúde, bem como fácil acesso aos serviços de atenção primária em saúde. “Na perspectiva da prevenção de saúde, precisamos ter protocolos estruturados, linhas de cuidado que farão a detecção precoce, o rastreamento baseado em evidências e protocolos clínicos, quando realmente são necessários e podem diminuir tanto a morbidade quanto a mortalidade, inclusive garantindo cuidados paliativos, garantindo que o paciente consiga ter uma sobrevida e uma qualidade de vida diante do que é possível.”

Rafaela destaca que nem todas essas dimensões são da área de trabalho da atenção primária à saúde. “Estão em outros níveis de atenção, mas podem e devem estar de forma conectada com a atenção primária à saúde, com o melhor para cada uma dessas situações.”

A médica ressalta que existem políticas públicas que visam aumentar o acesso da população de baixa escolaridade às informações, mas que a complexidade dos problemas necessita de ações intersetoriais. “O problema é sanitário, mas também é ambiental e social. Então nós vamos precisar de muitas mãos, e de muitos setores da sociedade civil organizada e das políticas públicas que estejam atuando conjuntamente”.

A médica aponta uma série de fatores que devem ocorrer junto com os cuidados em educação e saúde. “O próprio sistema educacional brasileiro pode e deve ajudar, sobretudo com as crianças, adolescentes e adultos jovens, garantindo esse conhecimento, esse automonitoramento, a melhora da própria escolaridade, o que vai fazer também com que o acesso à própria educação e à saúde aconteça de forma mais partilhada e impactante. A garantia da alimentação saudável, de atividade físicas, do combate ao tabagismo, da melhora dos índices ponderais, na perspectiva da obesidade”, exemplifica Rafaela.

Para ela, o controle e a melhora alimentar também dizem respeito ao combate ao uso de agrotóxicos e aditivos químicos e ao controle da poluição do ar, das águas e das florestas.  “Com o respeito aos nossos biomas, a garantia de políticas públicas indutoras de acesso à alimentação saudável, à comida de verdade, que não seja repleta de ultraprocessados, para que haja melhora metabólica e de bem-estar. Precisamos diminuir o sal na alimentação, de um modo geral. Não é só o saleiro da pessoa, precisa ter um regramento que garanta que as opções disponíveis sejam de fato compatíveis com a saúde de boa parte da população.”

Rafaela lembra que o Brasil tem grande número de hipertensos e diabéticos e que estes são fatores para o surgimento de cânceres e outros adoecimentos. “A alimentação melhorando, torna-se menos inflamatória e menos cancerígena”, destaca.

Papel dos agentes

O médico Gilberto Amorim, da Oncologia D’Or do Rio de Janeiro, ressalta que muitos dos fatores de risco para diferentes tipos de câncer podem ser de alguma maneira modificados ou reduzidos e que, para isso, o agente de saúde tem papel fundamental.

“A população com baixa escolaridade precisa conhecer mais esses fatores de risco e, aí, o alcance dos agentes de saúde é maior do que de qualquer outro profissional da área. Por exemplo, a obesidade é um fator de risco para vários tipos de doença. Por isso, é fundamental que o agente de saúde alerte aquela pessoa sobre os riscos para o diabetes e doenças vasculares e também para vários cânceres”, diz o oncologista.

De acordo com o oncologista, o agente básico de saúde alcança essa população mais desfavorecida porque tem uma linguagem que é fácil de ser entendida, menos rebuscada do que a dos médicos, e conseguem ter uma capilaridade incrível no Brasil inteiro. “Eles podem falar de muitas coisas e contribuir para reduzir o risco de determinados tipos de câncer.”

As medidas de prevenção para os tipos de câncer mais prevalentes em adultos são, de modo geral, relacionadas ao controle dos principais fatores de risco, como tabagismo, consumo excessivo de álcool, alimentação inadequada e obesidade.

Edição: Nádia Franco

Carnaval tá ai? Fique de olho na alimentação na folia!

Na contagem regressiva para a maior festa popular do Brasil, é importante preparar o corpo para cair na folia. Fazer refeições leves e beber muito líquido durante o carnaval é necessário para a manutenção da energia física e mental.

“Esses cuidados são indispensáveis, mas a maioria das pessoas, que decide cair na folia, acaba se esquecendo disso e exagerando na alimentação, além de consumir bebidas alcoólicas em excesso. Essa combinação pode ser um desastre para o organismo”, alerta a nutricionista Maria Freitas.

Segundo ela, o indicado é fazer as três principais refeições – café da manhã, almoço e jantar – e lanches leves nos intervalos. Pra isso, Maria dá algumas dicas para um dia de carnaval:
No café da manhã, consuma cereais integrais, frutas e adicione proteínas, como ovos, queijos brancos, além de sucos desintoxicantes e energizantes, a exemplo de:
Para o almoço e o jantar, o conselho é fazer refeições equilibradas e leves, de fácil digestão, de modo que o folião possa manter a energia para pular o carnaval.

“A indicação é comer uma boa salada, uma proteína – como ovos, peixes ou frango –, uma leguminosa e uma boa fonte de carboidrato, como batata doce ou inglesa, macarrão, mandioca e arroz,” aconselha Maria.

Uma dica importante da nutricionista é que, antes de sair para a folia, as pessoas devem comer, evitando alimentos muito pesados e gordurosos, porque eles retardam o processo de digestão, deixando aquela sensação de estufamento.
“É possível fazer lanches dos intervalos e durante a folia. Esse lanche deve ser nutritivo e prático para garantir energia para pular até o amanhecer. Como dicas, temos a barra de cereais, frutas frescas ou secas, além de sucos naturais.”

Muita água para hidratar

Ainda nos dias de carnaval, é necessário beber muito líquido: “É preciso se hidratar corretamente para manter a energia, evitar desidratação e ressaca; Como a festa é na rua, opte também por água mineral (por questões higiênicas), água de coco, suco de frutas ou, então, isotônicos para reposição dos minerais perdidos com a transpiração excessiva”, sugere Maria.

Consumo de bebidas alcoólicas
E no carnaval é comum o consumo de bebida alcoólica, às vezes com exagero. “Quem abusar de bebidas alcoólicas durante o carnaval, é possível contornar a situação bebendo água ao longo da noite: bebidas isotônicas também são ótimas, porque têm açúcar, reidratam, não têm gás e são saborosas. Sucos de frutas e água de coco também são boas opções. É importante que o folião não fique em jejum. Beber em jejum pode causar desconforto, enjoos, tonturas, entre outros sintomas e situações desagradáveis, como náuseas, vômitos e dores de cabeça”, alerta a nutricionista clínica.

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Assessoria de Comunicação Nutricionista – Maria Freitas
Contato: 87 – 99975-1991

Relatos de cegueira levam Anvisa a proibir venda de pomadas capilares

© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Após relatos de clientes com diversos problemas de saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a restrição e o recolhimento de pomadas capilares para modelar tranças. Ao todo, 11 pomadas modeladoras estão com a venda suspensa para que a haja investigação das substâncias contidas nesses produtos e as marcas possam regularizá-las.

Segundo a tricologista e cabeleireira Rosi Ribeiro, os efeitos negativos com o uso das pomadas capilares podem ser sentidos tanto pelo profissional que aplica o produto quanto pelo cliente. Os relatos são de coceira e vermelhidão nos olhos, irritação na pele, inflamação no folículo capilar e até cegueira provisória. Há casos em que o uso reiterado da pomada pode levar ao entupimento do folículo e à queda do cabelo.

“Houve um caso em que a cliente usou trança durante três meses, o cabelo caiu e o folículo fechou. Em vez de retirar a trança, ela refez o penteado. O maior problema é que, com fechamento desse folículo, o cabelo não nasce mais”, contou a profissional.

Informação

A pomada é um cosmético geralmente usado para fixação de penteados. De acordo com a tricologista, substâncias conservantes permitem validade maior do produto, mas podem causar efeitos adversos nos usuários. Esses problemas surgem após contato do produto com água, que faz a pomada escorrer pelo rosto e os olhos. Para Rosi Ribeiro, a melhor forma de prevenção de efeitos negativos é a informação.

“Há um mito de que a mulher precisa sofrer para ficar bonita, mas isso não é verdade. O essencial é ter informação”, disse. “Atualmente, cada um pode fazer seu produto. Vai ao laboratório e faz um produto sem controle de quantidade desses conservantes e coloca em excesso. Não é que as substâncias não podem ser usadas, mas que devem seguir regras específicas e com a possibilidade de enxague – o que não acontece atualmente. Assim, as pessoas precisam saber quais são as substâncias que podem provocar riscos à saúde”, explicou.

De acordo com a Anvisa, os produtos são alvo de investigação por parte da própria agência reguladora e dos órgãos de Vigilância Sanitária locais devido a relatos de pacientes sobre a ocorrência de eventos adversos graves após o uso. Todos esses produtos podem oferecer risco à saúde.

A Anvisa explica que a interdição das pomadas é uma medida cautelar que visa proteger a saúde da população e que permanece vigente enquanto são realizados testes, provas, análises ou outras providências são requeridas para investigação mais aprofundada do caso.

 Confira a lista:

Janeiro Branco: Em Petrolina, familiares participam de dia especial em Clínica para dependentes químicos em Petrolina

Neste sábado (28), a Clínica Hospitalar Vida Serena, em Petrolina, fechou a programação do Janeiro Branco – movimento de promoção à saúde mental – com o Dia D, especial para familiares e residentes em tratamento de dependência química.

O momento de confraternização finaliza as ações que aconteceram durante o mês, envolvendo os residentes da clínica, colaboradores e familiares, a promoção e prevenção à saúde mental. Além desse momento, a Clínica Vida Serena através de equipe multidisciplinar promoveu lives em redes sociais e debate na imprensa regional sobre transtornos e dependência química. “Nosso compromisso é com o bem estar do paciente. Quanto mais informações os familiares e a sociedade obtiverem sobre dependência química e o processo de tratamento, vamos ajudar não somente nossos residentes, como vamos também quebrando os tabus que existem em torno da adicção,” ressaltou a gerente administrativa da clínica, Silvia Habib.

Além de rever a família, os participantes puderam conversar com os profissionais que atuam na clínica para entender o tratamento da dependência química. Para os familiares, conhecer a clínica e a equipe foi um momento importante e com troca de informações. “Meu sobrinho está melhor a cada dia, e eu pude perceber porquê. A atenção da equipe, a educação deles e fiquei muito feliz em conhecer todos eles. Esse lugar é maravilhoso. Eu acredito que quando ele sair daqui e vai viver outra vida,” relatou Helena, tia de um residente.

Vida Serena

A Clínica Vida Serena funciona na Rodovia Centro Pedrinhas – Condomínio Recanto das Águas, Chácara Vida Serena, 620. O espaço fica aberto 24 horas, de domingo a domingo.
Para os pacientes e familiares, o contato pode ser feito através dos números: 87 – 99209-6678. Outras informações no Instagram:
clinicavidaserena_vsf.

Assessoria de Comunicação Clínica Vida Serena

Ministério da Saúde aprova plano para reduzir fila de cirurgias no SUS

© Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) aprovaram o Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas. A aprovação ocorreu nesta quinta-feira (26), durante a primeira reunião ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CTI) de 2023.

De acordo com o Ministério da Saúde, estão previstos R$ 600 milhões para o programa, recursos garantidos na PEC da Transição. A primeira remessa de recursos, cerca de R$ 200 milhões, será destinada a cirurgias eletivas.

“O que nós estamos debatendo com estados e municípios é um programa para combater problemas diferenciados e, pela nossa experiência, já que o SUS faz mutirão há mais de 20 anos, vamos começar pelas cirurgias, até porque, há inúmeras experiências de gestão de tecnologias nesse sentido. Ao mesmo tempo, vamos discutir, de maneira tripartite, como construir mudanças mais estruturantes. Para isso, precisamos conhecer essa fila de procedimentos e permitir que o usuário possa interagir, por meio de ferramentas de transparência”, afirmou o secretário de Atenção Especializada à Saúde (SAES), Helvécio Magalhães.

O secretário acrescentou que as metas são criar uma lista nacional dos pacientes que aguardam por procedimentos médicos, consolidar um banco de informações, regular a oferta de serviços com apoio de ferramentas, como o telessaúde, e os protocolos de acesso à atenção especializada. O secretário citou que a Região Norte terá tratamento diferenciado, em razão da difícil fixação de profissionais de saúde.

Nos próximos dias, uma portaria será publicada instituindo o programa. Com a publicação, os estados deverão encaminhar ao Ministério da Saúde os planos de trabalho para homologação e a transferência do dinheiro.

Novo medicamento para combater a obesidade pode reduzir até 17% do peso corporal

O endocrinologista e professor do Instituto de Educação Médica (IDOMED), Rogério Couras, afirma que o medicamento poderá ser utilizado em tratamentos de obesidade grau 3 e grau 2 com comorbidades. O seu uso deve estar aliado a dietas e atividades físicas.
Um medicamento que utiliza como princípio ativo a semaglutida, que já é utilizada para o tratamento de diabetes tipo 2, foi recentemente liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Wegovy é injetável, deve chegar ao Brasil este ano e promete ser um grande aliado em tratamentos contra a obesidade de milhares de pacientes. Estudos realizados pela fabricante, apontaram que pacientes que fizeram uso da droga em tratamento de pouco mais de um ano, tiveram perda de peso média de 17%.
O endocrinologista e docente do Instituto de Educação Médica (IDOMED), Rogério Couras, explica que o medicamento atua interferindo nos receptores cerebrais que dosam a sensação de saciedade e fome. “A semaglutina age especificamente no hipotálamo, que fica no cérebro. O medicamento se passa pelo hormônio GLP-1 que o intestino libera após as refeições e engana os centros de saciedade e fome”, explica.
Avanço no tratamento
Rogério Couras considera a chegada do Wegovy no Brasil um avanço nas opções de tratamento para obesidades grau 3 e grau 2 com comorbidades, mas faz questão de destacar que o uso dele, por si só, não resolve o problema por completo. “Não é um remédio milagroso e exige esforço para a perda de peso do paciente. O medicamento pode ser considerado um forte aliado. É preciso que o paciente se comprometa a aderir uma vida saudável, fazendo dietas e exercícios físicos. Pessoas que usam as medicações e não associam a elas mudanças no estilo de vida, acabam ganhando o peso perdido com juros”.
O endocrinologista também ressalta que o uso do medicamento é para tratamentos de obesidade e não para quem deseja perder apenas poucos quilos, além disso, ele só deve ser utilizado com indicação e acompanhamento médico. “Quero aproveitar para destacar que o automedicamento é muito perigoso, pode causar efeitos colaterais indesejáveis e graves”, completa o médico.
Dados sobre a obesidade
A obesidade atinge um a cada cinco brasileiros, segundo o Ministério da Saúde. Rogério Couras explica que a classificação da obesidade se dá pelo cálculo do índice de Massa Corpórea (IMC) que é feito pelo peso dividido pelo quadrado da altura do paciente. Quando o resultado é igual ou acima de 30, a pessoa é considerada obesa.

“É muito importante tratar a obesidade, pois é uma doença que causa outras como diabetes tipo 2, doenças cardíacas, doença hepática gordurosa não alcoólica, apneia do sono. Fora isso ela está ligada à diminuição da expectativa de vida e ao desenvolvimento de problemas psicológicos como depressão, ansiedade e baixa autoestima”, finaliza Couras.

Especialista explica como se prevenir do câncer colorretal

Descoberto recentemente pela cantora Preta Gil, o câncer colorretal – tumores que atingem o intestino grosso (o cólon) e o reto -, é o segundo com maior incidência e a terceira principal causa de morte pela doença no país. No entanto, com os exames preventivos e o diagnóstico precoce, as chances de cura aumentam significativamente. Guilherme Roeder, cirurgião oncologista e professor de Oncologia do Instituto de Educação Médica (IDOMED), explica que o tumor acomete o segmento final do intestino.

“A adenocarcinoma nasce na parte interna do colo e do reto. Apesar de ser prevalente acima dos 65 anos, mais de 90% dos casos ocorrem em indivíduos acima dos 50 anos. Entretanto, é importante ressaltar que nos últimos 20 anos a doença duplicou em pacientes entre 45 e 50 anos de idade”, destaca o especialista.

Nas últimas semanas, Pelé e Roberto Dinamite, dois grandes ídolos do futebol, perderem a batalha contra o câncer colorretal, que atinge um em cada dez casos notificados. O oncologista atribui esse aumento de casos a alguns fatores, como idade, histórico familiar e hábitos de vida – esses podemos intervir, por exemplo, melhorando alimentação e praticando atividades físicas.

O docente reforça a importância da realização de exames preventivos. “A chance de uma pessoa sadia ter câncer é de 5% e, caso a doença seja diagnosticada de forma precoce, a expectativa de cura passa de 90%”, afirma o professor.

De acordo com o cirurgião, a alimentação é fundamental na prevenção de tumores nessa região. “Procure aumentar o consumo de fibras, frutas, verduras, legumes e líquidos, reduzir o consumo excessivo de carne vermelha, alimentos processados, enlatados e ricos em gorduras. Crie uma rotina equilibrada, invista em uma alimentação saudável e pratique atividades físicas regularmente. Cuide-se”, completa.

Para o especialista, a doença pode ser silenciosa, porém, com a progressão, podem surgir sintomas como sangramento nas fezes, dor ao evacuar, mudança de padrão evacuatório, alteração do hábito intestinal, distensão abdominal e dores. “É importante que pessoas assintomáticas façam exames como a colonoscopia e investiguem possíveis lesões percursoras e pólipos, a fim de evitar que se tornem um câncer. Após o diagnóstico, será necessário realizar o estadiamento: série de exames de imagem para avaliar a atual situação da doença, se está limitada no intestino ou atingiu os linfonodos, se possui sinais de metástase”, diz Roeder.

Os tratamentos comuns incluem quimioterapia, radioterapia e, em alguns casos, cirurgia. A ordem dos procedimentos depende do tamanho, localização e nível de propagação do câncer no paciente.

Por que é preciso tirar os sapatos antes de entrar em casa; entenda

Foto: Unsplash

Desde que a pandemia do coronavírus se espalhou pelo mundo, uma das principais recomendações sanitárias era desinfetar roupas e acessórios usados na rua ou em locais públicos, incluindo os sapatos. Porém, uma dupla de cientistas da Macquarie University, em Sidney, defende que a medida pode ser benéfica a longo prazo – e não apenas para conter o SARS-CoV.

Os pesquisadores Mark Patrick Taylor e Gabriel Filippelli resolveram avaliar o conteúdo da poeira e de toda a sujeira levada para casa por moradores de 35 países no programa DustSafe, organizado pela universidade. Em vez de esvaziar o aspirador de pó no lixo, as pessoas o embalam e enviam para a pesquisa. “Com isso, estamos conhecendo os segredos do seu pó!”, dizem os pesquisadores.

+ OMS pede dados mais detalhados sobre situação de covid na China

Eles descobriram que “a poeira está em toda parte, e se instala em todas as superfícies do ambiente natural, bem como dentro de casas e edifícios – onde passamos cerca de 90% do nosso tempo, mesmo antes da Covid”, disseram.

Algumas poeiras são naturais, provenientes de rochas, solos e até do espaço. Mas o programa DustSafe revelou que a poeira doméstica australiana pode incluir itens ‘desagradáveis’ ​​como: metais residuais, elementos radioativos, genes resistentes a antibióticos (genes que tornam as bactérias resistentes a antibióticos), micro plásticos, além de produtos químicos perfluorados (PFAS), encontrados em espumas de combate a incêndio, proteção contra manchas e água para tecidos e carpetes.

“Você e seus animais de estimação estão constantemente contribuindo com células da pele e pelos para a poeira. A poeira também é composta por insetos em decomposição, pedaços de comida, plástico e terra”, explicam os pesquisadores.

O que fazer?

A poeira doméstica faz parte da vida. Mesmo em casas fechadas, ela ainda se instalará na atmosfera interna. Quaisquer partículas de sujeira, fumaça, fibras ou materiais triturados que vão para o ar acabam caindo como poeira. Mas, para Taylor e Filippelli, é possível tentar impedir que a poeira entre em casa. Eles listam uma série de medidas domésticas para reduzir o acúmulo de pó no ambiente:

  • Use capachos e tire os sapatos dentro de casa;
  • Crianças ou animais de estimação cobertos de lama podem ser enxugados na porta e as roupas de trabalho empoeiradas devem ser removidas ao entrar;
  • Reduzir o uso de plásticos, pesticidas e impermeabilizantes ajudará a reduzir a carga química;
  • Pano úmido com sabão ou detergente também é útil para limpar superfícies;
  • A aspiração regular ajuda enormemente: aspiradores equipados com um filtro de partículas finas (como o filtro HEPA) são mais eficazes na remoção de poeira;
  • Por fim, tire os sapatos antes de entrar em casa, já que ele pode ser um tipo de ‘transporte’ para o pó – a medida vale para sapatos fechados, chinelos, botas e quaisquer calçados.

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Edição: IstoÉ Dinheiro

Comer um ovo por dia, sabe o que acontece com seu corpo?

Um ovo por dia….

1 de 9 Fotos na Galeria: Comer ovos significa trazer ao seu corpo uma lista de benefícios incríveis, benéficos demais para não seguir o conselho de consumir esse alimento regularmente.  Vamos ver em detalhes alguns dos mais impressionantes:

Comer ovos significa trazer ao seu corpo uma lista de benefícios incríveis, benéficos demais para não seguir o conselho de consumir esse alimento regularmente.

Vamos ver em detalhes alguns dos mais impressionantes:

Comer um ovo ao dia…

2 de 9 Fotos na Galeria: Reduz o risco de doenças cardíacas.

Reduz o risco de doenças cardíacas.

Comer um ovo ao dia…

3 de 9 Fotos na Galeria: Melhora o sistema imunológico. Se você quiser evitar a síndrome da gripe que se torna cada vez mais comum à medida que o outono avança, você precisa incluir um ovo ou dois em sua dieta diária. Apenas um ovo contém quase um quarto (cerca de 22%) da quantidade diária recomendada de selênio, um nutriente que ajuda a melhorar o sistema imunológico e regular os hormônios da tireoide.

Melhora o sistema imunológico.

Se você quiser evitar a síndrome da gripe que se torna cada vez mais comum à medida que o outono avança, você precisa incluir um ovo ou dois em sua dieta diária.

Apenas um ovo contém quase um quarto (cerca de 22%) da quantidade diária recomendada de selênio, um nutriente que ajuda a melhorar o sistema imunológico e regular os hormônios da tireoide.

Comer um ovo ao dia…

4 de 9 Fotos na Galeria: Regula os níveis de colesterol.

Regula os níveis de colesterol.

Comer um ovo ao dia…

5 de 9 Fotos na Galeria: Fornece energia incrível para enfrentar melhor o dia.

Fornece energia incrível para enfrentar melhor o dia.

Comer um ovo ao dia…

6 de 9 Fotos na Galeria: Melhora a condição da sua pele.

Melhora a condição da sua pele.

Comer um ovo ao dia…

7 de 9 Fotos na Galeria: Ajuda a perder peso, especialmente devido à capacidade dos ovos de saciar.

Ajuda a perder peso, especialmente devido à capacidade dos ovos de saciar.

Comer um ovo ao dia…

8 de 9 Fotos na Galeria: Protege a saúde dos olhos, graças ao alto teor de luteína e zeaxantina nos ovos.

Protege a saúde dos olhos, graças ao alto teor de luteína e zeaxantina nos ovos.

Então…

9 de 9 Fotos na Galeria: Comer um ovo por dia equivale a colher todos os incríveis benefícios listados até agora. Você está pronto para esse novo desafio?

Comer um ovo por dia equivale a colher todos os incríveis benefícios listados até agora. Você está pronto para esse novo desafio?

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Edição: Receitas sem Fronteiras

Ministério da Saúde revoga portarias do governo federal anterior

Fachada do Ministério da Saúde na Esplanada dos Ministérios

O Ministério da Saúde revogou hoje (16) uma série de portarias do governo anterior, por contrariarem diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), além de não terem a participação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) nas suas concepções.

Dentre as portarias revogadas, está a que criava exigências para a retirada de medicamentos pelo programa Farmácia Popular, obrigando a apresentação de prescrição médica eletrônica. A avaliação do novo governo é que a medida, que também não havia sido pactuado com estados e municípios, poderia dificultar o acesso da população a medicamentos.

Também foram revogadas portarias que, na visão do ministério, promoveram retrocessos nos cuidados da saúde reprodutiva e sexual das mulheres, e sugeriram ações e manobras que são consideradas violência obstétrica, com alterações na caderneta da gestante. As revogações levaram em consideração também sugestões do grupo de trabalho de transição de governo, no fim do ano passado.

A portaria que instituiu o Fórum Permanente de Articulação com a Sociedade Civil sem a participação do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e sindicatos que representam as categorias da saúde também foi abolida. A pasta deve avaliar um novo ato que contemple todos esses representantes para ampliar o diálogo com a sociedade.

“Uma das prioridades da nossa gestão é restabelecer o bom relacionamento e o diálogo interfederativo. Por isso, conversamos com o Conass e Conasems, pois é sempre importante que, ao revogar uma medida, não exista um vazio que deixe o gestor desprovido. Essas revogações envolvem medidas sem base científica, sem amparo legal, que contrariam princípios do SUS”, ressaltou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

 

Edição: Fernando Fraga – Agência Brasil